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quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Ser solidário faz bem para você e para sua carreira


Qual foi sua última ação solidária? Talvez, com a correria do dia a dia, não nos damos conta de que pequenas atitudes solidárias podem fazer diferença dentro de um grupo. E no ambiente corporativo não é diferente. Participar de ações voluntárias na empresa contribui para o convívio em comunidade. Quando você está inserido em outro grupo - que não é do seu setor ou que não são seus colegas de trabalho diário - você é automaticamente forçado a desenvolver competências que muitas vezes não são exigidas na sua rotina.

Quando a empresa permite que o colaborador tenha oportunidade de exercer o voluntariado com os recursos oferecidos pela organização, ela permite que um processo de conscientização seja iniciado. Ser solidário ajuda a entender os desafios sociais, e ocasiões para tanto não faltam: sempre há muito a fazer. Aqui, na Allianz Partners Brasil, diversificamos as ações. Anualmente, participamos da corrida do GRAAC e apoiamos um trabalho pedagógico desenvolvido em uma instituição local que acolhe crianças carentes. Além disso, promovemos campanhas internas de arrecadação, como do agasalho e de brinquedos. Ações pontuais em uma casa de repouso e evento no Dia das Crianças em uma entidade, ambas próximas a empresa, também compõem a agenda de atividades solidárias. No último ano, reunimos, em um jogo de futebol beneficente, mais de 200 pessoas, entre colaboradores, familiares e amigos. O objetivo principal foi arrecadar materiais escolares para o projeto JEDA (Juventude Esperança do Amanhã), de Santo André.

Todos os trabalhos voluntários são organizados com ajuda de um líder. Como a função de liderança pode não ser algo que ele exerça no cargo atual, surge a oportunidade de praticar uma nova capacidade. Por exemplo, quando há campanhas de arrecadação, os voluntários devem visitar as áreas e convidar os colegas para participar, explicar a proposta para os gerentes das áreas, organizar as arrecadações e organizar a agenda com as instituições. Como porta-voz da campanha, o líder desenvolve a habilidade de falar com o público, por exemplo, entre tantas outras. E com a oportunidade de integração, o networking acontece naturalmente. É importante promover atividades onde as habilidades necessárias sejam as mesmas exigidas pela empresa em seu processo de avaliação de performance e desempenho. Isso estimula ainda mais o voluntário – enquanto ajuda pessoas, está tendo a chance de aprimorar a carreira também.

Quando o trabalho voluntariado é colocado em prática, a sensação de gratidão e felicidade é muito forte e impacta no bem-estar, além de intensificar o sentimento de orgulho de pertencer àquela organização. Tem pessoas que se emocionam, outras melhoram na mesma hora seu humor, e há ainda aquelas que repensam sobre questões da sua vida pessoal.

Então, com certeza, ser solidário faz bem para você e para sua empresa.
Lembre-se: o prazer de quem exercita uma atitude solidária é sempre maior do que a gratidão de quem recebe. É saber que você faz parte da construção de algo maior... é o seu legado! Isso não tem salário que pague.




Karina Bertolla - supervisora de comunicação e responsabilidade social da Allianz Partners


Feminicídio aumenta no DF e coloca instituições de apoio às mulheres em alerta


Frente ao aumento dos casos de violência contra a mulher, é preciso dar espaço às ações que combatem a discriminação e dão voz às mulheres

Desde o início do ano, no Distrito Federal, 15 mulheres foram vítimas de feminicídio. É a forma máxima da violência contra a mulher, quando a morte ocorre por discriminação ou menosprezo pelo gênero feminino, por violência doméstica ou familiar.

Uma das principais frentes de combate aos crimes de gênero é a criação de políticas públicas que levem em conta a real situação das mulheres no país. "A violência contra a mulher está intimamente relacionada com o patriarcado, ou seja, a hierarquização social dos sexos em que o gênero masculino é o dominante. Dessa forma, a mulher não é vista como sendo igual ao homem, mas como uma propriedade privada dele", disse Francisca Gallardo, coordenadora do Núcleo de Gênero do Centro Universitário IESB e professora do curso de Relações Internacionais. O Núcleo promove a realização de estudos com perspectiva de gênero e suas diversidades, para a melhoria das políticas públicas voltadas às mulheres.

Segundo a professora, a América Latina foi considerada a segunda região mais perigosa do mundo para as mulheres em 2013 pela Organização Mundial da Saúde, a OMS. Nesse ano, a taxa de assassinatos de mulheres cometidos apenas por parceiros e ex-parceiros foi de 40,5%, atrás apenas da taxa no Sudeste Asiático, onde o feminicídio é praticado desde o nascimento, que chegou a 58,8%.

