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segunda-feira, 13 de junho de 2016

Varicocele, doença masculina, pode causar infertilidade de forma silenciosa




Doença surge, geralmente, no início da puberdade, quando os testículos começam a se desenvolver

A varicocele, também conhecida como varizes dos testículos, é a dilatação das veias presentes dentro do escroto. A doença pode aparecer por diversos fatores, mas, principalmente por uma deficiência das válvulas nas veias do canal espermático, encarregadas pelo fluxo adequado de sangue do órgão, comprometendo a fertilidade do homem. Em alguns casos, um lado do escroto – normalmente o esquerdo – fica mais inchado que o outro e gera um desconforto pelo seu peso.

A infertilidade masculina está ligada à varicocele, que aparece, geralmente, no início da puberdade, quando os testículos começam a se desenvolver e só é possível ser vista se observada com o paciente em pé. Porém, nem todos os homens que têm a varicocele ficam inférteis. De acordo com o especialista em reprodução humana, Dr. Armindo Dias Teixeira, dos portadores de doença, apenas 30% podem apresentar alterações do espermograma em graus variados. “A alteração no espermograma pode indicar infertilidade porque as varizes do plexo pampiniforme fazem com que o retorno venoso do testículo seja mais lento. Essa estagnação do sangue provoca um aumento da temperatura do testículo, que altera apenas a produção dos espermatozoides e não a produção hormonal pelos testículos”, afirma o especialista.

O tratamento de varicocele ocorre cirurgicamente, mas apenas em casos em que a doença provoca uma alteração no espermograma ou quando é intensa e provoca desconforto excessivo ao paciente. Nos casos onde a enfermiddae é assintomática e não há alteração do espermograma, a conduta médica é de apenas acompanhar o paciente.

Consumo abusivo de álcool e drogas, distúrbios imunológicos e doenças sexualmente transmissíveis - como gonorreia e sífilis – são outros fatores que podem causar a infertilidade masculina.

Curiosidade: O testículo fica no escroto (diferentemente da mulher, cujo ovário é intra-abdominal), pois, para o seu funcionamento adequado, ele precisa ter uma temperatura entre 0,7ºC a 0,8ºC, menores que a temperatura corporal, por isso o escroto tem um mecanismo de regulação da temperatura testicular. Quando o ambiente externo está muito frio o escroto aproxima os testículos do corpo para esquentá-los, e quando o ambiente externo está muito quente o escroto relaxa-se, afastando o testículo do corpo para esfriá-lo. 

Brasil doente




"Política: arte de conciliar os interesses próprios,
fingindo conciliar os alheios."

(Menotti del Picchia)


Nosso país está enfermo. Infelizmente não se trata de uma gripe ou de uma doença passageira. Fomos acometidos por um câncer, o qual não se encontra em estágio inicial, pois está em fase de metástase. Este câncer é nosso sistema político.

Há anos somos vilipendiados por estes seres eleitos por um povo carente de consciência e educação. Salvo raríssimas exceções, o que vemos é uma legião de algozes desprovidos de caráter, voltados exclusivamente a interesses pessoais contrariando os princípios básicos que deveriam norteá-los.

Em mais um ano de eleições, seria desejável que os cidadãos desenvolvessem um mínimo de percepção sobre os fatos. Temos 5.570 municípios no Brasil. Isso significa 5.570 prefeitos que serão eleitos no final deste ano, alguns deles em municípios com menos de mil habitantes! Como se não bastasse, estamos falando também em 5.570 câmaras municipais compostas por nove a 55 vereadores, de acordo com a população local.

Agora, acrescente a estes dados os inúmeros assessores parlamentares (grande parte com vinculação política, nomeados como contrapartida pelo apoio oferecido durante a campanha) e as diversas secretarias criadas para igualmente atender aos jogos de interesses formatados durante a pré-eleição – não é à toa que muitos são denominados “cargos comissionados”. Como se não bastasse, some os variados benefícios tais como veículos, combustível e reembolso de despesas diversas e tente imaginar o custo de manutenção desta estrutura.

Evidentemente, esta mesma análise estende-se a deputados e senadores – em proporção ainda mais elevada. Em qualquer uma destas instâncias, a pergunta que devemos nos fazer é a mesma: qual a contrapartida oferecida por esta classe política?

