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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Minha aventura

Ao nascer ouvi o primeiro som: El Aleph.

Não era eu, nasci em bom português.

Depois percebi que era um anjo da guarda.

Não tenho dúvida de que os há.

Desde quando fui tragado por duas vezes.

Por águas barrentas e grossas das enxurradas;

 na terceira e definitiva uma forte camponesa

Trouxe-me pela segunda vez a este mundo.

Desde quando os chifres de um touro tresloucado

Fugitivo do último golpe torpe

Preto, imenso, olhos rubros vidrados

Em minha direção parou num guarda-chuvas.

Desde quando a tuberculose então fatal

Rendeu-se ao primeiro atributo do BCG.

Desde quando o acidente na noite unânime

Veio acompanhado de uma ambulância

De uma viatura policial

E duas especialistas em defeitos da face

Aguardavam-se no hospital da rua dos fundos

Sem nenhum outro paciente

Simplesmente aguardando-me para começar

A arquitetura da restauração

Do rosto estilhaçado e estancar o sangue.

Desde o dia em que não sentia mais poemas

E fui de encontro ao mestre da neurologia

Que procurou um pássaro verdugo e encontrou outro

Que há dez dias, o prazo peremptório,

Detinha o sangue que corria para meu cérebro.

Quando acertei a boa velhacaria do mestre

De direito penal

Que escrevia a mesma expressão

Num saco das hipostáticas perguntas

E no início da prova implacável

Pedia a duas moças (por que duas moças ?)

Que retirassem o ponto entre cinquenta

E decretava zero para todos.

Como descobri a empatia do gênio

pelos temas da anistia e do indulto?

Talvez não fossem comuns.

E nosso infalível mestre não era nada comum.

Peço que o Aleph seja muito longevo

Mas um dia Borges o errará

E ficará em silêncio e chorará no opróbrio

Enquanto eu tomar o trem da eternidade.

 


Amadeu Garrido de Paula - poeta e ensaista literário, é advogado, atuando há mais de 40 anos em defesa de causas relacionadas à Justiça do Trabalho e ao Direito Constitucional, Empresarial e Sindical. Fundador do Escritório Garrido de Paula Advocacia e autor dos livros: “Universo Invisível” e “Poesia & Prosa sob a Tempestade”. Ambos à venda na Livraria Cultura.


Dicas para trabalhar autonomia nas crianças em casa

Especialista incentiva a autonomia das crianças e ensina quais tarefas elas podem fazer sozinhas em casa.

 

Segundo a Neuropsicopedagoga Lidiane Leite, as crianças são mais capazes de realizar tarefas do que os pais imaginam. "Não devemos fazer aquilo que as crianças podem fazer sozinhas. Os pais precisam ajudar as crianças e incentivá-las. As crianças podem e conseguem fazer as coisas mais do que nós mesmos acreditamos e pensamos", explica.

Para neuropsicopedagoga, os pais e professores precisam estimular as funções executivas na primeira infância. "É fundamental trabalhar organização e controle inibitório com as crianças de 3 a 5 anos. É necessário treinar as crianças a pensarem antes de falar ou agir e também ensinar as crianças a autoregulação, pois é muito mais eficaz ensinar como se controlar do que tentar controlá-las. Também orienta os pais a trabalharem a flexibilidade nas crianças. Elas precisam, ainda pequenas, a aprender a lidar com mudanças repentinas e descobrir soluções alternativas para seus problemas", ressalta. 

 De acordo com Lidiane, a autonomia gera autoconfianca. "Desenvolver autonomia das crianças é muito importante para o futuro delas. Quando a criança ajuda na tarefa de casa, ela se sente útil e capaz. As crianças precisam ouvir "Isso é de sua responsabilidade.” seja dos professores ou dos pais. Quanto maior for o número de tarefas que os pais deixarem as crianças realizarem, maior é o grau de confiança que elas vão sentir de si mesmas." 

Lidiane Leite orienta que os pais devem observar seus filhos em casa e procurar ajuda de um profissional caso seja identificado um atraso motor significativo. "É muito importante prestar atenção e observar a criança na. E se os pais notarem um atraso motor significativo, procurar um terapeuta ocupacional ou um psicomotricista para realizar uma avaliação motora o mais rápido possível." 

A neuropsicopedagoga Lidiane Leite revela algumas atividades e tarefas de acordo com a idade da criança

 

Crianças de 01 ano

Empurra braços e pernas através das mangas e pernas das calças

Tira os sapatos e meias

 

Crianças de 02 anos

Desabotoa botões grandes

Puxa as calças para cima

Puxa as calças para baixo

Tira roupa independentemente

 

Crianças de 03 anos

Calça sapatos correspondente em cada pé

Veste camiseta

Começa abotoar botões grandes

Puxa o zíper para baixo e para cima depois de fechado

Usa bem colher

Usa garfo para espetar alimentos

Levanta copo com uma mão com dificuldade

Abre e fecha zíper e abre e fecha também velcro

Pedala triciclo

 

Crianças de 04 anos

Levanta copo com um mão sem dificuldade

Encaixa zíper

Abotoa botões menores

Sobe desce as escadas sem apoio

Coloca as meias

Utiliza tesoura e segura pincel

Consegue regar as plantas

Guarda seus brinquedos

 

Crianças de 05 anos

Utiliza garfo para grãos, derrubando um pouco.