Uma ação importante nesse contexto é criar espaços para que as mulheres possam ser ouvidas e trocar suas experiências. O IESB mantém um projeto de extensão do curso de Psicologia com esse propósito. O Rodas de Conversa acontece todos os semestres e tem grupos voltados para as estudantes e para o público externo. Neste ano, cada encontro envolveu entre 10 e 15 mulheres. As atividades estão previstas para retornar em agosto, e haverá ainda grupos de homens e mulheres em contexto de violência doméstica, encaminhados pela Justiça a partir da Lei Maria da Penha.

O conceito de feminicídio tomou forma ao longo das últimas décadas. O primeiro termo utilizado foi femicídio, introduzido por Diana Russell em 1976, para definir os assassinatos de mulheres por motivos de gênero. A nomenclatura foi considerada insuficiente para explicar de forma completa a violência contra a mulher, e foi criado o termo feminicídio, que inclui, além das mortes violentas, abusos verbais, físicos, sexuais e psicológicos que acabam levando à morte da mulher, mesmo que os atos não tenham esse objetivo.

Os números da violência assustam: de acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Paz Social do DF, houve um aumento de 40% no número de feminicídios no primeiro semestre de 2018, em relação ao mesmo período do ano passado. O caso mais recente foi o da servidora pública Janaína Romão, assassinada pelo ex-marido.

"Mas é preciso cautela ao examinar dados estatísticos", disse Julianna Barbosa, professora do curso de Direito do IESB. "A violência contra as mulheres e seus assassinatos em âmbito doméstico e nas relações afetivas é um problema social há um longo tempo, mas não havia a visibilidade que há hoje", continua.

"O que acredito que esteja acontecendo é um aumento da visibilidade de tais crimes dada a existência recente da qualificadora no Código Penal e graças aos movimentos de mulheres que têm se mobilizado com grande força para que a pauta ganhe cada vez mais espaço na mídia e no cotidiano das pessoas", completa a professora.

Um desses movimentos acontece nesse fim de semana. Entre os dias 3 e 6 de agosto acontece o Festival Pela Vida das Mulheres no Museu Nacional, em Brasília – DF. O evento trará debates e encontros de mulheres sobre diversos temas, como a participação política feminina, mas o principal objetivo é acompanhar as discussões que acontecem na Audiência Pública sobre a ação ADPF 442, que pede que não seja crime o aborto até 12 semanas da gestação. A Audiência acontece na sexta-feira, dia 3, e na segunda, dia 6.

Segundo Francisca Gallardo, as mortes decorrentes de abortos ilegais – que acontecem com a frequência de um a cada dois dias no Brasil – também podem ser consideradas como feminicídio. "O fato de o aborto ser ilegal não impede que as mulheres o realizem em clínicas clandestinas de forma insegura e insalubre. Tal prática levou à morte muitas mulheres por complicações na cirurgia ou por alguma infecção. Nesse caso, o óbito não era o objetivo, mas a consequência do aborto inseguro. Esse tipo de situação pode ser considerado feminicídio" disse a professora.
A Lei do Feminicídio, de 2015, tipificou e aumentou a pena para esse tipo de crime. "Atualmente, porque temos que salvar as vidas das mulheres, não podemos prescindir de institutos punitivos, e eles nos ajudam a dar visibilidade às violências", disse Julianna.

"No entanto, urge que tenhamos mais políticas públicas de prevenção às violências contra mulheres. Precisamos fortalecer mulheres em suas relações afetivas, na sua saúde mental, em seus direitos. No longo prazo, precisamos educar os homens para uma nova masculinidade não tóxica, não violenta, não desigual. Para o nosso bem e para o bem deles", continua Julianna.

 

terça-feira, 31 de julho de 2018

Ministério da Saúde lança Campanha de Amamentação

 A campanha visa incentivar a amamentação materna exclusiva até os seis meses de vida, contribuindo para o desenvolvimento e proteção da criança



Com o slogan Amamentação é a Base da Vida, a nova campanha de aleitamento, lançada nesta sexta-feira (27), em alusão à Semana Mundial da Amamentação (1° a 7 de agosto), reforça a importância do leite materno para o desenvolvimento das crianças até dois anos e exclusivo até os seis meses de vida, orientação preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Além de reduzir em 13% a mortalidade por causas evitáveis em crianças menores de cinco anos, a amamentação materna também reduz casos de diarreia, infecções respiratórias, hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade.

