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terça-feira, 11 de abril de 2023

Dicas para declarar o Imposto de Renda 2023 e não cair na malha fina

Quanto antes o contribuinte enviar as informações à Receita Federal,
mais cedo ele receberá a sua restituição
Divulgação 
Contribuinte deve estar atento às mudanças anunciadas e às particularidades da sua declaração; prazo de envio vai até 31 de maio


O período para os contribuintes enviarem a declaração do IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física) 2023 começou nesta quarta-feira (15) e termina em 31 de maio. Para evitar cair na malha fina, ou ter de arcar com multas e juros no futuro, é preciso estar atento às regras e informar os dados corretos ao Fisco.

Estão obrigadas a declarar todas as pessoas que tenham recebido, em 2022, mais de R$ 28.559,70 em rendimentos sujeitos à tributação ou acima R$ 40.000 em rendimentos isentos e não-tributáveis, ou tributados exclusivamente na fonte.

Contribuintes que obtiveram ganhos de capitais em alienação de bens ou realizaram operação em Bolsa de Valores, mercadorias, de futuros e assemelhados acima de R$ 40.000 ou com a apuração de ganhos líquidos também devem preencher a declaração, assim como aqueles possuem patrimônio (bens ou direitos) que superou o valor de R$ 300.000.

Quanto antes o contribuinte enviar as informações à Receita Federal, mais cedo ele receberá a sua restituição, que será paga a partir de 31 de maio – se este for o caso – ou terá sua declaração devidamente processada.

“Cada declaração é única. Há quem tenha feito saque extraordinário do FGTS, por exemplo; há quem receba pensão alimentícia, que ano passado foi um rendimento que deixou de ser tributável para ser isento, inclusive com direito a restituição de valores dos últimos cinco exercícios; há quem tenha investimentos em Bolsa de Valores ou em criptomoedas. Por isso, estar sempre atento às regras da Receita Federal e buscar auxílio quando necessário são medidas importantes para evitar problemas futuros”, assinala Flávio Luque Bastos, sócio-diretor do Grupo IRKO.

 

Confira dicas para declarar corretamente o IRPF/2023 e evitar problemas com o Leão:

  1. Ações em Bolsa de Valores

 

Uma das novidades da Receita Federal para este ano é que apenas quem vendeu ações cuja soma seja superior a R$ 40.000 necessitará declarar as operações em mercado de ações. Quem está sujeito ao pagamento de impostos (ou seja, quem teve lucro) em operações de Bolsa de Valores, Mercadorias, de Futuros e outros também precisa declarar.

Até 2022, qualquer operação de venda de ações na Bolsa brasileira obrigava o investidor a enviar uma declaração ao Fisco. No entanto, é preciso estar atento e considerar as vendas de ações de todas as plataformas cujo investidor opera. 

“É importante lembrar que a tributação de ações ocorre à parte da declaração do IR, e a fiscalização pode acontecer até cinco anos após a operação da venda das ações. Por isso, é preciso estudar e recorrer a um profissional para fazer a tributação corretamente, evitando erros e frustrações no futuro. Às vezes, o investidor considera que está fazendo um excelente negócio na venda de ações, apurando lucro a priori, mas se esquece de que ainda não foi tributado. Assim, quando ocorre a fiscalização e posterior tributação, com multa e juros, o lucro deixa de existir”, alerta Bastos. 

 

  1.  Heranças e doações

Pessoas que receberam heranças ou doações no decorrer de 2022 não podem deixar de declarar os valores, e precisam estar atentas também ao pagamento do ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação) – imposto estadual isento para transferências de até R$ 79.925 em São Paulo, o equivalente a 2.500 UFESP, para o exercício de 2022.

Atualmente, a Fazenda Estadual cruza os dados com a base do Imposto de Renda, identificando, assim, possíveis sonegadores. “Por isso, é bom ressaltar que, mesmo que uma doação ou herança se encontre totalmente regularizada para fins da Receita Federal, ainda pode caber tributação no que diz respeito ao Fisco estadual”, diz o especialista. “O ideal então é checar antes de incluir o bem na declaração do IR e, se esse for o caso, já descrever que o tributo foi quitado, discriminando inclusive dados da guia de recolhimento na Declaração, para evitar problemas.” 

 

  1. Patrimônio

A Receita Federal aprimora o sistema de cruzamento de dados todos os anos para evitar a sonegação, além de alterar o e-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte) para facilitar o envio de documentos pelos contribuintes. O sistema está atualmente preparado para apontar quais rendimentos são tributáveis ou não. Por isso, as chances de erros são menores. Mesmo assim, o declarante precisa prestar atenção ao enviar suas informações, principalmente as patrimoniais.

Por exemplo, um investidor que compra e vende ações fora do Brasil pode adquirir bens em outro país com o lucro que obteve nessas operações. Ainda que a tributação do exterior tenha sido feita corretamente, é imprescindível declarar a aquisição de imóveis no IR.

Isso porque quando a pessoa, eventualmente, vender esses bens e for reaplicar o dinheiro no Brasil, será necessário justificar a origem da quantia. “Se os imóveis jamais foram declarados, o Fisco pode entender que o valor foi conquistado ilegalmente ou que houve sonegação, criando assim uma situação complicada no futuro”, diz Bastos. 

 

  1. Rendimentos isentos e não-tributáveis

Os contribuintes são obrigados a declarar se ultrapassaram o limite de rendimentos tributáveis no valor de R$ 28.559,70 durante o exercício de 2022. Porém, a recomendação do especialista é incluir também os ganhos isentos e não-Tributáveis, além dos rendimentos de tributação exclusiva na fonte, com o objetivo de evitar problemas ao usar as respectivas quantias para adquirir bens ou investimentos.

“O ideal é sempre declarar valores recebidos, por exemplo, via saque-aniversário do FGTS (rendimentos isentos) ou prêmios de loteria (tributação exclusiva na fonte), para justificar a origem do dinheiro no futuro. Assim, caso a pessoa compre um imóvel, por exemplo, com o valor, não parece que ele caiu do céu”, aponta o sócio-diretor do Grupo IRKO. 

 

  1.  Pensão Alimentícia

Uma das principais mudanças no IRPF 2023 se refere à isenção de imposto sobre os valores recebidos em pensão alimentícia. Portanto, quem recebe o benefício precisa incluir os valores na declaração na opção “Rendimentos Isentos”. A nova regra atende a uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que retirou o imposto que incidia sobre o benefício após disputa de sete anos entre a União e pensionistas.

Outro ponto importante a ser mencionado: quem recebeu e recolheu impostos sobre esses pagamentos no passado poderá requerer restituição, válido para os cinco últimos exercícios.