Para entender como este câncer se propaga, observe o que estamos assistindo em relação ao governo provisório recém empossado. Mais do que a queda de ministros, atente para o fato de que a grande maioria dos nomeados apresentam algum tipo de vinculação política, quando deveriam ter competência técnica para o exercício de suas respectivas funções. Para exemplificar, o que justifica a nomeação de Ricardo Barros para o Ministério da Saúde em lugar do médico Raul Cutait, que fora cogitado para assumir a pasta e que seguramente exerceria com dignidade e competência a função em virtude de sua experiência e atuação?

Para completar, somos um povo sem memória. O Renan Calheiros de hoje é o mesmo que quase foi cassado em 2007. É difícil acreditar, compreender e aceitar que Fernando Collor seja senador, Paulo Maluf seja deputado federal, Eduardo Cunha tenha a possibilidade de ser reconduzido.

É necessária e urgente uma ampla reforma política.
O postulante a atuar no setor público, seja no legislativo ou no executivo, deveria ser alguém vocacionado a trabalhar pelo desenvolvimento do país e pela redução das desigualdades. Deveria ser alguém disposto a receber um salário digno, porém desprovido de benefícios que apenas maculam e distorcem a função. Contudo, é doloroso imaginar que tal reforma depende exatamente daqueles que hoje conduzem a processo político neste país.
 


Tom Coelho - educador, palestrante em temas sobre gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros. Contato: tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.

Transtornos psicóticos tem maior incidência em jovens



Em geral, quadros de delírios e alucinações tem início no final da adolescência e início da vida jovem-adulta

Os transtornos psicóticos são aqueles que provocam um distanciamento patológico da realidade. O indivíduo apresenta quadros de delírio e alucinações em episódios potencialmente graves. Delírios são crenças patológicas sobre a realidade. Já as alucinaçoes são alterações da percepção, de modo que o paciente ouve vozes e vê coisas sem que haja um estímulo para isso. Na esquizofrenia, o indivíduo passa a ficar mais introvertido, começa a ter uma percepção equivocada do meio em que está e pode, por exemplo, entender que as pessoas estão querendo fazer algum tipo de mal a ele. Já no transtorno afetivo bipolar, os sintomas psicóticos podem aparecer quando o paciente apresenta alteração do humor (depressão ou euforia).

"Os transtornos psicóticos são manifestações decorrentes de diferentes distúrbios mentais, tais como transtorno bipolar e esquizofrenia. Alguns sintomas iniciais são importantes para se detectar o quadro psicótico e a doença a que está relacionado. A identificação precoce é extremamente importante, pois uma grande parte dos pacientes, se não avaliada e tratada precocemente, logo no início da doença, pode apresentar uma série de problemas como, por exemplo, comprometimentos cognitivos", afirma o psiquiatra Dr. Quirino Cordeiro, Professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e Chefe do Departamento de Psiquiatria da Instituição.

"É extremamente importante estar atento aos primeiros sinais porque algumas vezes eles são confundidos como manifestações normais das fases da vida, como a adolescência. A esquizofrenia e o transtorno bipolar, em geral, começam nessa faixa etéria, ou seja, no final da adolescência e início da vida adulta jovem, entre 17 e 25 anos. Portanto, é importante que se observe quando o adolescente ou o jovem passa a ficar muito recluso, introvertido, deixando de socializar para ficar isolado em um mundo próprio", ressalta o professor Quirino.

Um fator de risco importante associado aos transtornos psicóticos é o uso de maconha. De acordo com o Dr. Quirino Cordeiro, estudos comprovam a relação do uso da droga com o desenvolvimento dessas manifestações clínicas. "Os estudos mostram que usuários regulares da cannabis apresentam três vezes mais chance de desenvolverem transtornos psicóticos. Além disso, essas pesquisas comprovam que a quantidade de uso da maconha afeta diretamente a chance de o indivíduo apresentar a psicose. Ou seja, quanto mais maconha a pessoa usa e quanto mais cedo isso começar, muito maior a chance de desenvolver transtornos psicóticos", comenta.

O especialista alerta que é fundamental que o diagnóstico dos transtornos psicóticos seja feito precocemente. Isso porque quanto mais cedo o acompanhamento e tratamento forem iniciados, maiores as chances de que esses indivíduos tenham prognósticos mais favoráveis.



Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo - www.fcmsantacasasp.edu.br.

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