Cirurgia combinada
com elevação das sobrancelhas, peelings químicos ou laser proporciona melhores
resultados
Com a obrigatoriedade do uso de máscaras para nos
proteger da Covid-19, nossos olhos nunca ficaram tão em evidência. Manter a
pele limpa e usar hidratantes para proteger o rosto, principalmente esta área,
é fundamental. Mas, mesmo com tantos produtos e procedimentos disponíveis para
restaurar a elasticidade da pele e reduzir as rugas, há problemas que não
conseguem ser totalmente solucionados como o das pálpebras caídas.
Nos jovens, as pálpebras apresentam um belo
contorno, elasticidade da pele e ausência de rugas e de sombras em função do
volume adequado, mas, quando envelhecemos, as mudanças faciais mais
perceptíveis começam a aparecer, principalmente nas pálpebras.
Uma das principais características do
envelhecimento facial é a perda de volume dos coxins de gordura em todo o rosto
e, quanto mais acentuada for esta perda, mais visível será a linha de
demarcação entre as pálpebras e as maçãs do rosto.
Para solucionar esse problema, uma das opções é a
blefaroplastia, cirurgia plástica nas pálpebras superiores e inferiores para
retirada do excesso de pele e das bolsas de gordura, com o objetivo de reduzir
as rugas nesta região e deixar o olhar mais jovem.
Mas como na blefaroplastia tradicional a retirada
de gordura é insuficiente para harmonizar a linha de demarcação entre as
pálpebras e o terço médio da face, a melhor opção é o paciente optar pela
blefaroplastia com transposição de gordura, com o preenchimento natural da
depressão conhecida como caminho da lágrima.
Nesta cirurgia o excesso de pele e as bolsas de
gordura são retirados com aproveitamento de todos os tecidos e feito o
reposicionando da gordura por toda a região dos olhos. Nesse procedimento
os três compartimentos de gordura da pálpebra inferior são descolados de
maneira individualizada e este tecido gorduroso é fixado inferiormente, em
direção à maçã do rosto. Também é necessário descolar os músculos e ligamentos
da parte superior do rosto para permitir a acomodação da gordura palpebral
nesta região.
De maneira geral, continuamos a retirar os
excessos, mas aproveitamos melhor todos os tecidos, especialmente
reposicionando a gordura por toda a região, dessa forma o maior ganho é repor
os volumes e reduzir as sombras que tanto nos envelhecem.
Além disso, com o avanço das técnicas também é
possível associar a blefaroplastia com transposição de gordura com outros
procedimentos como resurfacing a laser, peelings químicos, lifting de
sobrancelhas ou mesmo lifting facial para potencializar os resultados.
Por se tratar de uma técnica mais avançada,
envolvendo, inclusive, o terço médio da face, o inchaço desta região é um pouco
maior e a recuperação é mais lenta, motivo pelo qual é indicada, sempre que
possível, a realização de drenagem linfática facial e a colocação de tapings no
período pós-operatório imediato. Outros cuidados como compressas frias,
repouso, alimentação adequada e medicamentos, permanecem iguais à nossa rotina.
DR.
ROGÉRIO LEAL - Médico cirurgião plástico ocular, especialista em
Cirurgia Estética e Reparadora das Pálpebras, é membro da Sociedade Brasileira
de Cirurgia Plástica Ocular e da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica da
Face, realizando desde cirurgia plástica das pálpebras até tratamentos faciais
a laser e peelings químicos. Formado pela Universidade Federal do Paraná em
1996, mudou-se para São Paulo, onde concluiu sua formação em instituições
respeitadas como o Hospital Brigadeiro e o IOTC, além do Detroit Medical
Center, nos Estados Unidos. É professor assistente do Protocolo de Peelings
Químicos Palpebrais do Serviço de Cirurgia Plástica Ocular do Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Atualmente,
realiza cirurgias nos Hospitais Santa Catarina e Albert Einstein, em São Paulo,
no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, e no Hospital Union, em Curitiba.
Instagram:
drrogerioleal
ww.facebook.com/rogerio.lealsantos.7