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terça-feira, 6 de julho de 2021

Dia Mundial da Alergia: especialista dá dicas para evitar alergias na pele

Entre os agentes causadores de alergias e infecções estão os produtos de limpeza e lava roupas cheio de agentes químicos nocivos


No dia 8 de julho é considerado o Dia Mundial da Alergia, doença que atinge cerca 35% da população brasileira, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Coceira, tosse, irritação nos olhos e dificuldade de respirar são alguns dos principais sintomas de quem sofre de alergia.

A médica pediatra Gabriela Marques destaca que evitar o contato com os gatilhos que desencadeiam as crises alérgicas é a melhor forma de prevenir as reações. As pessoas que têm alergia aos ácaros, por exemplo, devem evitar locais fechados e empoeirados e trocar as roupas de cama com maior frequência. Quem tem rinite alérgica não deve permanecer no mesmo ambiente quando há pessoas fumando. No caso de pessoas com reação alérgica grave já conhecida, vale colocar a informação no documento de identidade, caso tenha uma reação grave e não consiga se comunicar.

Uma das alergias mais comuns entre os brasileiros é a alergia na pele, que na maioria das vezes, é causada pelo uso de produtos cheios de agentes químicos nocivos, tanto de limpeza, como de cosméticos. Por serem usados de forma recorrente, as substâncias presentes em grande parte dos produtos disponíveis podem causar irritação, coceira, vermelhidão e descamação.

A pediatra Gabriela Marques explica que as peles mais sensíveis, como a dos bebês, estão mais sujeitas a penetração de substâncias irritantes, que podem ocasionar alergias e infecções. "Os ingredientes naturais têm menor risco de conter substâncias irritativas sendo mais indicados para peles sensíveis. É recomendado dar preferência para esses produtos tanto na lavagem das roupas, como na limpeza geral da casa e até na limpeza e higiene pessoal", explica.

A Positiv.a, empresa B que cria soluções para cuidar da casa, do corpo e da natureza, percebe essa demanda e busca dos alérgicos por produtos mais naturais. Hoje, 22% dos consumidores da Positiv.a compram os produtos ecológicos por terem algum tipo de alergia. Destes, 71% possui alergia de pele (eczema ou urticária), 74% alergia respiratória e 36% alergia alimentar.

Marcella Zambardino, co-CEO da Positiv.a e especialista no desenvolvimento de produtos ecológicos, destaca que, além de evitar alergias nas crianças e nos adultos, os produtos de limpeza com bases de ingredientes vegetais não poluem o meio ambiente. "A nossa natureza está cheia de poderosos ativos que limpam a casa e deixam a família em segurança. A casca da laranja, por exemplo, contém potentes ativos para limpeza - os terpenos, que também têm um cheirinho delicioso e natural, ainda neutralizam odores. Procurar por produtos com essa base é uma boa alternativa", explica.

A médica Gabriela Marques indica que o ideal para evitar alergias é checar se os produtos são livres de corantes, fragrâncias artificiais e substâncias irritativas como álcool, compostos fenólicos e LSS (lauril sulfato de sódio). Já sobre a limpeza do chão e superfícies, principalmente para famílias que possuem bebês e pets que passam mais tempo em contato com o chão, é preciso se atentar à limpeza. "Como os bebês colocam as mãozinhas em contato direto com as superfícies e depois levam à boca é preciso cuidado redobrado. A melhor opção é evitar os produtos com fenóis, comum em desinfetantes, já que esses podem ser tóxicos".

 

O Dr. Gustavo Marcatto, médico vascular e referência no assunto, listou cinco preciosas dicas para evitar o problema que aterroriza muitas mulheres

 

As tão temidas veias dilatadas que aparecem, principalmente, nas pernas é algo temido por muitas pessoas mundo afora. Primeiro um pequeno vasinho de cor azulada é notado, com o tempo o aspecto pode tornar-se mais grosso e isso, além de incomodar esteticamente, também passa a provocar dores e sensação de peso nos membros inferiores. Pois é, são famosas varizes, que assombram a humanidade, em especial as mulheres, há décadas.

Mas será que existe uma forma de evitar que as pernas sejam afetadas pelas varizes e todas as suas complicações? O médico vascular Gustavo Marcatto, da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia (SBLMC), revelou alguns truques simples que podem, sim, fazer com que as veias dilatadas fiquem bem longe e o organismo funcione em perfeita harmonia.

De acordo com o Dr. Gustavo, especialista no tratamento com laser e que atente pacientes de várias partes do mundo, a primeira coisa a se fazer contra as varizes é manter, sempre, uma boa hidratação do corpo, com a ingestão de pelo menos 2,5 litros de água por dia. “Isso facilita o bom funcionamento do sistema circulatório, evitando que a circulação fique pesada e atrapalhe o retorno do fluxo de sangue às pernas”, explica o especialista.

Como segunda dica, o médico alerta para a importância de se manter uma alimentação balanceada, rica em frutas e verduras, além de se evitar alimentos gordurosos. “Esse hábito facilita o funcionamento geral do organismo e evita sobrecarga de circulação na região abdominal, favorecendo, também, o retorno circulatório aos membros inferiores”, pontua o Dr. Gustavo.

O terceiro, e bastante importante, conselho do vascular diz respeito à prática de atividades físicas regulares. Segundo ele os exercícios funcionam no corpo de duas maneiras essenciais: “Primeiro, estimulando o sistema cardiopulmonar a melhorar a capacidade respiratória e circulatória geral. E segundo, promovendo o fortalecimento da musculatura da perna, principalmente da panturrilha (considerada nosso segundo coração), o que ajuda na melhora do fluxo sanguíneo às pernas”, analisa o médico.

