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segunda-feira, 25 de outubro de 2021

KAYAK: Buscas de voos para o Reino Unido sobem até 803% após anúncio da reabertura para brasileiros vacinados

Foto: Marcin Nowak para Unsplash
Dados do KAYAK mostram crescimento no volume de buscas. As cidades mais buscadas são Londres, Manchester e Edimburgo

 

Com o recente anúncio sobre a reabertura das fronteiras do Reino Unido para viajantes totalmente vacinados vindos do Brasil, o volume mensal de buscas de voos teve crescimento de até 803% para as principais cidades britânicas. A nova regra começou a valer na última segunda-feira (11) para o Brasil e outros 46 países e os turistas poderão entrar no Reino Unido sem a necessidade de respeitar uma quarentena no desembarque. 

O levantamento feito pelo KAYAK mostra que as cidades mais buscadas no último mês, respectivamente, são Londres, com crescimento de 645% nas buscas; Manchester, com aumento de 800%; e Edimburgo, com 803%.

Metodologia: Levantamento calculado com base na busca de voos no KAYAK, saídos do Brasil para o Reino Unido. Os dados são de buscas e preços no período entre 06 e 14/10/2021, para viagens até o final de 2021

Os dados mostram ainda que os valores das passagens aéreas tiveram queda em comparação a 2019. Londres teve um decréscimo de 26%; Manchester, de 12%; e a que apresentou maior queda no preço médio foi Edimburgo com 39%.  

Na comparação mensal, no entanto, houve um aumento no preço médio para Londres (+15%), Manchester (+39%) e somente Edimburgo teve diminuição de 14% no valor médio dos tickets. Atualmente, o preço médio para os destinos citados é de R$ 4.605, R$ 4.501 e R$ 4.055, respectivamente.  

Para ficar atualizado sobre as restrições para conter o avanço da COVID-19 de cada país, além de saber quais destinos estão abertos para viajantes brasileiros, vale checar o Mapa de Restrições e conferir as regras vigentes para o seu destino.

 


KAYAK

 www.KAYAK.com

 

Interamerican Network


ANS lança Sistema de Indicadores Hospitalares

Ferramenta tem como objetivo monitorar o desempenho de hospitais que atuam na saúde suplementar


A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) está lançando o Sistema de Indicadores Hospitalares (SIHOSP), plataforma para a coleta de dados desenvolvida para acompanhar o desempenho e avaliar a qualidade de hospitais que atuam no setor de planos de saúde. A iniciativa é mais uma etapa do Programa de Monitoramento da Qualidade da Assistência Hospitalar, criado para analisar e dar visibilidade a dados sobre a prestação dos serviços assistenciais e da gestão de hospitais na saúde suplementar.  

De acordo com o diretor de Desenvolvimento Setorial substituto, Cesar Serra, ao disponibilizar dados sobre o desempenho dos hospitais, a ANS dá importante passo para incentivar a competição em qualidade no setor. "A escolha de um plano de saúde normalmente passa pela percepção de qualidade da rede de prestadores oferecida. A maior transparência nos indicadores voltados à qualidade da atenção à saúde empodera o consumidor e dá os incentivos corretos para o desenvolvimento do mercado", destacou Serra.

 

Indicadores Hospitalares 

A partir desta segunda-feira, 25/10, tem início a fase de testes no sistema, a ser realizada com 16 hospitais que participaram do projeto-piloto, desenvolvido pelo Consórcio de Indicadores de Qualidade Hospitalar. Outros 360 hospitais Acreditados e Certificados estão sendo convidados para aderir ao programa e, a partir de 1º de novembro, o sistema estará liberado para o cadastramento de todos os hospitais que atuam na saúde suplementar e tenham interesse. 

Serão avaliados 14 indicadores – dos quais dez são obrigatórios –, capazes de mensurar a efetividade, a eficiência e a segurança da assistência prestada aos beneficiários pelos hospitais vinculados aos seus planos de saúde. 

Os indicadores de efetividade referem-se aos desfechos associados aos procedimentos realizados e à adesão de protocolos institucionais validados. Os de eficiência avaliam a qualidade e agilidade dos processos, buscando grau máximo de cuidado efetivo com os recursos disponíveis. E os indicadores de segurança do paciente avaliam as estratégias para evitar danos desnecessários.

  • Indicadores obrigatórios

 


  • Indicadores opcionais

 


O início da coleta dos dados será em janeiro de 2022 e os hospitais informarão os dados do painel geral de indicadores mensalmente. A ANS fará as análises dos resultados preliminares semestralmente e divulgação anual, conforme a metodologia de comparabilidade criada pelo Consórcio Nacional de Indicadores Hospitalares. Apenas no primeiro ano, está prevista a divulgação dos resultados preliminares após seis meses, em junho de 2022. 

 

O Programa de Monitoramento da Qualidade da Assistência Hospitalar 

O Monitoramento da Qualidade da Assistência Hospitalar é uma iniciativa que faz parte do Programa de Qualificação dos Prestadores de Serviços de Saúde (QUALISS), cujos indicadores foram desenvolvidos pelo Projeto Consórcio de Indicadores de Qualidade Hospitalar, desenvolvido em parceria com o Hospital Moinhos de Vento, via PROADI/SUS no triênio 2018/2020.

 

O programa é composto por três etapas de avaliação: 

1ª etapa: Seleção dos hospitais privados com selo de acreditação/certificação, o que contabiliza até o momento, cerca de 376 hospitais, distribuídos em todas as Regiões do Brasil.  A escolha desses estabelecimentos se deu pelo fato de já terem considerável nível de organização de processos internos e de experiência com coleta de dados em razão de seus selos de qualidade. 

2ª etapa: Análise dos resultados dos indicadores gerais. Esta fase tem início em 25/10/2021 com os testes no sistema e, na sequência, com o cadastramento dos hospitais para posterior inserção dos dados relativos aos 14 indicadores. 

