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sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Identificados milhões de registros de diversos países disponíveis para compra na Dark Web

A Check Point Research (CPR) analisou os arquivos que estão à venda na Dark Web, cujos vendedores afirmam ser de usuários do WhatsApp, revelando que o vazamento dos registros inclui 360 milhões de números de telefone de 108 países, inclusive do Brasil


 

Após relatos de que hackers estavam vendendo números do WhatsApp na Dark Web, a Check Point Research (CPR), divisão de Inteligência em Ameaças da Check Point® Software Technologies Ltd. (NASDAQ: CHKP), uma fornecedora líder de soluções de cibersegurança global, decidiu analisá-los e revelou que o vazamento contém 360 milhões de números de telefone de usuários do WhatsApp de 108 países. No entanto, os pesquisadores da CPR informam que não podem confirmar ou provar que esses números são de usuários do WhatsApp; eles apenas analisaram os números disponibilizados na Dark Web.

 

Cada país tem um número diferente de registros que foram expostos, variando de 604 na Bósnia e Herzegovina a 35 milhões atribuídos à Itália. O Brasil teve mais de 8 milhões (exatos 8.064.910) de registros de brasileiros expostos. A lista completa foi colocada à venda por quatro dias (os arquivos incluem códigos de discagem internacional) e, agora, está sendo distribuída gratuitamente entre os usuários da Dark Web.

Arquivos atualmente disponíveis na Dark Web

A notícia sobre esses arquivos sendo vendidos na Dark Web foi exposta pela primeira vez em 16 de novembro passado em uma mensagem publicada pelo The Hacker no fórum de hackers BreachForums, alegando estar vendendo informações pessoais atualizadas de 487 milhões de usuários do WhatsApp de 84 países.

                                                            

                                                                      Fonte: Dark Web

Observação importante: em um relatório mais recente, foi alegado que há evidências de que o banco de dados vazado é na verdade uma reutilização de um vazamento mais antigo do Facebook em 2019.

 

Consequências: Phishing, Vishing e Smishing devem aumentar em meio à violação de dados

 

“Os pesquisadores da CPR verificaram que, embora as informações à venda sejam apenas de números de telefone ativos e não o conteúdo de quaisquer mensagens em si, esta é uma violação em grande escala de um aplicativo móvel popular usado por milhões em todo o mundo. Uma consequência imediata da violação é a possibilidade de esses números serem usados como parte de ataques de phishing personalizados por meio do próprio aplicativo. Alertamos a todos os usuários do WhatsApp que estejam extremamente atentos quanto às mensagens que receberem e tenham extremo cuidado ao clicar em links e mensagens compartilhadas no aplicativo”, ressalta Fernando de Falchi, gerente de Engenharia de Segurança e Evangelista da Check Point Software Brasil.

 

Falchi explica que, depois que os cibercriminosos tiverem acesso a esses números de telefone, ataques como vishing (phishing de voz) ou smishing (combinação das palavras "SMS" e "phishing"), provavelmente ocorrerão. Vishing é uma forma de ataque de engenharia social em que a vítima é induzida a fornecer informações por telefone, enquanto o smishing é conduzido por SMS. Com milhões de registros disponíveis para compra, é muito provável que esses tipos de ataques aumentem. Também é possível que os cibercriminosos acessem outros serviços online usando o número de telefone, o que pode ter consequências ainda mais prejudiciais.

 

A Check Point Research (CPR) descobriu um aumento nos ataques de phishing na época de datas de compras, com um crescimento de 17% em e-mails maliciosos durante a Black Friday e a Cyber Monday. Este ano, o Amazon Prime Day registrou um aumento de 86% nos e-mails de phishing relacionados à Amazon, de acordo com um estudo realizado pela Check Point Software.

 

Principais e importantes dicas a serem seguidas para que pessoas jurídicas e físicas permaneçam protegidas:

 

Evitar clicar em links: os links em mensagens de texto são difíceis de serem verificados devido ao encurtamento do link e à incapacidade de passar o mouse sobre eles para ver os alvos. Em vez de clicar em links em mensagens de texto, navegue diretamente para o site de destino. É importante não clicar em nada nem encaminhar a tal mensagem para evitar a disseminação de links maliciosos para amigos e familiares.

 

Instalar aplicativos de lojas confiáveis e oficiais (das appstores): ataques de smishing podem ser projetados para induzir os destinatários a instalar aplicativos maliciosos em seus dispositivos móveis. Sempre instale aplicativos de lojas de aplicativos confiáveis e oficiais, de preferência depois de verificar sua autenticidade no site de quem as criou.

 

Não fornecer dados: os ataques de smishing geralmente são projetados para roubar dados confidenciais de seus alvos sob o disfarce de verificação de identidades ou outros pretextos. Nunca forneça dados pessoais a alguém para quem você não ligou ou enviou uma mensagem de texto por meio de um número listado em seu site.

 

Verificar sempre os números de telefone: Vishers ligarão fingindo ser de uma organização legítima. Antes de fornecer qualquer dado pessoal ou fazer qualquer coisa que o atacante disser, pegue o nome de quem ligou e ligue de volta usando o número oficial do site da empresa. Se o chamador tentar convencê-lo a não fazer isso, provavelmente é uma fraude.

 

Certificar-se de que o remetente é confiável: nunca clicar em links de remetentes desconhecidos. Se o usuário não tiver o número atribuído a um contato conhecido e não puder verificar sua identidade, bloqueie o número imediatamente.

 

Nunca fornecer acesso remoto ao computador: Vishers podem solicitar acesso remoto ao seu computador para “remover malware” ou corrigir algum outro problema. Nunca forneça acesso ao seu computador a ninguém, exceto membros verificados pelo departamento de TI.

 

Implementar soluções de segurança de e-mail: soluções modernas de filtragem de e-mail podem proteger contra malware e outras cargas maliciosas em mensagens de e-mail. As soluções podem detectar e-mails que contêm links maliciosos, anexos, conteúdo de spam e linguagem que pode sugerir um ataque de phishing. As soluções de segurança de e-mail bloqueiam e colocam em quarentena automaticamente e-mails suspeitos e usam a tecnologia de sandbox para “detonar” e-mails para verificar se eles contêm código malicioso.

 

A Check Point Software oferece uma variedade de soluções que podem ajudar as organizações a mitigar vishing, phishing e outros ataques relacionados. O Check Point Harmony Email and Office inclui proteções antiphishing e auxiliam na detecção de tentativas de exfiltração de dados inspiradas por um ataque de vishing. Para as organizações interessadas em saber mais sobre como a Check Point Software protege contra ameaças de engenharia social, solicite uma demonstração gratuita.