A quarta observação feita por Dr. Gustavo para se evitar as varizes é sobre um ponto muito comum nos dias de hoje e que faz parte da rotina de milhões de trabalhadores: a posição em que o corpo fica durante a jornada de trabalho. De acordo com o profissional é muito importante que se evite permanecer tempo demais sentado, ou em pé. Os extremos, de um, ou de outro, prejudicam seriamente a circulação. “O ideal para quem trabalha muito tempo sentado, ou em pé, é realizar caminhadas ou movimentos regulares com a musculatura da panturrilha, para estimular a chamada circulação de retorno. Evite ficar muito tempo parado. O mais recomendado é que a cada duas horas se faça um pequeno exercício com as pernas para ajudar na prevenção das varizes”, recomenda ele.

E em quinto lugar, para finalizar essa lista de recomendações do Dr. Gustavo, algo que todos devem pensar é na prevenção das doenças, nos cuidados precoces, isso em qualquer ponto da saúde e, neste caso, em especial das varizes. As veias dilatadas que surgem nas pernas, em muitos casos, podem ter origem hereditária. Ou seja, se o problema já afetou avós, pai, mãe, pode certamente aparecer em outro membro da família. Por essa razão, se o paciente já tem antecedentes familiares, o melhor é procurar um vascular o quanto antes para iniciar tratamentos preventivos. “Desde aquele primeiro vaso que aparece ou quando há fatores de risco como trombose, ou casos de varizes em parentes próximos, é importante que se faça uma consulta preventiva com o médico vascular para iniciar o tratamento o quanto antes. Essa é a medida mais efetiva para evitar o agravamento das varizes, na maior parte dos casos”, aconselha o Dr. Gustavo.

Se seguir todos esses cuidados e dicas simples, mas muito importantes, a circulação funcionará bem e as varizes tendem a ser algo muito distante da rotina e da saúde de todos.

 

Médica desvenda seis mitos e verdades sobre alimentação

Especialista em estilo de vida fala sobre o problema das fake news e esclarece dúvidas sobre vinho, adoçantes e comida japonesa, entre outras

 

Na busca por uma alimentação de qualidade, muitas pessoas recorrem ao Google para obter informações sobre o que pode oferecer mais nutrientes e garantir mais saúde ao organismo. Entretanto, em tempos de excesso de conteúdo com baixa qualidade e sem base científica nem sempre os dados encontrados são confiáveis e podem levar a crenças infundadas.  

“Muitas pessoas acreditam fielmente nas palavras de influenciadores sem formação técnica adequada e saem reproduzindo em suas próprias redes sociais. Há quem, inclusive, siga dicas completamente sem sentido, sem a preocupação de checar se aquilo funciona ou não”, afirma Dra. Livia Salomé, médica especialista em Medicina do Estilo de Vida pela Universidade de Harvard e vice-presidente da Regional Minas Gerais do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida.

Para ela, as distorções ocorrem porque as informações publicadas pela comunidade médica no meio acadêmico não possuem linguagem acessível para o público leigo, o que dá margem a interpretações errôneas. “Quando uma notícia soa estranha, diferente de tudo o que já se ouviu falar ou traz um tom apelativo, é fundamental conversar com um especialista para saber se aquele dado procede. E, para os médicos, é importante tornar acessível os conteúdos com base científica, levando as informações de forma clara, objetiva e sólida”, orienta a médica.

Pensando nisso, a Da. Lívia preparou uma lista de mitos e verdades comuns sobre alimentação, no intuito de desvendar algumas dessas mentiras que circulam na internet com frequência. Confira:

 

1 - Adoçante pode ser usado por não diabéticos

VERDADE. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), cerca de 35% dos lares brasileiros consomem algum tipo de adoçante ou produto light e diet. Isso significa que muitas pessoas recorrem ao produto para fugir do açúcar. Não há contraindicação para o consumo de adoçante por pessoas não diabéticas e saudáveis, desde que se respeite a quantidade diária recomendada.

Somente os portadores de fenilcetonúria – uma doença rara, diagnosticada na infância através do teste do pezinho - não podem consumi-los. Isso porque, segundo Dra. Livia, estes pacientes são proibidos de ingerir alimentos que possuem fenilalanina, componente de adoçantes como o aspartame.

 

2 - Alimentos diets e lights são sempre saudáveis

MITO. Primeiro, é preciso entender a diferença entre light e diet. A Dra. Livia explica que os primeiros são aqueles em que há uma redução de, no mínimo, 25% na quantidade de algum componente ou no teor de calorias; já os diet são isentos de açúcar. “Ambos possuem diferentes indicações. Enquanto os light são indicados para emagrecimento, os diet podem ser recomendados para pessoas que têm diabetes, por exemplo, já que nesse caso, a eliminação completa de açúcar pode ser vantajosa”, esclarece ela. Mas cuidado com os alimentos diet: eles podem conter farinhas e substitutos do açúcar que podem elevar a glicemia.

Ela lembra que, apesar de serem menos calóricos, não necessariamente os alimentos light e diet são mais saudáveis. “Eles devem ser consumidos com moderação, principalmente se forem processados ou ultraprocessados”.

 

3 -  Tomar uma taça de vinho todo dia faz bem ao coração?