Corta com dificuldade alimentos macios

Se veste sozinho sem ajuda

Sabe da nó

Colore as figuras dentro dos limites

Toma banho com supervisão

Escolhe suas roupas

 

Crianças de 06 anos

Amarra os sapatos

Usa garfo com sucesso

Usa faca com sucesso

Completa todos os fechos de roupa ( ganchos, fivelas, zíperes e botões)

 

Crianças de 7-8 anos

Tomar banho sem supervisão

Consegue lidar com pequenas quantidades de dinheiro

Ajuda a tirar e por a mesa

Guarda as compras do mercado

Consegue lavar e secar louça

Tira o lixo

 

 ”Os filhos são como navios. Navios não são construídos para ficarem no porto, mas para navegarem e para navegar é preciso soltar as amarras”, finaliza a neuropsicopedagoga Lidiane Leite.

 

 

 

Lidiane Leite  -  Jornalista, pedagoga e neuropsicopedagoga. Atualmente está cursando sua pós-graduação em psicomotricidade e sempre escreve artigos e ministra palestras e cursos sobre o desenvolvimento infantil e o comportamento das crianças. Autora dos livros-caixinhas "Cadê o Resultado?", "Qual não tem Par?" e "O que eles têm em comum?" publicados pela Editora Matrix.

www.lidianeleite.com.br / Instagram:  @lidiane_neuropsicopedagoga/


Mais da metade dos brasileiros puseram fim a um relacionamento em 2020, aponta pesquisa do happn

Términos, dar um tempo, seguir em frente… o amor atrai tudo isso. Principalmente em um cenário em que todo mundo está sobrecarregado mentalmente, com muito tempo livre para pensar sobre a vida. Um novo estudo do app de paquera happn revelou que, em 2020, 54% dos brasileiros vivenciou um término de relacionamento, indo na contramão da média global* dos usuários do app (46%).


Mas o que motivou tantos términos entre os brasileiros em 2020?


Apesar de a traição ser um dos motivos mais comuns para pôr fim a um relacionamento entre os brasileiros (18%), ele não é o maior de todos. Segundo a pesquisa, 21% dos brasileiros afirmam que o amor simplesmente acabou no ano passado. Para 20%, a pandemia contribuiu muito para isso, já que o casal passou a passar mais tempo juntos e isso trouxe problemas de convivência. Mas os brasileiros não estão sozinhos. A média global segue alinhada ao comportamento brasileiro: 48% dos usuários gerais do app também viram o amor simplesmente ir embora em 2020.



Bola pra frente


Fazendo jus à fama de dar a volta por cima com facilidade, 53% dos entrevistados brasileiros afirmam que já estão recuperados do fim de seus relacionamentos em 2020 e estão prontos para entrar de cabeça em um novo romance. Por outro lado, 24% ainda não se recuperou do término e ainda estão com o coração partido, apesar de não estarem fechados a conhecer Crushes novos. Outros 21% disseram que, apesar de já estarem com o coração curado, eles querem um tempo para curtir antes de iniciar outro relacionamento - nada mais justo, não é?



Ano novo, Crush novo


Questionados sobre o sentimento deles em relação ao ano de 2021, os brasileiros, assim como a média global, estão bem otimistas que neste ano irão encontrar o Crush perfeito: 59% dos brasileiros afirmaram que acreditam que neste ano irão encontrar a pessoa certa para conquistar seu coração (15 pontos acima da média global que é 44%), enquanto 21% afirmou que, apesar de estarem otimistas de que 2021 vai ser o ano para ter sucesso na vida amorosa, eles vão se dar mais liberdade para ter mais encontros antes de fecharem o coração a uma única pessoa (12 pontos abaixo da média global que é 33%).



Toda ajuda é bem-vinda


Há quem goste de aconselhar e há quem goste de receber conselhos para assuntos do coração, não é mesmo? Bom, pelo menos para metade dos brasileiros usuários do happn (50%), apesar de saberem o que querem no campo do amor, os conselhos de amigos são sempre bem-vindos. E essa atitude segue uma média global (51%). Por outro lado, 30% dos brasileiros acham que, para assuntos sentimentais, conselhos de terceiros não são necessários. Os outros 20% acreditam que precisam de conselhos para guiá-los na busca pelo amor, mas que, no momento, estão se sentindo perdidos e que não estão tirando vantagens das oportunidades que aparecem.

*A pesquisa foi realizada com mais de 5.300 usuários do app, em janeiro de 2021, em diversos países onde o happn funciona, como Brasil, Argentina, França, Itália, Dinamarca e Espanha.

 


happn

happn@inpresspni.com.br


Prosperidade e abundância sob a perspectiva do rebirthing

Rebirthing é um método de respiração seguro e natural que nos conecta com a nossa mente subconsciente — a casa dos nossos pensamentos mais profundos, crenças e desejos. Além de ser uma forma de terapia que pode ajudar com qualquer problema, desde depressão até dificuldades de relacionamento, também é uma ferramenta simples para se conhecer melhor.

O nosso nascimento é a marca indelével da nossa separação da abundância. Primeiro percebemos que já não estamos tão unidos com a nossa mãe. O cordão que fazia esta ligação não existe mais. Retomar a ligação física é impossível, basta-nos a emocional e a energética. Passamos então a buscar essa religação incessantemente. É a vivência, pela primeira vez, do sentimento de escassez.

