O
pensamento remoto que o papel dos homens na relação com a família é
exclusivamente de provedor ainda se faz presente na sociedade, porém, a questão
tem evoluído com o passar dos anos, principalmente com autonomia e
independência financeira das mulheres. Assim, a cada dia, as pessoas estão
entendendo que a figura paterna tem também funções importantes no
desenvolvimento emocional de seus filhos e que o seu pleno envolvimento é tão
ou mais importante quanto o da mãe.
De acordo com o neuropsicologo Luciano Alves, os problemas nas famílias começam a aparecer quando se exclui o pai do convívio, seja por raiva, medo ou esquecimento. Assim, é cada vez mais necessário à sociedade se convencer que a presença do pai não é algo apenas biologicamente necessária, mas que sua ausência traz um grave comprometimento no futuro do filho.
“As pessoas precisam entender a importância dessa força, que é o pai, nas nossas vidas. É ele que nos leva para o mundo, nos trás a força para empreender, nos conduz ao futuro, nos mostra que as regras são importantes.
Quando estamos afastados dessa relação acabamos desenvolvendo sintomas como
vícios de um modo geral, entre eles, tabagismo, alcoolismo, drogas, jogos de
internet, além de transtornos de personalidade com déficit de atenção e até
algumas doenças, como hipertensão”, revela ele, completando: “O pai também tem
a ver com a forma que nos conectamos com a espiritualidade e a falta de um
vínculo traz dificuldades na vida, como problemas de materializar, de
empreender e focar. A pessoa não consegue estabelecer um campo de sucesso no
mundo lá fora. Há, ainda, uma piora na interação e convivência social,
aumentando o nível de comportamento de risco, sendo mais hostis e agressivos em
relação aos outros”.
Esse contato com o pai, aliás, deve ter início assim que o bebê nasce, mesmo ele, naturalmente, tendo total simbiose com a mãe, que é quem provém o alimento e tudo que necessita. Porém, será por volta dos três anos que a criança começará a se desprender emocionalmente com da mãe e iniciar a sua jornada rumo à própria autonomia. Nesse momento, o pai torna-se o elo da criança com o mundo exterior, o mundo adulto, no qual ela começa a estabelecer contato com a realidade ao seu redor e com a vida.
“Quando não há essa presença forte do pai, no caso especifico das filhas mulheres, não é raro elas crescerem com uma desconfiança em relação aos homens, não conseguindo encontrar um parceiro ou manter uma relação saudável. Já os meninos acabam perdidos e inseguros sem um referencial de masculinidade, com a grande possibilidade de repetir esse padrão de distanciamento quando forem pais. Por isso é necessário entender esses vínculos com o pai, como e por que eles são estabelecidos e interrompidos, e trabalhar maneiras de encontrar uma abertura maior para ampliar essa relação. Nesse Dia dos Pais é uma boa hora para estreitar e se aproximar da figura paterna, dizendo a ele o quanto a sua força é essencial e como nos dá um sentido na vida”, conclui.
Luciano
Alves - Diretor do Instituto Luciano Alves - Neuropsicólogo e Trainer em
Constelação Familiar Sistêmica e Organizacional. Palestrante e Trainer
Internacional, Psicoterapeuta Sistêmico e Familiar. Criador dos 9 Passos para o
Sucesso nas Organizaçöes Familiares e do método das Constelações Co-criativas
Arquetípicas, Constelação Essencial e do Coach Essencial onde é conhecido pela
sua sensibilidade, percepção e criatividade
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