MITO. Sabe-se que o vinho tinto é rico em substâncias como resveratrol e polifenóis, encontradas na casca da uva e associadas à prevenção da doença isquêmica do coração e da doença vascular periférica. Porém, não há provas específicas de que o consumo de uma taça por dia é uma quantidade positiva para todas as pessoas.

Por isso, a médica recomenda moderação no consumo da bebida, até para evitar o desenvolvimento do vício, que tem crescido em meio à pandemia. Além disso, há outros fatores. “O álcool está ligado à hipertensão, maior risco de AVC e até alguns tipos de câncer, entre outras doenças. Portanto, evite abusos”, revela a especialista em estilo de vida.

 

4 - Existem alimentos específicos para perda de peso

MITO. Não existem alimentos específicos para perda de peso que, quando consumido, resolva todas as nossas necessidades de obtenção de nutrientes como carboidratos, vitaminas, proteínas, minerais. “O que existe é a aposta em uma alimentação equilibrada. Este é o único jeito de adquirir nutrição completa para o organismo”, afirma a médica. “Não acredito em dietas mirabolantes e nem restritivas. Comer é um ato de autocuidado e, quando nos punimos, geramos mais ansiedade. Então mantenha o equilíbrio de forma constante. Mas quando tiver vontade de comer algo não muito saudável, não se culpe tentando compensar com esses castigos”, completa. 

 

5 - Comida japonesa não engorda

MITO. Como qualquer comida, a japonesa pode engordar se for consumida em excesso – sobretudo se considerarmos que há muitas frituras e molhos com alto teor de gordura. Além disso, o shoyu apresenta alto índice de sódio, substância que pode ser  prejudicial à saúde e responsável pela retenção de líquidos. Sendo assim, fique atento às quantidades para não exagerar.

 

6 - Comer assistindo TV atrapalha a refeição

VERDADE. Não apenas vendo TV, mas também mexendo no celular ou qualquer outro dispositivo que desvie sua atenção. A médica explica que isso ocorre porque ao assistir televisão enquanto come, o indivíduo não mastiga corretamente nem presta atenção naquilo que está comendo. “Com isso você pode comer muito mais do que necessita e só perceber depois que devorou tudo o que estava na sua frente”, conclui ela.


Dra. Lívia Salomé - Graduada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), tem especialização em Clínica Médica e certificação em Medicina do Estilo de Vida pelo American College of Lifestyle Medicine. Atualmente, é vice-presidente da Regional Minas Gerais do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida (CBMEV).


Especialista explica a importância da tecnologia para apoiar os diagnósticos de pele

Ferramenta desenvolvida pelo Google para apoiar dermatologistas demonstra o potencial das inovações e sua capacidade de evitar quadros mais graves de doenças como o câncer de pele


Os check ups como conhecemos hoje devem mudar radicalmente em alguns anos. Esta é uma promessa feita pela tecnologia ao longo da pandemia, que demonstrou funcionar como um verdadeiro braço direito para os médicos ao viabilizar práticas como a telemedicina. Mesmo especialidades como dermatologia e cirurgia plástica, que sempre se mantiveram convencionais em seu modus operandi, estão experimentando os resultados das inovações.

“Esta é uma tendência que já está transformando a forma de fazer Medicina. Se antes as pessoas protelavam suas consultas por falta de tempo, não há mais desculpas: muitas coisas já podem ser resolvidas sem sair de casa, em um toque, via app”, afirma Dr. Eduardo Kanashiro, fundador da Academia da Pele, startup criada para revolucionar e democratizar o autocuidado.

Para se ter uma ideia da mudança de mentalidade ocorrida na população brasileira no ano passado, um levantamento da consultoria internacional App Annie apontou que o total de downloads de aplicativos voltados para a saúde cresceu 45% no Brasil, comparado com 2019. O número é maior do que a alta mundial, que foi de 30%.

“Na Academia da pele já temos percebido esse aumento no uso de tecnologia antes mesmo da pandemia. Claro que as limitações impostas pela Covid-19 aceleraram esse mercado em pouco tempo, mas justamente por acreditar na tecnologia como ferramenta de disseminação da saúde, que apostamos nisso bem antes da possibilidade de uma pandemia”, explica Dr. Kanashiro.

 

Derm Assist, a ferramenta do Google que ajuda nos cuidados com a saúde da pele

Recentemente, o Google anunciou uma nova ferramenta chamada Derm Assist, que permite identificar com mais facilidade possíveis doenças de pele, inclusive o câncer. A ferramenta recebe imagens da pele lesionada, enviadas pelo paciente, e os recursos de inteligência artificial do Google analisam as imagens e procuram uma correspondência em um banco de dados de 288 doenças de pele. Em seguida, a tecnologia apresenta possíveis afecções com taxa de precisão de até 97%.

A ideia é que o Derm Assist utilize apenas três fotos para encontrar as possíveis doenças, mas para obter resultados mais precisos, há a possibilidade de preencher um questionário com o objetivo de trazer mais detalhes sobre o que pode ser essa mancha ou essa erupção. 

“Preciso ressaltar que não se trata de uma ferramenta de diagnóstico, assim como o app da Academia da Pele. Mas entendo que é uma maneira muito eficiente de direcionar o paciente para a necessidade de consultar um médico ou não com urgência”, afirma o Dr. Kanashiro, lembrando que a ferramenta ainda não está disponível.

O especialista revela que muitos pacientes postergam visitas ao médico para avaliar manchas ou erupções e, quando decidem procurar ajuda, já possuem doenças em quadro avançado. 