A abundância se manifesta na nossa vida logo depois de um sentimento de merecimento. Este merecimento acontece só pelo fato de eu existir. Porque eu estou vivo, mereço tudo o que o Universo tem para me dar. Pensando assim, todos deveríamos ser abundantes. Então, por que não é isso que vemos no nosso dia a dia? O que acontece é que inconscientemente muitas pessoas acreditam que não merecem. Que não são dignas.

Este sentimento te afasta da abundância e te aproxima da escassez. Negamos a nossa natureza vivendo na escassez, seja de amor, saúde, amigos, dinheiro, etc. Somos abundantes, precisamos é investigar por que negamos isto. Porque nos recusamos a receber.

Precisamos perceber que se fazemos parte do mesmo Universo, a abundância do outro aumenta a nossa abundância. E vice-versa. Se o Universo do qual eu faço parte, é próspero eu também me torno próspero e abundante. O contrário também acontece, quanto mais pobre o Universo ficar, mais eu fico pobre também.

É preciso perceber a razão pela qual você está vibrando na escassez.

Por isso, é bom investigar suas crenças.

  • Qual o pensamento mais negativo que você tem sobre a respiração?
  • O que seu pai pensava sobre o dinheiro?
  • O que sua mãe pensava sobre o dinheiro?
  • Quais são seus 10 pensamentos negativos e/ou limitativos sobre o dinheiro?
  • Qual o medo que você tem em viver o sucesso?
  • A atitude que meu pai tem/tinha em relação ao trabalho?
  • A atitude que minha mãe tem/tinha em relação ao trabalho?
  • A minha atitude em relação ao trabalho é…

É preciso perceber a razão pela qual você está vibrando na escassez.

Por isso, é bom investigar suas crenças.

Assim que descobrir as suas crenças, transforme-as em afirmações positivas para mudar a vibração. E principalmente, respire profundamente para deixar o ar entrar e te reconectar com a abundância.

Pratique as quatro leis da riqueza:

  1. Lei do Ganhar: Em primeiro lugar perceba que você jamais vai “fazer” dinheiro só por dinheiro. O dinheiro é consequência de um bom serviço que você presta à Humanidade. Aquilo que você faz muito bem, os outros até pagam para você. Por isso, descubra rapidamente aquilo que você faz bem, que você gosta de fazer e que até poderia ganhar dinheiro com isso. As pessoas têm prazer em pagar quando você gosta do serviço que presta.
  2. Lei do Gastar: o dinheiro nada mais é do que energia materializada em papel ou em moedas. E como energia que é, precisa se movimentar, escoar. Esse escoamento é o que fazemos quando damos dinheiro para alguém. Quando compramos um produto ou um serviço, estamos dando dinheiro para alguém, que automaticamente para a mão de outro alguém, que enviará para outro. Este movimento de doação da energia do dinheiro deve ser feito de forma prazerosa e consciente. Lembre-se que o Universo é abundante e te nutre todas as vezes que você precisa. O ato de pagar um serviço é um sinal para o Universo de que você precisa ser nutrido. O seu dinheiro escoou. Abriu um espaço. Isto faz com que imediatamente o Universo te retribua. Analisando a “ciranda financeira” percebemos que se o dinheiro passar por várias mãos, quando ele voltar para nós volta multiplicado. Poderá voltar duplicado, triplicado ou até quadruplicado. Isto dependerá de por quantas mãos ele tiver passado. Este é o pensamento da consciência de prosperidade.
  3. Lei do Poupar: Poupar significa aumentar minha abundância hoje para utilizá-la no futuro. O ideal seria que você tivesse a exata noção dos seus rendimentos e dos seus gastos, para analisar onde poderia retirar para a sua poupança. Lembrando que o dinheiro é uma energia, não devemos guardá-lo sem fim definido.
  4. Lei de Investir: Esta lei, diferentemente da anterior, mostra que o praticante já tem um certo grau de consciência de prosperidade. Pois só alguém que acredita muito em si, ousa fazer investimentos. Os investimentos podem ser na sua vida financeira, por exemplo, ações de empresas ou mesmo ampliando ou iniciando seu próprio negócio. Ter um negócio próprio é a manifestação de muita cura do seu trauma de nascimento.

Julgamos, criticamos e culpamos aqueles que chamamos de ricos. O pobre culpa o rico pelo seu infortúnio. E o rico culpa o pobre pela sua prisão nas mansões, nos seus muros altos, nos seus carros blindados. É um culpando o outro e ficando cada vez mais separado no seu mundo de escassez. Cada um com sua escassez. O pobre com escassez de dinheiro e o rico com escassez de paz.

Impossível uma sociedade prosperar a partir da culpa. Livre-se da culpa pela sua riqueza material. Você pertence a um Universo abundante. Por isso, é natural ser próspero se você quiser.

Inspire profundamente a abundância e expire suavemente a escassez, pois você merece.

