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quarta-feira, 10 de novembro de 2021

DIA MUNDIAL DO DIABETES - ENTENDA UM POUCO SOBRE ESSA DOENÇA CRÔNICA

Dr. Massimo Colombino Neto, Clínico Geral parceiro da Filóo Saúde, esclarece algumas das principais dúvidas como primeiros sintomas, diagnósticos e cuidados sobre o Diabetes

 

Com o objetivo de divulgar a conscientização e a educação sobre essa doença a Federação Internacional de Diabetes (IDF) criou o tema "Acesso ao cuidado do diabetes: Se Não Agora, Quando?"

O Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro, foi criado pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para reforçar a conscientização a respeito da doença, com o intuito de evidenciar a importância da prevenção e oferecer alternativas para as dificuldades enfrentadas pelos pacientes.

Segundo a OMS hoje existem 13 milhões de brasileiros que convivem com a doença e mais de 250 milhões de pessoas são afetadas em todo mundo. Com o objetivo de esclarecer e tirar dúvidas acerca deste assunto, o Dr. Massimo Colombino Neto, Clínico Geral parceiro da Filóo Saúde, destaca algumas das principais dúvidas a respeito dessa doença crônica que afeta o pâncreas a não produzir insulina suficiente.


*Como podemos detectar os primeiros sintomas de diabetes:

Os sintomas precoces mais comuns do diabetes são:

Poliúria (urinar a toda hora)

Polidipsia (excessiva sensação de sede)

Cansaço e falta de energia.

Perda de peso.

Polifagia ou hiperfagia (fome frequente).

Visão embaçada.

Cicatrização lenta.

Infecções frequentes.

Mau hálito.

Cetoacidose diabética.

*Importante enfatizarmos que muitas pessoas não apresentam sintoma algum, por isso é muito importante se realizar exame de glicemia anualmente após os 40 anos de idade


*Os mesmos sintomas podem ser detectados em adultos e crianças ou existe alguma diferença no diagnóstico:

As crianças apresentam maior incidência de Diabetes do Tipo I e muitas vezes apresentam sintomas mais graves e de rápida evolução, enquanto os adultos apresentam maior incidência de Diabetes do Tipo II com sintomas de evolução lenta ou até mesmo completa ausência de sintomas podendo evoluir com complicações vasculares e neurológicas.


*Sobre o nível de açúcar no sangue, quando se torna perigoso:

São considerados urgência quando a glicemia está acima de 250 mg/dL e emergência quando se encontra acima de 400 mg/dL, ou abaixo de 60 mg/dL quando podem ocorrer os sintomas de hipoglicemia.


*Quais os tipos diabetes e suas diferenças:

- Diabetes Tipo I: Aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também. Pessoas com parentes próximos que têm ou tiveram a doença devem fazer exames regularmente para acompanhar a glicose no sangue. Sabe-se que, via de regra, é uma doença crônica não transmissível, hereditária, que concentra entre 5% e 10% do total de diabéticos no Brasil. O tratamento exige o uso diário de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose.

- Diabetes tipo 2 ocorre quando o corpo não aproveita adequadamente a insulina produzida. Está relacionada ao sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados, hipertensão arterial e hábitos alimentares inadequados. Por isso, é essencial manter acompanhamento médico para tratar, também, essas outras doenças, que podem ocorrer junto com o diabetes.

- Diabetes Latente Autoimune do Adulto: Atinge basicamente adultos e é um agravamento do diabetes tipo 2. Caracteriza-se, basicamente, no desenvolvimento de um processo autoimune do organismo, que começa a atacar as células do pâncreas.

- Diabetes Gestacional ocorre temporariamente durante a gravidez. As taxas de açúcar no sangue ficam acima do normal, mas ainda abaixo do valor para ser classificada como diabetes tipo 2. Assim, toda gestante deve fazer exames de diabetes durante o pré-natal. Mulheres com diabetes têm maior risco de complicações durante gravidez e parto. Esse tipo de diabetes afeta entre 2 e 4% de todas as gestantes e implica risco aumentado do desenvolvimento posterior de diabetes para a mãe e o bebê.

- Existem outros tipos de diabetes que são menos frequentes.


*Diabetes pode ser evitada:

Sim, as melhores formas de prevenir o diabetes é praticando atividades físicas regularmente e mantendo o peso próximo do peso ideal que reduz a ocorrência da doença em até 90%. Também é importante a alimentação saudável e evitar o consumo de álcool, tabaco e outras drogas.


*Diabetes pode ser hereditária

A Diabetes do Tipo I tem um componente hereditário mais presente, enquanto a Diabetes do tipo II está mais relacionada ao sobrepeso e obesidade.


*Diabetes tem cura:

Diabetes é considerada uma doença crônica que, portanto, não tem cura, porém podemos observar muitos pacientes que emagrecem e deixam de apresentar a doença, principalmente aqueles pacientes que realizaram cirurgia bariátrica e perdem 20 quilos de peso ou mais.


*Existem muitas dúvidas sobre a relação de alimentação e diabetes, isso tem alguma relação:

Sim, a alimentação adequada e saudável é fundamental para o controle da Diabetes.


*Existem alimentos mais propensos a causar diabetes:

A doença diabetes parece estar mais associada `a obesidade, sobrepeso e sedentarismo do que a alimentos específicos.