                                 Imagem ilustrativa - Divulgação Check Point Software 

 

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O papel das escolas no desenvolvimento de habilidades significativas para a sociedade contemporânea

Estima-se que 33% da população brasileira tenha entre zero e 19 anos de idade. Se hoje em dia vivemos em meio a um bombardeio digital de informações, que impactam nossa produtividade e foco e exigem de nós priorização, organização, pensamento crítico e autogerenciamento, imagine como será no futuro próximo, quando essas crianças da geração Alpha (nascidos a partir de 2010) e esses adolescentes da geração Z (nascidos entre 1996 e 2010) chegarem ao mercado de trabalho?

São 69,8 milhões de crianças e adolescentes crescendo em pleno Mundo BANI, conceito criado em 2018 pelo antropólogo futurista Jamais Cascio para sintetizar a dinâmica do mundo atual. A sigla em inglês traz as iniciais das palavras Brittle, Anxious, Nonlinear e Incomprehensible, que em português significam frágil, ansioso, não linear e incompreensível.  É uma realidade imprevisível, que coloca a saúde mental no paredão o tempo todo. A vida atualmente parece um stories do Instagram, que a cada 24 horas muda o que está em destaque, tem a velocidade dos vídeos do Tik Tok e, num piscar de olhos, pode nos transformar em avatares na realidade virtual do Metaverso.

Esse cenário intenso e em constante movimento tem causado uma verdadeira reviravolta na forma de aprender de crianças e adolescentes. As escolas não podem mais se limitar ao conhecimento estático dos livros e aos ensinamentos compartilhados por professores em sala de aula. É necessário incorporar as infinitas possibilidades de interagir com o conhecimento e, ao mesmo tempo, instrumentalizar os jovens  para que sejam capazes de utilizar as tecnologias emergentes com responsabilidade e consciência, utilizando-as para atuar na sociedade de forma significativa. Além disso, para gerar impactos positivos no mundo contemporâneo, não basta ter contato com um grande volume de informações, é necessário possuir uma série de habilidades bem desenvolvidas, como por exemplo fazer uma boa gestão do tempo, ser capaz de se autorregular e demonstrar resiliência e criatividade diante de situações não previstas. É uma verdadeira desconstrução de paradigmas e mudança de mindset, mas é extremamente necessária.

Com isso, o grande desafio do sistema educacional é oferecer uma rotina escolar dinâmica, utilizando metodologias que promovam o engajamento dos estudantes em situações diversas e permitam aprendizagem contextualizada. Essa atualização é essencial para proporcionar oportunidades reais de aprendizado e desenvolvimento das habilidades,  tanto socioemocionais quanto cognitivas, necessárias para lidar com toda essa realidade.

É bom lembrar também que existe um choque de gerações entre gestores escolares/ professores e alunos, o que pode desencadear uma certa resistência em romper padrões de ensino que, em tese, sempre funcionaram. Isso faz com que a decisão sobre quando é importante - ou não - trazer o “mundo lá de fora” para dentro da escola e como fazer isso de uma forma responsável seja complexa. Porém, não se trata de julgar se dar esse passo é bom ou ruim para o aprendizado. Essa evolução é um caminho sem volta para as instituições de ensino que querem manter o interesse de seus alunos em aprender e garantir que eles estejam preparados para encarar os desafios da atualidade.

Na Lumiar, estimulamos que os estudantes definam projetos com temas do interesse deles e que possibilitem tanto a aprendizagem de conteúdos escolares, presentes na BNCC, quanto a prática de habilidades adequadas ao nível de desenvolvimento de cada um. Tivemos no ano passado, por exemplo, o projeto “A cisterna do Infantil 3”, que surgiu do interesse de estudantes de 4 e 5 anos em construir “uma máquina” para salvar a natureza. A partir disso, junto com os educadores, pesquisaram quais problemas da natureza poderiam ajudar a resolver. Estudaram diversos conceitos de ciências, ecologia e meio ambiente, em especial, de onde vem o fluxo de água urbano e como a água da chuva pode ser reaproveitada. Com isso, decidiram que iriam construir uma cisterna para coletar a água da chuva e contribuir com a redução do consumo de água tratada. Com o suporte técnico do especialista em manutenção da escola e mediação da professora tutora aprenderam habilidades importantes como: planejar, medir, utilizar ferramentas, manter o foco, gerenciar recursos, pesquisar, expressar ideias e  colaborar, além de desenvolverem responsabilidade social e discutirem conceitos de sustentabilidade. Após finalizarem sua “preciosa máquina”, agendaram uma reunião com a gestão da escola com o objetivo de disponibilizá-la para a utilização de todos. Neste encontro, explicaram que a cisterna seria muito útil para lavar os pátios e regar as plantas, economizando a água que vem da Sabesp. 

Não são só os estudantes mais novos que trabalham com projetos na Lumiar. Para nós, a gestão participativa do aprendizado e as práticas de metodologias ativas são importantes para qualquer idade. Os adolescentes do Ensino Médio da unidade Pinheiros (SP), por exemplo, realizaram um projeto bem interessante de culinária. Durante a etapa inicial de apurar informações, descobriram um curso on-line gratuito, em inglês, oferecido pela Universidade Harvard, que associava conceitos de física e química com a gastronomia. Com o suporte de um profissional especializado, criaram receitas novas com base em um referencial teórico, trabalhando conteúdos específicos da área de Ciências, conhecimentos em inglês e ainda exercendo a criatividade.

Esse trabalho, com foco no desenvolvimento de habilidades, irá agregar muito valor à jornada desses estudantes quando ingressarem no mundo do trabalho. Estamos falando de aprender a planejar um projeto, realizar boas escolhas, pensar com responsabilidade social, respeitar a opinião dos colegas, reconhecer a importância de ter objetivos claros, fazer a gestão dos recursos, relacionar conhecimentos, ter um olhar multidisciplinar, aprender sobre ética e assim por diante. Essas habilidades farão com que estejam muito mais preparados para, num futuro próximo, atuar na sociedade com autonomia, de forma autoral e consciente.

Tem um estudo recente da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), uma organização econômica intergovernamental com a participação de 38 países, que faz uma avaliação comparativa internacional de habilidades sociais e emocionais de crianças e adolescentes que mostra que inovar a educação é mais do que necessário. O levantamento aponta que estudantes de 15 anos apresentam níveis de curiosidade e criatividade menores do que os de 10 anos, sugerindo uma perda da criatividade quando crianças entram na adolescência. Embora os fatores de desenvolvimento de cada país sejam diferentes, o estudo indica que a causa principal é o modelo obsoleto das escolas, que mata a curiosidade e a criatividade à medida que os alunos crescem.

Atividades que ultrapassam os limites físicos da escola, que ampliam o repertório curricular a partir do que acontece diariamente no mundo e que são construídas com a participação também dos estudantes proporcionam oportunidades para que eles desenvolvam competências essenciais para a superação dos desafios hoje presentes em nossa sociedade. Há quantos anos estamos repensando os modelos de liderança nas empresas e desconstruindo modelos rígidos e autoritários, descobrindo que modelos de gestão mais ágeis e horizontais funcionam melhor para o cenário atual? Quantas vezes ouvimos que as pessoas são contratadas pelas habilidades técnicas (hard skills) e demitidas pelas comportamentais (soft skills)? Já passou da hora de compreendermos que os tempos são outros e que é necessário oferecermos às nossas crianças e jovens escolas que oportunizem seu desenvolvimento integral, através da aprendizagem significativa, contextualizada, dinâmica e prazerosa.

