Especialista recomenda cuidado redobrado com a saúde mental
Diante da
crise de saúde pública, as restrições de contato têm impactado a vida das
pessoas. Afinal, estamos acostumados a viver em sociedade e nos relacionar além
das telas digitais. A fim de entender mais sobre esse assunto, o Nube - Núcleo
Brasileiro de Estágios fez a seguinte pergunta aos jovens:
“O isolamento social causado pelo coronavírus está te prejudicando?”. A
pesquisa foi realizada entre os dias 11 e 22 de maio e contou com a
participação de 14.673 pessoas, de 15 a 29 anos. Para a maioria dos
respondentes, a situação está ficando cansativa.
Na
visão de 36,81% (5.401) dos pesquisados, “depende, por um lado é bom, mas já
cansei de ficar isolado”. Segundo a gerente de treinamento do Nube, Eva
Buscoff, precisamos nos conectar com o momento presente e, nele, o imperativo é
cuidar da integridade física. “Teremos de utilizar toda a nossa criatividade
para superar as adversidades causadas pela pandemia. Não existe fórmula única
para a conquista da superação; precisamos testar alternativas em nosso dia a
dia, cozinhar, tricotar, escrever um diário, aprender uma língua, fazer um
curso, meditar, ler um livro... o mais importante é escolher algo aprazível e,
se possível, divertido também!”, orienta.
Outros
32,53% (4.485) afirmaram: “sim, eu gosto de ter uma rotina agitada e sair
sempre de casa”. Nesse caso, é possível estabelecer um cronograma de ações para
realizar dentro de casa e passar o tempo de maneira proveitosa e equilibrada.
“Crie uma agenda funcional para o seu dia, com períodos para o trabalho, boa
alimentação, exercícios físicos, estudo e lazer. Não adotar um horário para
dormir e acordar pode bagunçar os hábitos e aumentar a sensação de
improdutividade e cansaço”, explica Eva.
Um
número expressivo (23,75% ou 3.485) de participantes respondeu: “sim, é algo
muito ruim e tem me deixado depressivo”. De acordo com a gerente, em um cenário
como esse, é fundamental redobrar os cuidados com a saúde mental. “Hoje vivemos
muitas incertezas, medos, preocupações e angústias. Todos esses sentimentos são
legítimos e demandam compreensão. Individualmente, será necessário entender
quais ações podem ser tomadas para aliviar tais emoções”, pontua. Eva recomenda
trabalhos manuais, exercícios, meditação, dança, yoga e, principalmente, estar
em contato com as pessoas mais próximas por meio da Internet. “Cada um irá
preencher o seu tempo disponível como preferir. Se não for o suficiente para
aliviar as sensações depressivas, não descarte a possibilidade de buscar ajuda
de um profissional da área”, ressalta.
Por
outro lado, 4,56% (669) dos entrevistados disseram: “não, estou adorando ter
mais tempo para cuidar da minha vida”. Para a especialista, preencher as horas
com muitas atividades se tornou sinônimo de aproveitar mais a existência. Além
disso, adotamos essa normativa como modelo, mas o conceito não passa de
uma construção cultural. “Muito provavelmente, em cidades grandes, a população
está mais habituada a uma rotina esgotante e, em locais menores, mais afastados
dos centros urbanos, a percepção é oposta. Nelas vive-se com tranquilidade uma
jornada caseira e a sensação de bem-estar é similar. Precisamos reprogramar
nossa agenda com o entendimento de quais coisas devemos evitar e cientes da
necessidade de desacelerar. Aproveite o momento para cuidar de você e de quem
está ao seu lado!”, indica.
Finalmente,
2,35% (345) colocaram: “não, sempre quis fazer as atividades em casa”. Na
percepção da gerente de treinamento, as pessoas estão conectadas a valores e
princípios. Portanto, quem entendeu o quanto é importante preservar a vida por
meio do isolamento social, se reorganizou, adotou novas práticas e desenvolveu
habilidades para superação. “Sentimentos como empatia, pertencimento e
solidariedade social se sobrepõem e dão mais significado a nossa existência.
Ter consciência e se adaptar à realidade presente podem ser diferenciais ainda
mais valorosos para a superação de uma pandemia. Reeducar-se, reorganizar-se,
ressignificar e reformular são exercícios criativos para ultrapassar os desafios
presentes”, finaliza Eva.
Fonte: Eva Buscoff - gerente de treinamento do Nube.
www.nube.com.br
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