*Quais as complicações associadas à diabetes:

Diabetes é a principal causa de insuficiência renal, também está associada a aumento da incidência de infarto agudo do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais (AVC ou derrame), vasculopatia (doenças dos vasos sanguíneos), assim como ao pé diabético, infecções e até mesmo amputações.


*Quem pode estar no risco de ser diabético:

Os riscos são maiores para pessoas com antecedentes familiares, principalmente os obesos.

 


Dr. Massimo Colombino Neto - Médico de Família, formado pela USP, é integrante do corpo clínico do Hospital Albert Einstein, Hospital Oswaldo Cruz, Hospital Santa Catarina. Conselheiro do Instituto Horas da Vida, Clínico Geral parceiro da Filóo Saúde, foi auditor do programa de Atendimento Domiciliar (PAD) da Petrobrás.


Arritmias cardíacas podem ser assintomáticas e provocar problemas como parada cardíaca e morte súbita


As arritmias cardíacas são disfunções elétricas que provocam alterações no ritmo das batidas do coração. Elas podem ser de diferentes tipos: taquicardia, quando o coração bate mais acelerado do que o normal; bradicardias, quando o ritmo é muito lento, e descompasso, quando o coração pulsa de maneira irregular. Estima-se que 20 milhões de brasileiros sofram de arritmias cardíacas, levando mais de 320 mil pessoas a óbito anualmente. Para conscientizar a população sobre o problema e sua prevenção, 12 de novembro foi escolhido como o Dia Nacional de Prevenção de Arritmias Cardíacas e Morte Súbita.

Os sintomas podem incluir cansaço, palpitações, indisposição, dores no peito, tontura e desmaios. No entanto, em muitos casos as arritmias cardíacas podem ser silenciosas e assintomáticas, o que reforça a importância da realização de avaliações médicas periódicas e exames de rotina. Além disso, se alguém perceber que o coração está batendo de forma inadequada, é preciso procurar um cardiologista.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac), quando não diagnosticada e tratada corretamente, a arritmia cardíaca pode provocar parada cardíaca, doenças no coração e a morte súbita. Qualquer pessoa pode ser diagnosticada com arritmia cardíaca, independentemente de idade, sexo ou condição socioeconômica. Até mesmo recém-nascidos, jovens saudáveis e atletas podem ser acometidos por essa condição.

A forma mais comum de arritmia é Fibrilação Atrial (FA), caracterizada por batimentos cardíacos irregulares e com frequência rápida, que resultam em uma contração descoordenada das duas câmaras superiores do coração, os átrios. A FA afeta 1 em 4 pessoas com mais de 40 anos durante a vida. Este tipo de arritmia é uma das principais causas de acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca, morte súbita e morbidade cardiovascular.

As opções de tratamento das arritmias cardíacas dependem da condição clínica de cada paciente. Entre elas estão as formas intervencionistas, como a ablação por cateter, procedimento minimamente invasivo que previne o agravamento dos sintomas.

Para mais informações sobre arritmia, acesse o link.


Dia da Prevenção e Combate à Surdez (10): cuide da sua audição

A data alerta a população sobre a importância da saúde auditiva


 

Com elevados ruídos sonoros em que a população está exposta atualmente, nada mais importante do que alertar sobre saúde auditiva. Por isso, 10 de novembro é o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez. Condição que, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma a cada dez pessoas podem ser afetadas com a perda auditiva até 2050. 


A audiologista e especialista em saúde auditiva Gilvânia Barbosa, da clínica Microsom, dá dicas de como manter a saúde auditiva em dia. Entre elas, não introduzir objetos (nem bastonete) no ouvido. Outro alerta é sobre gripes e otites “As infecções mal curadas podem ocasionar a perda auditiva”, explica o especialista.


Ela ainda faz um alerta em relação à exposição excessiva a ruídos, como cortadores de gramas e músicas muito altas. “Não só os adultos devem tomar cuidado. O nível de barulho dos brinquedos para bebês deve ser monitorado, pois eles têm a audição mais aguçada. Sendo assim, correm mais risco”, afirma. 


Além disso, de acordo com a especialista, nos últimos anos houve um aumento expressivo da quantidade de jovens com perda auditiva. “Este é um reflexo do uso irregular de fones de ouvido e, se não houver cuidado, pode levar à perda auditiva irreversível”, conclui Barbosa. 


Segundo Gilvânia, a audição é um dos fatores primordiais para a comunicação.  Inclusive, ela explica que, atualmente, a tecnologia pode ser uma grande aliada para melhorar a qualidade de vida de quem vive com a deficiência.


“Muitas vezes, a pessoa tem a prescrição para utilizar o aparelho auditivo, mas tem vergonha, o que pode prejudicar ainda mais a saúde e os relacionamentos interpessoais do paciente. E ao passar dos anos a falta de estímulo do cérebro pode ocasionar outras doenças, como a demência”, afirma.


A especialista ressalta ainda que os avanços dos aparelhos auditivos têm sido muito importantes, beneficiando cada vez mais a saúde dos usuários. “Ter um aparelho auditivo não é questão de conforto ou luxo, trata-se de uma oportunidade para que os deficientes auditivos se comuniquem melhor e consigam manter suas interações sociais”, explica

 

Sociedade de Cirurgia Bariátrica defende transparência na fila dos pacientes que aguardam cirurgia pelo SUS


A Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) defende uma maior transparência no que se refere a informação sobre número de pacientes que aguardam o tratamento cirúrgico da obesidade nas filas do Sistema Único de Saúde (SUS), em estados e municípios do país, bem como o cumprimento das diretrizes previstas nas portarias 424 e 425 do Ministério da Saúde.