 


Marinélia Leal - Engenheira química de formação, Marinélia Leal, depois de concluir sua pós-graduação em Gestão da Qualidade, descobriu o desejo de trabalhar com pessoas e ajudá-las a ter uma vida com mais qualidade. Morando há 18 anos em Portugal, atua como terapeuta vibracional, life coach, formadora e escritora desde 1998 e Mentora de Alta Performance, com ênfase em Neuro Mentoring de Mindset Milionário desde 2017. Especialista em Rebirthing/Renascimento e Pré-Escola Uterina, Marinélia Leal auxilia as pessoas a encontrarem e desenvolverem o melhor de si.

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instagram @marinelialealneuromentora. https://www.youtube.com/channel/UC01VOd6jRF7xgBilozo9Ndw


Cancelamento nas redes sociais pode causar ansiedade e depressão

Muito se fala sobre cancelamento nas redes sociais, principalmente neste momento em que o assunto está em destaque em um dos reality shows mais assistidos no país, o Big Brother Brasil. Nem sempre influenciadores e artistas conseguem viver o tempo todo uma vida perfeita na internet, como um personagem, maquiando a realidade.

A psicóloga Célia Siqueira afirma que a utilização excessiva das redes sociais pode gerar mudanças significativas no comportamento físico e mental, seja jovem ou adulto e que a busca pela popularidade e aceitação do outro, pode desencadear o aumento da ansiedade e levar à depressão.

“A necessidade excessiva de atenção, expectativa da grande quantidade de curtidas nas fotos e visualizações em vídeos, muitas vezes é resultado de carência afetiva. Algumas pessoas, por não alcançar seus objetos nas redes ou por receber críticas, podem desencadear fobias bem sérias, como a síndrome do pânico,” diz Célia.

Segundo a psicóloga, não ter aprovação social ou ser cancelado de uma hora para outra, resulta em bullying virtual em algumas situações e consequentemente, o surgimento de traumas e até em casos graves, o suicídio.  O  medo do cancelamento faz com que cada vez mais, as pessoas transmitam através da internet uma vida perfeita e de felicidade constante.



www.institutoceliasiqueira.com


Cartas ajudam idosos em situação de vulnerabilidade a lidar com isolamento

 Com a suspensão das visitas, Associação Keralty criou o projeto "Corrente do Bem: Escreva para um Idoso", que incentiva voluntários a conversar com essas pessoas que não têm os familiares próximos


Em meio à incerteza vivida em função da pandemia de Covid-19, a solidariedade se tornou um dos principais recursos contra as consequências deste período. Foi assim que surgiu o projeto “Corrente do Bem: Escreva Para Um Idoso”, criado pela Associação Keralty Brasil neste cenário, como forma de ajudar as pessoas a combater a solidão. A iniciativa inspira voluntários a conversar com aqueles idosos que não têm familiares próximos por meio de cartas. Em quase 10 meses, o projeto já enviou cerca de 14,5 mil cartinhas.

Para manter o contato de maneira segura, a associação encaminha as cartas digitalizadas para as instituições. “Inicialmente, esse contato seria feito por WhatsApp, mas nós ponderamos que a maioria dos idosos não acessam esse tipo de ferramenta. Lembramos, então, que a comunicação antigamente era feita por meio de carta”, declara Erika Nunes, coordenadora da Associação Keralty. O projeto conta hoje com 3.719 voluntários inscritos e recebe mais de 50 cartas por dia.

O projeto, criado inicialmente para prestar apoio principalmente aos pacientes em situação de cuidados paliativos assistidos pelo Contigo, programa do grupo Keralty, se expandiu e hoje atende instituições de apoio a idosos em situação de vulnerabilidade social em todo o Brasil. “Os voluntários e os idosos estão criando um forte vínculo de amizade; é muito comum que eles também incluam fotos da sua vida e enviem o contato para que eles possam continuar se comunicando. Nós temos relatos de voluntários que nunca tinham escrito uma carta. É uma troca mútua”, explica Erika. 

A coordenadora aponta, ainda, que esse vínculo vai além das fronteiras do projeto. “Neste período, os próprios voluntários se mobilizaram em uma ação para arrecadar doações para uma instituição. Não foi nada demandado, eles mesmos se organizaram para ajudar por meio do grupo de WhatsApp”, conta. “Com o tempo, porém, nós percebemos que muitos dos idosos precisavam de ajuda para lerem as cartas e que muitas instituições estavam tendo dificuldades nesse processo; então, decidimos também gravar as cartas em áudio e vídeo”, complementa.  

Para fazer parte do grupo de voluntários é necessário se inscrever por meio de uma plataforma parceira, a Atados, e todas as cartas passam por uma revisão antes de serem enviadas para as instituições. Para Daniele Fredo, voluntária do Rio de Janeiro, esse momento de interação tem sido uma experiência transformadora, especialmente neste período tão delicado. “Escrever cartas é muito mais do que solidariedade, é um exercício de empatia. Neste momento tão difícil que estamos passando, eu diria que fui ajudada muito mais do que eu ajudei”, revela. Ela conta que já procurava, muito antes da pandemia, algum projeto com o qual pudesse contribuir, mas com a correria do dia a dia não conseguia tempo para se dedicar ao voluntariado. “Tem sido uma experiência de reconexão com o meu propósito de ajudar e fazer a diferença. A empatia tem poder de mover o mundo”, complementa. Para participar do projeto, basta fazer a inscrição por meio do site: www.atados.com.br/vaga/corrente-do-bem-escreva-cartas-para-um-idoso-1

 

Adolescentes na pandemia: psicanalista explica os impactos do isolamento nos mais jovens e faz alerta aos pais

Psicanalista e terapeuta amazonense Samiza Soares afirma que dificuldade de concentração, irritabilidade, medo, inquietação, tédio, sensação de solidão, alterações no padrão de sono e alimentação podem ser efeitos da pandemia nos adolescentes

 

A adolescência pode ser um período desafiador para a maioria das pessoas. A junção de hormônios, as novas descobertas e a transição para a fase adulta às vezes acarreta em uma sobrecarga mental. Atrelado a tudo isso, nesse último ano, os adolescentes precisaram lidar com mais um desafio: a pandemia da Covid-19.

