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sábado, 13 de maio de 2017

Esqueça o que dizem as pesquisas: converse com o seu filho sobre peso!



A obesidade e os distúrbios alimentares são prevalentes em adolescentes. Há preocupações que os esforços de prevenção da obesidade podem levar ao desenvolvimento de um distúrbio alimentar


Ultimamente, uma série de estudos recomenda um conselho aos pais: deixe o peso fora das conversas com seu filho relacionadas à saúde. “Concordo com isso, até certo ponto. É benéfico não abordar o problema da criança a todo instante e evitar comentários desagradáveis sobre o peso em geral”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349). Em outras palavras, os pesquisadores recomendam que os pais não se envolvam em “conversas sobre  peso”. Em vez disso, eles devem se concentrar na abordagem de hábitos saudáveis ​​e da importância de cuidar do próprio corpo.

Um relatório de 2016 da Academia Americana de Pediatria (AAP) coloca o tema desta forma:

“Vários estudos descobriram que a ‘conversa sobre peso’ dos pais limita-se a encorajar seus filhos a fazer dieta ou a falar sobre sua própria dieta, estando relacionada ao excesso de peso... E quando o foco da conversa são os comportamentos alimentares saudáveis, os adolescentes com sobrepeso tendem a não seguir a dieta e adotar práticas de controle de peso insalubres...”.


De nenhuma conversa a um assunto tabu

De alguma forma, as conversas sobre peso se transformaram em um tabu para as famílias. Isso porque, quer gostemos ou não, as crianças estão crescendo em um mundo com atitudes anti-gordura e com uma mídia que idealiza ser magro. Assim, mesmo se um pai evita essa conversa, a criança pode ver, ler e vivenciar algo diferente. “De acordo com o relatório da AAP, metade das adolescentes e um quarto dos meninos estão insatisfeitos com seus corpos, o que aumenta o risco de práticas de controle insalubres, como dietas malucas, algo que metade das adolescentes e um terço dos meninos já fez”, destaca o pediatra, que é membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Os pesquisadores também descobriram que uma boa parte dos adolescentes que faz dieta não apresenta nem mesmo sobrepeso, de acordo com os padrões de IMC. Em um estudo, as meninas adolescentes com peso normal que se percebiam com sobrepeso eram 30% mais propensas a se tornarem obesas doze anos mais tarde e os meninos 89% mais propensos na idade adulta. Por que os adolescentes que se sentem gordos têm maior probabilidade de engordar? Porque, segundo os pesquisadores, eles fazem dietas para tentar perder peso.

Os maus hábitos alimentares são responsáveis ​​pela epidemia de obesidade, mas a dieta é um fator de risco real, embora sub-representado. Definido pela Associação Americana de Pediatria (AAP) como "restrição calórica com o objetivo de perda de peso", a dieta aumenta o risco de obesidade e de distúrbios alimentares. O relatório da AAP afirma que: "essas descobertas e outras sugerem que a dieta é contraproducente para os esforços de controle de peso. Dieta também pode predispor a transtornos alimentares".


Por que a dieta tem esse efeito?

“A dieta pode ser prejudicial por uma série de razões. Em primeiro lugar, a restrição alimentar - a tentativa de eliminar alimentos saborosos - encoraja o cérebro a concentrar-se ainda mais em alimentos saborosos. Em segundo lugar, a perda de peso reduz a taxa metabólica não apenas durante esse período, mas posteriormente também. Quando as pessoas retornam aos níveis alimentares de antes da dieta, uma menor taxa metabólica pode aumentar o risco de ganho de peso futuro. E por último, existe ainda algo que os pesquisadores chamam de ‘excesso de gordura. Quando o peso é recuperado após a perda, mais gordura é acumulada, mesmo quando a pessoa pesa o mesmo que antes de emagrecer. O ‘excesso de gordura’  é mais problemático em indivíduos mais magros”, diz o pediatra.

E não podemos esquecer o fato de que as crianças e adolescentes estão em crescimento, o que potencialmente piora esses efeitos. Por exemplo, pular refeições, durante a puberdade, pode resultar em fome implacável que provoca um comer fora de controle.


Estigma do peso

Mesmo que uma criança tenha a sorte de não sentir insatisfação corporal e fazer dieta, ainda há o problema do estigma de peso. 90% dos adolescentes dizem ter testemunhado um par sendo intimidado devido ao seu peso. O peso corporal é a razão mais comum para bullying, superando raça, religião ou orientação sexual. “De acordo com um relatório do Centro Rudd de Política Alimentar e Obesidade da Universidade de Yale, o estigma do peso aumenta o risco de depressão, má imagem corporal, pensamentos suicidas e hábitos pouco saudáveis, como dietas malucas e comportamentos sedentários. E aqui está o motivo: o estigma do peso aumenta a probabilidade de alguém ficar obeso ou ganhar peso ao longo do tempo”, informa Chencinski.

