Pesquisar no Blog

sexta-feira, 15 de julho de 2022

Entenda como a privacidade de dados é fundamental para o setor de data centers


Apesar de não atuarem diretamente no processamento de informações de usuários, cabe aos data centers garantirem a segurança física dos ambientes


A tecnologia permite que as pessoas acessem e forneçam informações de qualquer lugar do mundo. Segundo o IDC (International Data Corporation), o número de dados gerados por dia passa de 2,5 quintilhões de bytes, número esse que com a transformação digital só tende a crescer. Devido a isso, muitos dados pessoais ficam expostos online, correndo riscos de serem acessados para o uso indevido, o que fez ser necessário criar uma lei (LGPD) para o cumprimento da segurança destas informações, tornando a privacidade de dados primordial para que as empresas operem dentro da lei. Esses ambientes devem estar preparados para ajudar a atender às regulamentações e demandas de clientes por segurança, privacidade e proteção de dados.  

“É fundamental prezar pela segurança do local, com controles e verificação de acesso. Já sobre a proteção de danos virtuais, é importante dispor de tecnologias de segurança, como a criptografia de dados, firewalls e programas antimalware, que tornam a intercepção de informação mais difícil”, comenta a Diretora Jurídica da ODATA, Erika Patara. Apesar de não atuar diretamente no processamento de dados dos usuários e de não exercer a responsabilidade sobre tais informações, cabe aos data centers, garantirem a proteção física dos ambientes para que a gestão das informações seja segura, o que torna a privacidade de dados uma das prioridades do setor.  

A família de normas ISO 27.000 define o padrão mundial para a gestão da segurança da informação em ambientes de TI e figura como uma das mais modernas ferramentas para o atendimento de regulamentação de proteção de dados (LGPD e GDPR). Portanto, uma outra forma de proteção usada pelo setor é investir em certificações internacionais de segurança de dados, como a ISO 27000 e a PCI DSS. “Uma boa forma de promover a proteção física neste setor é alinhá-lo a padrões internacionais de segurança de dados. Tais certificações estabelecem processos capazes de manter uma política de cibersegurança mais confiável”, explica Patara.  

Além de precisar atender aos requisitos legais, as empresas devem ter em mente que proteger as informações dos clientes é estabelecer uma relação de confiança com eles. Por isso, a qualidade do data center onde serão preservados os dados é tão importante quanto. Aspectos como a proteção contra danos, a localização, a redundância e a verificação de acesso são o arco principal da privacidade de dados no mercado de data centers. A Diretora Jurídica da ODATA ainda destaca alguns requisitos fundamentais para assegurar as condições de segurança de dados para o setor:  

  • Mapeamento de quais dados são tratados, por quais áreas e com qual finalidade;  
  • Atualização de softwares e sistemas de controle de hardware;  
  • Monitoramento frequente de recursos;  
  • Política de controle de acesso físico e online;  
  • Divulgação e treinamento dos colaboradores com relação às boas práticas de TI;  
  • Garantia de que a informação, mesmo manipulada, mantenha seu conteúdo e suas características originais;  
  • Disponibilidade, ao manter a informação sempre disponível para uso legítimo.  


Tendências de privacidade de dados até 2024 

De acordo com o Gartner, até o final de 2024, 75% da população mundial terá seus dados pessoais cobertos por modernos regulamentos de privacidade. Com a expansão dos esforços de regulamentação de privacidade em dezenas de jurisdições nos próximos dois anos, muitas organizações verão a necessidade de lançar – ou mesmo de aprimorar – seus programas de privacidade de dados. Segundo a mesma pesquisa, o orçamento médio anual de privacidade das grandes organizações deve ultrapassar a cifra de US$ 2,5 milhões até 2024. 

No estudo Top Trends in Privacy Driving Your Business Through 2024, o Gartner afirma que as principais tendências para os próximos dois anos são: 