3ª etapa: Avaliação de indicadores relacionados às cinco linhas de cuidado que refletem as mais frequentes causas de morbimortalidade hospitalar:

  • Linha de cuidado de Acidente Vascular Cerebral;
  • Linha de cuidado de Doença Coronariana Aguda;
  • Linha de cuidado de Sepse;
  • Linha de cuidado de artroplastia de quadril;
  • Linha de cuidado de câncer de mama e câncer de Próstata.

A metodologia do Programa prevê a divulgação dos resultados por estabelecimento hospitalar e de forma consolidada por meio de uma classificação por faixas avaliativas. Esse método de classificação foi desenvolvido a partir de uma revisão de literatura envolvendo principalmente três metodologias de comparabilidade de sistema de saúde internacionais. Como forma de facilitar o entendimento, a metodologia classifica os hospitais em 5 faixas de pontuação, simbolizadas por cores. 

Faixa 1 Verde e Faixa 2 Azul: para os hospitais com o melhor desempenho; 

Faixa 3 Amarela e Faixa 4 Laranja: para os hospitais com desempenho intermediários;

 Faixa 5 Vermelha: para os hospitais com desempenho inferior. 

No portal da ANS estão disponíveis todas as informações sobre os Programas de Qualificação dos Prestadores de Serviços de Saúde (QUALISS) e de Monitoramento da Qualidade da Assistência Hospitalar, com a relação dos estabelecimentos de saúde participantes e as fichas técnicas dos indicadores. Clique aqui para acessar.


Proficiência em inglês: qual teste escolher?


Cursar o Ensino Superior, mestrado ou doutorado no exterior, na maior parte das vezes, demanda uma série de documentos e avaliações. Uma dessas exigências é realizar exame de proficiência de língua inglesa. Esses testes servem para assegurar que o candidato consegue compreender e se comunicar naquela língua. Mas, quando se fala em proficiência em inglês, há muitas opções. Cambridge, TOEFL, IELTS. Qual deles é o mais adequado?

De acordo com o gerente de conteúdos do PES English, Luiz Fernando Schibelbain, tudo depende de quais são os objetivos. Em muitos casos, a universidade ou governo é que determina qual teste é aceito para aquele objetivo específico. Mas, se a ideia for enriquecer o currículo ou ter um certificado oficial atestando o nível de inglês, alguns fatores precisam ser levados em consideração na hora de decidir qual exame prestar. Valor do investimento, facilidade de acesso e prestígio do exame são alguns desses fatores. “Você também pode estar inserido em um programa de ensino de inglês que tenha uma certificação internacional integrada a ele, o que vai funcionar como uma auditoria externa para verificar o que você aprendeu, se o programa é eficaz e se a instituição conveniada a ele está prestando um serviço pedagógico de qualidade”, explica. O PES English adota os exames de Cambridge, por exemplo.


Qual é o melhor momento para prestar um exame de proficiência?

A maior parte dos exames de proficiência disponíveis atualmente no mercado tem uma data de validade. Ou seja, teoricamente não adianta prestar esses exames muitos anos antes que seja necessário apresentá-los às universidades ou governos, porque eles estarão expirados até lá. Nesse sentido, os exames de Cambridge levam vantagem, porque não têm data de validade. TOEFL e IELTS, por sua vez, valem por dois anos cada.

Para Schibelbain, há ao menos três momentos em que uma pessoa deve considerar prestar um exame de proficiência: ao término de um ciclo escolar, como ao fim do Ensino Fundamental ou do Ensino Médio, ao se candidatar a estágios ou estudos em instituições globais e ao ingressar em uma carreira corporativa em que o inglês seja um pré-requisito essencial.


Quais as principais diferenças entre Cambridge, TOEFL e IELTS?

Aceito em mais de 25 mil instituições de todo o mundo, os exames de inglês elaborados pela Cambridge Assessment English trabalham incentivando a progressão contínua, de modo a melhorar as habilidades linguísticas da fala, compreensão, leitura e escrita, desde o nível básico até o proficiente. “Esses exames possuem versões para escolas, ensino geral e superior e para negócios. Podem ser usados para fins de ensino superior e pós-graduação, corporações, órgãos de governo e ministérios”, detalha o especialista.

Por sua vez, o International English LanguageTesting System (IELTS) é aceito em mais de 10 mil instituições que estão em 140 países. O objetivo do teste é avaliar a maneira como se usa o idioma para estudar, trabalhar e viver em um ambiente onde o inglês é falado. As instituições que o aceitam têm diferentes níveis de exigência para as notas. O IELTS também é dividido em versões e é preciso saber qual delas é requisitada em cada situação.

Já o TOEFL é um certificado que atesta como está a proficiência em inglês do candidato em um determinado período. Muito requisitado pelo meio acadêmico, é hoje um dos mais conhecidos do mundo. Mas atenção: embora algumas instituições europeias aceitem o TOEFL, ele é mais solicitado por instituições de ensino americanas e canadenses.


Como deve ser feita a preparação para um exame de proficiência?

Segundo Schibelbain, qualquer exame de proficiência precisa de muito estudo e conhecimento do idioma para que possa ser realizado de modo a atingir bons resultados. No caso de Cambridge, ele ressalta que é preciso buscar professores com formação continuada, além de materiais didáticos alinhados com os pré-requisitos que envolvem aquisição de língua, contextualização, aplicação e diagnóstico contínuo. Esses materiais também precisam desenvolver a prática da língua nas quatro habilidades (fala, escrita, leitura e compreensão oral) de forma constante e monitorada. “A partir daí, o candidato deve ter oportunidades de conhecer o formato das provas e o que será solicitado em cada uma delas. Também é importante participar de simulados dessas avaliações”, orienta.

