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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Tuba uterina obstruída é uma das principais causas de infertilidade



Doenças que atingem as tubas são responsáveis por cerca de 25 a 30% dos casos de infertilidade feminina


O sistema reprodutor feminino é incrível. São diversos órgãos e células trabalhando juntos para que se possa conceber uma vida. Porém, alguns problemas ginecológicos podem dificultar ou até mesmo impossibilitar a gravidez. Uma das causas mais comuns de infertilidade está relacionada à obstrução das tubas uterinas. Quando elas estão obstruídas, impedem o encontro do óvulo com o espermatozoide, inviabilizando a gravidez. 

 
Quais são as causas?

De acordo com o cirurgião ginecológico Dr. Edvaldo Cavalcante, patologias tubárias são responsáveis por 25 a 30% das causas de infertilidade feminina e de 10 a 25% desses casos apresentam obstrução na região da tuba, próxima ao útero. “Diversos motivos podem levar à obstrução das tubas uterinas, entre eles a doença inflamatória pélvica, cirurgia pélvica ou tubária prévia, aderências, endometriose, salpingite ístmica nodosa e tuberculose genital”, explica o médico.

 
Principais sintomas e diagnóstico

Muitas mulheres que não conseguem engravidar nunca irão imaginar que a obstrução das tubas uterinas seja o motivo, já que dificilmente há sintomas associados a essa condição. “Por isso, quando há o diagnóstico de infertilidade é preciso investigar as tubas uterinas por meio do exame denominado histerossalpingografia”, diz Dr. Edvaldo.

 
Recanalização tubária é o principal tratamento

A boa notícia é que a maioria dos casos de tubas obstruídas pode ser tratada, oferecendo à mulher a chance de engravidar pelo método natural de concepção.

“Ao longo dos anos, as técnicas cirúrgicas foram se aprimorando e hoje graças à radiologia intervencionista é possível realizar a recanalização tubária por meio da Radioscopia ou ainda pela Histeroscopia. Esse procedimento apresenta melhor resultado e menos riscos em comparação a outras cirurgias para desbloqueio das tubas. Ela é indicada quando a histerossalpingografia mostra que a obstrução está próxima da saída do útero”, comenta o médico.  

 
O cirurgião explica que a Recanalização Tubária é feita por meio da radioscopia, em ambiente hospitalar com anestesia, sem a necessidade de qualquer incisão abdominal. Através da vagina, o médico insere um pequeno tubo (cateter) para dentro da cavidade uterina. Por dentro deste cateter, insere-se um fio flexível (fio guia) com espessura aproximada de 1mm de diâmetro que chegará até as tubas uterinas, alcançando o ponto em que há o bloqueio.
 
O segmento ocluído é suavemente manipulado através deste fio flexível e o bloqueio é removido. Também, é feita uma rápida injeção de contraste que ajuda a eliminar ou expulsar qualquer detrito, se presente; além de contrastar toda a tuba para comprovar a desobstrução.
 



“As chances de sucesso dependem do tipo de obstrução que a paciente apresenta. Nos casos em que a obstrução se encontra logo próximo da saída do útero, a recanalização é bem sucedida em cerca de 90% das pacientes. Em alguns casos o tratamento deve ser realizado em conjunto com a videolaparoscopia”, finaliza Dr. Edvaldo.






 

Bullying: quando o seu filho é o agressor



Bullying é uma prática que ocorre nas escolas e tem ganhado um olhar específico dos profissionais da Educação com o objetivo de combater e instruir os professores e equipe pedagógica e também os responsáveis. Nessa perspectiva, é importante ressaltar o trabalho ao combate e prevenção de quem agride e de quem é agredido.

Os olhares da Educação por vezes se dá mais relacionado a vítima, mas e o agressor? Como é realizado o acompanhamento e até mesmo as orientações? Pois esse sujeito precisa ser analisado pelo pedagogo, psicólogo e demais profissionais, caso necessário. O agressor deve ser visto como uma pessoa que tem em sua maioria, uma satisfação em machucar, denegrir, depreciar e agredir o outro por vários motivos, sejam eles de cunho racial, por alguma deficiência, classe social, religião, etnia, gênero e outros.

O papel da escola é de agir imediatamente, pois para a Instituição não importa o motivo e sim como será encaminhado e tratado o agressor, o qual pode demonstrar uma personalidade que requer uma intervenção do pedagogo e psicólogo com o intuito de conhecer, compreender e orientar os professores e colegas a lidar com as situações diversas. Para a escola, não é relevante observar os alunos apenas na sala de aula, mas é válido acompanhá-los a todo momento em que eles estiverem na escola.

O trabalho do pedagogo e do psicólogo deve ser muito próximo dos responsáveis para que haja uma relação próxima de ambos os lados e assim à comunicação seja feita de maneira adequada. As orientações e os combinados feitos pelos profissionais devem ser seguidas de modo criterioso pelos responsáveis, pois o agressor nem sempre deixa explícito sua vontade ou atitudes em machucar o outro seja com verbal ou fisicamente e os prejuízos psicológicos para a pessoa que pratica o bullying também deve ser tratado com máxima cautela.