Isso porque com a redução em 69,9% no número de cirurgias bariátricas realizadas pelo SUS no último ano de pandemia, saindo de 12.568 em 2019, para 3.772 em 2020, muitos hospitais não voltaram a operar pacientes que aguardam - com comorbidades - o tratamento. Até o mês de julho deste ano foram realizadas apenas 990 cirurgias pelo SUS em todo o Brasil.

Em julho deste ano, o Ministério da Saúde já havia classificado a cirurgia bariátrica como procedimento essencial, devido aos riscos que a obesidade causa para pacientes com covid-19 e outras doenças. A recomendação integrou as Diretrizes da Atenção Especializada no Contexto da Pandemia de COVID-19.

Fila em São Paulo - Para que se tenha ideia, a Secretária Municipal de Saúde de São Paulo, em um pedido de acesso à informação feito pela SBCBM, informou que existem apenas 25 pessoas na fila dos SUS aguardando a cirurgia.

Em 2017, uma análise Integrada entre Vigitel 2014, POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) , IBGE e Tabnet da Agência Nacional de Saúde (ANS) - ferramenta que possibilita a tabulação de dados e pesquisas customizadas - apontou uma população elegível à cirurgia bariátrica pelo SUS de 669 mil pessoas no estado de São Paulo e de
3 milhões de pessoas no Brasil (tabela em anexo).

Para o presidente da SBCBM, Fábio Viegas, é fundamental que haja um sistema de regulação e de transparência dos pacientes que aguardam na fila, tendo em vista que 52% dos brasileiros declararam ter engordado neste último ano. "A obesidade e doenças associada a ela aumentaram e, aliado a isso, houve uma redução no número de cirurgias bariátricas em 2020. Este cenário ocasionou em um tempo de espera ainda maior para os pacientes que buscam o SUS para o tratamento cirúrgico da obesidade", afirma Viegas. Ele reforçou que a fila do SUS para cirurgia bariátrica deveria seguir o mesmo processo da fila de transplantes no Brasil. "Cirurgia bariátrica não é cirurgia estética. Precisamos pensar que os pacientes com obesidade grave reduzem a cada dia suas chances de vida e dar agilidade ao encaminhamento para tratamento. É muito simples, se não temos novos cadastros, não temos fila", ressalta.

Outro ponto questionado pelos cirurgiões bariátricos no Brasil é o não cumprimento dos critérios previstos nas portarias do Ministério da Saúde, que preveem o encaminhamento para cirurgia de pacientes com Índice de Massa Corporal (IMC) de 50 Kg/m2; pacientes com de IMC ³40 Kg/m², com ou sem comorbidades, sem sucesso no tratamento clínico por no mínimo dois e pacientes com IMC < 35 kg/m2 e com comorbidades, com alto risco cardiovascular, diabetes e/ou hipertensão arterial de difícil controle, apneia do sono, doenças articulares degenerativas, sem sucesso no tratamento clínico longitudinal realizado por no mínimo dois anos e que tenham seguido protocolos clínicos.

Obesidade será debatida em SP - O crescimento da obesidade no Brasil e os tratamentos serão debatidos entre os dias 11 a 13 de novembro, no Expo Transamérica, em São Paulo, no XXI Congresso Brasileiro de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.

A Sociedade Brasileira reunirá mais de 1.500 cirurgiões e profissionais que atuam no combate à obesidade como nutrólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, profissionais de educação física, psicólogos e psiquiatras.

"Será o maior Congresso presencial do mundo sobre o tema, já que muitos eventos internacionais foram cancelados em 2020. O Congresso será fundamental para debater estratégias sobre como otimizar os resultados da cirurgia bariátrica e metabólica", afirma o presidente do evento, Marcos Leão Vilas Bôas.

Entre os temas que serão abordados estão novas tecnologias para o tratamento dos pacientes, bem como propostas de atendimento seguro e formas de dar maior agilidade ao atendimento do SUS. A programação do evento conta com a participação de 282 palestrantes - entre convidados nacionais e internacionais em cursos, palestras e debates dinâmicos. Neste ano, a SBCBM preparou um curso de Gestão e Tendências em Cirurgia Bariátrica; o I Simpósio de Cirurgia Robótica; o evento Novas Fronteiras no Tratamento do Diabetes Tipo 2, com a participação de representantes de entidades que atuam diretamente com pacientes portadores da doença.

"Serão três dias de evento. O objetivo do congresso é a educação em cirurgia bariátrica e metabólica e a união das diferentes especialidades envolvidas no tratamento da obesidade", finaliza o presidente da Comissão Científica do Congresso, Antônio Carlos Valezi.