O caminho para desenvolver as áreas do pensar, pesquisar, criar, sentir, expressar, conectar, observar, mover e agir, sem dúvida, não está nas páginas dos livros analógicos.  Está no convívio e na experimentação do conhecimento na prática e na liberdade do pensamento para que cada um desenvolva suas aptidões conforme seus interesses e suas necessidades de aprendizagem. É como se diz no popular: devemos ensinar a pescar, não adianta dar o peixe - até porque temos a certeza de que amanhã o fluxo do rio será outro e os ensinamentos de hoje se tornarão obsoletos.

  

Graziela Miê Peres Lopes - Diretora Geral das Escolas Lumiar. É formada em Ciências Biológicas, bacharel e licenciada, pela USP e em Pedagogia, pela Universidade Metropolitana de Santos. Fez mestrado em História, Filosofia e Didática de Ciências na Universidade Claude Bernard, em Lyon, na França. Dedica-se à Educação, encontrando nessa área a motivação necessária para trabalhar com entusiasmo e alegria, alinhada com seus propósitos. Acredita em modelos pedagógicos que favoreçam a construção da autonomia para que as pessoas possam atuar no mundo de forma mais autoral, criativa e responsável, descobrindo seus talentos e validando seus interesses.


Por que crianças são alfabetizadas com letra de forma?

“Primeiro o A, depois, o B, um círculo aberto e aí está o C.” É assim que a coruja Arquimedes ensina ao pequeno Arthur - que, em breve, será o Rei Arthur - as primeiras letras do alfabeto, no clássico “A espada era a lei”, da Disney. Uma letra após a outra, ele, assim como toda criança, vai aprendendo a desenhar os símbolos que representam os sons do alfabeto romano, utilizado na maior parte do mundo ocidental. Mas por que, afinal, as crianças passam tanto tempo aprendendo as letras imprensa, ou de forma, se, no futuro, precisarão aprender a letra cursiva? Não seria mais fácil ensinar logo a segunda maneira?

Ler e escrever são processos muito importantes para conectar as pessoas ao restante do mundo. Mas esses dois processos, que parecem um fim em si mesmos, são, na verdade, o produto final de vários outros processos subjacentes que precisam acontecer antes e que são extremamente complexos. A especialista em Educação Infantil e coordenadora de evolução de conteúdo do Sistema Positivo de Ensino, Anna Baratieri, explica que esses outros processos têm a ver com representações, com as formas que temos de representar o mundo. E a escrita não é a única dessas formas. Há a pintura, o desenho, a dança e até mesmo a própria fala. “Partindo daí, a escrita é um sistema de representação da representação. O alfabeto representa os sons da nossa fala, cada letra pode representar um ou mais sons”, detalha.

Assim como acontece com todos os outros sistemas de representação, ler e escrever são processos muito abstratos. E, na idade em que começam a aprender esses processos, as crianças ainda têm uma mentalidade muito concreta, apegada àquilo que é possível ver e tocar. “A criança precisa entender primeiro que o que ela fala é um sistema de representação, que a fala é um som encadeado no outro e que as letras do alfabeto representam cada um desses sons. Para ela, fazer esse primeiro movimento é difícil porque o cérebro dela ainda está muito ligado ao que é material”, completa a especialista.

O mundo como ele é

Esse processo de abstração, que é fundamental para que os pequenos comecem a compreender que podem representar aquilo que falam por meio de letras, sílabas e palavras completas, é muito complexo. Para evitar trazer mais complexidade ao aprendizado, pode-se iniciar a introdução a essa representação com a letra imprensa - ou letra de forma. Em termos de coordenação motora, é muito mais simples fazer o registro desse tipo de letra que o da letra cursiva, porque ela é menos rebuscada e tem traços curtos e simples. Além disso, o fato de que cada letra é desenhada isoladamente, não articulada com as demais, ajuda a criança a entender a articulação da fala. “É prestando atenção ao registro escrito de letra por letra que ela começa a fazer uma transposição para o que ela fala. Como, na escrita, ela está escrevendo uma letra depois da outra, sem articular, ela vai conseguir entender que o processo inverso é possível. Ou seja, ela pode pegar uma palavra falada de forma fluida e quebrar em pequenos sons. E é a partir disso que ela vai fazer relação entre uma letra, um som; outra letra, outro som”, destaca Anna.

Outro motivo é que o mundo é um lugar repleto de letras de forma. Nas placas de trânsito, nas embalagens de produtos, nas legendas de filmes e séries, nos livros, a maior parte do que está escrito, está escrito em letra imprensa. Então, a chance de que as crianças tenham contato com esse tipo de letra é muito maior, quando comparada à letra cursiva. Assim, o reconhecimento que elas têm da letra imprensa é muito mais acelerado e o processo de aprendizagem é suavizado, uma vez que o que está sendo apresentado pelos professores são letras já familiares.

Por fim, a letra imprensa é menos variável que a cursiva. “Cada um tem seu jeito de escrever e, ainda que nas pré-escolas a gente veja uma letra mais desenhada, porque os professores têm esse cuidado de desenhar melhor as letras cursivas, a letra de forma é muito mais estática. Mesmo que as fontes sejam diferentes, o formato das letras é praticamente sempre o mesmo”, completa. Afinal, é com essas letrinhas que os pequenos poderão ter contato com o registro da cultura, das histórias e de tudo o que é importante para a sociedade.

 

Sistema Positivo de Ensino 


Mesmo com alterações em campo, Seleção Brasileira têm 70% de chances de vitória

A Betfair, especialista em probabilidades esportivas, analisou a partida contra Camarões e as chances do Brasil ser campeão; Rivaldo, destaca a importância nas alterações de Tite para a partida

 

A classificação antecipada da Seleção Brasileira para as oitavas de final deixou o Brasil confortável para a rodada final da primeira fase da Copa do Mundo 2022. De acordo com a Betfair, as chances do Brasil manter 100% de aproveitamento e vencer a partida contra Camarões no Lusail Stadium são altas.

Segundo a análise da Betfair, a Seleção Brasileira possui 70% de chances de vitória contra Camarões. Os camaroneses, últimos colocados no grupo G, estão com 12% de chances de vencer o Brasil, e a probabilidade de igualdade no placar é de apenas 18%.

Cotado para estar entre os titulares nesta partida, Pedro é o jogador com maiores chances de fazer um gol a qualquer momento contra os Camarões. São 13% para o atacante do Flamengo, que aparece na lista seguido por Richarlison, com 11%, e Gabriel Jesus, com 10%. 