Ana Regina Caminha Braga (anaregina_braga@hotmail.com) - escritora, psicopedagoga e especialista em educação especial e em gestão escolar.





1 a 7/8_Semana Mundial da Amamentação: não existe leite fraco


   

 Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade orienta sobre o aleitamento materno que reduz a mortalidade, desnutrição e reforça importância do apoio do pai durante o processo de adaptação entre mãe e bebê



A frase é muito comum. A maioria das mães, principalmente as de primeira viagem, ouve essa frase e se assusta, porém o leite materno tem os nutrientes necessários para a manutenção e promoção à saúde do bebê, tanto que até os seis meses de vida deve ser o alimento exclusivo, sem a necessidade de chás e até água. Entre os dias 1 e 7 de agosto, é datada a Semana Mundial da Amamentação, promovida pelo movimento WABA – World Breastfeeding Week, para incentivar o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida. Em 2017, o foco da campanha é “Amamentar. Ninguém pode fazer por você. Todos podem fazer juntos com você”. A Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) apoia a causa, que reduz a mortalidade, desnutrição e reforça a importância do apoio do pai durante todo o processo de adaptação entre mãe e bebê.

“Por mais que o leite de cada mãe seja diferente, pois é produzido de acordo com as características corporais e hábitos de vida, tem componentes ideais para saciar a fome e a sede da criança, além de proporcionar nutrientes para prevenção de doenças que só o leite materno possui. Além disso, estudos científicos mostram que crianças amamentadas por mais de um ano têm na vida adulta, maior QI, escolaridade e renda do que aqueles que não completaram um mês de alimentação com leite materno.”, explica Denize Ornelas, médica de família e diretora da SBMFC.

Um fator de preocupação que leva ao desmame precoce é o choro frequente dos primeiros meses de vida. Choro não é sinal de leite fraco - quando o bebê chora, mesmo após a amamentação, nem sempre é porque ainda não foi satisfeito e em geral há algo que o incomode, que pode ser desde a temperatura corporal ou do ambiente, incômodo que aponte pra troca de fraldas ou mesmo a necessidade de manter proximidade física com mãe que é maior nos três primeiros meses de vida, conhecida como período de extero-gestação. Faça desse momento, algo muito mais que nutrição, mas sim uma troca de amor, afeto e conexão com o bebê.

Caso continue a chorar os pais podem adotar atitudes como fazer o pacotinho do bebê (quando se embrulha o bebê apertadinho como se estivesse no útero) enquanto fazem o som favorito do bebê ‘shhhhh’ e o balanço suave e ritmado.

É um erro comum que frente às queixas de choro repetido e a insegurança dos pais, profissionais de saúde indiquem fórmulas para complementação do aleitamento, até para bebês menores de seis meses, mas fiquem atentos. Antes de incluir alimentação artificial na rotina, o ideal é investigar os motivos de insegurança, com uma boa relação entre médico e paciente, para que possam chegar juntos a uma solução menos prejudicial à amamentação e consequentemente, à saúde do bebê. As consultas de puericultura, o acompanhamento do peso e dos marcos de desenvolvimento tranquilizam os pais e permite a identificação de problemas que podem ser corrigidos.

Denize explica que um dos motivos para a não adesão do bebê à amamentação materno pode ser a posição e/ou a “pega” incorretas, além de feridas no seio da mãe que causam dor e desconforto. “Para evitar os machucados e rachaduras, o bebê deve mamar não só pelo bico do seio, mas por boa parte da auréola. Caso isso não aconteça de primeira, tire-o delicadamente e tente novamente. Caso tenha feridas, o próprio leite possui ação antibactericida e pode ajudar na recuperação, a orientação é não lavar os seios antes ou depois da mamada, mas passar o próprio leite, sem nenhum produto ou pomada. Além disso, não esfregue toalhas e buchas. A recomendação é não mexer e não usar sabão direto no mamilo. Lembre-se que paciência é fundamental em todo esse processo de aprendizado, principalmente nos primeiros dias em que a mãe e bebê estão se conhecendo e aprendendo a conviver juntos”, complementa.

Mas o alerta para as famílias é ter paciência, pois novos alimentos antes dos seis meses podem acarretar não só no desmame precoce, como também alergias alimentares e diarreia na criança.


Papel do pai
 
Por mais que seja a mãe que forneça o leite ao bebê, o pai tem papel essencial em todo o processo, desde a fase de preparação no pré-natal e não só nos momentos da mamada. Apoio é importante, pois na adaptação da amamentação é necessário ter paciência e, quando se tem auxílio, a mulher sente-se mais confiante e acolhida. O pai pode controlar o horário das visitas, além de reforçar os conceitos da mãe ao romper barreiras de preconceito sobre amamentação em lugares públicos, prática, que infelizmente, em muitos lugares, ainda não é vista como algo comum e natural.

“Além disso, o pai pode auxiliar nos cuidados com o bebê e em outras tarefas, como as domésticas. Dar banho no bebê, ficar com ele no colo enquanto a mãe faz uma refeição e toma banho com tranquilidade, são pequenas atitudes, mas que contribuem. Ficar com o bebê também enquanto a mãe faz massagens para aliviar a dor nos seios e preparar um local calmo e aconchegante para a hora da mamada também valem”, reforça Denize.




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