SERVIÇO:


XXI Congresso Brasileiro de Cirurgia Bariátrica e Metabólica
Data: 11 a 13 de novembro de 2021
Local: Expo Transamérica (Av. Dr. Mário Villas Boas Rodrigues, 387 - Santo Amaro - São Paulo - SP - 04757-020)

 

Dia Nacional da Surdez: os primeiros sinais no bebê

Na data que relembra a importância da prevenção, otorrino pediatra Celso Vidolin fala sobre os sinais da surdez na infância, seus diagnósticos e tratamentos


Teste do pezinho. Teste da linguinha. Teste do olhinho. Teste da orelhinha. Teste do quadril. Tipagem sanguínea. Vacinas. Quando um bebê nasce, há uma variedade de exames e procedimentos que são realizados no recém-nascido, alguns obrigatórios e de rotina, outros solicitados pela família. Isso acontece para que um possível diagnóstico precoce de alguma doença ou deficiência seja detectado o mais rápido possível.

Pensando nisso, no Dia Nacional da Surdez comemorado em 10 de novembro, o otorrino pediatra e membro da Doctoralia , Dr. Celso Vidolin , responde algumas perguntas sobre a surdez na infância. Confira!


O que pode levar à surdez em crianças? 

Sendo a principal causa entre os casosna infância, a surdez congênita acontece quando a criança desenvolve a deficiência ainda na barriga da mãe: "através do uso de medicamentos inadequados pela gestante durante a gravidez, doenças que causam a surdez adquirida, causa hereditária, infecções contagiosas como a rubéola e o uso de bebidas alcoólicas podem ocasionar má formação no ouvido", alerta o especialista.

Apesar de não ser tão comum quanto a surdez congênita, é possível que o bebê também venha a adquirir a deficiência auditiva após a exposição a sons altos, traumas, infecções sem o tratamento correto e até mesmo a curta duração do aleitamento materno, que encurtaria o efeito protetor do leite, podem causar diversos graus de surdez no recém-nascido.


Quais são os primeiros sinais? O que os pais podem fazer? 

Os pais devem estar atentos quando a criança não se assusta com barulho, ou se não acorda com sons altos. "Aos 3 - 4 meses o bebê já presta atenção nos sons; dos 6 aos 18 meses já é possível localizar a fonte sonora; aos 12 meses é iniciado a produção de algumas palavras e o entendimento de ordens simples; já aos 3 anos, a criança consegue produzir algumas frases que escuta", afirma Dr. Celso. Por isso, se ela não responde quando é chamada, não diz "mamãe" entre um ano ou dois anos, já pode ficar atento e marcar uma consulta com o otorrinolaringologista.


Diagnóstico 

O teste da orelhinha, feito nos primeiros dias de nascimento, é um teste simples e que não causa dor ou desconforto para o bebê. "O teste faz parte da triagem neonatal, separando as crianças em dois grupos, os que têm uma grande chance de ter a audição normal e aqueles que podem apresentar algum problema". O médico coloca um aparelho na orelha da criança que emite estímulo sonoro e mede o seu retorno através de uma pequena sonda que também é inserida na orelha, podendo então, verificar se existem alterações que devem ser tratadas.

Outro exame primordial para o diagnóstico da surdez é o "Potenciais Evocados Auditivos de Tronco Encefálico (PEATE)", que registra a atividade elétrica da orelha interna (sistema auditivo periférico) até o córtex cerebral (sistema auditivo central), em resposta à um estímulo sonoro. "A partir da análise e diagnóstico do pediatra especialista, os tratamentos podem variar", explica o otorrino pediatra.


Tratamento 

Os aparelhos auditivos são, inicialmente, a melhor escolha para os bebês, quando eles apresentam um pequeno grau de audição. O aparelho é colado na parte posterior da orelha e direciona o som para dentro do ouvido da criança, facilitando a audição e evitando atrasos na linguagem. Também utilizado em casos de surdez moderada, ou em casos em que a surdez é temporária e foi causada por uma infecção no ouvido, é comum o médico prescrever medicamentos, como antibióticos e anti-inflamatórios, e em casos mais persistentes, um tubo de ventilação.

Já o implante coclear, indicado para casos de surdez profunda, atua estimulando o nervo auditivo e, para que o seu resultado seja mais positivo, deve ser implantado quando a criança tem entre 1 e 2 anos. O trabalho de reabilitação com auxílio de um fonoaudiólogo também é fundamental para que o aprendizado da comunicação não seja atrasado em relação aos outros colegas de escola.

"Para o sucesso de qualquer que seja o tratamento, o diagnóstico rápido é essencial. Ele pode ser feito a partir dos 6 meses de vida e evita problemas no desenvolvimento neuropsicológico e na linguagem. Os pais deverão aceitar essa situação e condição da criança, com a ajuda de profissionais especializados para dar apoio e orientação necessária", finaliza o médico.

 

Doctoralia

 

Previna-se contra o câncer de próstata

Doença que atinge cerca de 65.840 homens por ano, somente no Brasil exige diagnóstico precoce e pode ser evitada com estilo de vida saudável


Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens a partir de 50 anos, sendo que a sua taxa de incidência é maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento. Números divulgados também pelo INCA também mostram que essa patologia representa 29% dos diagnósticos da doença no país. Foram 65.840 novos casos de câncer de próstata a cada ano, entre 2020 e 2022.

A próstata nada mais é que uma glândula que só o homem possui e está localizada na região pelvica, sendo um órgão pequeno com o formato de um pêssego que possui 25 gramas e se situa logo abaixo da bexiga e à frente do reto. "Não há uma causa específica para o surgimento do câncer de próstata, porém, alguns fatores de risco elevam o aumento da incidência da doença como idade, histórico familiar, sobrepeso , sedentarismo , ingestão de dieta rica em gorduras e frituras , explica o especialista Eduardo Starling, urologista do HCSG.