“A pele é como qualquer outro órgão e necessita de check ups regulares. Ela cumpre funções importantes, como regulação e imunidade, proteção contra agentes externos e controle de temperatura. Sendo assim, a tecnologia chegou para ajudar os médicos a frear a incidência de doenças que poderiam ser evitadas com exames clínicos simples”, afirma o cirurgião plástico.

“Com o aplicativo da Academia da Pele, também pudemos perceber que do ponto de vista procedimentos, cirúrgicos ou não, os pacientes se sentem mais confortáveis quando tem esse primeiro contato com a nossa autoavaliação. Eles relatam que é uma forma de se sentir à vontade para buscar sobre suas dores e ter o máximo de informações antes de marcar uma consulta presencial. Dessa forma, entendo que a tecnologia só agrega benefícios à saúde”, completa o médico. 

Para o Dr. Eduardo, a boa experiência em plataformas digitais mostrou, até mesmo aos pacientes mais resistentes, que é possível contar com atendimento seguro à distância. “Sem falar na ampliação do acesso, já que o mundo digital não conhece limites de fronteiras e pode alcançar até mesmo os locais mais remotos”, finaliza o médico.

 

Surdez súbita, o que é? A audição pode voltar?

Herpes, pressão alta e até sons muito intensos podem causar o distúrbio. Mesmo com tratamento, algumas pessoas permanecem com sequelas auditivas


Uma das mais traumáticas causas de perda auditiva é a denominada "surdez súbita" ou "surdez repentina", que afeta uma em cada cinco mil pessoas todos os anos e que acontece quando há uma baixa repentina da audição, de grau variado. De acordo com artigo dos médicos Roberto Alcântara Maia e Samir Cahali, publicado na Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, a surdez súbita é quase sempre unilateral e, em 80% dos casos, vem acompanhada de zumbido e, em 30% dos casos, surge junto com tonturas.

As principais causas da "surdez súbita" são alguns tipos de infecções virais ou bacterianas, como sarampo, catapora, caxumba, rubéola, herpes, meningite, entre outras, segundo a otorrinolaringologista Jeanne Oiticica, professora colaboradora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, que complementa: "Pessoas com comorbidades cardiovasculares, como diabetes, pressão alta e colesterol alto, podem ter hemorragia no ouvido, o que pode ocasionar, em alguns casos, perda permanente da audição".

Além disso, a exposição excessiva a sons intensos também pode causar a "surdez súbita", como mostrou pesquisa realizada em parceria pelas Universidades da Califórnia (EUA), New South Wales (Austrália) e de Auckland (Nova Zelândia). O estudo concluiu que essa perda auditiva repentina pode ser uma maneira do corpo se autoproteger de ruídos altos.

Para o pesquisador Gary Housley, essa é a explicação para a perda de audição que dura algumas horas ou dias, depois de o indivíduo estar em um show de rock ou ter escutado música alta em aparelhos de som. A investigação comprovou que um mecanismo de adaptação permite que a cóclea, na orelha interna, atue de maneira diferente quando é exposta a sons fortes.

A duração e a intensidade da surdez súbita podem variar de acordo com cada paciente, levando-se em conta o que causou o distúrbio. Em geral, ela não é definitiva, voltando a melhorar após tratamento medicamentoso ou mesmo se curar espontaneamente. Mas há casos de pacientes que ficam com sequelas irreversíveis.

"Existem casos de pessoas que têm surdez repentina e que, infelizmente, ficam com sequelas permanentes na audição. Para esses casos, as opções de tratamento, em geral, estão relacionadas ao uso de aparelhos auditivos. Cabe aos fonoaudiólogos fazer a adaptação do aparelho que vai atender melhor cada caso específico, explica a Fonoaudióloga Marcella Vidal, Gerente de Audiologia Corporativo da Telex Soluções Auditivas.

Ao perceber a perda repentina de audição, a pessoa deve procurar imediatamente um otorrinolaringologista, de preferência no mesmo dia. Alguns exames, como audiometrias tonais e vocais, podem identificar o problema, mas em certos casos, outros mais específicos podem ser necessários.


Covid 19 e surdez súbita

Artigo da revista científica BMJ Case Reports relatou um caso de Covid 19 ocorrido com um homem de 45 anos, na Grã-Bretanha, que ocasionou uma súbita e definitiva surdez. O paciente, que também tinha asma, recebeu respiração artificial em unidade de terapia intensiva e fez tratamento à base de remdesivir (antiviral), esteroides e troca de plasma sanguíneo. Uma semana depois de sair da UTI, repentinamente ficou surdo do ouvido esquerdo. Ele foi tratado com corticoides, mas recuperou sua audição apenas parcialmente. Segundo a revista, os médicos associaram a perda auditiva à Covid 19.


10/7 - Dia Mundial da Saúde Ocular

A pandemia aumentou nosso tempo de exposição às telas - que já não era baixo - com trabalho remoto, aulas online, maratona de filmes e séries, vídeo-chamadas, o que pode resultar em prejuízos à saúde ocular.

Isso acontece porque, ao contrário do que se imagina, é a visão de curta distância que requer maior contração muscular do olho, um dos fatores de risco para a ocorrência de miopia (dificuldade de enxergar de longe).

De acordo com um artigo publicado na revista científica Jama Ophthalmology, em janeiro de 2021, pesquisadores chineses relatam que, no ano de 2020, o número de casos de miopia em crianças entre 6 e 8 anos cresceu até três vezes, se comparado com os cinco anos anteriores.

Uma pesquisa realizada pela instituição britânica Fight for Sight aponta que mais de um terço (38%) dos participantes afirmou que sua visão piorou desde o início da pandemia.