Entretanto, nada muda para quem paga a pensão, que deve continuar informando a quantia como pagamento efetuado, além de incluir o beneficiário na ficha de alimentados. 

 

  1.  Criptomoedas

A compra e a venda de criptomoedas já estão previstas em Instrução Normativa da Receita Federal desde 2019. Assim, possuem até código próprio para serem incluídas na declaração. As moedas virtuais são classificadas como ativos financeiros sujeitos a ganhos de capital.

“Quando a pessoa investe em moedas virtuais, é preciso prestar atenção no quanto está investindo. A criptomoeda vem se valorizando muito. Logo, é fundamental estar atento para declarar corretamente e evitar a perda de patrimônio”, explica o sócio da IRKO.

Somente valores acima de R$ 5.000 na data da compra precisam ser informados no IRPF. As quantias precisam ser declaradas sempre em reais, mesmo que tenham sido transacionadas em outras moedas, como dólar ou euro. 

 

  1. Opção pelo Débito Automático

O especialista lembra ainda que o contribuinte que tiver imposto a pagar e decidir fazê-lo via débito automático, seja a primeira quota ou em quota única, poderá optar pela modalidade apenas até o dia 10 de maio.

 

 Grupo IRKO


Endividamento atinge mais de 77% das famílias brasileiras em 2022

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Como saída, programas governamentais e ferramentas financeiras são usados para auxiliar na resolução deste problema. A X por Y, plataforma de permutas multilaterais, se torna exemplo e vem sendo uma solução mais humanizada entre credor e devedor


Segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), divulgada no final de janeiro, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 77,9% das famílias se endividaram em 2022. A porcentagem foi o 4º aumento anual consecutivo e foi o maior número desde 2010. Em 2020 e 2021, o percentual de endividados foi de 66,5% e 70,9%.

Para contribuir e diminuir este número, programas governamentais e ferramentas financeiras são usadas para auxiliar na resolução do problema entre credores e devedores. A Lei do Superendividamento, criada pelo ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro, é um dos programas. A Lei federal n. 14.181/2021, entrou em vigor em julho e tem como base, promover uma audiência entre o credor e o devedor para renegociar suas dívidas. 

Outro projeto que ainda está no papel, mas em breve já entrará em vigor, é o programa Desenrola, projeto do atual presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva. O programa terá o objetivo de incentivar a quitação de dívidas bancárias e não bancárias com descontos. Na prática, bancos cadastrados irão pagar a dívida para o credor e fazer um novo empréstimo será feito ao cliente. Uma das exigências para as instituições bancárias é de que a taxa de juros seja de até 1,99% ao mês.

Além destes projetos e programas governamentais para resolver o endividamento das famílias brasileiras, ferramentas financeiras também vêm se tornando exemplos e vem sendo uma solução mais humanizada entre credor e devedor, que é o caso da XporY.com, uma plataforma de permutas multilaterais. 

Criada em 2014, a plataforma que pode ser usada em todo Brasil, tem o objetivo de mostrar outra alternativa para que profissionais e empresas gerem valor com seus serviços e produtos. O permutante anuncia ofertas de produtos ou serviços na plataforma e a cada venda recebe pagamento do valor do produto em moeda digital, chamada X$, que tem valor equivalente ao Real (cada R$ 1,00 equivale a X$ 1,00). Com o crédito, ele fica livre para adquirir qualquer produto ou serviço ofertado por membros cadastrados na plataforma de qualquer segmento e localidade. Ele pode usar o crédito para pagar uma dívida, se o credor aceitar a alternativa.

Gustavo Lintz é um empreendedor que mora na cidade de Campinas, em São Paulo, é usuário da XporY há alguns anos e disponibiliza seus serviços de consultoria empresarial dentro da plataforma. Para quitar uma dívida, o usuário usou a plataforma algumas vezes, a última vez foi em julho de 2022, quando devia aproximadamente 25 mil reais, pela compra de equipamentos para sua empresa.

“Conversando com meu credor, disse a ele o meu desejo de pagar minha dívida e o fato de não ter condições no momento.  Com isso, apresentei a ele a XporY, entramos em um consenso e paguei o valor da dívida com meus serviços de consultoria empresarial”. 

Ele fez atendimentos na moeda X e transferiu o crédito ao credor. “É mais fácil para o consumidor trocar serviços do que vendê-los. Por meio da plataforma de permutas multilaterais, o  recurso acaba chegando mais rápido para solucionar a questão da dívida”, completa.

Gustavo acrescenta que a XporY foi e está sendo essencial para a manutenção da sua empresa. “Ela aumenta o poder de compra, facilita as negociações e abre a oportunidade de ter novos clientes. Sempre que surge oportunidade, indico o método para amigos e parceiros”.

Para se cadastrar da XporY, não há custo. Profissionais e empresas podem cadastrar suas ofertas de produtos e serviços gratuitamente, de qualquer segmento de atuação. A precificação deve ser equivalente em reais (R$), mas na moeda digital da plataforma. Quem compra paga o valor na moeda X$ para o vendedor mais 10% em Reais a título de taxa administrativa para a plataforma.


Abril Verde: Seconci-SP lança Campanha Queda Zero


Objetivo é prevenir a causa mais frequente de acidentes graves e fatais nas obras

 

Por ocasião da Campanha Abril Verde, o Seconci-SP (Serviço Social da Construção) está lançando a Campanha Queda Zero. Sob o lema “Prevenção de queda: um compromisso de todos”, o objetivo é sensibilizar os gestores da obra, profissionais de segurança, mestres e encarregados para a prevenção de acidentes por quedas.

Estas quedas, que há 10 anos respondiam por 40% dos acidentes graves e fatais nas obras, diminuíram em função da edição da Norma Regulamentadora (NR) 35, sobre trabalho em altura – relatam José Bassili, gerente de Segurança Ocupacional do Seconci-SP; Gianfranco Pampalon, consultor de Saúde e Segurança do Trabalho da entidade, e Ricardo Marcon e Leonardo Nomura, engenheiros de Segurança do Trabalho.

Mesmo assim, as quedas ainda representam 28% dos acidentes graves e fatais, seguidas dos impactos (24%), dos choques elétricos (12%) e dos aprisionamentos (12%), de acordo com levantamento do Ministério do Trabalho e Previdência.

A campanha divulgará cartazes e realizará palestras nas obras, além de divulgação de vídeos curtos de até 2 minutos nas mídias sociais.