Sintomas e prevenção

O urologista esclarece que o câncer de próstata não costuma apresentar sintomas até que esteja em estado avançado da doença, dai a importância tão grande da prevenção. "Sintomas como diminuição na força do jato de urina, gotejamento ao terminar de urinar e aumento de frequência das micções, apresentam-se com grande frequência no crescimento benigno da próstata", acrescenta o médico.

Ter hábitos saudáveis como alimentação rica em frutas, verduras, legumes, grãos, cereais integrais e pouca gordura animal são práticas que auxiliam na prevenção da doença. "A prática diária de atividades físicas, manter o peso adequado à altura, diminuição do consumo de álcool e tabagismo também são fatores que ajudam", esclarece. Há estudos que estimulam também como fator preventivo o hábito de tomar sol e a prática das relações sexuais que muitos não sabem mas ajuda na prevenção da doença e não o contrário.

Organização Mundial da Saúde indica que os homens devem começar a prevenção do câncer de próstata a partir dos 50 anos de idade. "Os exames realizados para a detecção da doença são: as dosagens de PSA no sangue do paciente e o toque retal. Lembrando que reposição de testosterona deve seguir princípios rigorosos para não incorrer em aumento nos índices dessa patologia , afirma.

Nos estágios mais avançados, o tratamento não é simples, porém é fundamental procurar um especialista para que ele avalie a extensão e o estágio em que a doença se encontra para que o paciente possa fazer uma terapia de forma personalizada. "É muito importante que após a descoberta do câncer de próstata o especialista faça uma averiguação por meio de outros exames para detectar se a doença já não se espalhou para outros órgãos", finaliza.

 


Hospital Casa de Saúde Guarujá


Pé diabético: uma simples ferida pode levar a sérias complicações

Silencioso, pé diabético atinge paciente que não está seguindo o tratamento corretamente 

Complicações podem levar à amputação  

             14/11 – Dia Mundial do Diabetes


Um milhão de indivíduos com diabetes mellitus (DM) sofre uma amputação em todo mundo. Isso pode ser traduzido em três por minuto. Uma das complicações mais comuns da glicemia alta em países em desenvolvimento é a úlcera de pés diabéticos (UPD), que, em 85% dos casos, precede a amputação. Esse quadro atinge pacientes com DM descompensada, ou seja, que não está seguindo o tratamento.

 

Dados do estudo Eurodiale (European Study Group on Diabetes and the Lower Extremity) apontaram que 77% das UPD cicatrizaram em um ano e que o retardo se deveu a comorbidades (insuficiência cardíaca, doença arterial periférica e doença renal terminal em diálise) e inabilidade para caminhar de forma independente. Além disso, eles também tinham um mau controle glicêmico, ou seja, não estavam fazendo o controle da DM. No Brasil, o estudo multicêntrico BRAZUPA (Baseline characteristics and risk factors for ulcer, amputation and severe neuropathy in diabetic foot at risk) mostrou que a doença arterial periférica (DAP) foi um fator de risco frequente de amputação.

 

A Dra. Denise Franco, endocrinologista do Instituto Correndo Pelo Diabetes (CPD), organização sem fins lucrativos, que tem como objetivo estimular a prática regular de atividade física como ferramenta de promoção da saúde e inclusão da pessoa com diabetes, explica que o pé diabético progride de forma silenciosa. Em alguns casos, o paciente sente um formigamento. “No exame físico é possível perceber pele seca, rachaduras, unha encravada, com micose, calos, machucados, ausência de pelos, entre outros. É a causa mais comum de internações prolongadas e com custos elevados. Grande proporção dos leitos hospitalares em emergências e enfermarias, nos países em desenvolvimento, é ocupada por pacientes com UPD. Aqui no País, o conhecimento dos profissionais de saúde sobre pé diabético é crítico, e a resolução é muito baixa, sobretudo quanto à revascularização. Isso leva ao quadro de amputação e 30% desses casos têm como desfecho a morte”, alerta a especialista.

 

Mas por que isso acontece? Por que o paciente com DM descompensado pode ter feridas nos pés? O diabetes, quando não tratado, pode reduzir a sensibilidade à dor e temperatura nas extremidades do corpo, por causa da hiperglicemia, que impede uma boa circulação sanguínea. Sem a oxigenação correta dos vasos naquela região, a resposta inflamatória fica comprometida, sendo assim, uma simples topada ou um calo de um sapato apertado não se regeneram e a ferida aumenta cada vez mais.

 

Prevenção: É possível levar uma vida sem medo dessas complicações, de acordo com Bruno Helman, Fundador e CEO do Instituto Correndo Pelo Diabetes. “Manter alimentação saudável e equilibrada, seguir o tratamento orientado pelo especialista e a prática diária de atividade física são as principais formas para prevenir a evolução do diabetes e todas as consequências que a doença pode trazer”, explica Helman, diagnosticado com a diabetes aos 18 anos.

 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, outros itens indispensáveis à prevenção de UPD são: educação sobre o assunto tanto de pacientes como de seus cuidadores e até mesmo de equipes médicas; exames anuais para identificar indivíduos em risco de ulceração; cuidados podiátricos e uso de calçados apropriados; tratamento efetivo e imediato quando houver qualquer complicação nos pés; estruturação do serviço, com o objetivo de atender às necessidades do paciente com relação a um cuidado crônico, em vez de buscar apenas a intervenção de problemas agudos, de urgência.