Sinais de cansaço ocular como lacrimejamento ocasionado pelo brilho dos equipamentos e sensação de corpo estranho, que é quando parece que tem alguma coisa nos nossos olhos, bem como a vermelhidão e a conhecida dor de cabeça do final do dia requerem atenção e até mesmo uma visita ao oftalmologista.

A consulta a um especialista, aliás, é recomendada para ser realizada anualmente, devendo ser antecipada no caso de qualquer mudança abrupta no padrão visual, como perda de visão ou alteração de campo visual.


Saiba 5 dicas de cuidados ideais para a saúde íntima no inverno

Divulgação
O doutor César Patez aponta como cuidar da saúde íntima na época mais fria do ano 


 

O clima do inverno afeta nosso organismo de várias formas. Gripes e resfriados surgem com mais frequência por conta da baixa na imunidade, e – embora pouca gente saiba, a saúde íntima também é influenciada pelas baixas temperaturas nessa parte do ano. 

 

Segundo o ginecologista e obstetra César Patez, os dias frios e secos que caracterizam essa estação causam um aumento de microorganismos nocivos à saúde genital.

 

Os banhos quentes, bastante comuns nessa época, também podem trazer possíveis problemas na vagina. “A água muito quente favorece o ressecamento da vulva, o que, por sua vez, desequilibra a flora vaginal. Assim, as bactérias prosperam e a região fica irritada”, afirma. 

 

Ele traz cinco dicas de cuidados específicos para manter a saúde feminina em dia mesmo durante o inverno. Confira!


 

Ventilação em primeiro lugar


Segundo o profissional, o uso de roupas pesadas e justas no inverno pode abafar a região.  “A melhor alternativa é usar peças que deixem a parte da genitália mais ventilada", indica. “Evite calças jeans super apertadas para dar preferência a saias e vestidos mais folgados”, indica.


 

Use calcinhas de algodão


Vestir esse tipo de calcinha também ajuda na transpiração da vagina. “Renda, elastano, lycra e microfibra estão entre os materiais mais usados na fabricação de roupas íntimas. Mas evite tecidos sintéticos e dê preferência ao algodão, que permite a circulação do ar”, explica.


 

Beba mais água 


O hábito de beber água é essencial no inverno. Mesmo que a gente não transpire em excesso como nos dias de verão, manter o organismo hidratado faz com que nossa saúde íntima se mantenha equilibrada. "Se a temperatura é mais alta e você não bebe muita água, a urina fica mais concentrada e serve de meio de cultura para a proliferação de bactérias”, descreve. 


 

Lave a região íntima do jeito certo


Algo fundamental para ajudar na saúde da mulher é deixar a região limpa. Só que a higienização não deve ser feita na parte interna, a vagina. A pessoa precisa lavar somente a vulva, que é a área externa. "A região vulvar deve ser limpa somente com os dedos. Evite duchas higiênicas, lenços umedecidos ou sabonetes bactericidas", acrescenta.


 

Não deixe a calcinha secar no box do banheiro


Para quem costuma deixar as peças íntimas secando no banheiro, muita atenção. “Não tem nada de errado em lavar a calcinha no banho usando um sabonete neutro. O problema é deixar a calcinha secando no box”, diz o especialista. “O banheiro é uma região úmida; lá, sua calcinha vai demorar mais para secar e ter mais chance de atrair fungos, ainda mais no inverno. Coloque suas calcinhas para secar no varal, que é um ambiente seco e arejado”, recomenda.

 

Dia Mundial da Alergia – 08 de julho

Rinite afeta cerca de 30% da população brasileira



Rinite é uma inflamação da mucosa nasal causada pela ação de agentes infecciosos, alergênicos ou de hiper-reatividade. Infelizmente, as temperaturas baixas aumentam os sintomas.

A rinite pode ser classificada em rinite alérgica, não alérgica e infecciosa. Rinite alérgica é a mais comum, caracterizada por um processo inflamatório crônico da mucosa nasal causada por alérgenos. O otorrinolaringologista Dr. Alexandre Colombini aproveita o Dia Mundial da Alergia (08/07) para explicar sobre tratamentos e dicas de prevenção sobre essa doença, que atinge certa de 30% da população brasileira. 

“Acredita-se que um em cada três indivíduos apresentem processo alérgico ativo e que três em cada quatro indivíduos desenvolvem reação alérgica pelo menos uma vez na vida”, explica Colombini, que acaba de lançar um e-Book gratuito (https://www.dralexandrecolombini.com/ebooks),com  participação especial do Dr. Bactéria, o biomédico Roberto Martins Figueiredo.

No livreto online, Dr. Alexandre ressalta os sintomas característicos de rinite alérgica, entre os quais rinorreia (secreção nasal excessiva), prurido, congestão nasal e espirros. E ressalta que pode ocorrer: edema periorbitário, tosse seca, dispneia e disfonia. 

“Em alguns pacientes, pode desencadear sinusite, otite média, conjuntivite, faringite, laringite e asma. Os pacientes também podem descobrir reações cruzadas, por exemplo, os alérgicos a pólen da bétula podem descobrir que também são alérgicos à casca de maçã. Um sinal claro dessa ocorrência é a presença de prurido na garganta após ingerir uma maçã, ou mesmo espirros após descascar esta fruta. Isso ocorre devido às semelhanças das proteínas do pólen e dos alimentos. Há muitas substâncias com reações cruzadas” ressalta o médico.

