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sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Apoio do (a) parceiro (a) é fundamental para mudar estilo de vida


Segundo dados do Ministério da Saúde, 1 em cada 5 pessoas está acima do peso. Não é segredo que o peso extra e a falta de atividade física são fatores de risco para doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, além de aumentar o risco de ter um infarto ou um acidente vascular cerebral (AVC), principais causas de mortes em todo o mundo.

A boa notícia é que uma pesquisa publicada no JAMA Internal Medicine mostrou que quando um dos membros do casal começa a mudar seu estilo de vida, incentiva o (a) parceiro (a) a fazer o mesmo. Para a psicóloga Marina Simas de Lima, terapeuta de casal família e cofundadora do Instituto do Casal, quando nos sentimos apoiados pelo (a) parceiro (a), há uma motivação maior em alcançar as metas propostas.

“Nosso (a) parceiro (a) é a pessoa mais próxima de nós em um relacionamento afetivo. Assim, o incentivo dele/dela pode realmente facilitar o processo da mudança e aumentar o nível de engajamento, seja para perder peso, para largar o cigarro, para iniciar uma prática esportiva ou adotar hábitos mais saudáveis em geral”, diz Marina.


Efeito cascata
 
Outra excelente notícia é que quando o assunto é perda de peso, os benefícios são ainda mais importantes. Uma pesquisa recente, feita com 130 casais, pela Universidade de Connecticut, mostrou que quando um membro do casal se compromete a perder peso, as chances do parceiro perder peso aumentam de forma significativa. No estudo, um terço dos homens, cujas parceiras realizaram dieta para emagrecer, perderam 3% do peso corporal, mesmo sem participar ativamente da intervenção.

Para a psicóloga Denise Miranda de Figueiredo, terapeuta de casal, família e cofundadora do Instituto do Casal, isso pode ser chamado de efeito cascata. “Desde de crianças, aprendemos a imitar/copiar comportamentos. Isso dentro de um casamento é muito comum, pois, geralmente, o casal acaba adotando ou copiando o comportamento um do outro. Assim, se um dos membros começa uma dieta e muda seus hábitos alimentares, é bem provável que incentive o outro a seguir o mesmo caminho”.

Sabe aquele ditado que diz que quando você muda, as coisas ao seu redor mudam? É exatamente isso que as pesquisas mostram. E os benefícios podem alcançar também os filhos, além do casal.


Mudar é possível, porém desafiante
 
Segundo Marina e Denise, nenhuma mudança é simples, pois envolve quebrar padrões de comportamento aos quais podemos estar acostumados e pode ser bastante desconfortável romper com eles.

“A mudança implica exatamente em sair da zona de conforto. Exige muita força de vontade e determinação. Um casal que está acostumado a sair várias vezes para comer fora, ou pedir comida em casa ou ainda a exagerar nas guloseimas no mercado, vai precisar de muito esforço para mudar os hábitos alimentares”, refletem as especialistas. O mesmo vale para os sedentários ou fumantes, por exemplo.