Bassili, Pampalon, Marcon e Nomura alertam que a maioria dos acidentes com quedas acontecem ou com os trabalhadores novos, por falta de conhecimento ou subestimação do risco, ou com aqueles mais antigos que, por excesso de autoconfiança, se esquecem de tomar alguma providência. Outro fator é a premiação por produtividade, o que às vezes acaba levando a descuidos com a segurança.


Etapas da prevenção

Bassili, Pampalon, Marcon e Nomura elencam as quatro etapas da prevenção contra quedas:

1)    Planejar e antever possíveis cenários nos quais haverá atividades em altura, para implementação de sistemas de prevenção coletiva e individual, de treinamentos específicos e de projetos, quando necessários.

2)    Orientar e capacitar todos os trabalhadores por meio de treinamentos, mostrando os procedimentos de segurança e os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e Coletivos (EPCs) necessários e os sistemas de ancoragem, para desenvolvimento das atividades com segurança plena.

3)    Fornecer EPIs certificados e adequados aos cenários, mostrando que não funcionam sem a existência de um sistema de ancoragem instalado conforme a NR 35 e norma técnica aplicável NBR 16.325.

4)    Supervisionar todas as atividades em altura para a verificação do atendimento dos procedimentos e, em caso de necessidade, realização do resgate e dos primeiros socorros. Adicionalmente, esta supervisão inclui a elaboração das permissões de trabalho (PT), verificação das condições dos equipamentos e sistemas de ancoragem, checagem das condições climáticas, dos riscos adicionais e das condições impeditivas.

Para Bassili, Pampalon, Marcon e Nomura, “um bom sistema para trabalho em altura buscará a redução da probabilidade de eventos com queda, mas se elas vierem ocorrer, devemos estar preparados para um resgate eficaz e seguro, o mais rapidamente possível, reduzindo o risco potencial para o trabalhador”.

De acordo com os engenheiros de Segurança do Trabalho, uma boa gestão depende da participação tanto do profissional da área, mas também dos gestores, líderes e trabalhadores do canteiro de obras, não se esquecendo de que as empresas contratadas devem ser envolvidas nesses cuidados.

Eles alertam para a importância de se buscar o atendimento da hierarquia das medidas de controle contra quedas, um fator fundamental para a redução dos indicadores de acidentes. Lembram ainda que a SST não é uma atividade à parte da obra, mas parte de toda a atividade.

As empresas interessadas nas palestras que o Seconci-SP realiza nas obras sobre o tema podem entrar em contato pelo e-mail relacoesempresariais@seconci-sp.org.br ou pelo telefone (11) 3664-5844.

 

A importância da educação financeira: aprender a lidar com o dinheiro é essencial para uma vida equilibrada


Os novos meios de comunicação e as redes sociais se multiplicaram e evoluíram muito nos últimos anos. Diariamente surgem temas e situações que são debatidos e divulgados em grandes proporções. Com a educação financeira não foi diferente.

Conforme o levantamento mais recente do Serasa, de janeiro de 2023, a inadimplência no Brasil teve um crescimento significativo. O aumento foi de mais de 600 mil pessoas, o que significa dizer que 70,09 milhões de brasileiros estão endividados e com o nome restrito. No bloco dos inadimplentes, 34,8% estão na faixa etária entre 26 e 40 anos, e 34,7%, entre 41 e 60 anos. 

Se a educação financeira é tão debatida, por que o efeito parece ser o oposto? Porque ela é muito mais do que um conhecimento, é uma habilidade que nunca envelhece e que precisa ser reciclada constantemente, além de ser essencial para que você consiga cuidar melhor do seu dinheiro, ter mais qualidade de vida e manter as finanças em dia.

Ouso dizer que não é cortando o cafezinho que você vai conseguir estabilidade. O grande vilão da inadimplência está na falta de conhecimento da sua realidade. É de suma importância tirar um tempo com a família para entender e anotar as despesas mensais recorrentes e as despesas variáveis advindas de um imprevisto. Outro ponto importante para ter atenção são as contas anuais que costumam ser compromissos de todo começo de ano e que precisam estar na ponta do lápis. O ideal seria  guardar uma quantia mensalmente para essas despesas, porque quando não estamos preparados a conta pode não fechar.

Segundo pesquisa do Banco Central e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), 70% das pessoas  economicamente ativas no país gastam todo ou mais dinheiro do que ganham. Isso confirma o quão necessário e urgente é ter controle das contas, realizar os cortes necessários e conhecimento sobre educação financeira.

Com o orçamento equilibrado, outro ponto importante são as metas. Aqui, quero propor que você comece a sua reserva de emergência, que é uma espécie de poupança para cobrir despesas em caso de imprevistos. Ainda não há consenso entre os profissionais de finanças sobre o valor, mas a maioria indica algo que cubra as despesas de um período entre seis meses e um ano, pelo menos. Como isso pode estar distante da realidade de muitos, quero propor que você guarde o que conseguir, seja R$ 100 ou 1 mil reais do seu salário ao mês e coloque em produtos com resgate diário, como CDBs, Tesouro Selic ou Fundos DI.

Cada situação é única e não podemos ter vergonha de falar sobre dinheiro. Envolva seu (sua) parceiro (a) e filhos (as) na luta contra o dinheiro negativo. Eles precisam estar cientes da condição econômica da casa, sabendo o quanto de dinheiro há disponível por mês, quanto é possível gastar e o que será preciso cortar. Ao colocar um objetivo a ser alcançado em conjunto, todos sonham e se fortalecem juntos.  



Felipe Gomes -CEO da ContaFuturo - A ContaFuturo, fintech que oferece soluções financeiras para uma vida financeira mais feliz, dispõe de produtos como "Zera Débito" e "Ponte Salário", que permitem quitar empréstimos de alto custo ou ter acesso a até 40% do pagamento de forma rápida e sem a necessidade de usar opções como cheque especial e cartão de crédito, com juros elevados. Desde que a ContaFuturo entrou em operação, o serviço conseguiu trocar mais de R$ 10 milhões em dívidas e impactou 15 mil famílias. Recentemente, a startup recebeu um aporte de R$ 20 milhões da gestora Empírica Investimentos. O dinheiro será usado para acelerar as operações de crédito, contribuindo para que a expectativa de atingir 60 mil famílias sejam impactadas positivamente até dezembro deste ano.


Como os níveis de aptidão financeira influenciam no rendimento dos funcionários

No Brasil, atualmente apenas uma mínima camada da população tem acesso a aconselhamento financeiro de qualidade, mesmo o país sendo a nona economia do mundo. Com isso, os problemas relacionados a dinheiro acabam afetando diretamente a rotina e as decisões das pessoas, influenciadas pela falta de organização. Mas você sabe como os níveis de aptidão financeira influenciam no rendimento dos colaboradores de uma empresa? 