Dada esta realidade, como não conversar sobre o peso com os filhos para ajudá-los, apoiá-los e orientá-los? Como podemos ter certeza que eles estão no caminho certo só porque não falamos de peso? 


Iniciar um diálogo

Para Chencinski, todos os pais precisam ter conversas abertas e honestas com seus filhos sobre como eles se sentem sobre o seu peso, tamanho e forma.  “Os pais podem incentivar os filhos a apreciar seus corpos, a evitar julgar os outros e a aprender o que é uma boa alimentação. Eles podem ir além e corajosamente compartilhar seus próprios desafios, já que quase todos são afetados pela sociedade obsessiva pelo peso. Varrer o peso para debaixo do tapete, tornando o  assunto um tabu só irá reforçar a sua fortaleza sobre os jovens”, defende o médico.





Moises Chencinski





Pesquisa da NZN aponta que 68% dos brasileiros tomam remédio por conta própria




Levantamento, feito com cerca de 2500 mil brasileiros, traça perfil da automedicação no País


Quando você sente dor ou mal estar, qual a primeira coisa que faz? Para 68% dos brasileiros a resposta é simples: automedicação. Uma pesquisa realizada pela NZN Intelligence, plataforma de pesquisa e inteligência da NZN, um dos principais players em soluções para publicidade e comunicação do mercado, traçou o perfil do brasileiro que se automedica.

De acordo com o levantamento, a automedicação é uma realidade entre os brasileiros, que cada vez mais contam com a internet para procurar sintomas de doenças e nomes de medicamentos. O levantamento aponta que 37% dos brasileiros procura os sintomas na internet quando se sentem mal. Segundo oMinistério da Saúde quase 60 mil internações causadas por automedicação foram registradas no Brasil entre 2009 e 2014.

A pesquisa ainda destacou os tipos de medicamentos mais utilizados entre os brasileiros: Os medicamentos mais consumidos por conta própria são os analgésicos (88%), os anti-inflamatórios (67%) e os antiácidos (48%). Por outro lado, os menos consumidos são os medicamentos homeopátciso (7%), os controlados (5%) e aqueles para emagrecer (5%).


O que você faz quando se sente mal?

Perguntados sobre as medidas tomadas quando têm algum problema de saúde (com múltiplas respostas permitidas), os pesquisados responderam que suas principais atitudes são procurar os sintomas na internet (37%), conversar com amigos ou familiares (31%) e utilizar medidas caseiras como chás (26%).
Enquanto isso, apenas 16% das pessoas disseram que vão à farmácia e 14% afirmaram que vão ao médico, mostrando que existe uma preferência entre os pesquisados por tentar resolver seus problemas de saúde por conta própria.




O que mais as pessoas fazem além de procurar os sintomas na internet?
Entre as pessoas que afirmaram recorrer à internet para pesquisar sobre os sintomas quando se sentem mal, quase 19% afirmaram que também conversam com amigos e familiares e 18% disseram que utilizam medidas caseiras. Novamente, ir à farmácia ou ao médico foram as opções menos escolhidas, com 10% e 12,2% respectivamente:



Tipos de medicamentos consumidos por conta própria

As pessoas que afirmaram se automedicar responderam a uma questão sobre quais tipos de medicamentos elas já haviam consumido por conta própria, a qual aceitava múltiplas respostas. Oitenta e oito por cento dos pesquisados afirmaram que costumam tomar analgésicos, enquanto 67% responderam que tomam anti-inflamatórios.

Podemos observar que, entre os medicamentos menos consumidos por conta própria, estão os controlados (Rivotril, Sibutamina e Prozac, por exemplo) e os remédios para emagrecer, duas categorias que são vendidas sob prescrição e com retenção de receita. Apesar disso, os antibióticos, que também são vendidos sob as mesmas regras, foram citados por 24% dos pesquisados – talvez porque a Resolução RDC 44, que determinou as restrições da venda, tenha entrado em vigor somente em outubro de 2010.




Sobre a NZN
A NZN é uma das principais plataformas para soluções em publicidade e comunicação. Atuando em 5 frentes independentes (NZN Brand Studio, NZN Intelligence, NZN Social, NZN Media e NZN Content), a empresa tem como objetivo se tornar a principal parceira das agências e marcas, ao entregar serviços exclusivos, e que ajudam no planejamento e execução das campanhas e projetos. Além disso, somos responsáveis por sites como o TecMundo, TecMundo Games, Baixaki, Mega Curioso, Minha Série e Click Jogos


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