Dicas das especialistas
 
  1. Encoraje: Incentive seu (sua) parceiro (a) a mudar os hábitos, adotando um estilo de vida mais saudável, mesmo que você não precise ou não queira fazer nenhuma mudança.
  2. Elogie: Faça elogios pelo progresso alcançado, isso ajuda a reforçar de forma positiva e incentiva a pessoa a continuar firme em seu propósito.
  3. Participe: Mesmo que você não esteja acima do peso, não fume e não seja sedentário, procure ser solidário (a). Como? Procure seguir um cardápio saudável, evite trazer guloseimas do mercado (ou pelo menos não coma na frente de quem está fazendo a dieta). Convide ele/ela para fazer uma caminhada. Seja uma boa influência para seu (sua) parceiro (a).
  4. Não sabote: Nada pior do que alguém que procura sabotar a mudança de hábitos do outro. Evite comprar alimentos calóricos, convencer o (a) parceiro (a) a trocar a atividade física pelo sofá, entre outras estratégias que podem sabotar o esforço do outro para ter uma vida mais saudável.  
  5. Siga seu propósito: Mesmo que seu (sua) parceiro (a) não queira participar da sua mudança de hábitos, siga firme na sua meta. Lembre-se de que a mudança só depende de você, claro que se o outro quiser participar, será ainda melhor.
  6. Encontre prazer em outra coisa: Comer pode ser prazeroso, assim como ficar no sofá ou fumar. Quando a pessoa decide mudar os hábitos, precisa encontrar uma outra forma de prazer, fazer trocas. Descubra o prazer em outras coisas.
“A satisfação conjugal também passa pela saúde física na vida a dois. Assim, o casal pode estabelecer como um projeto em comum a adoção de um estilo vida mais saudável. Nem todos precisam perder peso ou são sedentários. Mas, certamente irão encontrar algum ponto que precisa ser melhorado. Que tal refletir sobre isso?”, encerram Marina e Denise.


Medo do Sucesso


Síndrome descoberta há 40 anos atinge 80% dos bem-sucedidos profissionalmente


            O ano era 1978. Duas cientistas e pesquisadoras da Universidade do Estado da Geórgia, Pauline Rose Clance e Suzanne Imes, despontaram ao mundo ao denominarem, durante a produção de um artigo científico, de “Síndrome do Impostor”, o transtorno sofrido por quem se boicota e possui pensamentos e sentimentos de se considerarem como “não merecedoras” do sucesso profissional e econômico que possuem. Quarenta anos passados, outras pesquisas já deixaram mais que comprovado o transtorno, como a da psicóloga Gail Mattews, que descobriu que 80% das pessoas bem-sucedidas profissionalmente já haviam tido alguma experiência com os sintomas de Síndrome do Impostor.

            E que sintomas são estes? O psicólogo Fernando Elias José, que há 20 anos pesquisa o tema e trabalha com estudantes que se preparam para exames e concursos, observa que é possível identificar o transtorno em pessoas que atingiram o sucesso, mas não se consideram habilitadas para tal: “Entre os sinais que a pessoa pode transparecer, o maior, sem dúvida, é a própria fala onde se diz ser uma fraude, que não ‘trabalhou tanto’ para estar onde está. Trabalho com estudantes que se preparam para concursos públicos, e vários, depois de passarem nos concursos desejados, relatam serem uma fraude, de que não sabem como conseguiram enganar as pessoas”.

            Justamente por se mostrar de forma sutil e que não fique muito clara para as pessoas que convivem com o portador do transtorno, a Síndrome do Impostor pode ser prejudicial para o caminho ao sucesso profissional em qualquer área. Há, porém, uma diferença gritante da síndrome para a baixa autoestima, pois pessoas com este sentimento geralmente não possuem históricos de conquistas, diferentemente dos portadores da Síndrome do Impostor. Mas por quê? O ponto principal é que pessoas que sofrem com a Síndrome do Impostor simplesmente não valorizam as próprias conquistas, dando a causa delas simplesmente para o acaso ou então que elas mesmas não merecem este sucesso.

            Além deste ponto, outra característica marcante dos portadores da Síndrome do Impostor é que eles batalharam muito para atingirem seus objetivos profissionais e financeiros, e, por isso, o transtorno não é ocasionado geralmente em pessoas que herdaram grande fortuna e sucesso profissional e financeiro. E outra característica marcante que exemplifica o sofrimento de pessoas diagnosticadas com a síndrome é que, ao conseguirem alcançar seus objetivos, elas não ficam felizes, mas sim apenas aliviadas.

