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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Desfile Cívico Militar levará o tema ética e cidadania à avenida Osvaldo Aranha no dia 7




Edição vai reunir cerca de 30 entidades e instituições

O Desfile Cívico Militar de 07 de Setembro em Bento Gonçalves apresenta o tema municipal “Ética e Cidadania: Atitudes que transformam”. O ex-combatente da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na 2ª Guerra Mundial, Francisco Pertile, é o homenageado da edição.

Com início previsto para às 9h, a Avenida Osvaldo Aranha recebe escolas e entidades com expressões de patriotismo. As instituições e entidades partem da Zotti Autopeças, em direção ao Posto Di Trento. O horário de concentração está marcado para às 8h. O palanque oficial será montado na Travessa Pelotas. 

Neste ano, cerca de 30 entidades e instituições, entre educandários, militares e escoteiros, participam do desfile. As faixas e cartazes utilizados pelas entidades deverão conter dizeres relacionados ao evento. Além disso, será obrigatória a marcha durante o desfile. Em caso de chuva, o desfile será cancelado. 

Antecedendo o desfile, a Via Del Vino, em frente à Prefeitura, sedia, de 1 a 7, sessões cívicas com apresentações de escolas. Elas ocorrem na parte da manhã e da tarde durante o hasteamento e arriamento das bandeiras.

Sessões cívicas em frente à Prefeitura:
- 1º de setembro
Abertura da Semana da Pátria – 9h
Arriamento da bandeira – 16h30min
- 02 a 06 de setembro
Hasteamento – 8h30min
Arriamento – 16h30min
- 07 de setembro
Encerramento – 16h


Ordem do desfile definida por sorteio:
Nº DE ORDEM

ESCOLA/ENTIDADE
TÉRMINO DO DESFILE DE SUA ESCOLA/ENTIDADE
A
Brigadas
Rua 10 de Novembro
B
Escoteiros (Videira/Ciretama)
Travessa Bagé
01
Colégio Scalabriniano Nossa Senhora Medianeira
Rua 10 de Novembro
02
EEEF Luiz Fornasier
Travessa Itaqui
03
Instituto Estadual de Educação Cecília Meireles
Travessa Bagé
04
EMEF Santa Helena
Rua 10 de Novembro
05
EEEF Anselmo Luigi Piccoli
Travessa Itaqui
06
Colégio Sagrado Coração de Jesus
Rua 10 de Novembro
07
EMEM Alfredo Aveline
Rua 10 de Novembro
08
EMEF Professor Ulysses Leonel de Gasperi
Travessa Itaqui
09
EEEF Pedro Vicente da Rosa
Travessa Bagé
10
EEEF Professor Ângelo Chiamolera
Travessa Itaqui
11
EMEF Agostino Brun
Rua 10 de Novembro
12
EEEF Comendador Carlos Dreher Neto
Rua 10 de Novembro
13
EEEM Imaculada Conceição
Travessa Itaqui
14
Faculdade de Tecnologia FTEC
Travessa Bagé
15
Colégio Estadual Visconde de Bom Retiro
Rua 10 de Novembro
16
Colégio Estadual Landell de Moura
Travessa Bagé
17
EMEF Professora Vânia Medeiros Mincarone
Rua 10 de Novembro
18
EMEF Professor Noely Clemente de Rossi
Travessa Itaqui
19
EEEM Mestre Santa Bárbara
Rua 10 de Novembro
20
Universidade Estadual do Rio Grande do Sul- UERGS
Travessa Bagé
21
EMTI São Roque- Professora Nilza Côvolo Kratz
Rua 10 de Novembro
22
EMEF Lóris Antônio Pasquali Reali
Travessa Itaqui
23
Complexo de Ensino Cenecista
Rua 10 de Novembro
C
6º Batalhão de Comunicações
Rua 10 de Novembro


Veículo com farol aceso diminui acidentes?