A pesquisa The Employer’s Guide to Financial Wellbeing, realizada em 2021 com trabalhadores do Reino Unido, aponta que a maioria dos funcionários se enquadram em ter baixos níveis de aptidão financeira, ou seja, gastam primeiro e poupam caso sobre algo. Além disso, o nível de bem-estar relacionado ao dinheiro de alguém é determinado por sua atitude, hábitos e comportamentos, já que a maioria dos entrevistados gasta antes do pagamento.

Veja abaixo quais são os cinco níveis de aptidão financeira que foram analisados:

  • Lutadores: frequentemente ficam sem dinheiro antes do dia de pagamento;
  • Gastadores: praticamente não possuem economias e não têm o suficiente para gastar em coisas sem se sentirem culpados;
  • Construtores: possuem mais de três meses de economia para lidar com gastos inesperados;
  • Planejadores: possuem economias para se manterem por quase três meses, mas não têm o suficiente para lidar com gastos inesperados;
  • Prósperos: as finanças não são uma restrição para viver a vida que eles querem.

Outro ponto que se destacou na análise é que no Reino Unido, 26% dos funcionários estão preocupados com dinheiro, o dado supera as preocupações com: a carreira (22%), com a saúde (18%) e, por fim com os relacionamentos (14%). Mesmo durante uma pandemia, o dinheiro continuou sendo a maior fonte de estresse na vida da maioria dos funcionários.

Apesar do levantamento ter sido feito na Europa, o conceito se adequa ao Brasil, que possui problemas sérios de qualidade na educação financeira. Em 2019, 73% dos brasileiros indicaram os problemas envolvendo dinheiro como a principal fonte de tensão. Em 2021, esse total subiu para 78%, de acordo com dados da International Stress Management Association (ISMA-BR). 

Partindo desses níveis, podemos analisar que funcionários prósperos tendem a ser mais felizes, pois pessoas estáveis financeiramente são mais propensas a aumentar seu capital, estabilizar suas despesas e, consequentemente, alavancar o crescimento econômico/patrimonial. Com isso, elas possuem mais possibilidades de realizar sonhos e sair dos ciclos de endividamento, já que esse cenário estimula um futuro mais consciente.

Alguns profissionais, muitas vezes bem remunerados, têm uma visão distorcida da sua renda e, logo, sobre o seu bem-estar financeiro pelo fato de não ter um bom controle de suas finanças pessoais. Isso gera descontentamento, queda na produtividade e, por consequência, aumento na taxa de rotatividade dentro da empresa. Além disso, profissionais com baixa saúde financeira apresentam menor produtividade, maior absenteísmo, gastam até 14 horas semanais cuidando das suas finanças e têm duas vezes mais intenções de trocar de emprego (PwC 2022). 

Algumas possibilidades para organizar as finanças pessoais são a contratação de um consultor financeiro, a realização de um curso ou, dentre outros, uma agenda para controle. É claro que não existe um modo só que seja o único correto, mas há a necessidade de ter uma forma de se organizar financeiramente para que não se corra riscos ou se tenha surpresas, evitando o endividamento, por exemplo.

Quando a pessoa entende qual é o seu nível de aptidão financeira, ela pode criar uma consciência em relação a quais medidas tomar para melhorar sua qualidade de vida. Afinal, o planejamento com o dinheiro permite entender os caminhos que existem para atingir um determinado desejo pessoal ou profissional. Além disso, quando nos conscientizamos sobre o planejamento financeiro, ele se torna um grande incentivador.


Lucas Radd -sócio-fundador e CEO da Rufy, plataforma de saúde financeira, destinada para pessoas e empresas, interessadas em oferecer o sistema como benefício aos colaboradores.


Ribeirão Pires recebe serviços gratuitos do Cidadania Itinerante nessa semana

Unidade móvel oferecerá atendimento em quatro bairros do município


A Secretaria da Justiça e Cidadania (SJC) vai oferecer, entre os dias 11 e 15 de abril, das 9h às 17h, serviços gratuitos para a população de Ribeirão Pires, na Grande São Paulo, em uma das vans do projeto do Cidadania Itinerante.

Na terça-feira (11), a unidade móvel estará estacionada na Estr. do Caçula, s/n - Jardim Caçula (em frente ao campo de futebol); na quarta (12), na Rua Camilo Ledo Vasquez, 20 - Centro de Ouro Fino; e na quinta (13), na Estr. de Sapopemba, 5055 - Quarta Divisão (dentro do Espaço CEU). Já entre sexta (14) e sábado (15), o atendimento será na Rua Boa Vista, s/n – Centro (Praça Vila do Doce).

Durante a ação, serão entregues ao público de 150 a 200 senhas ao dia até uma hora antes do fim do atendimento. A iniciativa busca expandir a atuação das coordenações, programas e serviços da SJC em todo o Estado de São Paulo. Desde junho de 2022, o projeto Cidadania Itinerante esteve em 110 municípios, com mais de 55 mil serviços solicitados.

Serão oferecidos para a população: agendamento para 2.ª via do RG, emissão de 2.ª via das certidões de nascimento, casamento e óbito, CPF, contas de consumo (água e luz) e atestado de antecedentes criminais; pedido de emissão da carteira de trabalho digital; entrada no seguro-desemprego; elaboração de currículo; recebimento de denúncias e encaminhamento para coordenações, programas e ouvidoria da SJC.

 

Serviço

Ribeirão Pires recebe serviços gratuitos do Cidadania Itinerante nessa semana

Datas: 11 a 15 de abril

Horário: 9h às 17h

Locais: Estr. do Caçula, s/n - Jardim Caçula

https://goo.gl/maps/VpuTvd3XeifzEyjE6

 

Rua Camilo Ledo Vasquez, 20 - Centro de Ouro Fino

https://goo.gl/maps/KStW4qf3s1QGHKFz5

 

Estr. de Sapopemba, 5055 - Quarta Divisão

https://goo.gl/maps/tf8i2PiVUequNoN48

 

Rua Boa Vista, s/n – Centro

https://goo.gl/maps/wY9rZ5UanibSk1tAA

 

segunda-feira, 10 de abril de 2023

Parkinson: número de pacientes pode dobrar até 2040

Terapia Ocupacional funciona como aliada na autonomia dos que sofrem com essa e outras doenças


Michael Fox, Eduardo Dussek, Ozzy Osbourne e Neil Diamond. Além da fama, os atores e cantores citados têm algo mais em comum: Parkinson. Nos últimos anos, a lista aumentou e o assunto ganhou destaque após a jornalista Renata Capucci, de 49 anos, admitir publicamente que tem a doença. Ela entrou para o grupo de aproximadamente 200 mil pessoas que vivem com a enfermidade no Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Com o aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população, o número pode dobrar até 2040.