            Porém, ao mesmo tempo que o excesso é prejudicial, é possível conviver com doses moderadas dos sintomas de Síndrome do Impostor. O psicólogo Fernando Elias dá a dica: “Confie no seu potencial, pois uma dose pequena deste sentimento poderá ser muito útil para estimular e impulsionar na busca de novos desafios”. Mas caso o transtorno esteja incontrolável, é importante que o “bem-sucedido(a)” aprenda a anular o sentimento e perceba o mérito em cada ação que o levou até o ponto que se encontro. O psicólogo Fernando dá cinco dicas para cumprir esta missão:

1)   Observe os dados de realidade da sua história;
2)   Converse com pessoas que você confie e ouça sobre o seu potencial;
3)   Aceite seus erros, pois todos erramos;
4)   Assuma somente riscos possíveis;
5)   Trabalhe em algo que goste.

Neuropsicólogo explica a importância do pai no futuro dos filhos


O pensamento remoto que o papel dos homens na relação com a família é exclusivamente de provedor ainda se faz presente na sociedade, porém, a questão tem evoluído com o passar dos anos, principalmente com autonomia e independência financeira das mulheres. Assim, a cada dia, as pessoas estão entendendo que a figura paterna tem também funções importantes no desenvolvimento emocional de seus filhos e que o seu pleno envolvimento é tão ou mais importante quanto o da mãe.

De acordo com o neuropsicologo Luciano Alves, os problemas nas famílias começam a aparecer quando se exclui o pai do convívio, seja por raiva, medo ou esquecimento. Assim, é cada vez mais necessário à sociedade se convencer que a presença do pai não é algo apenas biologicamente necessária, mas que sua ausência traz um grave comprometimento no futuro do filho. 

“As pessoas precisam entender a importância dessa força, que é o pai, nas nossas vidas. É ele que nos leva para o mundo, nos trás a força para empreender, nos conduz ao futuro, nos mostra que as regras são importantes.

 Quando estamos afastados dessa relação acabamos desenvolvendo sintomas como vícios de um modo geral, entre eles, tabagismo, alcoolismo, drogas, jogos de internet, além de transtornos de personalidade com déficit de atenção e até algumas doenças, como hipertensão”, revela ele, completando: “O pai também tem a ver com a forma que nos conectamos com a espiritualidade e a falta de um vínculo traz dificuldades na vida, como problemas de materializar, de empreender e focar. A pessoa não consegue estabelecer um campo de sucesso no mundo lá fora. Há, ainda, uma piora na interação e convivência social, aumentando o nível de comportamento de risco, sendo mais hostis e agressivos em relação aos outros”.

Esse contato com o pai, aliás, deve ter início assim que o bebê nasce, mesmo ele, naturalmente, tendo total simbiose com a mãe, que é quem provém o alimento e tudo que necessita. Porém, será por volta dos três anos que a criança começará a se desprender emocionalmente com da mãe e iniciar a sua jornada rumo à própria autonomia. Nesse momento, o pai torna-se o elo da criança com o mundo exterior, o mundo adulto, no qual ela começa a estabelecer contato com a realidade ao seu redor e com a vida. 

“Quando não há essa presença forte do pai, no caso especifico das filhas mulheres, não é raro elas crescerem com uma desconfiança em relação aos homens, não conseguindo encontrar um parceiro ou manter uma relação saudável. Já os meninos acabam perdidos e inseguros sem um referencial de masculinidade, com a grande possibilidade de repetir esse padrão de distanciamento quando forem pais. Por isso é necessário entender esses vínculos com o pai, como e por que eles são estabelecidos e interrompidos, e trabalhar maneiras de encontrar uma abertura maior para ampliar essa relação. Nesse Dia dos Pais é uma boa hora para estreitar e se aproximar da figura paterna, dizendo a ele o quanto a sua força é essencial e como nos dá um sentido na vida”, conclui.





Luciano Alves - Diretor do Instituto Luciano Alves - Neuropsicólogo e Trainer em Constelação Familiar Sistêmica e Organizacional. Palestrante e Trainer Internacional, Psicoterapeuta Sistêmico e Familiar. Criador dos 9 Passos para o Sucesso nas Organizaçöes Familiares e do método das Constelações Co-criativas Arquetípicas, Constelação Essencial e do Coach Essencial onde é conhecido pela sua sensibilidade, percepção e criatividade

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