Favorito a ser titular contra Camarões, Bruno Guimarães está na SuperCotação Betfair desta rodada. Se o jogador da Premier League marcar um gol ou der uma assistência para gol, o torcedor ganha R$3,50 (odd 3.50) para cada real apostado - antes a mesma cotação estava em 3.0. Gabriel Jesus também terá sua SuperCotação Betfair, se o atacante fizer um ou mais chutes no gol em cada tempo, o torcedor ganha R$4,33 (odd 4.33) para cada real apostado - antes a mesma cotação estava em 3.5. 

De acordo com a Betfair, Rodrygo é o jogador com maior chance de dar uma assistência para gol, com 9%. Na opinião do pentacampeão Rivaldo, o jogador é a melhor opção para substituir Neymar enquanto o atacante do PSG não se recupera da lesão no tornozelo.


Rivaldo comemora Tite rodar o time

O craque Rivaldo, embaixador da Betfair, também analisou a opção de Tite em escalar um time com menos rodagem, pensando em dar mais minutos em campo para jogadores que ainda não atuaram ou possuem poucas chances de entrar com frequência nos jogos. 

“Tite deve fazer mudanças no time pois possui um bom elenco e alguns titulares já têm uma certa idade, e será importante descansar neste jogo para uma batalha nas oitavas de final que deixará o elenco com menos de 48 horas de recuperação física”, afirmou Rivaldo.

“Eu imagino Tite entrando com pelo menos cinco ou seis mudanças, além de esperar Rodrygo como titular para encarar Camarões, que jogará pela vida, pois precisa vencer para sonhar com a classificação.”

O embaixador também citou outros atletas que estão com poucos minutos em campo, que podem fazer a diferença para o Brasil na partida contra Camarões. “O Brasil tem muitos jogadores de qualidade. Bruno Guimarães, Antony e Gabriel Jesus têm condições de serem titulares também e, com certeza, vão dar conta do recado nesta partida”, finalizou Rivaldo à Betfair.


Chances do Hexa

Após o Brasil conquistar sua classificação antecipada para as oitavas de final da Copa do Mundo do Catar, a Seleção Brasileira aumentou o favoritismo para conquistar o tão sonhado hexacampeonato mundial. Favorito ao título desde a abertura do mercado, a Seleção aumentou sua porcentagem e agora possui 28% de chances de conquistar o título, deixando a Argentina e a França empatadas com 17%. A seleção espanhola aparece em quarto com 14%. Confira as melhores seleções ranqueadas de acordo com a Betfair.

  1. Brasil - 28% (odd de 3.6)
  2. Argentina e França - 17% (odd de 6.0)
  3. Espanha - 13% (odd de 8.0)
  4. Inglaterra - 11% (odd de 9.0)
  5. Portugal - 9% (odd de 12.0)
  6. Alemanha e Holanda - 7% (odd de 15.0)

 

Betfair

www.betfair.com


quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Apesar de a comercialização dos cigarros eletrônicos ter sido proibida no Brasil, seu uso torna-se cada vez mais frequente entre os jovens. 

Pouco se sabe que a composição do vapor do cigarro eletrônico contém substâncias derivadas de metais pesados, tais como Ferro, Alumínio e Níquel, que podem levar não só o câncer de pulmão, mas também o câncer dos seios da face, ao enfisema pulmonar e também à Fibrose Pulmonar. 

Os adolescentes que usam os cigarros eletrônicos são mais propensos do que os não usuários a fumar cigarros convencionais de acordo com estudos científicos. Entre 2011 e 2012, nos EUA, os dados da National Youth Tobacco Survey mostraram que o consumo duplicou nesse período de tempo entre cerca de 40.000 alunos do ensino fundamental. Entre os alunos fumantes convencionais, o uso do cigarro eletrônico foi associado com o tabagismo mais pesado. Os pesquisadores concluíram que o uso do cigarro eletrônico agrava, em vez de amenizar, o uso de cigarros convencionais nos EUA. 

Também conhecido como vape, smok, jull, ou simplesmente “caneta” por conta do seu formato, trata-se de um dispositivo de bateria no qual é colocado um líquido concentrado de nicotina, que é aquecido e inalado pelo usuário. O líquido, além da nicotina, possui ainda produtos solventes como água, propilenoglicol, glicerina e aromatizantes para dar sabor, muitos dos quais são doces. Quando os aerossóis são vaporizados, eles alteram o microbioma oral, tornando-o mais hospitaleiro para bactérias causadoras de cáries. 

Com diferentes essências e com uma ideia de ser mais inofensivos que o tabaco tradicional, os cigarros eletrônicos se popularizaram principalmente entre os jovens. O consumo excessivo pode provocar consequências tão graves quanto as do cigarro comum, porém muitos ainda desconhecem tais malefícios. “O uso dos cigarros eletrônicos, pode aumentar drasticamente os riscos do desenvolvimento de cáries nos dentes, pois seu uso pode cobrir os dentes com uma película açucarada que promove o crescimento de bactérias.” alerta a cirurgiã-dentista e especialista em saúde bucal Dra. bruna Conde.
 
“Além de cáries, os vapes podem causar diversos outros problemas para a boca, a nicotina contida no cigarro eletrônico reduz o fluxo sanguíneo prejudicando a gengiva e aumentando o risco da alteração do hálito.” destaca a dentista Bruna Conde.

O estudo de que o uso do cigarro eletrônico está associado a um risco maior de cáries foi publicado no The Journal of the American Dental Association. Segundo os pesquisadores, cerca de 79% dos pacientes que usavam os vapes tinham um alto risco de cárie, em comparação com 60% do grupo controle -- composto por aqueles que não costumam usar cigarros em geral. 

Uma das razões apontadas pelo estudo para a maior suscetibilidade é o teor açucarado e a consistência viscosa do vapor produzido pelos e-cigarettes, que, quando inalado pela boca, tem alguns de seus componentes aderidos aos dentes. Os cientistas observaram que o aerossol produzido pelo dispositivo não apenas aumenta a proliferação microbiana da cavidade bucal, como também facilita a adesão da Streptococcus mutans, principal bactéria responsável pela cárie. 

Também foi observado que o vaporizador parece estimular a cárie em áreas onde geralmente não ocorre - como as bordas inferiores dos dentes da frente. 

As consequências da falta de tratamento para cáries e doenças periodontais pode levar à perda de dentes e mais complicações. “Por isso, é importante se atentar e evitar que a situação chegue a esse ponto. É evidente a importância de visitas regulares a um dentista especializado que entenda do assunto. Não descuide da sua saúde bucal, ela diz muito sobre você”. finaliza a Dra. Bruna Conde.

 

Dra. Bruna Conde - Cirurgiã-Dentista.
CRO SP 102038


Dezembro vermelho: Mês de conscientização e luta contra a AIDS acende alerta sobre o diagnóstico da tuberculose

 

Enfermidade é a principal causa da morte de pacientes com HIV e pode ser identificada a partir do teste IGRA, um exame inovador que permite iniciar o tratamento precoce

 

Criado em 2017, o Dezembro Vermelho é uma campanha nacional que visa conscientizar e estabelecer ações de combate à AIDS, uma doença que se caracteriza pelo comprometimento do sistema imunológico e todas as defesas do organismo contra infecções. De acordo com dados do Ministério da Saúde, quase um milhão de pessoas convivem com a doença no Brasil, número que acende o alerta para o risco de outras enfermidades como a tuberculose, principal causa da morte dos portadores de HIV.