 


PES English


Análise Boa Vista: inadimplência das famílias com recursos livres sobe em setembro e atinge o maior nível no ano. Spread cai, mas juros finais sobem devido aos custos de captação

Concessão de crédito continua forte, mas ritmo de crescimento diminui 





De acordo com os dados do Banco Central, a taxa de inadimplência das famílias com recursos livres avançou mais uma vez em setembro e agora marca 4,25%, ante 4,15%. A tendência de elevação na taxa já vinha sendo antecipada pelo indicador de Registros de Inadimplentes da Boa Vista, que havia apontado alta de 1,0% na comparação mensal dos dados dessazonalizados no mesmo período. Mais do que isso, a curva em 12 meses acumulados do indicador apresenta uma desaceleração da queda, o que sugere que a taxa de inadimplência divulgada pelo Banco Central pode continuar subindo.


Na avaliação dos economistas da Boa Vista, essa alta não deveria ser uma surpresa. Há muito tempo a inadimplência estava represada em níveis baixos em meio a um cenário econômico nada amistoso e que pode ainda piorar. Devem pesar contra o orçamento das famílias a inflação e os juros mais elevados, argumentos que ganharam ainda mais força na semana passada com a ruptura do regime fiscal. As projeções relacionadas à Selic, por exemplo, subiram de 8,25% para 8,75% em 2021, e de 8,75% para 9,50% em 2022. Resta saber se, diante disso tudo, o Copom manterá o “plano de voo” original. Semanas atrás, o Banco Central havia dito que não reagiria a toda e qualquer movimentação do mercado, o que não parece mais ser o caso.


A taxa de juros subiu mais uma vez pressionada pelos custos de captação, que passaram de 8,53% para 9,28%. O spread bancário, por sua vez, diminuiu um pouco, de 32,3 para 32,06 pontos percentuais. No final das contas, a taxa encerrou o mês em 41,34%, ante 40,83% no mês de agosto.


Mais uma vez, o aumento da inadimplência e da taxa de juros não freou a concessão de crédito, mas o ritmo de crescimento já dá sinais de acomodação. A concessão de recursos livres às famílias registou alta de 1,7% na comparação mensal dos dados dessazonalizados, em linha com o resultado apresentado pelo indicador de Demanda por Crédito da Boa Vista, que havia mostrado alta de 1,2% na mesma base de comparação para o segmento Financeiro. Na comparação interanual, o número do Banco Central subiu 20,55%, mas vinha de uma elevação de 28,57% em agosto.

Essa acomodação na concessão de crédito também era esperada. Primeiro porque parte deste crescimento se deve ao efeito base, dado que, um ano após o início da crise, ou seja, em março de 2021, a concessão apontava queda de 4,05%. Um ano antes, em março de 2020, a concessão crescia 14,69%. Em segundo lugar porque o mercado como um todo está esfriando, as projeções de crescimento são cada vez menores, ao passo que, as expectativas de inflação e juros, como dito antes, caminham no sentido oposto, de modo que o risco se torna mais elevado também.

Black Friday no varejo: como sua empresa pode se preparar?

A Black Friday é uma das datas mais importantes para o varejo. O evento, ansiosamente aguardado por muitas pessoas, é uma excelente oportunidade para alavancar as vendas, conquistar novos clientes e prosperar no mercado – principalmente com o crescimento e popularização do comércio eletrônico nos últimos anos. As empresas que se prepararem devidamente poderão conquistar não apenas esses, mas muitos outros benefícios para seu destaque frente aos concorrentes.

Mesmo que esteja presente há poucos anos no calendário brasileiro, a Black Friday já se consolidou no comércio nacional dentre companhias dos mais diferentes portes e segmentos. Com a crescente adesão dentre empreendedores, esse é o momento perfeito para aperfeiçoar a jornada de compra dos consumidores, proporcionando uma experiência rica e, consequentemente, os fidelizando à marca.


Panorama Geral sobre a Black Friday no Brasil

Em 2020, as vendas no e-commerce no Brasil chegaram a R$ 3,1 bilhão ao longo da Black Friday – um crescimento de 24,8% em comparação com 2019, segundo dados divulgados pela consultoria Ebit/Nielsen. Há apenas um mês da grande data, já está na hora dos varejistas se prepararem para a alta demanda de vendas do período, por meio de estratégias voltadas especialmente para uma maior proximidade e entendimento do perfil de seus clientes.


Como se destacar diante à concorrente?

Todas as empresas irão disponibilizar uma série de descontos e ofertas para aumentar seu volume de vendas. Por isso, o que irá fazer com que o seu negócio se destaque em meio à tanta concorrência, é a customização das promoções. A análise do histórico de compras dos clientes, suas preferências e necessidades, deve ser a base estratégica a ser implementada na Black Friday.

Essas informações serão essenciais para identificar e oferecer o que faz sentido para os consumidores – desde a busca pelo produto, sua oferta, compra e todo o pós-venda. Quanto mais personalizado for esse processo, melhor a experiência do cliente durante sua jornada de compra e, sua satisfação. Nessa tarefa, a inteligência artificial é uma das principais aliadas, com ferramentas que auxiliam no entendimento do perfil dos usuários para, a partir disso, direcionar as ofertas com base em suas preferências.


Canais digitais: use a tecnologia a favor da sua empresa

Por meio da tecnologia, é possível criar uma comunicação próxima e efetiva, o que pode proporcionar resultados ainda mais satisfatórios. Hoje em dia, existem diversos canais que garantem uma comunicação instantânea, fluída e veloz entre a empresa e seus clientes, por meio de features que enriquecem e proporcionam um maior engajamento entre as partes e uma maior credibilidade da companhia. O RCS (Rich Communication Service) e outras redes sociais com o Instagram, são alguns dos meios mais populares e importantes para essa comunicação de duas vias.