É por isso que o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson, comemorado no dia 11 de abril, se torna ainda mais relevante ao chamar a atenção para a doença, que é a segunda patologia degenerativa, crônica e progressiva do sistema nervoso central mais frequente no mundo, atrás apenas da Doença de Alzheimer. E uma das alternativas é auxiliar o paciente a manter sua autonomia o máximo possível, por meio da Terapia Ocupacional.

“A TO auxilia a preservar a independência do paciente”, explica a terapeuta ocupacional Syomara Cristina, que tem mais de 30 anos de experiência no tratamento e reabilitação de pacientes.


Como preservar a autonomia do paciente com Parkinson

A principal causa da doença de Parkinson é a morte das células do cérebro, em especial da área responsável pela produção de dopamina, um neurotransmissor que, entre outras funções, controla os movimentos. Os principais sintomas são motores, como lentidão, tremor, rigidez muscular, desequilíbrio. Ou seja, a doença afeta a autonomia dos movimentos e, consequentemente, as atividades diárias do paciente, como se vestir, se alimentar e cuidar da própria higiene.

“São pacientes que viveram a sua vida motora normal e, ao longo da doença, vão perdendo essa independência. O que fazemos é preservar a autonomia não só nas atividades propostas dentro do consultório, mas também na rotina da casa”, afirma Syomara. Segundo a terapeuta, muitas vezes é necessário um trabalho conjunto com os familiares e cuidadores para melhorar as condições do local onde o paciente mora e evitar riscos. “Modificações como antiderrapante nos pratos e alterações no mobiliário fazem diferença”, exemplifica.

Assim como nas demais doenças degenerativas, é preciso ter paciência, e a terapia, muitas vezes, deve se estender a quem acompanha o paciente diariamente. “É um paciente que requer muita calma. Os familiares precisam entender que ele não cai porque quer, ele não é lento porque quer. Tudo isso é em decorrência da doença”, destaca.

A primeira abordagem da Terapia Ocupacional é saber o que mais incomoda o paciente no processo de enfrentamento da enfermidade e, a partir disso, propor melhorias. “Quanto mais autonomia esse paciente tiver, menos ele vai apresentar demência e depressão”, finaliza.

 

Syomara Cristina Szmidziuk - atua há 33 anos como terapeuta ocupacional e tem experiência no tratamento em reabilitação dos membros superiores em pacientes com lesões neuromotoras. Faz atendimentos com terapia infantil e juvenil,  adultos e terceira idade. Desenvolve trabalhos com os métodos Bobath, Baby Course Reabilitação Neurocognitiva Perfetti, Reabilitação de Membro Superior-Terapia da Mão, Terapia Contenção Induzida (TCI) e Imagética Motora entre outros.


FISIOTERAPEUTA ALERTA - ALONGAMENTO PARA DORES NAS COSTAS, FUNCIONA?

Será que funciona mesmo? Quais são os principais alongamentos? A fisioterapeuta e diretora clínica do Instituto Trata, Raquel Silvério, aborda todos os pontos que você precisa saber!



O alongamento para coluna pode auxiliar no alivio da dor nas costas, devido à má postura, por exemplo, aumentar a mobilidade articular e flexibilidade muscular, melhorar a circulação e promover o bem-estar.

“Esses exercícios são uma das alternativas para aliviar as dores, também em alguns casos podem auxiliar a prevenir o seu aparecimento. Esses também ajudam a relaxar e aumentam a amplitude dos movimentos, proporcionando um alívio rápido da dor. ”, comenta a fisioterapeuta Raquel Silvério.

Os alongamentos para coluna devem ser feitos de forma gradual e em alguns casos podem causar um pequeno desconforto, mas se você sentir uma dor mais forte, aguda, que impeça de continuar realizando o alongamento, o ideal é parar o alongamento e procurar um profissional da área para auxiliar.

“As atividades podem ser realizadas em qualquer horário do dia, mas eu sempre indico que sejam feitos frequentemente ao longo do dia, especialmente no caso de pessoas que trabalham muito tempo sentadas ou na mesma posição. Uma boa forma de seguir essa recomendação consiste em fazer uma pausa de 5 minutos para alongar entre cada 2 horas de trabalho, por exemplo. ”, explica a diretora clínica do Instituto Trata, unidade Guarulhos.

Ainda segundo a fisioterapeuta, estes exercícios praticam no final do dia podem ser feitos para ajudar a relaxar e dormir melhor. Para melhorar esse efeito, pode-se tomar um banho quente antes, pois o calor ajuda a relaxar os músculos, aumentando a eficácia dos alongamentos.

Abaixo, Silvério traz alguns alongamentos para você praticar, confira:


1.Dobrar o corpo à frente: Com as pernas juntas dobrar o corpo para frente como mostra a imagem, mantendo os joelhos esticados.


2. Esticar a perna: Sentar no chão e dobrar uma perna, até colocar o pé próximo das partes íntimas, e a outra perna estando bem esticada. Dobrar o corpo para frente, tentando apoiar a mão no pé, conforme mostra a imagem, mantendo o joelho esticado. Se não for possível alcançar o pé, chegar até o meio da perna ou tornozelo. Depois fazer com a outra perna.

3. Chegar ao chão: Este é semelhante ao primeiro exercício, mas pode ser feito com mais intensidade. Deve-se esforçar para tentar encostar as mãos no chão, sem dobrar os joelhos.

4. Esticar o pescoço: Inclinar a cabeça para o lado e manter uma mão segurando a cabeça, mantendo o alongamento. A outra mão pode estar apoiada no ombro ou pendida ao longo do corpo.

5. Inclinar a cabeça para trás: Manter os ombros alinhados e olhar para cima, inclinando a cabeça para trás. Pode-se colocar uma mão na nuca para um maior conforto, ou não.