Altamente contagiosa, a tuberculose é uma doença infecciosa que em estágios iniciais pode apresentar uma fase latente (Tuberculose Infecção), ou seja, sem sintomas. Pessoas portadoras de HIV apresentam quase 30 vezes mais chances desenvolver / reativar a tuberculose quando comparado a outras que não possuem o vírus de imunodeficiência. No Brasil, o índice da coinfecção tuberculose – HIV é de quase 10%, segundo o Ministério da Saúde. Um cenário preocupante, que fez com que a Organização Mundial da Saúde (OMS) passasse a recomendar a busca sistemática de casos em que a tuberculose ainda não manifestou sintomas, em todos os pacientes vivendo com o HIV.

Atendendo a essa recomendação do órgão mundial, recentemente o Sistema Único de Saúde (SUS) passou a disponibilizar um exame inovador aos portadores da imunodeficiência, conhecido como teste IGRA (ou ensaio de liberação Interferon-gama), um dos mais precisos para identificar a tuberculose infecção (ILTB), analisados e indicados, inclusive, pela OMS. Atualmente, o teste é indicado principalmente para pessoas que compõe o chamado grupo de risco da tuberculose, como portadores de HIV positivo, pessoas que recebam tratamento anti-TNF-alfa (medicamentos que impedem a circulação do TNF-Alfa, uma proteína que quando produzida de forma desregulada pode agravar algumas doenças auto-imunes) ou imunossupressores.

De acordo com Raphael Oliveira, Gerente de Marketing Regional LATAM para Diagnósticos Moleculares da QIAGEN, trata-se de um exame simples e rápido, realizado com uma pequena amostra de sangue e requer apenas uma visita ao médico. “Este teste é muito menos afetado pelo imunocomprometimento do paciente em comparação ao teste tuberculínico e apresenta resultado seguro, com a precisão de testes laboratoriais. Para os grupos de risco como os portadores de HIV, um diagnóstico breve e correto pode ajudar a salvar muitas vidas”, esclarece o executivo da multinacional alemã, que entre suas soluções apresenta o QuantiFERON-TB Gold Plus, considerado o exame referência mais utilizado no mundo e agora disponível no sistema público de saúde brasileiro.

Adquirida pelo ar, por bactérias espalhadas durante um espirro, tosse ou fala, a tuberculose é uma doença séria e requer atenção. Passada a fase latente, o paciente pode apresentar sintomas como tosse crônica, febre, perda inexplicada de peso e, quando grave, sudorese noturna. Quanto antes diagnosticada, mais breve e menos agressivo será o tratamento.

 

Como aliar saúde mental e física com estudos pré-vestibular

 Especialistas orientam estudantes que vão prestar vestibular em 2022 e não sabem como controlar a ansiedade 


O fim do ano se aproxima e com ele chega o período mais esperado pelos estudantes: a temporada de Vestibulares. Junto dela vem no pacote o estresse, o nervosismo e a ansiedade. Por isso, mais do que ter se preparado ao longo do ano para as provas, é preciso ter inteligência emocional, ou seja, administrar as emoções para conquistar um melhor rendimento no dia da prova. 

Como equilibrar isso tudo? Para a psicóloga do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Karen Bisconcini, é indispensável montar uma rotina de estudos que contemplem momentos de lazer, exercícios físicos e outras atividades que possibilitem o autocuidado e bem-estar. “É necessário ter pausas entre as horas de estudo para o melhor foco e concentração. Importante, também, que o vestibulando mantenha atividades sociais e familiares para não ficar apenas sob estresse da prova”, explica Karen. 

Outros fatores importantes são assegurar uma boa alimentação e a qualidade do sono. “Se exercitar com regularidade, dormir e se alimentar bem são partes essenciais para estar mais tranquilo e bem preparado para o dia da prova. A falta de uma rotina para dormir, por exemplo, ou dormir poucas horas pode provocar uma exaustão “acumulada”, acarretando a irritabilidade, falta de atenção e cansaço excessivo.”, reforça.

 

A dieta do estudante

Bruna Lima, nutricionista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, diz que o alicerce de uma mente saudável é ter um corpo saudável, e para isso é fundamental que o estudante dê atenção a sua dieta, tanto no dia a dia pré-vestibular quanto no momento final. 

Para o dia da avaliação, ela ressalta a importância da primeira refeição do dia. “No dia anterior da prova vá dormir cedo e acorde em um bom horário para preparar um bom café da manhã, que é uma refeição de extrema importância para fornecer energia para o seu dia. Nessa refeição é legal ter uma variedade de frutas, granola ou aveia e uma proteína, como iogurte natural e ovos mexidos”, recomenda Bruna. 

Também é interessante evitar alguns tipos de alimentos, explica a nutricionista. “Mantenha sempre uma alimentação equilibrada onde a sua base devem ser os alimentos naturais, como frutas, legumes, verduras, cereais. Evite os ultraprocessados, doces, frituras e refrigerantes”, explica.

 Outra dica de ouro, segundo a nutricionista, é não exagerar na comida. “Não coma muito próximo do horário da prova para não se sentir “pesado” e não ter sono. Procure almoçar com antecedência. E atenção, não tome muita água antes de entrar na sala da prova para que a vontade de ir ao banheiro não atrapalhe sua concentração” finaliza a nutricionista. 

 

Hospital Alemão Oswaldo Cruz

https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/

 

Capacitismo: ver além da deficiência

Milhares de pessoas no Brasil, segundo o IBGE, têm algum tipo de deficiência. São pessoas que apresentam alguma limitação a médio ou longo prazo, seja ela de natureza mental, física, intelectual ou sensorial, e que podem estar sujeitas a inúmeras formas de preconceito e/ou discriminação, inclusive por falta de equidade. 

Muito se fala sobre preconceito, que significa pré-julgamento a respeito de algo/alguém, e sobre discriminação, que é o ato de pôr à parte e/ou isolar o outro, mas pouco se aborda o tema capacitismo.

 

Afinal, o que é capacitismo? É o preconceito ou a discriminação contra pessoas com deficiência, expressado por crenças, palavras e ações que subestimam a individualidade, as capacidades e aptidões que a pessoa possui ou não devido à deficiência. São expressões ou atitudes, ainda que imperceptíveis, que se enquadram no termo capacitismo. 

 

Observa-se, por meio de muita luta, que essa estrutura social que estigmatiza a pessoa com deficiência como alguém incapaz já passou por diversas evoluções, mas há muito a se conquistar para que o “capaz” não seja somente aquele que não evidencia suas limitações, ou seja, o suposto “perfeito” e “normal”. Ninguém é perfeito, todos têm a sua limitação e, de alguma maneira, busca superar enquanto aprende a se colocar no mundo sem o fardo do julgamento alheio. 