 

“O momento tem afetado a vida de todos, mas, nos adolescentes, os efeitos foram ainda mais intensos. No consultório, tenho percebido que os impactos da pandemia desencadearam uma série de consequências nos mais jovens,  como dificuldade de concentração, irritabilidade, medo, inquietação, tédio, sensação de solidão, alterações no padrão de sono e alimentação”, destacou a psicanalista e terapeuta amazonense Samiza Soares.

 

Segundo a especialista, pais e responsáveis devem ficar atentos às mudanças e buscarem ajuda quando notarem  alterações no comportamento dos adolescentes.

 

“Os cuidados necessários para controlar a ansiedade durante o isolamento social deve, primeiramente, começar pelos responsáveis, pois são eles os exemplos dentro de casa. Por isso, meu alerta é observar continuamente os filhos, observar como está a alimentação, a relação com o lazer, o tempo de estudo e o que os têm motivado ultimamente”, recomenda. “Os pais devem ficar atentos e reconhecer os sinais de estresse e da ansiedade, identificá-los e transmitir aos filhos respostas de acolhimento, segurança e aprendizado, tentando criar um momento mais tranquilo e positivo quanto ao futuro,” indica.

 

Samiza Soares, que desde março de 2020, início da pandemia no país, tem realizado atendimentos presenciais e online, também destaca a importância de  definir horários e manter uma rotina em casa.

 

“É fundamental ter horário para acordar, fazer as refeições e dormir, sempre, é claro, reservando um tempo para momentos de lazer que, se possível, envolvam atividades físicas juntos, brincadeiras, conversas e, até mesmo, inseri-los nas tarefas simples de casa”, finaliza.

 

Samiza também -  No Instagram faz postagens diárias sobre a importância do terapeuta e no enfrentamento das questões do dia a dia. (Veja mais aqui)


 

Crédito - MF Press

 

Efeitos da pandemia no desenvolvimento infantil

Freepik
Longo período de distanciamento social provocado pela pandemia da COVID-19 traz preocupação aos pais por possíveis prejuízos no desenvolvimento dos filhos


Ainda que as atividades presenciais tenham sido parcialmente retomadas, o tema chama a atenção da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) que defende a presença e esforço dos pais para que atividades criativas sejam mantidas amenizando o uso excessivo de telas.

“Existem orientações que passamos no consultório, mas não podemos nos limitar a isso. Precisamos compreender o porquê de muitos pais não estarem conseguindo exercer estas funções tão essenciais no processo educativo das crianças. É importante que nós, profissionais, possamos servir de modelo e na sessão de atendimento fazer com que eles, juntos, vivenciem as melhoras do comportamento”, explica o pediatra do Desenvolvimento e Comportamento da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul, Renato Santos Coelho.

No âmbito geral acredita-se que tenham ocorrido prejuízos no desenvolvimento das crianças, com exceção daqueles que conseguiram implantar uma fase criativa com agenda variada durante o dia.

“O uso das telas é um entretenimento que deixa os pais livres da tarefa de educação, mas eles ficam sozinhos no mundo virtual”, completa.

A faixa etária que pode ter sido mais afetada são bebês e crianças pequenas de até 3 ou 4 anos.



Marcelo Matusiak


Brasil sem Carnaval: como encontrar equilíbrio mesmo sem esta válvula de escape?

Mestre em Psicologia Positiva, Flora Victória, dá dicas para lidar com o isolamento no Carnaval

 

Se alguém dissesse há alguns anos que o Brasil não iria ter Carnaval em 2021, você acreditaria?

Fato inédito, afinal, desde que as festas carnavalescas começaram por aqui — o que, segundo pesquisadores, ocorreu com a chegada dos portugueses, no século 16 — o Carnaval nunca deixou de ser celebrado.


Praticando a resiliência

A inesperada chegada da pandemia fez os planos para o feriado mais esperado do ano serem cancelados. Além da festa, que deixa de acontecer, a pandemia também impactou toda uma cadeia produtiva numerosa de trabalhadores que dependiam da grandeza do evento. E até mesmo quem não é folião de carteirinha pode se sentir afetado por não ter a famosa pausa antes do ano “começar de verdade”.

A notícia nada animadora deixa uma lição: é fundamental aprender maneiras saudáveis de superar os obstáculos. “É importante desenvolver habilidades positivas, ao longo da vida que nos ajudem a lidar melhor e de maneira mais leve com esses imprevistos”, explica Flora Victoria, mestre em psicologia positiva aplicada pela Universidade da Pensilvânia.

Essas habilidades positivas são o que podemos chamar de resiliência. Segundo a especialista - de uma maneira simples - a resiliência é a nossa capacidade de retornar ao estado anterior depois da exposição a alguma situação de estresse.

