Pesquisar no Blog

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Veias saltadas: o que são?


Em algumas pessoas elas são naturalmente mais evidentes, mas existem casos em que podem ser sinal de alerta. Isso diferencia uma veia aparente, de uma veia dilatada

  
O Dr. João Paulo Maffei, cirurgião vascular, do Duo +, explicou que há 6 importantes sinais para quem tem as veias saltadas e é preciso ficar atento a:

·        As veias saltadas podem aparecer em pessoas mais magras e que costumam ter os vasos mais aparentes por causa da pouca quantidade de gordura que têm abaixo da pele. Isso tende a se intensificar com o avanço da idade.

·        Elas também costumam ser notadas em pacientes que têm a musculatura muito desenvolvida por causa de exercícios físicos, por exemplo. Durante a malhação isso fica ainda mais perceptível na região que está sendo exercitada, já que a circulação é intensificada para nutri-la.

·        Quem tem a cútis muito clara e fina, também podem apresentar as veias superficiais mais saltadas e aparentes.

·          Nos dias mais quentes a questão tende a ficar mais notável, pois acontece uma vasodilatação dos vasos sanguíneos.

·        As gestantes também podem notar essa peculiaridade, já que os vasos sanguíneos ficam mais volumosos e trabalham mais para alimentar o feto.


Quando elas devem ser investigadas?

Quem pega pesado demais na hora de suar a camisa pode prejudicar os vasos. O ideal é que a atividade física seja introduzida de forma lenta e progressiva, devendo sempre ser acompanhada de perto por profissionais e que não seja usada carga muito exagerada durante os treinos de musculação. Se a pessoa sentir desconforto intenso após a atividade física, é interessante procurar ajuda de um profissional.

Veias saltadas acompanhadas por sintomas como dor no peito, falta de ar ou desconforto em uma região específica indicam a necessidade da avaliação de um médico, pois esses podem ser sinais de problemas circulatórios.

A presença constante de uma artéria mais volumosa na lateral da testa também é razão para marcar uma consulta com um especialista, pois pode ser indício de arterite temporal, uma doença caracterizada pela inflamação das artérias do crânio, pescoço e porção superior do corpo que provoca dor de cabeça, sensibilidade no couro cabeludo e fadiga, entre outros sintomas.

Se os vasos saltados estiverem presentes nas pernas e provocarem dores, inchaço, cansaço e dores, eles podem ser sinais de varizes, mais um caso em que um médico precisa ser procurado.





Dr. João Paulo Maffei Junior - cirurgião vascular do Duo+. Formado em medicina pela Faculdade de Medicina do ABC, em 1999. Especialista em Cirurgia Geral com Residência Médica pela Faculdade de Medicina do ABC. Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular com Residência Médica pela Faculdade de Medicina do ABC. Especialista em Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Integrante do corpo clínico dos hospitais mais conceituados de São Paulo, como Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Sírio-Libanês, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Hospital Samaritano e Rede São Luiz - D'Or. 


Cirurgia bariátrica: Quando é uma boa opção?


De acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) realizada pelo Ministério da Saúde, a obesidade voltou a crescer no Brasil a níveis alarmantes. No país, mais da metade da população (55,7%) tem excesso de peso e a prevalência da obesidade ultrapassou os 19%. Entre 2006 e 2018, o índice da obesidade aumentou em 67,8% acarretando, além do sobrepeso, no desenvolvimento de doenças relacionadas a isso, como a diabetes, a hipertensão, o colesterol alto e muitos outros problemas.

A alimentação desequilibrada, com o alto consumo de alimentos ultraprocessados e açucarados junto a vida sedentária contribuem para o agravamento do quadro. Diante da dificuldade em adquirir novos hábitos, muitas pessoas acabam recorrendo a cirurgia bariátrica como única alternativa, quando na verdade ela deve ser uma das opções de tratamento da obesidade, aliada aos hábitos saudáveis. Até porque, caso esses hábitos não sejam adotados, o paciente pode voltar a engordar após certo período de realização da cirurgia. 