Abordar temas sobre capacitismo é despertar a sociedade para refletir sobre o mundo que a cerca, principalmente, através de suas expressões e atitudes no cotidiano, que, por muitas vezes, desqualificam o ser humano em razão de suas características e, consequentemente, podem gerar um adoecimento emocional irreversível. 


Quando a intenção e atitude do ser humano não está baseada na crueldade, os danos emocionais podem ser evitados, e o melhor caminho é trazer à luz quais expressões e atitudes que devem ser repensadas, modificadas ou ajustadas. Pois, ainda é possível acreditar que a sociedade falha por falta de conhecimento. 


No dia a dia, entre tantas frases enraizadas e consideradas comuns, quem nunca justificou um comportamento inadequado ou impulsivo ao alegar estar “cego de raiva” ou não foi exortado de que “desculpa de aleijado é muleta”? Num primeiro momento, por serem aparentemente inofensivas, frases como essas podem ser interpretadas com naturalidade por aqueles que a praticam, mas, para aqueles que possuem tais características, são frases opressoras, pois cada uma delas denotam uma correção, uma justificativa para um erro, ou falha utilizando as condições de uma deficiência a uma comparação pejorativa.


Além das expressões, o capacitismo pode se manifestar também por atitudes como: tomar a iniciativa de ajudar quando não há um pedido, pois quem deve determinar se precisa ou não de ajuda é o próprio indivíduo; falar ou ter atitudes que transmitem excesso de proteção e, muitas vezes, infantilizadas; admirar ou ficar perplexo porque uma pessoa com deficiência conseguiu graduar, trabalhar ou casar-se. São realizações que qualquer outra pessoa pode fazer, não é algo surreal.


Essas expressões e atitudes capacitistas, às vezes, não tem a intenção preconceituosa ou discriminatória, uma vez que observa-se uma consciência empática. Porém, é necessário também educarmos a forma como nos portamos, com gestos, palavras, e expressões, diante daqueles que possuem alguma deficiência, para que sejamos respeitosos e inclusivos.  


O caminho para construir uma sociedade anticapacitista é, sem dúvida, promover conhecimento, para evitar falhas. Caminho esse que deve iniciar no âmbito familiar e se estender aos demais vínculos sociais, como escola, igreja, trabalho, entre outros espaços.  


Falar sobre capacitismo é dar voz e visibilidade às pessoas que podem realizar tudo o que desejam, apenas de maneira diferente, conforme suas particularidades e individualidade, sem a necessidade de provar ou impressionar sobre o quanto é capaz. É lutar para que a deficiência nunca esteja à frente da pessoa!

 

Kelli Aparecida da Silva Pontes - psicóloga e pós-graduada em saúde mental. Atua como psicóloga clínica e organizacional na Fundação João Paulo II.

 

Você sabe como tratar uma entorse no tornozelo?

Entre as muitas lesões que podem acontecer para os jogadores de alta performance na Copa do Mundo, a entorse no tornozelo é uma das mais frequentes


Os esportes de alto rendimento, como o futebol, exigem rotinas intensas de treinos e pouco tempo de descanso dos atletas. Os riscos são maiores em um campeonato como a Copa do Mundo, onde o treinador e preparador físico desenvolvem uma rotina de fortalecimento e condicionamento específico aos jogadores mediante às suas características pessoais. A recuperação muscular precisa ser feita de uma forma rápida e eficaz. 

É comum a incidência de lesões como a entorse no tornozelo. Com orientação de profissionais da saúde, os jogadores lesionados têm acesso há protocolos de tratamento que controlam a inflamação como o edema, a dor e buscam estimular a cicatrização tecidual.  Um dos protocolos mais usados nos primeiros dias após a lesão chama-se POLICE - (Protection, Optimal Load, Ice, Compression, Elevation). No jogo de estreia do Brasil na Copa do Mundo, no dia 24 de novembro, Neymar sofreu uma entorse e logo que saiu do campo, foi aplicada compressas de gelo no tornozelo. 

A Mercur, indústria das áreas da saúde e educação, desenvolve produtos e soluções que ajudam as pessoas a habilitar e confortar o corpo, e tem em suas Linhas de Fisioterapia e de Ortopedia e Reabilitação recursos que auxiliam no processo de recuperação de entorses de tornozelo. Conheça em cada etapa do protocolo os recursos que podem ser usados para reabilitar a área lesionada: 

 

Proteção: O uso da Bota Imobilizadora pode ser uma alternativa para pessoas com lesão ligamentar importante, onde há ruptura parcial ou total de mais de um ou mais ligamentos, onde se faz necessária a imobilização semirrígida. “Para lesões leve a moderadas, o uso do Estabilizador de Tornozelo tipo Cast é uma opção para pessoas que necessitam restringir movimentos laterais excessivos do tornozelo, mas que podem caminhar e movimentar de forma parcial o tornozelo”, explica Regis Severo, Fisioterapeuta que atua na Mercur. “Em lesões leves o uso de órteses ajustáveis ou tornozeleiras pode auxiliar no controle da dor. Embora não apresentem uma função de imobilização, aumenta a percepção de segurança ao realizar movimentos com o tornozelo, como caminhar, subir e descer escadas, entre outros”, complementa o fisioterapeuta. 

Carga Ótima ou carga controlada: Refere-se à movimentação do tornozelo livre de dor e à descarga de peso sobre o membro lesionado de forma parcial. “O uso da Bota Imobilizadora pode auxiliar no controle de alguns movimentos e o uso de Muletas Fixa Canadenses de forma bilateral, ou individual no lado oposto ao da lesão, pode ser uma alternativa para a descarga parcial de peso sobre o tornozelo lesionado”, afirma Regis. 

Ice: A aplicação de gelo, conhecido como Crioterapia, é um recurso terapêutico para controle da dor e do edema. Para Regis, “O gelo não reduz o edema, mas contribui para evitar o aumento e funciona como analgésico e anti-inflamatório natural. O gelo pode ser facilmente substituído pela Bolsa Gel ou a Bolsa Térmica Natural”. 

Compressão: A compressão possui papel importante para drenagem do líquido no local da lesão, contribuindo para o controle e redução do edema. A Tornozeleira de Compressão Elástica pode ser usada como tratamento preventivo e oferece estabilidade e proteção da região. 

Elevação: Outra excelente alternativa para controle do edema, a elevação favorece o retorno venoso, melhorando o fluxo sanguíneo dos membros inferiores. Quando associada à compressão e a crioterapia, potencializa-se os resultados. 

Ao sofrer uma lesão, seja ela na prática esportiva ou mesmo em atividades cotidianas, tendo como exemplo uma entorse de tornozelo, do momento da lesão até 72 horas (lesão aguda), a compressa fria pode ser usada de 3 a 4 vezes ao dia, por períodos de 20 a 30 minutos. É indicada, por ajudar na diminuição inflamatória, no fluxo sanguíneo local e no edema.  