Raquel Silvério - fisioterapeuta (Crefito: 116746-F) e Diretora Clínica do Instituto Trata, Unidade de Guarulhos, a profissional possui especialização em fisioterapia músculo esquelética pela Santa Casa de São Paulo, além de formação em terapia manual ortopédica nos conceitos Maitland, Mulligan e Mckenzie e forte experiência em tratamentos da coluna vertebral. Acesse: www.institutotrata.com.br


Saiba como conduzir e em que casos a diarreia pode causar um quadro mais grave em crianças

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Condição pode levar à desidratação e outras complicações se não for tratada adequadamente


A diarreia é uma doença de alta prevalência mundial, responsável por inúmeras perdas de vida entre as crianças. Por essa razão, apesar de parecer algo não tão grave para uma boa maioria dos pais, exige atenção. Em sua forma mais aguda causa prejuízos ao organismo da criança, principalmente quando previamente desnutrida. A médica gastropediatra e associada da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPR), Cristina Targa Ferreira, reforça que os pilares do tratamento da diarreia aguda se apoiam na nutrição e na hidratação, fatores que são por si só capazes de impedir a morte no episódio agudo, independente das condições que os originaram.

“A diminuição da mortalidade em crianças abaixo de cinco anos é uma prova de que soluções simples são capazes de alterações drásticas: queda de 5 milhões de mortes anuais para 1,5 milhões vêm ocorrendo em pouco mais de 20 anos, tendo a queda mais rápida ocorrida em período inferior a 10 anos (diminuição em 2,5 milhões de mortes anuais), e se estabilizando neste patamar”, explica.

O principal responsável por este dado foi a ampla divulgação da reidratação oral e a prática de não suspender a alimentação na fase aguda da doença diarreica. Este número de mortes ainda é muito alto e intervenções devem ser realizadas para que a doença diminua sua incidência: eliminação da pobreza, higiene ambiental, aleitamento prolongado, saneamento básico, vacinação universal entre outras medidas.

No Brasil houve incremento de várias destas ações, o que determinou a queda da mortalidade pela doença diarreica de 24,3% em 1980 para 4,1% em 2005.


O que é diarreia aguda?

Segundo o Ministério da Saúde, as doenças diarreicas agudas se caracterizam pela diminuição da consistência das fezes, aumento do número de evacuações, com fezes aquosas; e em alguns casos há presença de muco ou sangue (disenteria).

A médica explica que não existe um conceito universalmente aceito que defina a diarreia aguda; ao contrário, dentre as várias tentativas de definição incluem-se as baseadas na consistência das fezes e/ou no número diário de evacuações, as que se referem ao volume de perda de água, as que incluem presença ou ausência de febre e vômitos. Um conceito mais abrangente, publicado em uma revisão sobre as recomendações do tratamento da diarreia aguda, traduz o que representa esta doença de modo mais abrangente, incluindo etiologia e complicações: “o episódio diarreico que apresenta as seguintes características: início abrupto, etiologia presumivelmente infecciosa, potencialmente autolimitado, com um curso de menos de 14 dias, com aumento de volume e/ou frequência das fezes e perda de nutrientes fecais (principalmente água e eletrólitos) aumentados”.

“É importante salientar que a diarreia aguda é uma doença autolimitada, tendo, portanto, um período aproximado de duração. Assim, é importante caracterizá-la pela duração de até 14 dias. Aqueles quadros que superam este período são chamados de diarréias persistentes”, acrescenta.

São considerados fatores de risco para contrair a doença e também para complicações: desnutrição, pobreza, ausência de saneamento básico, desmame precoce, contaminação fecal dos alimentos, idade precoce (antes dos seis meses) e a presença de imunodeficiências. Devem ser consideradas algumas causas não infecciosas que, de forma esporádica, se associam à diarreia aguda: alergia ao leite de vaca, deficiência de lactase, uso de laxantes e antibióticos. Podem ocorrer sintomas inespecíficos como náusea, vômitos e febre associados à diarreia.


Tratamento

A orientação mais importante aos pais é procurar o médico pediatra quando a diarreia persistir. A proposta de tratamento da diarreia aguda fundamentalmente repousa sobre dois pilares:

(a) prevenção e reposição das perdas fecais de água e eletrólitos, feita através da hidratação;

(b) proporcionar aporte proteico e calórico, feito principalmente pela realimentação precoce, que evita a piora e, em alguns casos, a instalação da desnutrição. A hidratação é sempre a primeira medida.

 

Marcelo Matusiak

 

Novo tratamento para diferentes doenças raras é lançado no Brasil

Medicamento para doenças raras recebe a aprovação para duas indicações e amplia acesso para HPN pediátrico no Brasil


Um novo tratamento para doenças raras (HPN, SHUa e MGg) é lançado no Brasil pela farmacêutica AstraZeneca. São estimados entre 7 e 8 mil diferentes tipos de doenças raras no mundo[1], entre elas, a Miastenia Gravis generalizada (MGg), a Síndrome Hemolítico Urêmica atípica (SHUa) e a Hemoglobinúria Paroxística Noturna (HPN). A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), aprovou a molécula ravulizumabe para as indicações para SHUa e MGg e ampliou o uso para HPN pediátrico - que já tinha aprovação em 2019 para uso para pacientes adultos, e que pode proporcionar melhor qualidade de vida aos pacientes.

O Ministério da Saúde define as doenças raras pela baixa prevalência de pessoas afetadas: 65 a cada 100 mil habitantes[2]. Este número representa aproximadamente 13 milhões de brasileiros[1], ou, comparativamente, a população da cidade de São Paulo.

“Esse lançamento, com indicação para doenças de diferentes áreas - neurologia, nefrologia e hematologia - é um marco no cenário de doenças raras no Brasil e pode transformar a vida dessas pessoas. Na AstraZeneca, acreditamos que ao compreender as necessidades únicas dos pacientes, podemos pesquisar e desenvolver novas soluções, apoiar o acesso ao tratamento e interceder em defesa dessa comunidade de pessoas e, consequentemente, melhorar sua qualidade de vida”, declara dra. Marina Belhaus, diretora médica da AstraZeneca Brasil.

A médica Lilian Palma, do Departamento de Nefrologia Pediátrica da Unicamp, pontua que “para a nefrologia pediátrica, em específico para a SHUa, esse lançamento pode melhorar a qualidade de vida dos pacientes, pois as infusões dos medicamentos podem ser mais espaçadas, para até oito semanas. Isso significa a diminuição no absenteísmo na escola, para as crianças, e no trabalho, para os adultos”. Palma reforça também a importância da educação médica continuada, já que “95% dos tratamentos para essas condições ainda são feitos por meio de medicamentos paliativos e serviços de reabilitação[2]. Por isso, os grupos de estudo são fundamentais para a atualização da sociedade médica no tratamento das doenças raras e ultrarraras”.