Foi sancionada em 08 de julho, pelo Presidente da República em exercício, Michel Temer, uma nova lei que obriga os veículos a trafegarem em rodovias com faróis baixos ligados. O não cumprimento pode acarretar multa no valor R$85,13 e quatro pontos na carteira. No início houve resistência, o que é normal, pois as pessoas não gostam de mudanças. Passados 45 dias, o assunto foi esquecido e não se fala mais sobre esse assunto. Mas afinal de contas, para que serve essa medida?

Engana-se quem pensa que a nova lei foi criada apenas, para aumentar as notificações e multas de trânsito. O simples fato do veículo trafegar com a luz acesa aumenta a visualização do condutor em três quilômetros na reta, além disso, funciona como um alerta para pedestres e ciclistas, de prováveis situações de risco, e, consequentemente, reduzindo os números de acidentes.

Em alguns estados americanos, europeus e no Canadá ao ligar a ignição do veículo, a luz do farol, acende automaticamente, por meio, de um dispositivo que já vem de fábrica, o Daytime Running Lights (DRL), um farol adicional com uma luz de intensidade inferior ao farol baixo, que minimiza o consumo de energia do veículo, preservando o balanceamento energético. Na Dinamarca esse item ajudou na redução de 10% dos acidentes com vítimas e houve queda de 37% de acidentes com conversão à esquerda. Em nosso país, o DRL já é aceito e registrado na Lei 13.290/2016. Os proprietários de veículos sem essa tecnologia podem fazer a instalação, atendendo o padrão INMETRO.

Os acidentes de trânsito tornaram-se um grave problema de saúde pública no mundo. A estimativa é de um milhão de óbitos e cinquenta milhões de acidentes com traumas e lesões. Em 2013 o gasto do SUS com acidentes, foi de duzentos e trinta milhões com internações. Mundialmente os números de acidentes de transportes terrestres (ATT) são absurdos, fazendo com que a ONU (Organização Nações Unidas), instituísse a Década Mundial de Ações para a Segurança no Trânsito, que compreende de 2011 a 2020, sob a resolução 64/255 de março de 2010.

O IPEA (Instituto de Pesquisa de Economia Aplicada) estima que o custo seja de R$30 bilhões ao ano. Portanto, andar com farol aceso é uma ação simples que pode resultar numa redução de 10% nos acidentes de trânsito. O que devemos sempre lembrar é que o acidente, além dos danos emocionais, causa prejuízo referentes a perda de produção, interrupção das atividades, seguido de custos de saúde, até o óbito. Segundo o Observatório Nacional de Segurança Viária, os acidentes são causados por três fatores: 
via, veículo e ser humano.

O Fator Via é responsável por 5% devido estradas mal projetadas, à má conservação, falta de sinalização e de acostamento, falta de passarelas para a travessia de pedestres, ocasionando acidentes e atropelamentos. Fator veículo é 5%, ocasionado por falta de manutenção preventiva e corretiva, falhas no veículo, sendo de responsabilidade do condutor. Fator Humano: corresponde a 90% dirigir alcoolizado, ultrapassagens inadequadas e alta velocidade. Para a OMS (Organização Mundial da Saúde), os acidentes causados por fatores humanos são considerados evitáveis.

Na expectativa de minimizar esse problema, o Denatran realizará de 18 a 25 de setembro a Semana do Trânsito, cujo o lema será, “Eu sou +1 por um transito + seguro”. O trabalho será focado nas ações de conscientização para todos os integrantes do trânsito: pedestres, motociclistas, ciclistas, passageiros e condutores. O que devemos sempre lembrar é que toda a sociedade deve estar atenta ao trânsito, pois todos nós pagamos por isso. Reduzir acidentes de trânsito é uma questão de conscientização e educação além, de ser uma questão de cidadania.