 

Mercur
www.mercur.com.br

Dor na lombar atinge 80% da população mundial, segundo a OMS

Exercícios físicos adequados são fundamentais para aliviar o desconforto e evitar a lombalgia
 

A dor na lombar atinge homens e mulheres de todas as idades. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 80% da população vai desenvolver essa condição em algum momento da vida, e os principais motivos incluem má postura, sobrepeso, esforço físico repetitivo e perda de massa muscular. 

De acordo com Mônica Marques, diretora técnica da Cia Athletica, a lombalgia é causada por uma lesão no músculo, mau alinhamento das vértebras ou compressão dos discos intervertebrais. “Ela pode se originar de um desequilíbrio entre a força e a flexibilidade das musculaturas anterior e posterior do tronco, que acabam proporcionando também alterações posturais importantes. A dor na lombar pode irradiar para as pernas, o que é conhecido como ciatalgia ou dor no ciático, o nervo envolvido nesta situação”, explica. 

Estilo de vida sedentário, sobrepeso e erros de postura deixam a região lombar enfraquecida, inflexível e rígida. Dependendo da posição e do movimento, o próprio corpo tenta compensar a força colocada sobre ele, causando lesão no músculo, dor e até uma hérnia de disco. 

Mônica Marques afirma que a prática regular de exercícios físicos é a forma mais eficaz de aliviar e evitar esse desconforto. “Ao realizar exercícios para dor lombar, você fortalece a musculatura do core, que envolve toda a região abdominal e parte de trás do corpo. Se o objetivo for a perda de peso, as melhores opções são os exercícios aquáticos, como a natação e a hidroginástica, pois trazem pouco ou nenhum impacto sobre as articulações da coluna”. 

Já outros tipos de exercícios podem ser inadequados, pois causam mais pressão nos ligamentos e nos discos da coluna vertebral. É o caso da corrida, por exemplo, e de outras atividades que incluem saltos. “Quanto a pessoa estiver com dor, os exercícios abdominais completos devem ser substituídos pelos parciais, que focam nos músculos das costas e da barriga, para fortalecer a coluna lombar e cervical”, diz. 

Atividades como alongamento, ioga e pilates são muito bem-vindas para quem tem dor na região lombar. “Para saber quais exercícios são os mais indicados, é importante sempre consultar um profissional de Educação Física”. 

Para quem tem dores muito intensas, é preciso procurar uma orientação médica. Assim, é possível aliar os exercícios para lombalgia com o uso temporário de relaxantes musculares ou anti-inflamatórios.
 


Companhia Athletica
https://www.ciaathletica.com.br


Manter bons hábitos e diferenciar alguns sintomas evitam complicações com a saúde durante as comemorações de fim de ano

Divulgação
 Consumo exagerado de álcool e comidas gordurosas prejudicam o funcionamento dos órgãos, o que pode evoluir para doenças graves


O mês de dezembro é marcado pelas confraternizações para comemorar o fim de mais um ano, época que tem uma combinação entre comidas mais pesadas e gordurosas e muita bebida alcoólica. Para que sejam momentos especiais e que fiquem somente as boas lembranças, é fundamental evitar os exageros. A saúde da população, principalmente nos últimos anos, está bastante fragilizada e vale alguns alertas para evitar transtornos durante e pós-festas.

Por isso, alguns esclarecimentos são importantes. De acordo com a cirurgiã vascular e membro da Comissão de Varizes da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP), Dra. Camila Baumann Beteli, além dos efeitos já conhecidos do álcool, como as alterações cerebrais, hepáticas e irritação do estômago, o consumo exagerado é capaz também de afetar a saúde vascular por meio do comprometimento de outros órgãos. Nos rins, o álcool aumenta a diurese, que pode levar a uma desidratação e desregulação da concentração dos sais no sangue e provocar o aumento da pressão arterial. No coração, existe o risco do órgão sofrer uma transformação na sua contração e ocasionar uma arritmia e causar um Acidente Vascular Cerebral (AVC). O sistema imunológico também pode ser atingido, deixando o indivíduo mais propenso a desenvolver infecções.

Alimentos ricos em açúcar e em gorduras também comprometem a saúde vascular, predispondo o paciente ao acúmulo de placas de gordura na circulação arterial, condição conhecida como aterosclerose. Esta situação, ao longo do tempo, aumenta o risco de desenvolver complicações como o infarto e processos inflamatórios que evoluem para determinadas doenças, algumas podem levar a amputações.  Vale ficar atento a todos os sinais capazes de indicar situações leves e crônicas, que vão depender da intensidade e de outros sintomas associados. Um inchaço na perna, ao final do dia, acompanhado de uma sensação de peso e cansaço, normalmente ocorre em pessoas com varizes, e tende a melhorar ao colocar as pernas para cima. Contudo, uma dor mais forte, inchaço e um edema, que não melhoram, apontam um quadro mais grave, que pode ser uma trombose venosa.

Outra circunstância a ser observada é a dor abdominal, que pode assinalar várias causas, desde gases ou intoxicação alimentar, até um aneurisma de aorta próximo de se romper. A diferença está na intensidade da dor e de outras manifestações que aparecem ao mesmo tempo. “O checkup vascular é fundamental no cuidado da saúde, pois previne doenças graves e fatais que às vezes não produz nenhum sintoma, como hipertensão, diabetes, aterosclerose, infarto, AVC e aneurismas. Estas são identificadas em exames simples e pouco invasivos, como o próprio exame físico, exames de sangue e exames de doppler (ultrassom da circulação)”, orienta a Dra. Camila.

A recomendação é controlar a alimentação, preferir comidas leves e menos gordurosas, consumir mais frutas, verduras e legumes; não exagerar no consumo de álcool e ingerir bastante água e sucos naturais; manter o bom funcionamento da circulação com atividade física realizada pelo menos três vezes na semana. Exercícios que tonificam a musculatura das pernas, como caminhadas, musculação e funcional, contribuem para a saúde.

Além disso, com algumas incertezas em relação à Covid-19 e o surgimento de novas variantes, o ideal é evitar grandes aglomerações e, se possível, passar as datas comemorativas com as pessoas mais próximas. “Prevenir é sempre importante. Fazer uso das medidas já conhecidas por todos, como lavar as mãos com frequência e usar máscaras, especialmente se a pessoa fizer parte de uma população de risco”, alerta a médica.

“Todas estas recomendações são muito importantes, mas o ideal é que elas sejam seguidas não apenas no fim do ano, para que possamos aproveitar uma vida saudável e com baixo risco de doenças cardiovasculares, que são as principais causas de morte no mundo ocidental. Uma outra dica é que todos aqueles que tenham sintomas e histórico familiar de doenças vasculares que procurem um médico angiologista para fazer um check-up vascular, para que o diagnóstico e o tratamento possam ser feitos precocemente”, orienta o presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, Dr. Fabio H. Rossi.