Outros desafios permeiam a área para além do tratamento, como o diagnóstico precoce, já que um paciente pode chegar a consultar até 10 médicos diferentes para obter o diagnóstico correto[1]. A antecipação é determinante para iniciar o tratamento no tempo mais curto possível, já que são doenças, em sua maioria, progressivas, degenerativas, crônicas e incapacitantes[1]. “Além da aliança e parcerias entre indústria médica e farmacêutica para o avanço de novas soluções, é preciso também do aprofundamento na conversa sobre o tema entre sociedade médica e sociedade em geral, com o intuito de viabilizar a transformação da trajetória de saúde de pacientes com doenças raras”, encerra Palma, apontando a importância de mobilização de toda a sociedade em prol desses pacientes, muitas vezes, invisibilizados.

Esse lançamento reforça o compromisso da AstraZeneca com a contínua pesquisa dos chamados medicamentos órfãos, que são os indicados para as doenças raras, mas que representam apenas 2% dos tratamentos disponíveis[2]. Essa classe é capaz de interferir na progressão das condições dos pacientes[2] e traz uma nova abordagem para tratar essas condições.


Saiba mais sobre SHUa

A Síndrome Hemolítico Urêmica atípica é uma doença ultrarrara, genética, crônica, causada pela inabilidade de regular o sistema complemento de defesa do corpo. Frequentemente, resulta em dano grave e progressivo aos órgãos, principalmente insuficiência renal aguda, muitas vezes irreversível e morte. Possui incidência em todas as idades[3],[4], com prevalência um pouco maior em mulheres e idade média de 20 anos[5].


Saiba mais sobre MGg

A Miastenia Gravis é uma doença autoimune, cuja principal característica é fraqueza muscular flutuante, que melhora com o repouso e piora com o exercício ou ao longo do dia. A fraqueza pode ser limitada aos musculos oculares ou ser generalizada (MGg), atingindo outros grupos musculares tal como faciais, bulbares, etc. A incidência da MG varia de 5 a 30 casos por milhão de habitantes por ano, e a prevalência de 100 a 200 casos por milhão de habitantes, havendo um discreto predomínio em mulheres[6],[7].


Saiba mais sobre HPN

A hemoglobinúria paroxística noturna (HPN) é uma doença rara progressiva e com risco à vida, que se desenvolve nas células-tronco e acontece devido a uma mutação genética. Essa alteração faz com que os glóbulos vermelhos do sangue sejam destruídos com mais facilidade pelo sistema complemento e gera, no corpo, uma dificuldade em repor esses elementos. Na maioria das vezes, a HPN acontece em indivíduos com idade entre 30 e 50 anos e parece atingir homens e mulheres na mesma proporção[8].



AstraZeneca
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[1] Interfarma – Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa. Doenças Raras: a urgência do acesso à saúde. Brasil: Edição Contrate 1 Ghostwriter Tatiane R. Lima – Mtb 36439, fevereiro de 2018.

[2] 28/02 – Dia Mundial das Doenças Raras. Ministério de Saúde - Biblioteca Virtual em Saúde. Disponível em https://bvsms.saude.gov.br/28-02-dia-mundial-das-doencas-raras/ Acesso em 15 de março de 2023.

[3] Noris M and Remuzzi G. Atypical hemolytic-uremic syndrome. N Engl J Med 2009; 361: 1676-1687. DOI: 361/17/1676 [pii];10.1056/NEJMra0902814 [doi].

[4] Raina R, Krishnappa V, Blaha T, et al. Atypical Hemolytic-Uremic Syndrome: An Update on Pathophysiology, Diagnosis, and Treatment. Ther Apher Dial 2019; 23: 4-21. DOI: 10.1111/1744-9987.12763.

[5] Vaisbich MH, de Andrade LGM, Neves PDMM, et al. Clinical Kidney Journal, 2022; 15 (8): 1601–1611.

[6] Hehir, M. K. & Silvestri, N. J. Generalized Myasthenia Gravis: Classification, Clinical Presentation, Natural History, and Epidemiology. Neurol Clin 36, 253-260, doi:10.1016/j.ncl.2018.01.002 (2018).

[7] Phillips, L. H., 2nd. The epidemiology of myasthenia gravis. Ann N Y Acad Sci 998, 407-412,doi:10.1196/annals.1254.053 (2003).

[8] Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia. O que é hemoglobinúria paroxística noturna?. Dezembro de 2022. Disponível em: https://www.abrale.org.br/doencas/hpn/o-que-e/. Acesso em 15 de março de 2023.


Estilo de vida e diagnóstico precoce estão entre fatores chave para enfrentamento da doença de Parkinson

Conhecida por causar tremores involuntários, a doença tem crescido em número de mortes e requer conscientização para melhorar a qualidade de vida dos pacientes

 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem alertado que a doença de Parkinson se tornou um desafio de saúde pública por ser a desordem neurológica que mais causa incapacitação e mortes no mundo todo, nos últimos anos, e a segunda doença neurodegenerativa mais comum no mundo, atrás do Alzheimer. No dia 11 de abril, data estabelecida pela OMS em 1998, entidades se mobilizam para promover a conscientização sobre o Parkinson, a importância da pesquisa, o planejamento para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e a prevenção da incapacitação da população na medida em que cresce a longevidade.

A prevalência do Parkinson dobrou nos últimos 25 anos e a OMS estima que mais de 8,5 milhões de pessoas vivem com a doença, mas que este número pode ser maior se as pessoas com várias formas de Parkinson forem incluídas na conta, como as ocorrências causadas por condições degenerativas (Parkinson atípico), lesão vascular no cérebro ou efeitos adversos de medicações como neurolépticos, utilizados no tratamento de sintomas de psicose.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, a doença de Parkinson resultou na perda por incapacidade de 5,8 milhões de anos de vida, um aumento de 81% na comparação com o ano 2000, e causou 329 mortes mil em todo o mundo, com aumento de 100%, desde o ano 2000. No Brasil, estima-se que mais de 200 mil pessoas sejam acometidas pela doença.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu, explica que o diagnóstico precoce é fundamental e que os sintomas podem ser controlados nos primeiros anos da doença com medicação específica. “Infelizmente, a progressão da doença intensifica alguns sintomas como o tremor e a lentidão, podendo se tornar debilitante. Ao manifestar qualquer característica do Parkinson, procure um médico e investigue a condição. Com planejamento e cuidados, é possível viver com a doença e ter qualidade de vida”, explica o Dr. Issamu.

O primeiro artigo que caracterizou a doença de Parkinson foi publicado em 11 de abril de 1817, por James Parkinson, que descreveu os principais sintomas da doença publicados no Ensaio sobre a Paralisia Agitante. Em 1998, a OMS oficializou a data como o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença de Parkinson.



O que é?