 

Estima-se que 40% dos pacientes com histórico de UPD apresentem recidiva em um ano; 60%, em dois anos; 65% em até cinco anos. Assim, é importante estimular a adesão do paciente por meio de processo educativo, motivar o autocuidado e consultas regulares para avaliação por equipe especializada.

 

Sobre o Correndo pelo Diabetes

O Instituto Correndo pelo Diabetes (CPD) é uma organização sem fins lucrativos, que tem como objetivo estimular a prática regular de atividade física como ferramenta de promoção da saúde e inclusão da pessoa com diabetes. Desde 2018, recebe o apoio da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e atualmente faz parte das ações do Departamento de Diabetes, Esporte e Exercício da SBD.

https://correndopelodiabetes.com/

https://instagram.com/correndopelodiabetes

 

Vacina protege contra 87% dos casos de câncer de colo de útero decorrentes do HPV

Uma pesquisa publicada na revista científica The Lancet demonstrou que a vacina contra o HPV reduziu significantemente as taxas de câncer de colo do útero e também as lesões pré-cancerígenas graves (CIN3), reforçando ainda mais a importância da imunização contra a doença

 

Um estudo inglês, publicado pela revista científica The Lancet na quarta-feira, 3 de novembro, apontou que a vacina contra o HPV pode reduzir em até 87% as taxas de câncer de colo do útero. Além disso, os resultados mostraram também que o imunizante é capaz de diminuir os casos de lesões pré-cancerígenas graves (CIN3).

Aproximadamente, 90% dos casos de câncer de colo do útero ocorrem por causa da infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV). A infecção sexualmente transmissível é a mais comum em todo o mundo, atingindo de forma massiva as mulheres. Segundo o Ministério da Saúde, 75% das brasileiras sexualmente ativas entrarão em contato com o HPV ao longo da vida, sendo que o ápice da transmissão do vírus se dá na faixa dos 25 anos. Após o contágio, ao menos 5% delas irão desenvolver câncer de colo do útero em um prazo de dois a dez anos.

"Na grande maioria dos casos, o câncer de colo do útero é causado por uma infecção persistente por alguns tipos oncogênicos do Papilomavírus Humano (HPV). A infecção genital por HPV é muito frequente e, na maioria das vezes, é assintomática e autolimitada, com grande parte das mulheres resolvendo esta infecção até os 30 anos de idade. Em alguns casos, porém, pode haver a persistência do vírus nas células do colo do útero, e isso promove as alterações celulares que podem progredir para o desenvolvimento de câncer", explica Marcela Bonalumi, oncologista do CPO Oncoclínicas.

Os resultados da pesquisa foram feitos a partir da imunização de meninas de 12 e 13 anos, na Inglaterra, que começou a ser realizada no país em 2008 com a vacina bivalente - que protege contra os tipos 16 e 18 do HPV. Até o ano de 2010 houve uma repescagem para adolescentes de 14 e 18 anos. Os pesquisadores fizeram também o acompanhamento de mulheres de 20 a 30 anos com câncer de colo do útero neste período. A partir de 2012, a Inglaterra passou a usar a vacina quadrivalente - que atua contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV.

Para as que receberam a vacina com 12 e 13 anos, a redução dos casos de câncer foi de 87% e das lesões pré-cancerígenas graves de 97%. Já as que receberam com 14 e 16 anos, houve a diminuição de 62% nos casos de câncer e 75% em lesões pré-cancerígenas graves. Por fim, as que receberam o imunizante entre 16 e 18 anos tiveram uma queda de 34% nas taxas de câncer e 39% em lesões pré-cancerígenas graves, segundo o estudo. Vale lembrar que a comparação foi feita em relação à população não vacinada.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tumor de colo de útero atinge mais de 16 mil mulheres no Brasil por ano - o que faz ele ser o terceiro tipo de câncer mais prevalente entre a população feminina. Por ser considerada uma doença bastante silenciosa, cerca de 35% dos casos são levados a óbito.


Prevenção é tudo!

Segundo a especialista, evitar o contágio pelo HPV é a prevenção primária do câncer do colo do útero. Como a transmissão ocorre através do contato, o uso de preservativos (camisinha masculina ou feminina) durante a relação sexual protege apenas parcialmente contra a doença. Não é possível afirmar que a proteção seja total porque o contágio também pode ocorrer pelo contato com a pele da vulva, a região perineal, perianal e a bolsa escrotal.

Diante dessa realidade, Marcela Bonalumi ressalta a relevância do foco no incentivo à vacinação contra o HPV, ferramenta essencial na luta contra o câncer do colo do útero. "A partir da imunização contra o HPV, é possível prevenir não só o câncer de colo do útero, mas também o de vulva, ânus e vagina nas mulheres e de pênis nos homens. Além disso, essa proteção pode auxiliar na precaução de lesões pré-cancerosas. Vale lembrar ainda que a vacinação deve acontecer antes do início da vida sexual, justamente por conta da exposição ao vírus. Por isso, é fundamental alertar e incentivar esse cuidado com informação de qualidade".