A importância do atendimento humanizado

Mesmo diante da necessidade da tecnologia, o varejo não pode se esquecer de conciliar suas estratégias ao atendimento humanizado na Black. Um olhar diferenciado ao consumidor fará toda a diferença para que se sinta importante e, volte a comprar do negócio futuramente. Enquanto uma experiência ruim, com ofertas que não fazem sentido ao seu perfil e, o despreparo dos times em atender à alta demanda, é fatal não apenas para o sucesso da empresa no evento, mas para sua perpetuidade no mercado.



Bernardo Borzone - diretor de receitas responsável pelas áreas de Customer Success, Comercial e Marketing na Pontaltech, empresa especializada em soluções integradas de voz, SMS, e-mail, chatbots e RCS.

 


Pontaltech

https://www.pontaltech.com.br/


Como as tecnologias inteligentes estão transformando a indústria?

A automação industrial vem se mostrando cada vez mais importante e necessária para uma maior eficiência, produtividade e qualidade de produção. Para que consigam alcançar tal êxito, os investimentos em tecnologias inteligentes vêm ganhando espaço e destaque nos mais diversos setores, capazes de transformar toda a cadeira de produção, otimizar o desempenho e, acima de tudo, a assertividade em todos os níveis operacionais.

Vistas nas mais diversas ferramentas e sistemas, essas tecnologias são desenvolvidas para que se adequem às necessidades das indústrias, independentemente do porte ou segmento. Em outras palavras, auxiliam para que consigam se estruturar e rodar de maneira inteligente, por meio das melhores práticas que existem no mercado. Em uma lógica inversa, ao invés das companhias montarem uma tecnologia com base no que acreditam ser necessário, é a ferramenta quem irá identificar essas demandas e, buscar a melhor forma de supri-las por meio da integração de diversas ferramentas.

Como resultado, elas geram processos internos muito mais eficazes, reduzindo custos principalmente provenientes de trabalhos braçais, mais segurança nos processamentos, análise preditiva aliada especialmente ao uso do Big Data nos sistemas e, trazendo um importante compliance em sua estrutura. A expectativa, segundo o Instituto de Transformação Digital (DTI) da Capgemini, é de que elas acrescentem até US$ 1,5 trilhão à produção global do setor industrial nos próximos anos.

Em um mercado no qual os ataques virtuais vêm crescendo e invadindo as mais diversas organizações, essas tecnologias se tornam ainda mais indispensáveis para proteger dos dados e evitar fraudes. O armazenamento em nuvem em sistemas homologados é uma das práticas mais utilizadas para este objetivo, reduzindo as chances de invasões, perda de informações e, ainda, diminuindo os custos que envolvem a gestão desses dados.

Quando integradas de forma colaborativa, os próprios consumidores finais irão sentir seus benefícios na entrega de serviços de qualidade. Seja por meio da inteligência artificial, robótica, machine learning ou qualquer outro recurso, para que se tornem fábricas inteligentes, é preciso estar preparado para incorporá-las de maneira organizada e planejada. Todo o time responsável por esse processo deve ter em mente os requisitos necessários e, o que deve ser feito durante o processo.

Ainda, a busca por uma empresa especializada na implantação de tais tecnologias inteligentes é indispensável. Apenas elas terão o conhecimento necessário para guiá-los nessa jornada, com profissionais preparados para tal responsabilidade. Não há como negar o poder e influência da tecnologia na sobrevivência e destaque dos negócios – contudo, a contribuição humana ainda será fundamental para que sejam supervisionadas e gerenciadas, a fim de que consigam transformar e revolucionar a indústria. 

 


Renato Halt - Cofundador da b2finance, consultoria especializada em BPO - Business Process Outsourcing. 

 

b2finance

http://b2finance.com.  

 

Cartórios do Brasil passam a receber denúncias contra violência doméstica

Campanha nacional Sinal Vermelho conta com os mais de 13 mil Cartórios brasileiros para prestar auxílio discreto e sigiloso às mulheres em situação de vulnerabilidade



Os mais de 13 mil Cartórios brasileiros agora são pontos de apoio às mulheres vítimas de violência doméstica. A partir desta segunda-feira (25.10), todas as unidades do país integram a campanha Sinal Vermelho, que tem como objetivo incentivar e facilitar denúncias de qualquer tipo de abuso dentro do ambiente doméstico e que, por meio de um símbolo "X" desenhado na palma da mão, poderão, de maneira discreta, sinalizar ao colaborador a situação de vulnerabilidade, que então acionará a Polícia.

A ação nacional permanente integra a Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg/BR), entidade que representa todos os Cartórios do país, a uma iniciativa nacional da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), já transformada em Lei Federal nº 14.188, de 28 de julho de 2021 -, como uma das medidas de enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher previstas na Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), e no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal).

Para integrar os Cartórios à iniciativa, a Anoreg/BR produziu e disponibilizou uma série de materiais às unidades de todo o país, como vídeos, cartilha, cartazes e materiais para as redes sociais, de forma a preparar os funcionários para oferecer auxílio -- abrigando a mulher em uma sala da unidade -- e acionar as autoridades. Caso a vítima não queira ou não possa ter auxílio no momento, os profissionais deverão anotar seus dados pessoais -- nome, cpf, rg e telefone -- e comunicar posteriormente as autoridades responsáveis.

"Os Cartórios foram considerados serviços essenciais durante todo esse período de pandemia, seja pelos atos de cidadania que praticam, seja pela segurança jurídica que emprestam aos atos pessoais e patrimoniais das pessoas, de forma que usar sua presença em todo o território nacional como forma de atuar na proteção das mulheres, ainda mais fragilizadas neste momento, é um papel que não devemos nos furtar", destaca o presidente da Anoreg/BR, Claudio Marçal Freire.