O Parkinson é uma condição degenerativa do cérebro, progressiva e sem cura, associada com sintomas motores (tremor, movimento lento, rigidez dos membros e desequilíbrio no andar) e uma variedade de complicações não motoras (sintomas neuropsiquiátricos e autonômicos, distúrbios de sono e vigília, dor e outros distúrbios sensoriais).

A progressão desses sintomas e complicações reduzem as funções e a qualidade de vida do paciente, o que resulta em altas taxas de incapacitação e necessidade de cuidados por outras pessoas. O principal fator de risco é o envelhecimento, embora jovens também possam ser afetados.


Prevenção

Segundo relatório da OMS, a predisposição genética é a principal causa de apenas um pequeno grupo de casos, com outros estudos apontando para fatores ambientais como poluição do ar, uso de pesticidas e solventes industriais. 

As pesquisas indicam ainda que atividades físicas regulares, alimentação saudável e o consumo de cafeína contribuem para prevenir o surgimento do Parkinson.


Sintomas

A doença de Parkinson afeta o sistema nervoso central de forma crônica e progressiva – e atinge predominantemente os neurônios produtores de dopamina, substância que auxilia na realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática. Os principais sintomas envolvem desde o mais conhecido tremor até a lentidão motora, rigidez entre as articulações e desequilíbrio, entre outras consequências mais graves.


Diagnóstico

A detecção precoce é essencial para o tratamento. Os pacientes requerem cuidados prolongados, ou seja, quanto antes a detecção for realizada, maior a qualidade de vida do paciente. O diagnóstico clínico é realizado por neurologistas e profissionais de saúde especializados e qualquer sinal deve ser submetido a um especialista para avaliação. Exames neurológicos, compostos por testes físicos e ressonância magnética do cérebro, são aplicados. 


Tratamento

Além dos medicamentos específicos, uma abordagem interdisciplinar irá ampliar os resultados com o avanço da doença, que incluirá atividades de fisioterapia, reabilitação e até cuidados paliativos. De acordo com o caso, fonoaudiólogos, psicólogos, fisioterapeutas e outros profissionais farão parte do time de acompanhamento e atendimento do paciente. Em situações avançadas, o tratamento poderá indicar estimulação cerebral profunda.

Apesar dos avanços no desenvolvimento de remédios, nenhum se provou efetivo em desacelerar a progressão da doença. A Levodopa se mantém como uma das drogas com melhores resultados para os sintomas motores e não motores, com impacto na qualidade de vida do paciente de Parkinson, mas sem paralisar o processo neurodegenerativo. 

 

Rede de Hospitais São Camilo


Gestação sem embrião: do diagnóstico ao aborto

20% dos abortos espontâneos estão associados à gestação anembrionada

 

A gestação anembrionada (GA), também conhecida como “ovo cego”, ocorre quando um óvulo fertilizado se implanta no útero, mas não se desenvolve (ou para de se desenvolver), é reabsorvido pelo organismo da mãe e deixa o saco gestacional vazio. Ou seja, uma gravidez sem bebê. 

“Muitas vezes, ocorre tão cedo que a mulher nem chega a saber que estava grávida”, afirma Carlos Moraes, ginecologista e obstetra pela Santa Casa/SP, membro da FEBRASGO e especialista em Perinatologia pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein.

 

O que ocorre na gestação anembrionada

Quando uma mulher engravida, o óvulo fertilizado se liga à parede uterina. Ao redor de cinco ou seis semanas de gravidez, um embrião deve estar presente. Nesse momento, o saco gestacional (onde o feto se desenvolve) tem cerca de 18 milímetros de largura. Na GA, o saco gestacional se forma e cresce, mas o embrião não se desenvolve. 

No entanto, a gestante tem os mesmos sinais e sintomas de uma gravidez normal: teste de gravidez positivo, atraso na menstruação, náuseas, sonolência, vômitos, entre outros. 

“Isso acontece porque há produção do HGC (gonadotrofina coriônica), hormônio produzido pela placenta após a implantação. A placenta pode crescer por um breve período de tempo, mesmo quando um embrião não está presente”, frisa Carlos Moraes, que também é especialista em Infertilidade e Ultrassom em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO, e médico nos hospitais Albert Einstein, São Luiz e Pro Matre.

 

O que causa a gestação anembrionada

Não há uma causa específica para a GA, embora alguns fatores podem contribuir para a condição: alterações cromossômicas do óvulo fertilizado, baixa qualidade do esperma ou do óvulo, divisão celular anormal e causas genéticas. Em um determinado momento, o corpo reconhece essa anormalidade e interrompe a gravidez.

 

Sintomas

Quando a produção de HCG é interrompida, a gestante pode apresentar sinais de abortamento: 

- Cólicas abdominais moderadas a intensas

- Sangramento vaginal de leve a moderado

- Interrupção dos sintomas gestacionais (náuseas, tontura, sonolência) 

Segundo o Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia, 20% dos abortos espontâneos estão associados à gestação anembrionada. 

“Vale lembrar que nem todo sangramento no primeiro trimestre termina em aborto. Portanto, não deixe de consultar o seu médico imediatamente se tiver algum destes sinais”, alerta Carlos Moraes.

 

Diagnóstico e procedimentos

A gravidez anembrionada é diagnosticada logo nas primeiras semanas de gestação, no início do pré-natal, quando é solicitado o ultrassom transvaginal. Por meio deste exame, é possível identificar a falta do embrião e da vesícula vitelínica no interior do saco gestacional. 

O ultrassom transvaginal é normalmente realizado a partir da 7ª semana de gestação. Em caso de suspeita da GA, o exame deve ser repetido após 7 ou 10 dias para confirmar o diagnóstico. 

O procedimento deve sempre ser discutido entre paciente e médico. “Algumas mulheres optam por realizar a dilatação do colo uterino e posterior curetagem ou a aspiração a vácuo (remoção do conteúdo uterino), com eficácia próxima a 100%. A complicação mais frequente é a infecção, que pode estar presente em até 10% dos casos”, explica Carlos Moraes. 

Segundo o ginecologista, há também a opção de uso do misoprostol. No entanto, o medicamento pode levar vários dias para o corpo expulsar todo o tecido gestacional, além de causar mais sangramento e efeitos colaterais, como dores abdominais intensas. 

“Há ainda quem prefira optar pela conduta expectante, quando o corpo expulsa o tecido por si só. Após o aborto, o médico pode recomendar que você espere, pelo menos, de um a três ciclos menstruais antes de tentar engravidar novamente, dependendo do procedimento escolhido na GA. Por fim, é importante a mulher entender que não fez nada de errado para causar esse aborto e, provavelmente, não poderia ter evitado”, finaliza Carlos Moraes.

 

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