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quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Ansiedade e Burnout: quando transtornos impactam o gestor


Segundo pesquisa da empresa de recrutamento Robert Half, os profissionais brasileiros são os mais estressados do mundo. A empresa entrevistou quase 1.800 gestores de RH em 13 países e constatou que o profissional brasileiro é o que mais sofre com a pressão e o excesso de trabalho. De acordo com a pesquisa, 52% dos entrevistados reclamaram da alta carga de trabalho, e 44% sentem falta do reconhecimento de seus esforços.

Não é à toa que muitos profissionais acabam desenvolvendo transtornos de ansiedade. Os mais comuns são: transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de pânico, transtorno obsessivo compulsivo, transtorno de estresse pós-traumático, fobia social e fobias específicas.

A posição de liderança demanda bastante do gestor e este, se não estiver preparado para lidar com as demandas e conflitos do grupo, tende a se desequilibrar, o que pode ser um dos impulsionadores da ansiedade. No entanto, aspectos emocionais, especialmente a capacidade de lidar com a inteligência emocional, impactam bastante. O gestor deve saber captar, absorver e conduzir a ansiedade e a expectativa do grupo, orientando-os e intervindo quando julgar necessário.

Na realidade, todos esperam que um gestor tenha maturidade emocional (ou “quociente emocional”) e consiga gerenciar e controlar sua própria ansiedade, além de lidar com a ansiedade do grupo que ele lidera. Ele é a referência desse grupo, e uma de suas funções é administrar essa teia de situações potencialmente ansiógenas que permeiam a dinâmica da equipe.

O líder precisa ser capaz de ter autocontrole, autoconhecimento e experiência para transmitir tranquilidade e direção ao grupo, em todo tipo de situação. Muitas vezes, só um trabalho psicoterápico permite que ele se conheça mais a fundo e se desenvolva emocionalmente, de modo a saber lidar com suas próprias ansiedades e as da equipe.

Se o transtorno de ansiedade não for tratado, gestor e a sua equipe podem caminhar para um “naufrágio”. Neste sentido, ele “afunda” sua carreira, pois não terá condições de gerenciar adequadamente as situações de tensão que certamente ocorrem no ambiente corporativo. Daí, além da ansiedade, virá o sentimento de frustração, decorrente de uma expectativa não realizada, de uma sensação de incapacidade ou de percepção de que “não sou tão competente quanto imaginava”.

Para tornar o cenário ainda mais complexo, vale lembrar que a imagem de um profissional não permite tantos “deslizes” como no âmbito social/pessoal. O mercado é competitivo, principalmente no momento em que vivemos agora, e qualquer erro ou demonstração de instabilidade pode acarretar sua substituição por outro profissional que tenha mais equilíbrio emocional. 


Síndrome de Burnout – o mal do século XXI

A síndrome de Burnout vem aparecendo cada vez mais em diversas profissões, sendo consequência do excesso ou sobrecarga de trabalho. Como o próprio nome diz, a pessoa se sente literalmente exausta, esgotada física e psicologicamente, seja por causa do número de horas trabalhadas, seja pelo estresse provocado pelas condições de trabalho.

O uso crescente de recursos tecnológicos e da informática mudou o modo de trabalhar; a aceleração da velocidade de comunicação e a integração global trouxe a demanda por muitas horas de trabalho em geral sob forte pressão de desempenho. Nestas condições surge novamente a exaustão, caracterizada pelo desânimo, dificuldade de raciocínio, ansiedade, preocupação, irritabilidade, sensação de incapacidade ou inferioridade, diminuição da motivação e da criatividade, aparecimento de transtornos mentais e doenças físicas.

Já a privação do sono gera a síndrome de Burnout por vários fatores: quando o profissional não dorme o suficiente para ser produtivo; quando ele faz hora extra até tarde da noite, prejudicando a rotina do sono; quando viaja muito a trabalho para diferentes Países, desregulando seu relógio biológico; ou até mesmo quando muda repentinamente de cargo, e precisa alterar o turno da tarde para o turno da noite, por exemplo. Isso resulta em uma extrema exaustão, pois o organismo, que já está habituado com um determinado padrão de sono, sofre um forte impacto, precisando de tempo e resistência para se readequar à nova rotina do profissional.

Uma consequência frequente é o uso de drogas (álcool, tabaco, além das drogas ilícitas) como forma de alívio. É importante estar alerta a esta situação que agravará ainda mais a condição física e mental do indivíduo. O mesmo pode ser dito da automedicação.