Seguindo as orientações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a cirurgia bariátrica é indicada para pacientes com IMC – índice de massa corpórea – igual ou maior a 40 ou IMC entre 35 e 39,9 com no mínimo uma doença associada. Por se tratar de um procedimento complexo, o Conselho Federal de Medicina (CFM) regulamentou quatro tipos de procedimentos, que podem variar de acordo com a avalição realizada pelo cirurgião e as condições de saúde do paciente.

O Bypass Gástrico é o procedimento mais comum, representando 75% dos casos. Ele reduz em 90% a capacidade do estômago, diminuindo a ingestão de alimentos e desviando-os para a primeira parte do intestino (duodeno) até a porção intermediária (jejuno). Com isso, reduz-se a liberação do hormônio da fome (grelina) e de outros liberados pelo próprio intestino. Além do rápido equilíbrio das complicações da obesidade, a perda de peso é também considerável.

Antes de realizar o procedimento, algumas medidas devem ser adotadas pelo paciente, tais como: alimentação balanceada e sem exageros; quem fuma, deve parar 30 dias antes para evitar complicações pulmonares; é preciso fazer um acompanhamento psicológico antes e depois para dar todo o apoio necessário, identificar possíveis distúrbios alimentares ou relacionados ao consumo de álcool e drogas.

O pós-operatório também requer cuidados e a alimentação deverá ser reintroduzida aos poucos. De sete a dez dias após a cirurgia, os alimentos serão todos líquidos e fracionados, passando, depois, a serem pastosos ou cremosos e somente de 25 a 30 dias após o procedimento é que os alimentos em sua forma sólida serão recolocados na dieta.

Para que se obtenha sucesso ao final desse processo de intervenção cirúrgica, as mudanças alimentares precisam fazer parte dessa nova vida. Não baste reduzir a quantidade e não melhorar a qualidade dos alimentos, é preciso estabelecer uma dieta rica em legumes, verduras, frutas, fibras, proteínas e carboidratos de qualidade. Além disso, a prática de atividades físicas, aeróbicas e de fortalecimento muscular são também fundamentais para chegar ao resultado físico desejado.





Dr. José Afonso Sallet - médico gastroenterologista do Hospital IGESP.


Mitos e Verdades da Endometriose



A endometriose é uma doença complicada que afeta cerca de 10% de pessoas com útero e em idade fértil. Aqui na clínica fazemos acompanhamentos diários de mulheres que sofrem com essa doença e buscam tratamento para aliviar a dor, possibilitar a gravidez, diminuir as lesões endometrióticas e principalmente devolver a qualidade da vida da paciente. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Veja abaixo alguns mitos e verdades sobre a doença:

 
A endometriose é uma cólica menstrual forte?
 
Mito.

A cólica é um dos sintomas da endometriose, muitas mulheres têm cólicas intensas antes, durante e depois da menstruação. Além das cólicas, a endometriose pode causar dor para urinar, dor pélvica crônica, dor nas costas, nas pernas e nos ombros.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀

⠀⠀⠀⠀⠀⠀
A endometriose é uma doença genética.
 
Talvez.

Se a mãe ou a irmã de uma mulher possui a doença, ela tem o risco de desenvolver a doença.
⠀⠀⠀⠀⠀

Não é possível reverter a doença.
 
Mito.

A endometriose não tem cura, mas pode ser superada com tratamento clínico, controlando os sintomas com medicamentos, ou cirúrgico, removendo as lesões profundas.

O uso prolongado de anticoncepcionais pode “mascarar” a doença.

Verdade.

Quando contínuo, o uso de pílula anticoncepcional pode encobrir a existência da endometriose. Afinal, anticoncepcionais muitas vezes são indicados como tratamento e controle dos sintomas.



Dr. Domingos Mantelli: Ginecologista e Obstetra - autor do livro “Gestação: mitos e verdades sob o olhar do obstetra”. Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA) e residência médica na área de Ginecologia e Obstetrícia pela mesma instituição. Dr. Domingos Mantelli tem pós-graduação em Ultrassonografia Ginecológica e Obstétrica, e em Medicina Legal e Perícias Médicas.
Instagram: @domingosmantelli

Posts mais acessados