Segundo números divulgados pela AMB, mais de 17 milhões de mulheres sofreram violência física, psicológica ou sexual entre agosto de 2020 e julho de 2021, número que representa 24,4% da população feminina com mais de 16 anos que reside no Brasil. Já as chamadas para o número 180, serviço que registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, tiveram aumento de 34% em comparação ao mesmo período do ano passado, segundo balanço do governo federal.




Associação dos Notários e Registradores do Brasil - Anoreg/BR

 

Como a exclusão do ISS do cálculo do PIS e Cofins pode beneficiar as empresas?

A exclusão do ICMS da Base de Cálculo do Pis e da Cofins foi julgada favoravelmente ao contribuinte e, ficou conhecida como a “tese do século”, tendo em vista os vultuosos valores restituídos aos contribuintes.

Relembrando que, em maio deste ano, o STF excluiu o ICMS da base de cálculo do PIS e da Cofins, segundo cálculos da Instituição Fiscal Independente (IFI), a decisão pode representar uma perda de aproximadamente R$ 120 bilhões na arrecadação da União ainda em 2021.

Embora a tese já tenha sido julgada pelo Supremo Tribunal Federal – STF, continua trazendo repercussão financeira positiva ao contribuinte, mas agora para as prestadoras de serviços.

A legislação brasileira determina que as empresas prestadoras de serviços devem pagar o Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN), cuja alíquota varia entre 2% e 5% sobre o valor do serviço prestado. Assim, para as prestadoras de serviços, cabe recolher o ISS enquanto, para a indústria e o comércio, deve ser recolhido o ICMS.

O fisco federal determina que tanto o ISS quanto o ICMS devem compor a base de cálculo do Pis e da Cofins. Desta forma, o racional jurídico utilizado para a exclusão do ICMS da base de cálculo das contribuições se aplica inteiramente ao ISS.

Diante da possibilidade de questionamento judicial da exclusão do ISS da base das contribuições, é possível para as empresas ingressarem com a ação judicial pertinente para reduzir a carga tributária federal.

A redução da carga tributária tem reflexo financeiro imediato. A economia mensal poderá ajudar na melhoria dos processos internos, destinada ao pagamento de dívidas tributárias existentes, ou até mesmo, aumentar a lucratividade.

Somada à vantagem imediata, as empresas podem requerer o que foi pago indevidamente nos últimos cinco aos a contar do ingresso da ação judicial. Assim, a cada mês que o empresário demora em ingressar com a ação, perderá um mês retroativo.

Além do prazo, é importante deixar claro que as empresas que não ingressarem com ação judicial podem ter seu prazo de restituição limitado pela decisão do Supremo Tribunal Federal, como ocorreu recentemente na “tese do século” em que as empresas perderam milhões de reais em restituição. É inegável que há dinheiro na mesa.

A exclusão do ISS da base de cálculo do PIS e da Cofins poderá proporcionar para as empresas uma restituição de aproximadamente R$ 6,1 bilhões, de acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Esse valor pode alcançar os R$ 32 bilhões, caso o governo federal tenha que restituir os valores pagos pelos contribuintes nos últimos cinco anos. Diante desse cenário, nossa recomendação é que as empresas prestadoras de serviços ingressem com a ação judicial criando um ambiente de segurança jurídica.

 


Angelo Ambrizzi - advogado especialista em Direito Tributário pelo IBET, APET e FGV com Extensão em Finanças pela Saint Paul e em Turnaround pelo Insper e Líder da área tributária do Marcos Martins Advogados.

 

Marcos Martins Advogados

https://www.marcosmartins.adv.br

Estudo da NTT Data aponta que 80% dos colaboradores esperam que as empresas respeitem sua vida pessoal e seu tempo com a família, amigos e passatempos

Levantamento "Profissional do Futuro" coletou em percepções de mais de 3 mil profissionais de 10 países, entre eles o Brasil, para entender o que fará a diferença para o ambiente de trabalho daqui a cinco anos

 

A NTT Data, uma das maiores companhias de tecnologia do mundo, acaba de lançar o estudo "Profissional do Futuro". O trabalho buscou captar as expectativas dos colaboradores e líderes sobre o futuro do trabalho e traçou as competências, tanto de líderes como colaboradores, que eles devem ter em 2025 - capacidades vistas como diferenciais no futuro do trabalho.

O estudo, feito a partir de questionário com 3.249 profissionais e entrevistas com 34 líderes executivos de 10 países (entre eles o Brasil), mostrou que cerca de 80% dos colaboradores esperam que as empresas no futuro respeitem a vida pessoal e o tempo deles com a família, amigos e passatempos. E quase 97% dos entrevistados responderam que preferem trabalhar num formato diferente do tradicional, totalmente presencial. Menos de 1,5% dos entrevistados desejam o retorno do trabalho exclusivamente no escritório.

"O home office mostrou que é possível ser produtivo sem a necessidade de estar fisicamente presente no escritório, além de benefícios como o ganho de tempo com a família, fuga do trânsito, redução de custos, entre outros. Isso não significa que não exista quem sinta falta do convívio social, mas mostra que a flexibilidade virou um desejo profissional", diz Leylah Macluf, diretora de talento e transformação da NTT Data na América Latina.

Em relação às expectativas, quase metade dos colaboradores (47%) afirmaram ter um grau de preocupação médio sobre a dificuldade em manterem-se atualizados num mundo de constantes mudanças e sobre a possibilidade de não terem um emprego.

O trabalho identificou que as qualidades mais desejáveis dos colaboradores nos próximos cinco anos serão: capacidade de aprendizado, flexibilidade, boa comunicação e equilíbrio. Já para os líderes, os entrevistados esperam que eles sejam integradores, que conversem e escutem suas equipes, tenham a sensibilidade de entender as pessoas, trabalhem ao lado deles - e, além disso, sejam inspiradores.