  1. Remoto se torna “tudo híbrido”: com os modelos de interação no trabalho e na vida pessoal se tornando híbridos, aumenta cada vez mais a necessidade por rastreamento, monitoramento e processamento de dados pessoais. Ou seja, se torna fundamental investir na mitigação dos riscos à privacidade. Desse modo, as organizações devem adotar uma abordagem centrada no ser humano para a privacidade. E os dados de monitoramento devem ser usados minimamente, com um propósito claro, como melhorar a experiência dos funcionários, por exemplo. 
  1. Localização de dados: em uma sociedade digital sem fronteiras, tentar controlar o país onde os dados residem parece contraintuitivo. No entanto, esse controle é um requisito direto ou um subproduto de muitas leis de privacidade emergentes. Os riscos para uma estratégia de negócios multipaíses impulsionam uma nova abordagem para o projeto e aquisição de nuvem em todos os modelos de serviço, pois os líderes de segurança e gerenciamento de risco enfrentam um cenário regulatório desigual com diferentes regiões exigindo diferentes estratégias de localização. Em função disso, o planejamento de localização de dados passará a ser uma prioridade máxima no projeto e aquisição de serviços em nuvem. 
  1. Técnicas de computação que melhoram a privacidade: o processamento de dados em ambientes menos confiáveis, a análise e o compartilhamento de dados com várias partes se tornaram fundamentais para o sucesso de uma organização. Em vez de adotar uma abordagem enrijecida, a crescente complexidade dos mecanismos e arquiteturas de análise exige que os fornecedores incorporem um recurso de privacidade por design. Ao contrário dos controles comuns de segurança de dados em repouso, a computação de aprimoramento de privacidade (PEC) protege os dados em uso. Como resultado, as organizações podem implementar processamento e análise de dados que, antes, eram impossíveis, devido a questões de privacidade ou de segurança. 
  1. UX de privacidade centralizado: o aumento da demanda do consumidor por temas relacionados aos seus direitos, assim como o aumento das expectativas sobre transparência, impulsionará a necessidade de uma experiência de usuário de privacidade (UX) centralizada. Assim, até 2023, o Gartner prevê que 30% das organizações voltadas para o consumidor final passarão a oferecer um portal de transparência de autoatendimento, como forma de conceder a ele a gestão de preferência e consentimento. 

 

ODATA

http://odatacolocation.com

 

Tratamento contra perda auditiva ajuda idosos a seguir trabalhando

Graças aos avanços da tecnologia, as pessoas não devem se envergonhar de usar aparelho auditivo no ambiente de trabalho; próteses auditivas modernas garantem discrição e elegância

 

Pessoas maduras ou já na terceira idade estão cada vez mais presentes no mercado de trabalho. Já se foi o tempo dos vovôs de pijama e das vovós dedicadas ao tricô. Muitos permanecem ativos em suas profissões, seja por vontade própria ou necessidade. 

Com maior qualidade de vida, a população brasileira está envelhecendo. A expectativa de vida, que era de 40,7 anos em 1940, chegou a 76,8 anos em 2020, de acordo com o IBGE. Vive-se cada vez mais e trabalha-se por mais tempo. 

Mas nem tudo são flores. Há muitas dificuldades. Pessoas beirando os 60 anos enfrentam inúmeros desafios no mercado de trabalho, cada vez mais competitivo - seja para manter o emprego ou buscar uma realocação. Por isso, cuidar da saúde é fundamental. Além da concorrência com os mais jovens, muitos idosos já enfrentam limitações. Um dos problemas mais corriqueiros é a perda de audição, que afeta mais de 50% dos indivíduos maiores de 60 anos. 

“A perda auditiva a partir dos 60 anos faz parte do processo de envelhecimento natural, devido à degeneração das células ciliadas da orelha, que são responsáveis pela audição. Por isso, é importante que o indivíduo procure um médico otorrinolaringologista ou um fonoaudiólogo assim que perceber dificuldades para ouvir, a fim de iniciar logo o tratamento para não agravar a alteração auditiva e, principalmente, para voltar a ouvir bem os sons do cotidiano”, ressalta a fonoaudióloga Rafaella Cardoso, especialista em Audiologia na Telex Soluções Auditivas.  

Para manter um bom relacionamento no trabalho e não deixar que a deficiência prejudique o desempenho profissional, a melhor opção, na maioria dos casos, é o uso de aparelhos auditivos. A boa notícia é que hoje, graças aos avanços da tecnologia, as pessoas já não devem se envergonhar de usar um aparelho auditivo. As próteses auditivas modernas são bem pequenas, garantindo discrição e elegância e evitando constrangimentos no ambiente de trabalho. 

“O uso de aparelhos auditivos garante ao idoso uma boa rotina no trabalho, não importa o grau da perda auditiva. Deste modo, as empresas podem contar com aquele profissional mais experiente por mais tempo; o que é benéfico tanto para o empregador quanto para o idoso”, comenta a fonoaudióloga da Telex.