Para lidar com o momento com mais leveza, Flora lista quatro dicas, com base na Psicologia Positiva:


Atitude positiva

Há uma teoria na Psicologia Positiva chamada ´broaden and build,´ que entende que as emoções positivas aprimoram o repertório de ação do pensamento de um indivíduo. De todas as situações negativas, poderemos sempre extrair algo positivo, tendo em mente que se trata de uma situação passageira e outros Carnavais virão.


A hora é agora

Engajar em atividades positivas é uma forma de lidar bem com o trabalho normal e a ausência de festas no Carnaval. A teoria desenvolvida pelo psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi, chamada de Flow, estimula que vivamos o presente a fim de atingir um estado mental em que estejamos totalmente envolvidos no agora. Ou seja, nada de ansiedade pelo Carnaval que não é possível em 2021, o agora merece ser vivido mesmo que fora do planejado.


Sem solidão

A falta do Carnaval de rua não significa isolamento total e nem a necessidade de sofrer pela impossibilidade da festa. Até a normalização da situação, há formas de estar em contato com os amigos de maneira que ninguém se coloque em risco. Resiliência é a palavra!


Gratidão

Uma das emoções positivas mais poderosas. Trata-se de enxergar o lado positivo da vida em ações cotidianas, como simplesmente acordar, ou até em algo que à primeira vista seja negativo, mas que pode sempre levar ao aprendizado. Quanto maior a prática, menores são as distâncias entre os neurônios e mais fáceis as sinapses entre eles. Portanto, a gratidão pode ser absorvida pela prática e levar a melhores níveis de serotonina e à sensação de bem-estar – mesmo sem a euforia do Carnaval.


Gatilhos emocionais: como evitá-los a partir de você

As situações que geram reações adversas vão acontecer sem que você tenha controle; mas, se quiser, você pode decidir como vai reagir ao que está acontecendo

 

Você está num dia normal, como qualquer outro, caminhando por uma calçada. E, então, sem querer, esbarra num desconhecido. Ele pede desculpas e segue em frente, mas o cheiro de seu perfume imediatamente te leva de volta a um momento do passado. Você reconhece aquele odor; é o mesmo daquele rapaz que praticava bullying com você no colégio! Pronto: isso basta para que uma sensação de mal-estar e de angústia invada seu peito e acabe com sua manhã. 

Você já se viu numa situação como essa – em que um acontecimento ou gesto aparentemente corriqueiros fizeram com que se sentisse completamente desestabilizado(a)? Em que você sentiu que teve uma reação mental ou emocional muito forte ao acontecido, mas não saberia explicar o motivo? E, principalmente, em que se sentiu completamente vulnerável, como se fosse uma criança desprotegida frente ao ocorrido? 

Pois bem, se você se identificou com o que acabei de descrever, muito provavelmente, já viveu uma situação que disparou, em você, uma reação adversa, compulsiva e automática – ou seja, um gatilho.  O termo, emprestado da psicologia, ficou famoso nas redes sociais, onde os “avisos de gatilho” se tornaram recorrentes. Isso porque, como forma de alerta, muitos usuários dessas plataformas passaram a adotar a expressão para avisar, de antemão, que aquele conteúdo tem potencial de despertar emoções difíceis ou complexas. 

É claro que isso também fez acender a discussão sobre o que é ou não um gatilho (muita gente se queixa que há exageros), mas, independentemente disso, a verdade é que todos nós, mais dia, menos dia, somos pegos desprevenidos por acontecimentos que desafiam a nossa razão e provocam sentimentos inesperados. Basta uma cena de filme, um capítulo de um livro, uma música ou mesmo a fala de alguém que a gente gosta e pronto: nós nos deparamos com uma série de emoções doloridas e conectadas a eventos do passado, mas que não parecem fazer muito sentido do ponto de vista lógico/racional. 

Isso acontece porque, inconscientemente, os gatilhos nos remetem a situações que vivemos principalmente na infância e com as quais não lidamos muito bem ou que simplesmente ficaram adormecidas no nosso inconsciente. Como resultado, revivemos essas emoções aqui, no presente – mas, claro, da maneira mais infantil possível, afinal, se o ocorrido nos fez voltar a uma época tão remota, é de se esperar que a gente se sinta como uma criança indefesa ao lidar com ele. Mas, então, o que fazer para lidar melhor com essas situações que, embora tão sensíveis, são também tão comuns?

 

É possível evitar os gatilhos?

Num mundo ideal, as pessoas todas teriam empatia e cuidado suficientes para não adotar gestos e falas com potencial de gatilho. Mas é claro que não vivemos num mundo ideal! Podemos e precisamos, sim, promover debates e campanhas de sensibilização, focados na responsabilização; ou seja, podemos ensinar as pessoas a pensar duas vezes antes de ‘fazer e acontecer’, para que compreendam que esses gestos têm impacto no seu entorno. Mas essa mudança não vai acontecer do dia para a noite. 

Para além disso, há uma questão de poder aqui: se eu me incomodo e me machuco com o que o outro faz, e espero que o outro mude para não mais me machucar, estou entregando, a ele, todo o poder sobre como eu me sinto e reajo a essa interação. E a minha participação? E a parte que me cabe dentro desta relação, fica onde? 