Segundo o otorrino, para o diagnóstico, é preciso fazer uma boa consulta e realizar exame físico cuidadoso. O tratamento da rinite alérgica consiste em quatro estratégias principais:

1. Medidas para controlar o ambiente e evitar alérgenos

Evitar o máximo possível a exposição a alérgenos como pólen, ácaros e mofo.



2. Farmacoterapia: Anti-histamínicos orais, anti-histamínicos associados aos descongestionantes, outros fármacos como corticosteroides orais e tópicos nasais e antileucotrienos. Geralmente, para o tratamento da rinite alérgica, os anti-histamínicos de segunda geração são preferíveis aos de primeira geração. 



3. Imunoterapia: Este tratamento pode ser considerado mais eficaz nos casos de difícil controle, quando há resposta inadequada às outras opções de tratamento e na presença de comorbidades ou complicações. Frequentemente, a imunoterapia é combinada com a farmacoterapia e o controle do ambiente.



4. Cirurgia: Embora não haja um tratamento cirúrgico para a rinite alérgica, a cirurgia pode ser indicada no tratamento de comorbidades, como obstrução nasal por desvio do septo importante ou hipertrofia do corneto nasal inferior, hipertrofia de tonsilas faríngeas ou sinusite refratária e suas complicações. 



“A melhor prevenção da reação alérgica é evitar os alérgenos que a causa, além do controle ambiental, protegendo-se de ácaros e fungos. Em algumas situações pode ser útil evitar também o contato com animais de estimação. A educação dos pacientes, familiares e outros indivíduos próximos a ele é um elemento fundamental para promover aderência terapêutica e melhorar os resultados do tratamento da rinite alérgica”, finaliza Dr. Alexandre Colombini. 


Modulação intestinal pode se tornar uma abordagem promissora no manejo terapêutico dos pacientes com covid-19

 Estudos científicos demonstram que a microbiota intestinal tem papel importante na aquisição e evolução do vírus, atuando de maneira direta, ao inibir a replicação viral, ou de maneira indireta, modulando a resposta imune


A relação entre as bactérias que colonizam o corpo humano e a covid-19 tem sido estabelecida por inúmeros estudos científicos, que demonstram que a microbiota intestinal, por exemplo, tem papel importante na aquisição e replicação do vírus, atuando de maneira direta, ao inibir a replicação viral, ou de maneira indireta, modulando a resposta imune. A prática clínica mostra que as bactérias são responsáveis ainda por coinfecções, que contribuem para piorar o estado de saúde de pacientes que já desenvolveram a forma mais grave da doença.

O farmacêutico, bioquímico, pós-doutor em microbiologia e autor do livro “O lado bom das bactérias”, Alessandro Silveira, explica que a covid-19 é uma doença cujas complicações estão associadas, não à atividade direta do vírus, mas à resposta imune do hospedeiro. “Como as bactérias intestinais auxiliam o sistema imune a funcionar de uma maneira mais adequada, fica evidente a relevância destes microrganismos no controle da doença”, diz.

A microbiota intestinal atua de três formas para minimizar os efeitos da infecção pelo Sars-CoV 2 e controlar o andamento da doença. A primeira é pela modulação do sistema imune. Conforme Silveira, as bactérias impedem que haja a hiperatividade da resposta imune, a chamada tempestade de citocinas (mediadores inflamatórios), que se dá quando o organismo reage à infecção agressivamente, levando ao desenvolvimento de edema pulmonar (pulmão se enche de líquido), que impossibilita a troca gasosa, acarretando insuficiência respiratória.

A segunda forma é através da supressão dos receptores celulares. O pós-doutor em microbiologia explica que o Sars-CoV 2 tem uma proteína de superfície que funciona como uma chave para o receptor (AC-2) da célula, que atua como uma fechadura. “A partir do momento que essas fechaduras estão escondidas ou não existem mais, o vírus não consegue penetrar a célula”, relata. Como o vírus não adentra às células, ele fica impossibilitado de se replicar. Nesse ponto, entra a terceira forma de atuação das bactérias, que é por meio da destruição ativa do vírus que fica exposto do lado de fora da célula.

Para ter uma microbiota intestinal equilibrada e saudável e, consequentemente, um sistema imune eficiente para lutar contra infecções, a boa alimentação é fator essencial. De acordo com o pós-doutor em microbiologia, a dieta ideal é aquela constituída de prebióticos, probióticos, simbióticos e alimentos naturais e que evita comidas processadas e ultraprocessadas. Silveira recomenda também não consumir vegetais com agrotóxicos e carne de animais criados em confinamento, pois estes, devido a condições muita restritivas, são tratados com antibióticos para não adoecerem.  Outros fatores benéficos à microbiota intestinal são: sono de boa qualidade; prática de atividade física; evitar o uso excessivo de medicamentos; e controle do estresse.

O desequilíbrio da microbiota intestinal torna o organismo humano suscetível a infecções e consequentemente ao agravamento da covid-19. Além disso, segundo o pós-doutor em microbiologia, o desequilíbrio favorece ao surgimento de comorbidades, como obesidade e diabetes tipo 2, por exemplo, que também contribuem para o desenvolvimento de quadros mais graves da doença.

O que não significa que bactérias intestinais, como Clostridium spp., Coprobacillus spp. e algumas proteobactérias, que são patológicas e certamente estão associadas ao agravamento da doença, estejam predispostas a causá-lo. “Esses microrganismos habitam nosso intestino em harmonia com outras bactérias, sendo o desequilíbrio o principal responsável para que atuem agravando a infecção”, diz Silveira. Nesse sentido, destaca o bioquímico, é preciso cuidar, seguindo as recomendações já mencionadas, para manter o perfeito equilíbrio da microbiota intestinal, favorecendo o fortalecimento de bactérias benéficas - que atuam como protetores contra o vírus - como Eubacterium spp., algumas espécies de bacteroides e Roseburia spp.