Para o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, é preciso incentivar a amamentação assim como a doação de leite também. “Quanto mais tempo as crianças são amamentadas, mais elas adquirem resistência às doenças. A mulher que amamenta tem benefícios para sua saúde. Peço que as mães além de amamentar, que também doe leite, que é fundamental para crianças que necessitam de leite materno. Estamos trabalhando para ampliar o número de salas de amamentação nas empresas e dentro dos nossos serviços de saúde”, destacou o ministro.

Entre as principais dificuldades para a amamentação exclusiva, atualmente, estão o posicionamento incorreto, insegurança quanto à quantidade de leite produzido, introdução de chupetas e mamadeiras, falta de apoio da família e retorno ao trabalho. Por este motivo, a campanha é um importante instrumento para sensibilizar a sociedade quanto aos benefícios do leite materno no desenvolvimento saudável da criança. Segundo OMS e UNICEF, cerca de seis milhões de crianças são salvas a cada ano com o aumento de taxas da amamentação exclusiva até o sexto mês de vida. 

A atriz Sheron Menezzes e o seu marido Saulo Bernard são os padrinhos da campanha, que reforça a importância do leite materno para o desenvolvimento e a proteção da criança até os dois primeiros anos de vida ou mais. “Amamentação é um assunto que precisa ser levado muito a sério. Eu amamentei até o sexto mês de forma exclusiva e pretendo continuar até os dois anos. A mulher não precisa ter vergonha de amamentar, pois além de ser importante para a formação do bebê é um ato de amor”, reforçou Sheron Menezzes.

O Brasil tem o tema do aleitamento materno como uma agenda prioritária, investe em ações de saúde pública para garantir uma melhor assistência às mães e bebês, inclusive na regulamentação de leis que promovem e protegem o aleitamento materno contra o marketing abusivo de produtos que interferem na amamentação. Uma das principais iniciativas do Ministério da Saúde é incentivar empresas, públicas e privadas, a criarem salas de apoio à amamentação. Atualmente, o país possui 216 salas certificadas pelo Ministério da Saúde em todo o país, em instituições públicas e privadas, com capacidade de beneficiar cerca de 140 mil mulheres.

A ação surgiu em 2010, com o objetivo de apoiar a mulher que retorna da licença-maternidade e deseja continuar amamentando o filho. As Salas de Apoio à Amamentação são locais simples e de baixo custo para as empresas, onde a mulher pode retirar o leite durante a jornada de trabalho e armazená-lo corretamente para que ao final do expediente possa levá-lo para casa e oferece-lo ao bebê.

O representante da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil, Joaquín Molina, ressaltou a importância dos países envolvidos na Semana Mundial de Amamentação incentivarem o aleitamento materno. “O leite materno é um recurso natural capaz de preservar e melhorar a saúde, combater a pobreza e as desigualdades, melhorar a produtividade no trabalho, empoderar as mulheres e proteger a biodiversidade. Funciona como a primeira vacina de um bebê e dá a ele todo o alimento que precisa. A OPAS reafirma o seu apoio ao Brasil no enfrentamento das barreiras que dificultam o livre acesso às medidas de proteção e garantia ao aleitamento materno adequado”.


LICENÇA-PATERNIDADE

Em 2017, o Ministério da Saúde lançou documento para orientar pais e empresas sobre o benefício da licença-paternidade estendida. Pelo novo Marco Legal da Primeira Infância (Lei nº 13.257/2016), os pais podem prorrogar de cinco para 20 dias o período de licença.   A partir do documento elaborado pelo Ministério da Saúde, para que as empresas, dentro do Programa Empresa Cidadã, concedam o benefício. Os pais podem entregar os seguintes comprovantes: declaração do profissional de saúde informando a participação do pai no pré-natal, em atividades educativas durante a gestação ou visita à maternidade.


HOSPITAL AMIGO DA CRIANÇA

A iniciativa tem como objetivo diminuir a mortalidade infantil por meio do estímulo à prática da amamentação, além de mobilizar e capacitar profissionais de saúde na atenção ao aleitamento materno, buscando evitar o desmame precoce. Atualmente, o país possui 324 hospitais Amigos da Criança.

No Brasil, 67,7% das crianças mamam na primeira hora de vida e a duração média do aleitamento exclusivo é de 54 dias. Aproximadamente 41% das crianças menores de seis meses tiveram alimentação exclusivamente por leito materno no país.





Nicole Beraldo
Agência Saúde 

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