Por isso, a melhor maneira de lidar com um gatilho é a partir de nós mesmos e da nossa autoconsciência. Alguns gatilhos emocionais vão ser disparados, infelizmente, sem que possamos evitá-los; mas não podemos dar tanto poder ao outro, o outro não pode ser responsável por nos tirar do cerne. A prática do autoconhecimento nos permite justamente isso, ou seja, perceber que aquilo é ou pode ser um gatilho, perceber que nos causa uma emoção negativa e dolorida e, então, decidir o que podemos e queremos fazer a respeito – em vez de simplesmente responder no automático. 

A minha proposta, aqui, é que a gente recorra à autoconsciência para inverter o jogo: não está na mão dele fazer diferente, está na minha. A autorresponsabilização é uma escolha saudável para evitar a vitimização. O que o outro fez ou faz é dele. Nós não temos como impedi-lo, mas temos como decidir, com atenção e intenção: ‘eu sei que ele está fazendo para me ferir e, por isso, não vou permitir que isso aconteça’ ou ‘isso que ele faz sempre me magoa, mas, daqui em diante, não vou mais permitir me magoar’. Mas essa escolha só pode ser tomada se estivermos, antes de tudo, atento aos nossos pensamentos e emoções. 

Assim sendo, a autoconsciência, um exercício a ser praticado diariamente e que nunca tem fim, pode ser um meio muito eficaz para evitar os ressentimentos causados pelos gatilhos. Todo dia, você pode parar por um instante para se perceber. É uma das maneiras de praticar o autoconhecimento, e, essencialmente, tudo o que você precisa fazer é decidir que vai se olhar com honestidade e isenção. Ou seja, é seu o compromisso de se perguntar e responder, com abertura e sem autocrítica, o que você está realmente pensando e sentindo, e quais comportamentos têm vontade de adotar em resposta a isso (em vez de simplesmente adotá-los por impulso). Isso, por si só, é suficiente para que comece a se conhecer de verdade para assumir a responsabilidade por si.

 



Heloísa Capelas - CEO do Centro Hoffman e, há quase três décadas, está à frente do Processo Hoffman no Brasil – treinamento de autoconhecimento aplicado em 15 países e que já teve seus resultados cientificamente atestados. Por sua sala de aula já passaram mais de 12 mil alunos, entre os quais algumas das principais lideranças e gestores do mercado nacional. Criadora do “Universo do Autoconhecimento”, primeira plataforma de treinamentos e conteúdo online sobre o tema, e autora dos best-sellers “O Mapa da Felicidade” e “Perdão, a Revolução que Falta”, Heloísa é reconhecida como uma das principais especialistas do país em autoconhecimento, inteligência emocional e inovação pessoal. Heloísa Capelas é Coordenadora da Câmara Feminina do Instituto Êxito de Empreendedorismo.

 

5 atividades para auxiliar no processo de aprendizado do seu filho

 Especialista dá dicas para auxiliar os pais que estão com os pequenos estudando em casa

 

Com a pandemia, o ensino a distância acabou virando uma realidade. O problema é que a grande maioria dos pais e responsáveis vem enfrentando dificuldades para auxiliar seus filhos no processo de aprendizado. Por isso, tentar entender esse processo e usar algumas estratégias podem fazer toda a diferença. “As escolas estão voltando em modelo híbrido, mas, para os pais que não se sentem seguros, existem algumas dicas que ajudam e muito na hora de incentivar os pequenos a aprender mesmo estando em casa”, afirma a pedagoga e psicopedagoga do Centro de Excelência em Recuperação Neurológica (CERNE), Na Carimê Naldino Cassou. A primeira coisa quando o assunto é estudar, segundo Carimê, é pensar em um espaço confortável e bem iluminado, livre de barulhos e brinquedos que possam distrair as crianças: “Os eletrônicos podem ser grandes aliados, porém, devem ser usados da forma correta. Caso contrário, devem estar fora do alcance da criança. No espaço de estudo você pode colocar quadros, painéis e varal com anotações”. 

Já para se criar o hábito de estudo, é importante que exista um cronograma para auxiliar na organização no tempo de estudo. A rotina deve ser bem estabelecida, de preferência com a supervisão de um adulto. Para isso, crie um cartaz ou um quadro com o horário e a duração de cada atividade. Independentemente da idade, toda criança no processo de aprendizagem necessita de atenção e mediação.  “Evite fazer outras tarefas paralelas ou mexer no celular enquanto está orientando o seu filho. Isso pode gerar ansiedade para a criança e prejudicar o processo. Disponibilize para ele um tempo de qualidade”, complementa. Mesmo com toda a organização e preparação citadas acima, ainda é normal ouvir: “meu filho não quer fazer as tarefas”; para esses casos, crie um quadro de recompensas usando adesivos para apresentar suas conquistas.  “Recompensá-los pelo esforço também os incentiva a continuarem estudando mesmo com todas as dificuldades que a pandemia nos trouxe”, finaliza a pedagoga. 

E para te ajudar ainda mais em todo esse processo, a especialista preparou 5 atividades que vão dar mais qualidade e incentivo a aprendizagem dos pequenos. Confira:

 

  • Ambiente letrado

Construa com seu filho um ambiente letrado. Deixe expostas as atividades realizadas para que ele consiga visualizá-las e, sempre que possível, retome oralmente para recordação.