O fato de a microbiota intestinal atuar como agente fortalecedor do sistema imune faz com que o pós-doutor em microbiologia afirme que a modulação intestinal – por meio de alimentação e outros fatores - pode se tornar, no futuro, uma abordagem promissora no manejo terapêutico dos pacientes com covid-19. “Trabalhos científicos vêm demostrando que há um número de casos graves menor de pessoas com uma microbiota intestinal mais equilibrada. Além disso, elas costumam se recuperar mais rápido da doença”, afirma. Silveira faz questão de salientar, porém, que a modulação intestinal não seria única terapia, e sim uma abordagem complementar a todos os tratamentos de suporte que já tenham sido indicados pelo médico.

 

Infecções bacterianas oportunistas

As bactérias também contam com um papel importante no aparecimento de infecções oportunistas.  Pacientes com quadros graves de covid-19 costumam apresentar pneumonias bacterianas adquiridas de duas formas: em razão do ambiente hospitalar e por causa da ventilação mecânica a que são submetidos.

Silveira explica que o hospital favorece o surgimento das chamadas bactérias multirresistentes - que resistem aos antibióticos utilizados para combatê-las. Conforme o bioquímico, esses microrganismos, por sua vez, são produtos de uma seleção natural que ocorre dentro do ambiente hospitalar, em razão do uso maciço de antibióticos. Estes medicamentos acabam por eliminar grande parte das bactérias do corpo, deixando vivas apenas as mais fortes.

Além disso, deve-se levar em conta, segundo o pós-doutor em microbiologia, que muitos desses pacientes que desenvolvem quadros graves de covid-19 já apresentam doenças ou são idosos, ou seja, costumam ter mais infecções e necessitam usar antibióticos de maneira regular. Eles também apresentam bactérias multirresistentes, que os tornam mais suscetíveis a coinfecções, em decorrência do desequilíbrio causado na microbiota intestinal. “Esse desequilíbrio aumenta a permeabilidade intestinal, fazendo com que as bactérias patogênicas do intestino possam migrar para o pulmão, através de uma conexão entre os dois órgãos, ocasionando o processo infeccioso pulmonar”, explica.

Já a pneumonia associada à ventilação mecânica ocorre pela formação de um biofilme bacteriano no respirador. O pós-doutor em microbiologia explica que por ser uma superfície inerte o tubo do respirador retém as bactérias, secretando, com o passar do tempo, uma matriz exopolissacarídica, com consistência de cola, que acaba por formar uma massa de bactérias. “Em um primeiro momento essa colonização afeta o trato respiratório inferior, indo posteriormente ao pulmão, causando um quadro grave de pneumonia”, relata.

Conforme Silveira, em decorrência desse processo de acúmulo das bactérias nas superfícies inertes, a pneumonia é esperada em pacientes que são entubados. Como não é possível a retirada do respirador, pois o paciente precisa do aparelho para continuar respirando e vivendo, a equipe médica monitora seu estado, agindo com antibióticos assim que surgem os primeiros indícios da coinfecção. “O manejo clínico desses pacientes é bastante complicado”, afirma.

As principais bactérias que causam as pneumonias relacionadas aos casos graves de covid-19 são: Staphylococcus aureus; Pseudomonas aeruginosa; Acinetobacter spp.; Klebsiella pneumoniae, entre outras. O bioquímico ressalta que tais bactérias, normalmente, são multirresistentes, o que é um fator agravante.

 

Ficha Técnica

Título: O lado bom das bactérias

Autor: Alessandro Silveira

Subtítulo: O poder invisível que fortalece sua defesa natural para uma vida mais feliz e longeva

ISBN: 978-65-5544-071-3

Formato: 16x23

Páginas: 192

Preço de capa: R$44,90

Autor: Alessandro Silveira

Gênero: Desenvolvimento pessoal/Bem-estar/Saúde

Editora: Gente 



Dr. Alessandro Silveira - Graduado em Farmácia-Bioquímica pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), doutor em Ciência Médicas pela Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e pós-doutor em Análises Clínicas, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atualmente é professor titular de Microbiologia Clínica para os cursos de Medicina, Farmácia e Biomedicina da Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB), em Santa Catarina. Desempenha, ainda pela FURB, as funções de consultor técnico de Microbiologia Clínica e Bacteriologia Clínica e coordenador do curso de Especialização em Bacteriologia Clínica. Atua também como coordenador de Microbiologia Clínica da Sociedade Brasileira de Microbiologia (SBM), gestor da Microbiologia do Ghanem Laboratório de Joinville e consultor de Microbiologia Clínica e Molecular na DASA. Suas linhas de pesquisa incluem a análise metagemônica do microbioma intestinal e a detecção da diminuição da susceptibilidade de Staphylococcus aureus à vancomicina.

 

Professores usam criatividade para manter aprendizado na pandemia

Em todas as regiões do país, nas escolas públicas e na rede privada, os muitos meses de pandemia de covid-19 tiveram um impacto significativo no aprendizado de crianças de todas as idades. Na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, esse impacto é ainda mais grave, visto que o afastamento do ambiente escolar prejudicou estudantes que estavam começando a ter contato com letras e números. Por isso, a criatividade dos professores tem sido indispensável para mitigar os efeitos negativos do distanciamento social.