"Os profissionais estão vivendo um momento desafiador sobretudo por conta da pandemia. Eles precisam ser os eternos aprendizes, ou seja desenvolver a capacidade de adaptação, flexibilidade e equilíbrio para lidar com as mudanças que estão ocorrendo. E os líderes devem ser sensíveis, que tenham a capacidade de perceber o que está acontecendo com sua equipe ou indivíduos e saibam lidar com essas situações.", diz Leylah.


Saúde mental e suporte para o desenvolvimento profissional

A saúde mental é apontada como um fator preocupante para a maior parte dos entrevistados. 44% possuem um alto grau de preocupação se a quantidade de trabalho irá afetar a saúde mental das pessoas. Outros 43% destacam uma preocupação média sobre o tema.

Os participantes da pesquisa apontam um desejo de contar com o suporte das empresas para seu desenvolvimento profissional. Pouco mais de 65% dos entrevistados esperam que a empresa do futuro daqui a cinco anos invista na sua educação e desenvolvimento.

Outro fator relevante destacado no estudo é uma política de benefícios por parte dos empregadores. Quase 45% esperam que a empresa do futuro daqui a cinco anos ofereça benefícios flexíveis como plano de saúde, alimentação, transporte, seguro de vida, creche, etc.


Características dos profissionais do futuro

52% dos entrevistados acreditam que será importante aprender constantemente. Metade aposta que a adaptabilidade também será fundamental. 44% acreditam que ter um perfil comunicativo e saber interagir, se expressar e relacionar será um diferencial. Outro dado importante aponta que 31% destacaram inteligência emocional como um fator relevante para o futuro, ou seja, entender que conflitos podem existir e saber lidar com eles em diferentes situações.

Sobre o perfil de um profissional de grande destaque daqui cinco anos, 81% dos entrevistados responderam que profissionais com criatividade e capacidade analítica terão um alto grau de importância para as empresas no futuro. 84% acreditam também que profissionais que tem visão de inovação, conseguem ir além do óbvio, têm mente aberta terão alto grau de sucesso.

Além disso, 71% afirmam que capacidade analítica e senso crítico serão características importantes e 60% destacam que entender a importância da diversidade como impulsionadora da inovação precisa fazer parte dos skills do profissional de sucesso.


Domínio da tecnologia: fundamental, mas não diferencial competitivo

Para especialistas e executivos, o domínio tecnológico será fundamental - mas apenas como requisito de entrada no mercado de trabalho, não como um diferencial.

"O conhecimento sobre o uso da tecnologia não se sustenta sozinho. Ele precisa do lado humano que a crie, desenvolva e gerencie. Estamos falando de uma perspectiva humana sobre a tecnologia. A capacidade de criar, analisar, criticar virá do lado humano e não da máquina", destaca Leylah.

Três em quatro profissionais que responderam à pesquisa acreditam que o domínio da tecnologia e da robotização terá um alto grau de importância para as empresas no futuro. 70% acreditam que profissionais que dominam plataformas digitais e têm facilidade com tecnologia terão alto grau de sucesso no futuro.


Sentimentos: otimismo ou pessimismo sobre o futuro do trabalho?

Sentimentos opostos são naturais no atual contexto de mundo. Todas as pessoas estão passando por uma montanha russa de experiências e emoções. O estudo coletou a percepção das pessoas a respeito de seus sentimentos sobre o futuro do trabalho e 47% dos profissionais demonstraram um sentimento de otimismo. 28% destacaram um sentimento de esperança e 27% afirmaram ter confiança sobre esta questão.

Outro dado interessante do estudo foi o de 47% dos profissionais sentirem-se curiosos em relação ao futuro do trabalho. Naturalmente, esta curiosidade pode acarretar alguns sentimentos negativos como incerteza, apontada por 29% dos profissionais, ansiedade, destacada por 15% e também de preocupação, mencionada por 15%.


Imprevisibilidade traz preocupações

Esta Imprevisibilidade traz preocupações de nível médio para a maioria dos participantes. O estudo aponta que 48% dos entrevistados possuem um grau de preocupação média sobre a juventude ser mais valorizada que a experiência daqui cinco anos.

No entanto, para os especialistas e executivos entrevistados, o que fará a diferença serão a atitude e a capacidade do profissional estar preparado para lidar com novas situações e desafios.

Outro conflito que aparece com nível de preocupação médio é a relação humana x máquina, pois 41% dos entrevistados temem que a tecnologia possa substituir as pessoas em algumas funções.

"Esses pontos reforçam a importância de o profissional estar aberto e apto a aprender e reaprender o que for necessário, não somente para se manter atualizado, mas para estar preparado para as mudanças que poderão afetar o mercado de trabalho", afirma Leylah.


Brasil: uma opinião humana sobre o profissional do futuro

O recorte da visão brasileira sobre o profissional do futuro daqui a cinco anos é muito similar ao recorte global. No entanto, questões culturais e sociais, associadas às experiências vividas na pandemia, trazem uma maior importância para alguns fatores levantados na pesquisa.

O primeiro deles está relacionado aos formatos de trabalho. Cerca de 35% dos brasileiros gostariam de trabalhar de maneira totalmente remota, diferente da visão global, onde trabalhar totalmente remoto teve 25% das escolhas. A importância do home office pode estar associada a dois motivos: a conclusão que é possível ser produtivo fora do escritório e a dificuldade de locomoção em grandes cidades. "A consciência do ganho de tempo por não precisar enfrentar o trânsito, percebida durante a pandemia, é um fator que pode ter influenciado a opinião dos profissionais brasileiros", afirma a diretora de talento e transformação da NTT Data na América Latina.

Outra questão está relacionada ao bem-estar emocional. Quase metade dos colaboradores têm uma preocupação alta de que a quantidade de trabalho afetará a saúde mental das pessoas no futuro, e, exatamente por isso, 56% acreditam que os líderes precisam ter capacidade para identificar quando as pessoas de sua equipe não estão bem mental/emocionalmente e saber lidar com isso.