Marcia Ramazzini - engenheira civil pela PUC Campinas, engenheira em segurança do trabalho e meio ambiente pela Unicamp e mestranda em Saúde Ocupacional também pela Unicamp. Tem especializações em Riscos Industriais e Construção Civil pela OSHA (Occupational Safety Health Administration), Ministério do Trabalho dos Estados Unidos. Marcia é diretora da Ramazzini Engenharia e tem 20 anos de experiência de mercado.



terça-feira, 30 de agosto de 2016

O ônus da verdade vivida



A criança talvez não seja capaz de articular plenamente o modo como seu mundo se encaixa, nem o homem de expressar o significado de sua vida em palavras. Para a maioria de nós, a visão do mundo é uma verdade vivida, algo que simplesmente existe e que dificilmente procuramos descrever. Na verdade, só há motivação para fazê-lo se algo vai mal, se de alguma maneira nossa visão de mundo está inadequada ou em fase de mudança. Só então tomamos consciência dela (Danah Zohar, "O Ser Quântico"). 

Há poucos anos atrás a maioria de nosso povo, pobre, estava embalada no cântico de demagogos. As classes sociais haviam deixado de ser castas. Movimentavam-se de modo ascensional. A pobreza desaparecia. O emprego mostrava números satisfatórios. O Governo não se queixava de faltas de verbas públicas. Ao contrário. O FMI poderia receber nossa ajuda. Tirava-se sarro dos loirinhos de olhos azuis. A crise, ora, uma marolinha num oceano pacífico. 

No momento em que as ondas se agitaram, ainda não foi hora da consciência do perigo. O Estado socorreu segmentos como o dos automóveis, sob os aspectos tributário e financeiro. Empréstimos longos, supostamente nos limites do orçamento, e carros "zero", jamais sonhados. O Brasil ainda não voava, mas era um avião que taxiava para tanto. 

Ninguém percebia - ou queria perceber - que estávamos assentados sobre um vácuo de falsos potenciais. O dinheiro que nos mantinha derivara de conjunturas favoráveis, mas se entendia que caminhávamos sob mudanças estruturais, ainda que sob um Estado politicamente desorganizado, carente das reformas tão decantadas: política, administrativa, trabalhista, financeira, tributária. Sobre essas pilastras mal ajambradas, não se ergueria um estado de bem-estar permanente. Entretanto, a vida "vivida" dizia outra coisa. E a gerência política mantinha a falsa impressão, fundamental para seus propósitos eleitoreiros. 

É claro que um edifício erguido nessas condições desaba, como desabou. O mal começou a dar as claras em momento eleitoral e, consequentemente, foi preciso manipulá-lo, fazer o diabo para manter o projeto de poder. Vieram à lume os acordos indecorosos com o legislativo para manter-se a miragem. A lei não poderia permanecer morta e ressuscitou. Ídolos começaram a descambar, um indício de que a consciência coletiva da maioria poderia começar a despertar para necessidade de mudanças, segundo aquele postulado da física. 

Em verdade, são poucos os que têm consciência da vida do momento, seja materialmente boa ou má. A consciência mira o futuro, dias melhores (a teleologia aristotélica). É mais fácil saber o que queremos, ou com o que sonhamos, do que ter clareza sob os componentes de nossa realidade atual.  

O barco soçobrou e, agora assim, temos consciência de que devemos escapar do naufrágio. Em política, porém, não há consenso. Felizes dos países que se limitam a dois grupos antípodos. Temos uma miríade de partidos sem cor, sem dor e sem valor, em que preponderam interesses pessoais e grupais. 

O que se apresentou como ideológico se transformou numa gosma solidária de solidariedade aos corruptos. Dizem que retornarão do zero, da brancura das virtudes. É pagar para ver. 

Só há um caminho, ainda que não se tumultue tudo com a deposição do governo provisório sob uma alegação de urgência e indesejável correria. Não há dúvidas de que, agora, conscientes do futuro, não mais crianças ou adultos alienados, devamos pensar na extração de nossos caroços prontos a se metastasiar, a partir de um novo texto constitucional que estabeleça com densidade e força os princípios das reformas estruturais, sem as quais não teremos sequer como caminhar a pé, pausadamente, mas em frente e com segurança.  



Amadeu Roberto Garrido de Paula - advogado subscritor da respectiva petição inicial e poeta. Autor do livro Universo Invisível, membro da Academia Latino-Americana de Ciências Humanas. 



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