A
busca por tratamentos integrativos tem levado um número crescente de pessoas a
considerar a cannabis medicinal como uma opção terapêutica. Porém, essa decisão
muitas vezes é acompanhada de dúvidas, preconceitos e incertezas –
especialmente em relação ao impacto emocional e à adaptação do uso dessa
alternativa. O acompanhamento psicológico desempenha um papel essencial para
guiar os pacientes em suas jornadas de cuidado, promovendo o equilíbrio
emocional e o entendimento sobre o processo terapêutico.
Para
Maria Klien, psicóloga que dedica sua vida ao estudo e compreensão das emoções
humanas como ferramentas para uma vida bem vivida, o aconselhamento psicológico
é uma ponte fundamental entre o paciente e os benefícios que a cannabis
medicinal pode proporcionar.
“O papel do psicólogo é ajudar o paciente
a compreender suas expectativas, lidar com medos ou estigmas associados ao uso
da cannabis e fortalecer a confiança no tratamento”, explica.
Quando estamos em sofrimento, apresentamos dificuldade em compreender e
assimilar as pequenas vitórias - um terapeuta pode nos auxiliar nessa visão
mais clara de nós mesmos, onde estamos e onde queremos chegar sem ignorar os
pequenos passos no caminho
Psicologia no processo
O
acompanhamento psicológico no contexto do uso da cannabis medicinal vai além do
suporte emocional – ele contribui de forma prática e estratégica em diferentes
etapas da jornada do paciente:
- Educação e desmistificação: o psicólogo ajuda a esclarecer mitos e medos
associados ao uso do medicamento, contribuindo para que o paciente tome
decisões informadas e conscientes;
- Gestão de expectativas: diversos pacientes chegam ao tratamento com
expectativas irreais ou dúvidas sobre os resultados. O especialista
auxilia na construção de uma visão equilibrada e na aceitação do tempo
necessário para observar efeitos terapêuticos;
- Lidar com estigma: a cannabis ainda enfrenta preconceitos sociais – e
muitos pacientes temem julgamentos. A orientação trabalha a resiliência
emocional e a aceitação, promovendo segurança no uso do tratamento;
- Adesão ao tratamento: a introdução de uma nova abordagem terapêutica pode
gerar resistência ou dúvida. O psicólogo apoia o paciente na adaptação às
mudanças e no desenvolvimento de hábitos.
A importância da individualização
De
acordo com Maria Klien,
cada paciente possui um histórico emocional e uma experiência única – que torna
o acompanhamento personalizado essencial. “O
uso da cannabis medicinal é uma jornada muito particular. É fundamental que o
paciente se sinta amparado e compreendido em todas as etapas, tanto do ponto de
vista físico quanto emocional”, destaca.
O
sucesso do tratamento está relacionado à combinação de cuidados
multidisciplinares. Médicos, psicólogos e outros profissionais devem trabalhar
juntos para oferecer um plano terapêutico completo e integrado. “A psicologia não substitui o tratamento
médico, mas complementa de maneira indispensável, cuidando do paciente como um
todo”, conclui.
Novo olhar para a saúde mental
Com
o crescente reconhecimento da cannabis medicinal como ferramenta terapêutica, o
papel do psicólogo na orientação e suporte ao paciente torna-se cada vez mais
relevante. Ao abordar a saúde de forma integrada, é possível transformar o
cuidado com a mente e o corpo, promovendo uma melhor qualidade de vida.
Maria Klien - exerce a psicologia, se orientando pela investigação dos distúrbios ligados ao medo e à ansiedade. Sua atuação clínica integra métodos tradicionais e práticas complementares, visando atender às necessidades emocionais dos indivíduos em seus universos particulares. Como empreendedora, empenha-se em ampliar a oferta de recursos terapêuticos que favorecem a saúde psíquica, promovendo instrumentos destinados ao equilíbrio mental e ao enfrentamento de questões que afetam o bem-estar psicológico de cada paciente.
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