Desde 2014, a vacina é oferecida nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) de todo o Brasil para meninas de 9 a 14 anos de idade e meninos de 11 a 14 anos. A cobertura vacinal contra o HPV tem sido decepcionantemente baixa em todo o mundo e, apenas 1,4% de todas as mulheres elegíveis, receberam um curso completo da vacinação contra o HPV. Além disso, há iniquidade no acesso às vacinas contra o HPV: em regiões de alta renda, 33,6% das mulheres entre 10 e 20 anos receberam o curso completo da vacina contra o HPV, em comparação com apenas 2,7% nas regiões de menor renda. Percebe-se, portanto, que a população de países que carregam a maior parte da carga de doenças relacionadas ao HPV em todo o mundo tem menos acesso às vacinas.

"Combinada à vacinação, a realização do exame de rotina ginecológica, através do Papanicolau, anualmente durante dois anos consecutivos e então uma vez a cada três anos, dos 25 aos 64 anos de idade, é um meio importante de se tratar as lesões pré-cancerosas ou agir rapidamente contra o câncer do colo do útero. Mesmo as mulheres vacinadas devem fazer o Papanicolau periodicamente, pois a vacina não protege contra todos os tipos oncogênicos de HPV. A proteção vacinal cobre os Papilomavírus Humanos dos tipos 6 e 11 (que causam verrugas genitais), 16 e 18 (responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero)", destaca a especialista.

O plano estratégico da Organização Mundial de Saúde (OMS) para a eliminação desta doença propõe uma meta de incidência de câncer do colo do útero de quatro ou menos casos por 100.000 mulheres/ano. Para atingir a incidência alvo, a OMS propõe metas de 90% das meninas vacinadas contra HPV aos 15 anos de idade, 70% das mulheres rastreadas duas vezes na vida (aos 35 e 45 anos) e 90% de adesão às recomendações de tratamento para as lesões pré-câncer e invasivas.

 

21/11 - Dia Mundial de conscientização da DPOC

Pessoas entre 40 e 50 anos estão entre as que mais recebem diagnóstico na fase moderada da DPOC [vii]

A doença é uma condição progressiva e pode ser tratada e prevenida, mas não curada [i ii iii]

 

Um adulto com vida normal começa a sentir falta de ar, tossir cronicamente e, da noite para o dia, tem a sensação de limitação para realizar atividades rotineiras. Esses podem ser os sintomas da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), também conhecida como enfisema ou bronquite crônica. A doença é uma condição progressiva que limita o fluxo de ar nos pulmões causando desconforto, limitação ao exercício e às atividades do dia a dia [iv vii viii]. A DPOC infelizmente permanece uma condição fatal para quatro brasileiros por hora, totalizando 40 mil todos os anos [vi] .

A jornada do paciente até o diagnóstico correto é longa e 50% deles já estão em estágio moderado da doença quando são diagnosticados [vii] . O percentual de subdiagnóstico em indivíduos com fatores de risco atendidos na atenção primária ainda é muito elevado (71,4%) [viii].

"A ampliação do arsenal terapêutico para a doença, a reabilitação pulmonar e o tratamento adequado e precoce [vii viii] diminuem as taxas de exacerbação, como são chamadas as crises respiratórias em que a falta de ar piora subitamente, e podem reduzir os números de internação hospitalar e a mortalidade, especialmente em pacientes entre 50 e 70 anos de idade" explica o pneumologista, Dr. Alcindo Cerci Neto.

O tratamento ajuda a retardar a progressão da doença [vii viii]. Por causa da exposição a fumaças orgânicas (ex. queima de lenha) ou devido ao início precoce do hábito de fumar, uma série de casos de DPOC são diagnosticados em pessoas entre 40 e 50 anos de idade, levando a perda acelerada da capacidade pulmonar e ocasionando alto custo socioeconômico, perda da qualidade e redução da expectativa de vida [i].

Uma das principais metas no tratamento da DPOC é aumentar a qualidade de vida do paciente e mantê-lo ativo independentemente da gravidade da doença [i ii iii]. Por isso, a importância do diagnóstico e do tratamento precoces para retardar a progressão da doença, reduzir os riscos de exacerbação e, dessa forma, mudar definitivamente o cenário da DPOC no Brasil e no mundo [ii iii vii viii].

 

 

Boehringer Ingelheim

 

i-World Health Organization, Cardiovascular diseases: Chronic obstructive pulmonary disease (COPD) Acesso em outubro de 2021.

ii-Fernandes, F. L. A., Cukier, A., Camelier, A. A., Fritscher, C. C., Costa, C. H. D., Pereira, E. D. B., .. & Lundgren, F. L. C. (2017). Recomendações para o tratamento farmacológico da DPOC: perguntas e respostas. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 43, 290- 301.

iii-Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease - GOLD 2021 [homepage na internet]. Bethesda: Global strategy for the diagnosis, management, and prevention of chronic obstructive lung disease 2021 report.

iv-Halbert RJ, Isonaka S, George D, Iqbal A. Interpreting COPD prevalence estimates: What is the true burden of disease? Chest [Internet].2003;123(5):1684-92.

v-Centers for Disease Control and Prevention (CDC).Chronic obstructive pulmonary disease among adults--United States, 2011. MMWR Morb Mortal Wkly Rep [Internet]. 2012 Nov 23;61(46):938-43.

vi-Centers for Disease Control and Prevention (CDC).Chronic obstructive pulmonary disease among adults--United States, 2011. MMWR Morb Mortal Wkly Rep [Internet]. 2012 Nov 23;61(46):938-43.

vii-Mape DW, Dalal AA, Blanchette CM, Petersen H, Ferguson GT. Severity of COPD at initial spirometry-confirmed diagnosis: data from medical charts and administrative claims. Int J Chron Obstruct Pulmon Dis. 2011;6:573-81.

viii-Moreira GL, Manzano BM, Gazzotti MR, Nascimento OA, Perez-Padilla R, Menezes AM, et al. PLATINO, a nine-year follow-up study of COPD in the city of São Paulo, Brazil: the problem of underdiagnosis. J Bras Pneumol. 2014 Jan-Feb;40(1):30-7.