Sobre as caraterísticas do profissional do futuro daqui a cinco anos, o que chama a atenção em relação à opinião dos brasileiros é que 92% deles acreditam que a flexibilidade, a capacidade de adaptação e o aprendizado serão características muito valorizadas pelas empresas. Além disso, 68% dizem que quem entender a importância da diversidade como impulsionadora da inovação terá um alto grau de sucesso no mercado de trabalho do futuro.

"Todas essas informações levantadas no estudo reforçam a visão de um futuro em que a sensibilidade humana será um diferencial, tanto para os profissionais, quanto para as empresas", diz Leylah.

 

De nada valerá o sucesso alcançado com as leis, se os números falharem

Com o advento da lei 11.232/2005 foi introduzido ao ordenamento processual a fase de liquidação de sentença. No processo trabalhista, tal momento se faz conforme exposto no art. 879 da CLT, que elucida: “sendo ilíquida a sentença, exequente, ordenar-se-á a sua liquidação”.

Imagine, caro leitor, o advogado que obteve inúmeros êxitos nas decisões homologadas aos autos e, no momento de liquidar, colocar em dúvida seu feito por um erro de cálculo e colocar a perder todo o esforço inserido no processo?

Alguns doutrinadores da seara laboral são consoantes que a liquidação de sentença compõe uma fase preparatória da execução, pois seus enunciados pertencem ao capítulo V da Execução. O Ilustre Doutrinador Renato Saraiva elenca em sua obra (Curso de Direito Processual do Trabalho) 5ª ed., p. 612, que “a doutrina mais moderna conceitua a liquidação de sentença como uma ação declaratória do valor de condenação, situada entre o processo de conhecimento e o processo executivo, prestigiando assim a sua autonomia”.

Entendo que a fase de liquidação não faz parte do processo executivo, mas sim o antecede, sendo uma fase autônoma que complementa o processo de conhecimento, com o objetivo de tonar líquido o título judicial. Está situada entre a sentença condenatória na demanda de conhecimento e a execução, portanto, é o momento no qual são quantificadas monetariamente a procedência dos pedidos envolvidos na reclamatória trabalhista. Nesta fase é proibido modificar os parâmetros da decisão cognitiva e até mesmo discutir matéria pertinente à causa principal. Trata-se de vedação imposta pelo art. 879, §1º da CLT, que tem por finalidade obstar a violação do princípio da coisa julgada.

Conclui-se, por simples palavras, que a função da liquidação é simplesmente obter a expressão monetária daquilo que foi decidido, ou seja, converter com exatidão 'letra' em 'número', daí porque o produto da liquidação deve ser sempre a fiel expressão da coisa julgada material.

Na liquidação de sentença, feita por cálculo, o valor pecuniário da obrigação será determinado por meio da realização de contas aritméticas, podendo ser realizado por contador da vara judiciária, por perito nomeado pelo juiz ou pelas partes, as quais se utilizam do auxílio de um calculista.

Nos cálculos de liquidação, embora o calculista tenha sempre em mente o princípio da inalterabilidade da sentença, não é correta a concepção de que a neutralidade técnica é imune à ideologia e os (pré)conceitos de seu elaborador. O cálculo judicial não é uma tarefa técnica simples decorrente da sentença.

O trabalho do calculista se antepõe a inúmeras opções conceituais, nem sempre facilmente perceptíveis, as quais são eleitas e tratadas com base na experiência, nas ideias, e nas opiniões de seu elaborador. Em muitas circunstâncias, o calculista não se limita a apenas realizar operações aritméticas, mas adota critérios técnicos e jurídicos bem mais complexos. A sentença, principalmente a trabalhista, em geral, é um sistema de múltiplos comandos, com uma complexidade que tende a gerar dúvidas no intérprete.

Portanto, revelo que o momento da liquidação exige a máxima atenção e preciosidade nos cálculos e valores a serem apresentados, pois um mero erro virá prejudicar a parte interessada, tendo em cheque seu esforço e mérito na reclamatória judicial.

Concluindo, com a complexibilidade dos cálculos de liquidação, a escolha dos critérios a serem seguidos são tarefas difíceis, onde se faz sempre necessária a figura do calculista, que além de lidar com a técnica da interpretação jurídica, possui o conhecimento técnico-contábil. Ressalto ainda que a apresentação dos cálculos, seja para o juiz, seja para as partes, deve ser a mais inteligível, exata e íntegra possível, com a preciosidade e objetividade de possibilitar a comunicação efetiva dos valores apresentados.

 


Marcelo Arantes - especialista em cálculo judicial e sócio da Arantes e Serenini Cálculos Trabalhistas www.ascalculos.com.br


Neurocientista aponta como a volta às salas de aula é necessária para o desenvolvimento socioemocional dos alunos

A volta às aulas presenciais depois de tantos meses em casa com certeza precisará de certa preparação vinda dos professores. Alunos estudando durante tanto tempo à distância, alguns de maneira correta e outros nem tanto, aprendem de forma diferente e o desnivelamento quando voltam à escola é inevitável.

Ao falar nessa volta e no desnivelamento muitas questões estão envolvidas. Para a Dra Thais Faria, o acesso à tecnologia é algo que precisa ser lembrado. "Algumas crianças não têm acesso nenhum, o que dificultou muito o aprendizado durante todo esse tempo. Além disso, o apoio familiar também deve ser considerado. Existem famílias envolvidas no processo e ajudam muito esses alunos, porém também existem as que não ajudam, o que dificulta ainda mais quando esse aluno volta para a escola", explica.

Em pesquisa divulgada recentemente pelo The New York Times, países como Estados Unidos e Canadá já têm dados sobre o assunto. Algumas pesquisas apontam para a falta de professores e a evasão dos profissionais depois nessa volta às salas de aula. Professores estressados e despreparados são o cenário em muitos países, não é uma coisa que acontece somente no Brasil.