Na tentativa de reconhecer esse esforço, a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal lançou o Prêmio Educação Infantil: boas práticas de professores durante a pandemia. A gerente de Relações Institucionais e Governamentais da fundação, Beatriz Abuchaim, afirma que a premiação recebeu mais de 700 inscrições. Os critérios adotados para selecionar os projetos foram a ludicidade e a capacidade de estimular o relacionamento entre a escola e a família. “As crianças não pararam de aprender durante a pandemia. Então, essas atividades desenvolvidas pelos professores foram muito importantes. Muitos deles conseguiram trabalhar de outras formas e até conhecer melhor as realidades de seus alunos”, pontua.

Algumas práticas desenvolvidas no último ano chamam a atenção por incentivarem as crianças a liberar a imaginação e, ao mesmo tempo, manter-se em contato constante com seus familiares. Em São Francisco de Paula, no Rio Grande do Sul, a Escola Municipal de Educação Infantil Profª Mercedes Nelly Gardey Sanchez apostou em contos lidos por professores e enviados pelo Whatsapp aos alunos. Além de ouvir as histórias, as crianças são estimuladas a realizar atividades pedagógicas relacionadas ao que ouviram.


Em busca de soluções

Embora as soluções individuais sejam fundamentais, também é preciso buscar formas mais abrangentes de lidar com o problema. Um bom exemplo vem do Sistema de Ensino Aprende Brasil, que atende a rede pública de ensino de mais de 200 municípios. Mesmo antes da pandemia, o sistema desenvolveu o Aprende Brasil Digital, plataforma em que o aluno percorre uma sequência didática, sempre com a orientação dos professores, para fortalecer o aprendizado. De acordo com o coordenador de conteúdo digital do Aprende Brasil, Cassiano Novacki, a novidade é uma das ferramentas adotadas para contribuir com os educadores. “Temos visto professores de todo o país se esforçando para que seus alunos tirem o máximo proveito dos conteúdos. O Aprende Brasil Digital é um complemento a toda essa dedicação. Ali, os professores encontram recursos para acompanhar individualmente cada aluno em sua trajetória de aprendizagem”, explica.

Para o pesquisador e professor de pedagogia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Ítalo Curcio, é preciso olhar com cuidado para crianças que não  tiveram acesso a essas vivências múltiplas de aprendizado. “Temos pelo menos dois grupos na nossa sociedade: o que tem acesso à tecnologia e o que não tem. Ainda não há um modelo completo que venha a suprir a demanda desse segundo grupo. Nossa expectativa, como educadores, é de que, com o passar do tempo, essa defasagem seja atenuada”, afirma.

Curcio e Beatriz estão juntos no episódio 27 do podcast PodAprender, cujo tema é “Boas iniciativas no ensino remoto para pequenos aprendizes”. Todos os episódios do PodAprender estão disponíveis no site do Sistema de Ensino Aprende Brasil (sistemaaprendebrasil.com.br), nas plataformas Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts e nos principais agregadores de podcasts disponíveis no Brasil.

 


Sistema de Ensino Aprende Brasil

http://sistemaaprendebrasil.com.br/


Vendas de veículos usados cresce mais de 63% e chega a 7,3 milhões no 1º semestre

Total de veículos usados transacionados superou os 7,3 milhões de unidades no 1º. Semestre de 2021, contra pouco mais de 4,5 milhões, no mesmo período do ano passado. O Presidente da FENABRAVE lembra que o crescimento se dá sobre uma base baixa, pois a pandemia afetou, fortemente, os negócios nos primeiros seis meses de 2020.

 

Segundo dados da FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, as transações de veículos usados, considerando todos os segmentos somados (exceto tratores e máquinas agrícolas) – apresentaram leve alta no mês de junho sobre maio. Se comparado com junho do ano passado, o crescimento chegou a quase 80%.

Acompanhe o quadro abaixo e confira os percentuais e volumes exatos:


“No primeiro semestre de 2020, a chegada da pandemia de COVID-19 fechou concessionárias e lojas independentes, comprometendo muito as negociações de usados nos meses de abril e maio, em todo o Brasil. Além disso, grande parte dos DETRANs – Departamentos Estaduais de Trânsito estava com operações limitadas, não realizando, por exemplo, as transferências de titularidade, interferindo, diretamente, no registro das transações”, esclarece Alarico Assumpção Júnior, presidente da FENABRAVE.

 

Automóveis e Comerciais leves

Com a baixa oferta de zero km, os automóveis e comerciais leves usados tiveram alta em junho sobre maio, somando mais de 990 mil unidades comercializadas. Em relação a junho de 2020 (546.538 unidades), o aumento chegou a quase 82%. 

No 1º semestre, o total de automóveis e comerciais leves vendidos, no Brasil, superou as 5,4 milhões de unidades, numa alta de quase 63% sobre o mesmo período do ano passado. “O mercado de automóveis e comerciais leves usados permanece aquecido e reduziu a disponibilidade desses veículos no mercado, em função das dificuldades que a indústria vem enfrentando na produção dos zero km”, comenta Assumpção Júnior.

Abaixo, os volumes e percentuais exatos:


Do total de automóveis e comerciais leves transacionados em junho, os modelos com até três anos de fabricação representaram 11,84% do volume comercializado, e 10,78% do acumulado do ano.

Acompanhe, na tabela a seguir, os dados de transações de veículos USADOS, para cada segmento automotivo.



 http://www.fenabrave.org.br/portal/conteudo/view/17195


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