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quarta-feira, 7 de março de 2018

Dia da Mulher: O que as heroínas da ficção já ensinaram sobre o verdadeiro feminismo



Mesmo como pano de fundo, o mundo do entretenimento vem alimentando o telespectador há décadas com histórias sobre feminismo, que inspiram e ensinam as mulheres da vida real sobre o verdadeiro significado do #girlpower! E para comemorar o dia delas, em 8 de março, o Omelete preparou uma lista de lições empoderadas das heroínas.

Confira:

Mulher-Maravilha: A mulher pode ser o que quiser


O filme da Mulher-Maravilha, lançado em 2017, foi alvo de várias polêmicas sobre questões feministas. Ele conta a história de uma mulher que opta por romper com crenças familiares e sociais para ser e viver o que está destinada. E essa história não percence só a Diana, ela é de todas as mulheres que já foram sufocadas por padrões pré-estabelecidos, provocando paralisia e falta de autoconhecimento. A lição da heroína é que é preciso romper com esses padrões e se reconhecer para ser o que você quiser ser.


Moana: Representatividade


Apresentada como a nova princesa da Disney, Moana transmite uma clara mensagem de representatividade. Ela não é mais uma princesa alta, magra, de pele branquinha e cabelos claros. A heroína representa a diversidade com sua pele morena, seus cabelos crespos e olhos amendoados. Dona do próprio destino, ela não espera ser salva, faz acontecer. Quando a ilha onde vive passa a enfrentar a escassez de frutos e peixes, a garota decide enfrentar os perigos do mar em busca de uma solução, mesmo contra a vontade de seu pai.


Jéssica Jones: Não ao abuso


Numa sociedade patriarcal e machista, relacionamentos no qual a mulher passa a ser obrigada a obedecer o homem é algo mais rotineiro e cotidiano do que podemos pensar. Jessica Jones representa, em diversos momentos, uma mulher que disse "não ao abuso", e que tenta, constantemente, superar os traumas e marcas que foram deixados. O vilão, Killgrave, usa seus poderes sobre-humanos para causar terror e tortura psicológica que se equiparam aos de qualquer homem abusador. Coincidência ou não, a segunda temporada da série estreia no Dia da Mulher.


Daenerys Targaryen: Resiliência


Ela foi vendida para um guerreiro, perdeu um filho, ficou viúva, foi traída… motivos suficientes para desistir de tudo, certo? Errado! Depois disso, Daenerys Targaryen, de Game of Thrones, conquistou um exército de homens, assumiu o posto de khaleesi (rainha), tomou para si a tarefa de acabar com a escravidão e partiu rumo ao trono de Westeros ao lado de seus três dragões. Uma verdadeira lição de resiliência para inspirar todas as mulheres.


Princesa Leia: Bela, Recatada e do Lar?


Em uma época em que as mulheres ainda lutavam por direitos básicos relacionados à liberdade de expressão, uma representante feminista apareceu para quebrar esteriótipos e padrões. Leia Organa, da saga Star Wars, nunca foi uma princesa recatada, que seguia regras e abaixava a cabeça para os homens, ao mesmo tempo em que mostrava que vulnerabilidade não é uma fraqueza. 

Apaixonada por Han Solo, Leia declara-se em uma cena icônica, revelando também o seu lado suave. A atuação revolucionária da saudosa Carrie Fischer inspirou força e confiança a uma legião de meninas mundo afora.


Cresce participação das mulheres no mercado de trabalho formal em São Paulo



Segundo a FecomercioSP, esse aumento ocorreu nos três setores avaliados – varejo, atacado e serviços. Destaca-se também que a confiança das consumidoras atingiu o maior patamar desde 2014

 

A participação das mulheres no mercado de trabalho formal do comércio varejista, atacadista e do setor de serviços no Estado de São Paulo aumentou significativamente entre 2007 e 2016. Em quase uma década, o crescimento pôde ser observado não só em relação ao número total de trabalhadores, mas também na ocupação de cargos de liderança.

De acordo com levantamento realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), especialmente em razão do Dia Internacional da Mulher, nesse período (entre 2007 e 2016), a parcela de mulheres com carteira assinada no varejo saltou de 43,5% para 48,2% do total. No atacado, essa proporção passou de 31% para 35,3%, e no setor de serviços, as mulheres, que já eram maioria, viram sua participação aumentar de 50,1% para 53,4%.


Em relação aos cargos de liderança – direção, gerência e supervisão –, no varejo, a proporção avançou de 40,1% em 2007 para 45,6% em 2016. No atacado, foi de 29,8% para 37,1%; e no setor de serviços, de 46% para 49,1%, no mesmo período.


O levantamento foi feito com base nos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho.
 

Consumidora mais confiante
 
Além da maior participação no total de postos de trabalho com carteira assinada, as mulheres também estão mais confiantes. O Índice de Confiança das Consumidoras Paulistanas registrou alta de 5,6%, ao passar de 113,1 pontos em janeiro para 119,4 pontos em fevereiro. É a maior pontuação desde março de 2014 – no comparativo anual, o crescimento foi de 10,2%. O indicador é calculado mensalmente pela Federação desde 1994 e varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total). A segmentação entre homens e mulheres é feita desde maio de 1999.