Além das condições adversas e estressantes de trabalho, algumas características da personalidade são consideradas importantes para o aparecimento da síndrome de exaustão. Pessoas muito competitivas, ambiciosas, com dificuldade para delegar, absorvendo tudo para si, fazendo do trabalho sua única atividade tem maior chance de desenvolver exaustão. Por outro lado, pessoas inseguras, necessitadas de reconhecimento pelos outros, com dificuldade de colocar limites e abrindo mão de suas próprias necessidades também estão mais vulneráveis ao Burnout.

E o que fazer para prevenir a síndrome de exaustão? A primeira e óbvia recomendação é descanso físico e mental. O equilíbrio entre o trabalho e as atividades físicas, de lazer, o encontro com os amigos e outras é o primeiro passo. Mudanças de atitudes, de expectativas, de hábitos de vida podem também auxiliar na prevenção.

Nos casos em que a síndrome de Burnout já está instalada, recomenda-se buscar auxílio médico especializado para avaliação do quadro e orientação quanto ao tratamento. Especialmente no caso das pessoas cujas características de personalidade as tornam mais propensas ao Burnout, a psicoterapia é um complemento importante, pois o problema está muitas vezes dentro da pessoa, e não tanto em suas condições de trabalho.


Caso aconteça alguma situação que tenha saído do controle do gestor, será necessário um esforço grande e de longo prazo para que ele tenha nova oportunidade para mostrar que reviu suas posições e aprendeu a lidar com suas próprias ansiedades. Como já dito, às vezes esse amadurecimento emocional só é obtido com um trabalho psicoterápico específico. O importante é buscar ajuda ao menor sinal de que algo não vai bem.





Elaine Di Sarno - psicóloga com especialização em Avaliação Psicológica e Neuropsicológica; e Terapia Cognitivo Comportamental, ambas pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas – FMUSP. É pesquisadora e colaboradora do PROJESQ (Projeto Esquizofrenia) do IPq-HC-FMUSP


Câncer de rim é o segundo que mais acomete sistema urinário de adultos


 Saiba causas, prevenção e sintomas sobre a doença; cura pode chegar a 90% dos casos

Os tumores malignos do rim são conhecidos como câncer de rim ou câncer renal e correspondem a 2% das neoplasias humanas, sendo mais comum nos homens do que nas mulheres. É o segundo câncer que mais acomete o sistema urinário de adultos, pois a descoberta vem aumentando devido aos hábitos e a maior utilização dos métodos de imagem na rotina de check-ups.

Segundo o uro-oncologista, Dr. Marcos Tobias Machado, algumas características podem favorecer o aparecimento da doença. “Existem alguns fatores relacionados ao câncer renal como a hereditariedade, o tabagismo, a obesidade, uso de diuréticos e algumas doenças genéticas”, explica o especialista sobre as causas.

Com sintomas e sinais quase raros em seus estágios iniciais, a grande maioria dos tumores renais hoje são detectados em pacientes por métodos de imagem como, ultrassonografia, tomografia e ressonância magnética indicada por outros motivos. “Quando existem sintomas os mais frequentes são o sangramento urinário, dor lombar e massa palpável no abdômen (quando o tumor é muito grande)”, explica o especialista.

O tipo histológico que corresponde a 90% dos casos de câncer renal é o carcinoma de células renais, que se origina no tecido epitelial. Para prevenir esse e os outros tipos, Dr. Marcos indica a redução dos fatores causais, mas a principal maneira é a realização dos exames preventivos. “A ultrassonografia, por exemplo, detecta pequenas lesões renais ainda curáveis”, sugere. 

Nesses casos, o tratamento principal é a extração cirúrgica total ou parcial do tumor, que promove a cura entre 80 e 90%, preservando o restante do rim. Essa intervenção cirúrgica pode ser obtida através de videolaparoscopia, cirurgia robótica ou ablação tumoral por fontes de energia, que são algumas das cirurgias minimamente invasivas disponíveis. 

Além da cirurgia, hoje há novos medicamentos que combatem a proliferação de vasos sanguíneos, das células tumorais ou agem na imunidade do paciente. “Essas medicações promovem melhor qualidade de vida e aumento da sobrevida, quando comparada há anos atrás quando esses medicamentos não existiam”, afirma Dr. Marcos.