 

  • Desenho do box

A hora do banho é um momento que sempre necessita de supervisão. Aproveite e deixe esse momento mais divertido, realizando desenhos no box de vidro para estimular a imaginação. Treine também o desenho do corpo, explorando todas as partes do esquema corporal.

 

  • Calendário

Construa com seu filho um calendário do mês e explore diferentes intervenções, como: realizar contagem oralmente, marcar recompensas, datas comemorativas, bem como atividades da rotina diária da família.

 

  • Momento de leitura

Estipule um horário para realizar a leitura e manuseio de livros, gibis, revistas, jornais, receitas, encartes de mercado, ou seja, diferentes portadores de texto. Estimule a imaginação e explique a função de cada tipo de texto. 

 

  • Nomear objetos da casa

Para facilitar o desenvolvimento da alfabetização, construa pequenos crachás e nomeie objetos da casa. Pode destacar a letra inicial com uma cor diferente e sempre que passar pelo objeto solicite que a criança diga o nome em voz alta. Pergunte quantas letras tem, qual a é a primeira letra, última letra etc.

 

  • Circuito

Atividades motoras são de extrema importância para o processo de aprendizagem. Seja criativo e crie circuitos em casa, solicitando que passem por baixo de cadeiras, pulem objetos, andem sobre linhas. Além de ajudar na motricidade, tais atividades trabalham a atenção.

 


Centro de Excelência em Recuperação Neurológica (CERNE)

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Ansiedade e insônia: possíveis sintomas que podem acometer crianças na volta às aulas presenciais

Psiquiatra Marco Antonio Abud fala sobre algumas ações que podem minimizar os sintomas da sensação de falta de segurança quanto ao futuro


Após tantos meses sem frequentar o ambiente físico da sala de aula, as crianças seguem na expectativa para a retomada de suas rotinas nas escolas em 2021. Mesmo com a pandemia da Covid-19 ainda em curso e sem sinais de que deve terminar tão cedo, as escolas já começam a receber seus alunos em suas dependências. Essa expectativa traduz o anseio de muitas crianças, adolescentes e pais pela volta da "normalidade" - se é que poderemos retornar a ela.

Porém, a chegada desse dia envolve um período de mudanças, tanto para alunos quanto para professores. Por mais que essas alterações de rotina sejam positivas - sabe-se o quão benéfico é a convivência entre alunos, colegas e mestres - essa expectativa tem o poder de promover um grande gasto de energia na mente das pessoas, o que gera ansiedade. "Nós teremos que nos readaptar às rotinas e talvez conhecer novas, como medidas de isolamento, esquemas híbridos de aulas, entre outros. É comum que nesse período haja sintomas de ansiedade e alterações de sono nas crianças e adolescentes", explica Marco Antônio Abud, médico psiquiatra e fundador do canal Saúde da Mente

Para Abud, algumas situações pedem algumas atitudes por parte dos pais para tentar minimizar a ansiedade. O médico exemplifica o caso do comportamento do filho menor, que de repente tornou-se mais pegajoso, com receio de se separar da mãe. "Isso também ocorre nesses casos. Porém nesse momento é importante validar o sentimento da criança antes de aconselhá-la.. Isso significa reconhecer e dar o direito a ela de sofrer, de se expressar", afirma. O médico ainda reforça que ações de empatia também podem surtir um efeito positivo. "Você pode expressar para a criança que você mesmo já sentiu algo parecido e deixe claro que existe um espaço aberto para que ela possa conversar contigo sobre isso".

A forma de falar é outro aspecto fundamental. "É importante que sejam comunicadas as regras de volta às aulas, planos e horários que a escola passou para os pais. Isso deve ser feito de uma forma que a criança entenda, com clareza. E, também, é fundamental deixar um espaço para que ela faça perguntas sobre as dúvidas que surgirem", reforça o Dr. Marco Abud.

Esse tipo de conduta auxilia o cérebro a sentir que há segurança, há algo previsível, na visão do médico. Abud fornece algumas dicas nesse sentido. "Você pode fazer pequenos rituais com seus filhos, como sempre dar um abraço nele antes dele entrar na escola. Isso dá uma sensação de controle".

Ajudar a criança a ver o lado positivo das coisas - e também da mudança - é fundamental. "Uma forma de fazer isso é fazer algumas perguntas como "o que você vai querer fazer primeiramente quando chegar na escola? ". Isso ajuda a mostrar que existe um aspecto positivo na mudança, apesar do clima de incerteza. Nós teremos que nos adaptar às novas rotinas".

Porém, Marco Abud pede atenção redobrada aos pais para identificar qual é o momento certo de buscar ajuda médica. "É normal haver momentos de adaptação, mas eles não podem interferir no dia a dia das crianças, nas suas atividades rotineiras. Ela não pode ter dificuldade de fazer aquilo que ela se propõe a fazer em termos de rotina, atividade extracurriculares e lições de casa", complementa. De acordo com o especialista, se a criança ou o adolescente começarem a ter crises de choro e ansiedade na hora de ir para a escola - e isso durar mais do que duas semanas - é importante fazer uma avaliação com um profissional de saúde mental. Quando o retorno vier, que todos estejam mentalmente saudáveis para encarar os desafios de 2021.


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