De acordo com a assessoria econômica da Entidade, a confiança dos homens atingiu 121,7 pontos em fevereiro e é, portanto, superior à das mulheres. A situação, porém, não é um fenômeno. De uma série histórica de 226 meses, apenas em 65 a confiança das mulheres ficou acima da dos homens. Vale ressaltar que, desse total, 64 foram entre os meses de maio de 1999 e dezembro de 2005. De lá para cá, apenas em agosto de 2014 essa condição voltou a ocorrer.


Os dados indicam que as mulheres parecem ser mais criteriosas e/ou conservadoras em sua análise das condições econômicas atuais e das expectativas em relação ao futuro, avalia a FecomercioSP. Variáveis como inflação, taxa de juros e desemprego afetam diretamente a confiança dos consumidores, mas homens e mulheres parecem reagir de modos distintos. Enquanto os homens indicam estar mais preocupados com a situação do mercado de trabalho, as mulheres se preocupam mais com a inflação, dado o seu impacto sobre o orçamento doméstico.


Isso ajuda a explicar o fato de a confiança das mulheres ter superado a dos homens em 64 dos 80 meses entre maio de 1999 e dezembro de 2005, período de elevada taxa de desemprego, movimento que se inverteu a partir de 2006, concomitantemente à redução da taxa de desocupação. Além disso, observa-se que a confiança das paulistanas atingiu o menor patamar da série histórica em julho de 2015, ao marcar 78,5 pontos, período que coincidiu com a alta nos preços. O IPCA acumulado em 12 meses registrava 9,56% em julho de 2015, encerrando o ano em 10,67%.


No período recente, ainda que o ICC das mulheres esteja abaixo do dos homens, vale ressaltar a acelerada recuperação nos últimos meses, impulsionada pela melhora da percepção das condições econômicas atuais (16,9% em relação a janeiro e 47,8% em relação a fevereiro de 2017), em que fatores como inflação e taxa de juros têm grande peso.






O crescimento qualitativo da mão de obra e consciência feminina



Nos últimos 50 anos, as mulheres têm travado uma grande luta e obtido bons resultados na busca por igualdade no mercado de trabalho, com uma significativa mudança cultural em curso, sob a ótica de direitos adquiridos. O empoderamento feminino está, felizmente, minimizando preconceitos coletivos e dando espaço para o gênero se afirmar. Segundo dados mais recentes da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho, a participação feminina em diferentes ocupações, passou de 40,85%, para 44%, nos últimos nove anos.

No próximo Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março, vale lembrar que ainda falta muito para que elas sejam vistas com a merecida igualdade. Claro que houve substancial melhora, mas parte do mercado ainda enxerga a profissional com muitas restrições, principalmente aquelas que já são mães e querem ter outros filhos.

Enquanto a consciência coletiva é moldada, de forma lenta, a mulher pode encontrar em si mesma a solução. A resposta pode estar no autoconhecimento. É sempre possível agregar os desafios pessoais ao profissional e ser multitarefa, mas convém lembrar que ter a habilidade de fazer múltiplas atividades, simultaneamente, não significa excelência. Sob este aspecto é preciso muito treinamento, autoconfiança, e compartilhamento de responsabilidades, afinal, as tarefas familiares não são obrigações exclusivas delas. 

Não acredito também ser humanamente possível dar conta de tudo e penso que é preciso abrir mão de algumas coisas para poder ser feliz. Reservar um tempinho até mesmo para não fazer nada é importante para poder dar conta daquilo que se escolheu para cada fase da vida e daquilo que considera importante para o crescimento e realização pessoal

Como um aparte necessário, cito dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (Pnad), de 2016, que revela que enquanto 89,8% das mulheres realizavam atividades domésticas, esta proporção era de 71,9% entre os homens. O tempo dedicado a esses serviços também mostrou diferença entre os sexos. A média de horas dedicadas ao serviço doméstico no Brasil era de 16,7 horas por semana, mas as mulheres trabalhavam o dobro do que os homens em casa, 20,9 horas semanais, em média, contra apenas 11,1 horas para os homens.

Na minha atuação como coach de vida e carreira, proponho sempre uma reflexão sobre o que se deseja alcançar, as técnicas necessárias e a colaboração possível para este objetivo. É preciso conhecer e respeitar cada fase, sem estabelecer metas intangíveis. A chave é escolher o que almeja que seja feito por você mesma e delegar o restante, por pelo menos uma parte do tempo. Dividindo a vida em fatias, é possível aproveitar o sabor de todas as partes que realmente importam. Escolher do que abrir mão é tão importante quanto escolher o que priorizar.

Seja qual for a opção, o fato é que a mulher vem conquistando um lugar que sempre pertenceu a ela. Mesmo que o desafio seja grande, o empoderamento será permanente. 







Léo Alves - empresário, coach de vida e carreira e autor do livro Abismo – Quando o Fim se mostra recomeço.


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