Tumores Neuroendócrinos: especialista esclarece os mitos e verdades

O dia 10 de novembro é lembrado como o dia da Conscientização do Tumor Neuroendócrino. A data tem a finalidade de reforçar o conhecimento da população sobre a doença, principalmente por se tratar de um tipo raro de câncer. Também conhecido pela sigla TNE no Brasil, essa doença é caracterizada por um tumor que pode acontecer em qualquer área do corpo, sendo as mais comuns o trato gastrointestinal, pâncreas e pulmões, podendo ser também encontrados em qualquer lugar do corpo e se espalharem para o fígado e ossos1.

Esse câncer atinge homens e mulheres de qualquer idade e se inicia pelo desenvolvimento e crescimento de forma incontrolável de células do sistema neuroendócrino, que é responsável pela liberação de hormônios no organismo e regulagem da função de diferentes órgãos2. A incidência deste tipo de tumor é de 7 em cada 100.000 pessoas3.

Por ser uma doença rara, a falta de estudos e informações sobre esse tipo de tumor afeta tanto os médicos como pacientes. Por isso, conversamos com a Dra. Aline Chaves Andrade, médica oncologista e membro titular da sociedade de oncologia clínica, para nos esclarecer os mitos e verdades dos Tumores Neuroendócrinos:


É um câncer agressivo?

Mito. Na maioria dos casos ele cresce lentamente e não tem comportamento agressivo, o que não significa que ele não seja maligno e que não vai espalhar para outros órgãos. Por isso, na maioria dos casos, pode demorar anos para um diagnóstico e para o surgimento de sintomas. Vale lembrar, porém, que existem vários tipos de tumores neuroendócrinos e há um subtipo classificado como carcinoma neuroendócrino que tem comportamento bem mais agressivo e requer tratamentos mais agressivos também.


Todo paciente com TNE tem a síndrome carcinoide?

Mito. A síndrome carcinoide é um grupo distinto de sintomas que algumas pessoas com TNEs podem ter quando os tumores no sistema gastrointestinal se espalham para outras partes do organismo, principalmente para o fígado. Os principais sintomas dessa condição incluem diarreia crônica, rubor e ondas de calor da pele ocasionais (especialmente do rosto), dor no estomago ou desconfortos abdominais, problemas cardíacos, como palpitações, por exemplo. A síndrome carcinoide afeta uma parte dos pacientes com TNEs GI, principalmente os de origem intestinal e com metástase no fígado. Pessoas com síndrome carcinoide podem apresentar esses sintomas de forma inesperada ao longo do tempo, uma vez que os hormônios podem ser produzidos em qualquer momento, afetando a qualidade de vida do paciente e podendo resultar em um problema cardíaco sério, chamado cardiopatia carcinoide. Daí a importância de reconhecer seus sintomas e iniciar o tratamento rápido. 2

Devemos lembrar que a síndrome carcinoide é a mais comum, mas não é a única que pode ocorrer. No caso dos tumores pancreáticos é mais comum a secreção de substâncias como gastrina e insulina, podendo gerar sintomas como dor de estômago, diarreia e crises de hipoglicemia.


Os TNEs são confundidos com outras doenças?

Verdade. Pois alguns desses tumores têm seus sintomas semelhantes a outras doenças, como a síndrome do intestino irritável, crises de asma e ansiedade, doenças inflamatórias intestinais, úlcera péptica, gastrite ou menopausa2.


A cirurgia é o único tratamento para os tumores neuroendócrinos?

Mito. O tratamento do câncer neuroendócrino depende principalmente da localização do tumor, se o câncer se espalhou para outras áreas do organismo e se o tumor está secretando hormônios responsáveis pelos sintomas. A cirurgia, sempre que possível, deve ser realizada se não acarretar riscos e complicações aos pacientes. Tratamentos médicos são utilizados para atenuar os sintomas e para controlar o crescimento do tumor.

A radioterapia raramente é utilizada e a quimioterapia é usada somente para casos selecionados, pois não se trata do tratamento padrão para tumores menos agressivos, em que podemos utilizar injeções mensais de análogos da somatostatina para o controle das síndromes ou do crescimento tumoral ou ainda usar medicamentos orais para seu tratamento sistêmico. Há casos em que não é necessário tratamento medicamentoso, mas o paciente deverá ser monitorado regularmente2.


A dieta e a nutrição têm um papel importante para quem é diagnosticado com TNE?

Verdade. Os tumores neuroendócrinos podem interferir nos hábitos alimentares e na digestão. Alguns TNEs podem, ainda, afetar a capacidade do organismo de extrair nutrientes do alimento, levando a deficiência de algumas vitaminas e minerais. 2.

 

Ipsen

 

Referências:

Vivendo com TNE

Hospital Sírio-Libanês


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