A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram).

 

Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP

 

Dezembro Vermelho: 5 pessoas são infectadas pelo HIV por hora no Brasi

O Dia Mundial de Luta contra a Aids é em 1º de dezembro e, em razão disso, o mês ganha a cor vermelha para alertar as pessoas sobre a doença
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Campanha destaca a prevenção da Aids, que matou 13 mil pessoas no País em 2021. Especialista alerta sobre a doença, que cresce entre jovens

A infectologista Lissa Rodrigues destaca que a conscientização da luta contra o HIV precisa ser lembrada o ano inteiro


No Brasil, ao menos cinco pessoas foram infectadas pelo vírus HIV a cada hora em 2021. Segundo estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU), ao longo do ano passado foram 50 mil novos casos, o que fez o país chegar à marca de 960 mil pessoas vivendo com a doença. No mundo, são 38 milhões de pessoas com o vírus. Em 2021, foram 650 mil mortos em decorrência da Aids no planeta, 13 mil deles no Brasil.

O Dia Mundial de Luta contra a Aids é em 1º de dezembro e, em razão disso, o mês ganha a cor vermelha para alertar as pessoas para o tratamento precoce da síndrome da imunodeficiência adquirida e de outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). A infectologista Lissa Rodrigues, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, ressalta a importância da campanha. “É um momento de conscientização da luta contra o HIV, que precisa ser lembrado e falado o ano inteiro”.

Segundo o Ministério da Saúde, dos casos registrados entre 2007 e junho de 2021, 52,9% foram entre jovens de 20 a 34 anos. E entre 2010 e 2020 houve tendência de aumento de detecção de Aids entre jovens nas faixas de 15 a 29 anos e de 20 a 24 anos. A médica acredita que o fato se deve ao controle da doença. “No início da pandemia de HIV, ter o diagnóstico era uma sentença de morte, o que não acontece hoje em dia. Vejo como problema também a falta de diálogo sobre o tema, que ainda é tratado com muito preconceito. Apesar de atualmente a informação chegar de forma muito mais fácil, o que percebo na prática é total falta de conhecimento sobre o HIV e as outras ISTs”.


Tratamento

Lissa Rodrigues explica que o tratamento segue sendo um coquetel de medicamentos, mas com uma quantidade bem menor que antes. “Hoje em dia o tratamento padrão inicial consiste em dois comprimidos ao dia, com poucos ou nenhum efeito colateral”. Contudo, ela ressalta que a falta de cuidados das pessoas não pode recair sobre essa evolução dos remédios, que são distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

“De maneira nenhuma podemos colocar o tratamento como lado negativo para essa crença, pois a doença ainda é perigosa se não for realizado tratamento adequado. O que aconteceu foi uma mudança comportamental ao longo dos tempos por vários fatores, não só pelo tratamento eficaz”, conta Lissa, que alerta que a melhor forma de prevenir as doenças sexualmente transmissíveis é o uso de preservativo nas relações sexuais. 


Diferença entre HIV e Aids

A infectologista lembra também que nem todos que possuem o vírus HIV estão com a Síndrome da Imunodeficiência Humana Adquirida, tradução da sigla Aids. “A pessoa pode ter apenas o vírus no organismo, mas sem ter desenvolvido a doença. O vírus entra dentro do corpo e com o tempo vai consumindo nossas células de defesa até que chegue num nível em que não conseguimos nos proteger contra as outras infecções. Somente neste momento é que dizemos que ela está imunossuprimida, ou seja, com Aids”.

Nos últimos anos, a campanha Dezembro Vermelho também passou a ressaltar a prevenção das ISTs causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Assim como o HIV, elas têm como principal forma de contágio as relações sexuais sem o uso de preservativos. “Muitas vezes, as outras ISTs são diagnosticadas junto com o HIV, e as mais comuns são sífilis, hepatites virais, gonorreia e herpes genital”, informa Lissa Rodrigues.

 

Dezembro Vermelho: CROSP na luta contra a AIDS

No Dia Mundial de Luta contra a AIDS, celebrado em 1 de dezembro, o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) chama a atenção para os cuidados bucais preventivos que devem ser tomados pelos portadores da doença e aqueles que possuem o vírus HIV.    

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é uma doença transmitida pelo vírus HIV e caracteriza-se pelo enfraquecimento do sistema de defesa do corpo e pelo aparecimento de doenças oportunistas.  

A Cirurgiã-Dentista e membro da Câmara Técnica de Patologia Oral e Maxilofacial do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), Dra. Vanessa Soares Lara, explica que para contrair o HIV, fluidos contaminados pelo vírus precisam entrar na circulação sanguínea. “A principal via de transmissão do HIV dá-se por meio das mucosas dos órgãos sexuais, as quais durante a relação sexual sofrem microtraumas que então permitem a contaminação pelos vírus que estão presentes nas secreções vaginais, sêmen e sangue”.

Dra.Vanessa informa que é importante realçar que caso a mucosa oral apresente pequenas feridas, como gengivites e aftas, ela pode permitir a entrada do vírus no organismo durante o sexo oral ativo com um parceiro (a) contaminado.

A Cirurgiã-Dentista esclarece ainda que a saliva não transmite HIV e que não há risco de contrair o vírus por meio do beijo. Porém, há uma exceção: quando o beijo na boca é entre indivíduos com lesões sangrantes na mucosa oral (ambos possuindo tais lesões), como feridas ou sangramentos gengivais.

Por se tratar de uma doença caracterizada pela imunodeficiência, indivíduos com AIDS podem apresentar manifestações bucais de infecções oportunistas. A Cirurgiã-Dentista cita como exemplo a candidose pseudomembranosa e herpes, assim como lesão maligna em boca e doenças inflamatórias gengivais e periodontais, as quais podem ter sangramento, necrose e perda óssea.

Além disso, ela destaca que em indivíduos com AIDS, uma lesão inflamatória simples na boca pode evoluir para um quadro bem mais grave. Neste contexto, Dra. Vanessa alerta para a importância dos cuidados com a higiene bucal nesses pacientes, evitando complicações pela presença excessiva ou prolongada de microrganismos em contato com os tecidos bucais. “Lesões bucais são frequentes em pacientes com AIDS e podem ser os primeiros sinais clínicos da doença”.

Por esta razão, Dra. Vanessa considera que é fundamental o Cirurgião-Dentista estar atento às manifestações em boca para examinar toda a região, detectar alterações e, se necessário, encaminhar a um estomatologista, visando sempre o diagnóstico precoce.

 

Previna-se!

O meio mais simples e acessível de prevenção ao HIV é o uso de preservativos masculino e feminino em todas as relações sexuais. Os preservativos são distribuídos gratuitamente em unidades de saúde e também podem ser comprados em estabelecimentos da iniciativa privada, como farmácias e drogarias. 

 

Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)

www.crosp.org.br


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