De acordo com a neurocientista, toda responsabilidade desse desnivelamento e a parte socioemocional desses alunos voltam para os professores. "Tudo foi colocado em seus ombros e cabe a eles então administrar para garantir ensino de qualidade para todos. Atividades inclusivas e pensadas para cada necessidade podem ser aliadas nesse processo", destaca Thais.

Durante esse tempo de isolamento muitos alunos criaram dificuldade na parte social, um grande problema que requer também um gerenciamento do professor. Segundo Thais, fora do ambiente escolar os alunos perderam o convívio social, o que influenciou diretamente em seus comportamentos. "Eles ficaram muito tempo no ensino online e fora do seu ambiente social, o que gerou uma dificuldade enorme no convívio. Nesse sentido, é necessário um suporte da escola para ajudá-los a fechar essas lacunas que levam à dificuldades no convívio e principalmente no aprendizado. Acredito que a única maneira de fechar essa lacuna seja entender onde está esse aluno, em termos de currículo educacional, e onde ele precisa chegar", afirma.

Thais explica que esse desnivelamento precisa ser resolvido ainda com os professores. Nesse sentido, a escola deve colaborar criando elementos que ajudem esses profissionais nesse desafio tão novo para todos. "É a escola quem deve balancear esse lado acadêmico e o socioemocional dos alunos. Os professores precisam dessa colaboração da instituição para terem tempo de preparação de planejamentos para cada dificuldade dos seus alunos. É necessário tempo de observação para não se trabalhar com achismos. Os alunos precisam de atividades pensadas de acordo com suas necessidades, para que haja estímulo de aprendizado diante das dificuldades que cada um deles apresenta", concluiu a neurocientista.


Dra Thais Faria - neurocientista, mestre em educação e pós doutoranda em Neurociência Educacional. Em sua especialização, Thaís adaptou a metodologia da neurociência da medicina para a educação. Professora Ensino Superior e diretora do Instituto Thais Faria Coelho, já formou mais de 30 turmas em seu curso de pós-graduação. https://instagram.com/thaisneurociencia?utm_medium=copy_link

 

Período de trabalho rural pode antecipar e até aumentar o valor da aposentadoria


Décadas atrás, era comum famílias morarem e trabalharem na zona rural. Mas, o que muitos não sabem é que este período pode antecipar a aposentadoria e até aumentar a renda do benefício. Aliás, quanto maior tiver sido este tempo de trabalho rural, maior a renda da aposentadoria. Sendo assim, o período rural pode ser utilizado tanto para somar tempo e garantir uma aposentadoria por tempo de contribuição ou por idade, como também para incrementar a renda. 

O período de trabalho na zona rural pode ser computado desde a infância, havendo, inclusive, decisões judiciais favoráveis, no sentido de computar este período a partir dos 8 anos de idade, trabalhados conjuntamente com sua família, em condições de mútua dependência e colaboração, que seja indispensável para o sustento da casa.  

As mudanças nos critérios da lei para o enquadramento nesta categoria levaram a uma diminuição na modalidade, com a exigência de que pelo menos metade da renda do produtor tenha origem rural. 

São produtores que antes se enquadravam nos critérios da lei, com a mão de obra da família correspondendo a mais da metade do total no estabelecimento. Com a redução do número de pessoas, o produtor tem que contratar pessoas, mesmo que temporárias, e tendo que buscar atividade fora, já que essa nova realidade faz com que eles não se enquadrem nos critérios da lei. 

A aposentadoria por idade híbrida ou mista é uma modalidade de benefício que permite a soma de tempo urbano e rural para que o segurado preencha os requisitos e se aposente. Neste caso, o segurado pode ter acesso ao benefício tanto pelo tempo de trabalho urbano quanto rural. 

A criação dessa modalidade de benefício pela Lei 11.718/2008 trouxe uma solução para vários segurados, os quais, por boa parte de sua vida, exerceram atividade rural. Todavia, antes de completar a idade para aposentadoria por idade rural, acabavam por migrar para zona urbana, mas se viam desprotegidos, sem direito ao benefício rural e nem ao urbano, já que não chegavam a completar o tempo mínimo exigido na cidade. 

Algumas discussões foram levantadas em relação a esse benefício, entre elas, se era necessário que o segurado retornasse à zona rural para ter direito ao benefício, bem como se qualquer período rural poderia ser utilizado e se seria exigido um tempo mínimo para cada tipo de atividade (urbana e rural). 

A Ação Civil Pública, nº 5038261-15.2015.4.04.7100/RS, determinou ao INSS garantir o direito à aposentadoria híbrida ou mista, independente de qual tenha sido a última atividade exercida, se urbana ou rural, e independente de contribuições relativas ao tempo de atividade como rural. 

O STJ se pronunciou a respeito do tema e definiu que não importa se a pessoa exerceu atividade urbana ou rural por último, bem como que não é exigido tempo mínimo em cada tipo de trabalho (rural ou urbano). Assim, qualquer período pode ser reconhecido e utilizado, basta que o segurado complete o tempo. 

Antes da reforma, os requisitos da aposentadoria por idade híbrida eram os mesmos da aposentadoria por idade urbana, ou seja, 180 meses de carência, e a idade mínima de 60 anos de idade para as mulheres e de 65 anos de idade para os homens. Aquelas pessoas que completaram esses requisitos antes da reforma possuem direito adquirido à aplicação dessas regras. Por fim, para aqueles que completaram ou completarem os requisitos após a reforma, serão aplicadas as regras da aposentadoria voluntária, trazidas pela EC 103/2019.

 


Carla Benedetti - sócia da Benedetti Advocacia, mestre em Direito Previdenciário pela PUC-SP, associada ao IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), coordenadora da pós-graduação em Direito Previdenciário do Estratégia Concursos.


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