Já quando a doença se estende além dos limites do órgão, as chances de cura são bem menores e no momento em que existe disseminação para outros órgãos como, pulmão, fígado, ossos e cérebro a cura é pouco frequente.


Marcia Jorge desvenda a sustentabilidade


Equilíbrio entre o consumo consciente versus sucumbir aos desejos fashion é a chave da questão



A Consultora, Stylist e Editora de Moda Marcia Jorge, sempre atenta a tudo o que cerca a moda, faz algumas considerações a respeito da sustentabilidade, tão aclamada nos últimos tempos. Veja o que ela diz abaixo:

“Sustentabilidade tem a ver com consciência e o que vejo hoje são 2 movimentos contraditórios”, afirma a profissional. Um lado que quer cuidar do planeta e está vigilante com o excesso de consumo e danos causados pela produção industrial em larga escala. Documentários mostram o estrago causado pelas indústrias de moda, tanto na parte ambiental como social. Muitos famosos já estão engajados nessa causa, como por exemplo, a modelo Gisele Bundchen, que não usa mais tecidos que não são sustentáveis. Já por outro lado, há quem queira ter o look do momento, a bolsa igual da blogueira, o brinco parecido com a celebridade e pessoas com problemas em repetir roupas nas redes sociais - porque já apareceram em fotos com essa ou aquela peça. “Ainda estamos caminhando, mas é uma estrada bem longa essa que temos que percorrer”, acrescenta Marcia. 

É motivo de alegria as empresas de moda estarem buscando atualmente processos sustentáveis na confecção dos seus produtos. O que anteriormente era motivo de custos a mais (matéria-prima sustentável ainda é cara!) aos poucos vai se tornando parte do cotidiano.
Agora o desafio: existe a possibilidade de equilibrar o ser sustentável e de vez em quando, , apostar em um hit-desejo??? A resposta é sim! Porque viver em paz e fazer sua parte, não tem a ver com radicalismos. Nada contra, de vez em quando sucumbir a um ou outro desejo apresentado por um influenciador. “O problema é quando eles viram pastores e você, a ovelha, louca por um like. O que vale é a CONSCIÊNCIA”, diz a Stylist.
Antes de comprar qualquer coisa, vale as perguntas: estou precisando mesmo disso? Qual a necessidade que isto vai preencher? Necessidade de ser aceito? Necessidade de ser elogiado? Necessidade de ser amado, admirado? Caso seja uma dessas razões, não compre!
Agora, se for uma necessidade real e prática, como por exemplo, quando você vê um sapato roxo, não tem nenhum dessa cor e ele vai combinar perfeitamente com um vestido que você adora, tudo bem! Cuidado com a tentativa de suprir necessidades afetivas com consumo. Isso não é nada sustentável. 

Outras dicas interessantes:
*Dê uma geral no seu guarda-roupa, tire tudo mesmo, é terapêutico e você vai encontrar um monte de coisas que você nem lembrava;

*Tire o que você não usa há mais de 6 meses e dê destinos a elas que podem ser: doar para quem precisa, trocar peças com as amigas, vender em um brechó ou até mesmo fazer um bazar. Levar para consertar ou reformar também é uma boa opção! Exemplo: fazer daquela blusa bonita, mas sem uso, um cropped, pois ficará mais moderna;

*Quando realmente precisar de algo, dê preferência às marcas que estão preocupadas em cuidar do planeta;

*Roupas não são itens descartáveis: são para durar e repetir sim! Kate Middleton, Cher, Meryl Streep costumam repetir peças usando a criatividade e mostrando seus dotes fashionistas. Faça o mesmo! 


“A consciência vinda de cada um já cria um novo rumo para história e para as próximas gerações. Isso sim é hit da Moda”, conclui Marcia Jorge.  





Marcia Jorge - Consultora, Stylist e Editora de Moda, Marcia Jorge cria imagens tanto para marcas como para pessoas físicas. Trabalhando no segmento de moda há mais de 20 anos a profissional é responsável por inúmeras campanhas, catálogos e desfiles. Nesse período desenvolveu um método exclusivo para atender clientes corporativos ou pessoais, que foge daquele tradicional “certo e errado”, fazendo com que o cliente amplie seu autoconhecimento, autoestima e afirmação de identidade. A profissional costuma ministrar palestras, cursos e atendimentos pessoais e corporativos.


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