 

De volta aos estudos

Mais tempo no mercado do trabalho e também mais tempo nas salas de aula. Muitos adultos e até mesmo idosos vêm redescobrindo a sua vocação e começando a cursar uma nova faculdade. E para isso, também, a audição é fundamental. Aliás, uma boa audição é fator prioritário para o bom convívio social, seja entre chefes e colegas de trabalho, amigos de classe e professores, bem como para garantir bons desempenhos nas tarefas do dia a dia.
 

Por isso, fica o alerta: para acompanhar os novos tempos e agarrar as oportunidades é preciso estar atento à saúde auditiva. Sem uma boa audição, é mais difícil ter sucesso na carreira, nos estudos e na vida. 

Em maio de 2020, no início da pandemia de Covid 19, o Brasil tinha 7,7 milhões de trabalhadores ocupados com mais de 60 anos. A maioria - 4,7 milhões - atuando no setor de serviços. Os dados foram reunidos pela consultoria IDados, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, realizada neste período.

 

Kantar: Inflação e renda informal impactam a cesta de consumo dos brasileiros

Estudo aponta aumento de 14% em alimentos, bebidas, limpeza e higiene

 

Com inflação acumulada em 17% nos últimos 27 meses e renda informal crescendo 103% (média mensal de R$ 327 em 2020 para R$ 662 em 2021), está cada vez mais desafiador para o brasileiro manter o mesmo patamar de consumo. O valor desembolsado com uma cesta de 120 categorias compostas por alimentos, bebidas, limpeza doméstica e higiene e beleza cresceu 13%, porém o volume levado para casa diminuiu 5%. Isso porque o preço médio dos produtos aumentou 14%, mais do que o crescimento em faturamento do mercado. As informações são do Consumer Insights 2022, relatório produzido pela Kantar, líder em dados, insights e consultoria.

 

Dentro desse contexto, se alimentar fora de casa é ainda mais desafiador e, para compensar a alta de preços e suprir o desejo de comer fora de casa, o consumidor tem negligenciado as refeições completas, que ficaram 21% mais caras principalmente na hora do almoço, com um tíquete médio de R$ 43,94. A visita aos estabelecimentos para os almoços neste primeiro trimestre caiu 25% em comparação com o período pré-pandemia. Para balancear esse aumento, a saída encontrada foi buscar os petiscos (snacks), que ficaram 11% mais caros, porém bem abaixo do aumento das refeições completas e com um tíquete médio quatro vezes menor. Balas e gomas (+11%), sorvetes (+8%), chocolates (+6%) e biscoitos e bolos (+5%) foram as categorias que mais cresceram em ocasiões de consumo.


 

Consumo por região

 

O carrinho de quem mora na região Norte é, segundo o estudo, o maior do País. No primeiro trimestre de 2022, o nortista levou para casa em média 15 categorias de produtos a cada visita ao ponto de venda. O aumento de preços da região foi bem abaixo da média das sete principais regiões avaliadas pela Kantar, da ordem de 4,5%, versus 13,7%, e com isso o nortista conseguiu aumentar o consumo em 18,9%. Isso principalmente em domicílios das classes C e DE, que compraram seus produtos no varejo tradicional e em pequenos varejos, responsáveis por 7% e 11% desse crescimento, respectivamente.

 

O carrinho de compras por visita ao ponto de venda por região fica assim: Nordeste - 14 unidades; Leste e Interior do Rio Janeiro e região Sul - 13 unidades em média; e Grande São Paulo - 12. Por fim estão Grande Rio de Janeiro, Interior de São Paulo e Centro-Oeste, com uma média de 11 categorias levadas a cada visita às lojas.


  

Kantar

www.kantar.com/brazil


Educação financeira é um caminho a ser trilhado

 

A saúde financeira do brasileiro tem sido um tema recorrente nos veículos de mídia especializados e nas redes sociais. E não é à toa, já que esse é um indicador importante, diretamente ligado à qualidade de vida das pessoas. Saber lidar com o próprio dinheiro é necessário para fazer escolhas mais conscientes, permitindo não apenas estar em dia com os pagamentos, o que garante segurança e bem-estar social, mas também a concretização de projetos que dependem de aporte financeiro, como a compra de um imóvel ou a realização de uma viagem internacional.  


Ainda que o Brasil esteja longe de ter uma população plenamente consciente quando o assunto é dinheiro, o tema já chegou ao debate público e, aos poucos, vamos quebrando barreiras culturais, na expectativa de que as gerações futuras possam lidar de forma mais consciente com suas finanças pessoais.  


O primeiro passo é permitir que as pessoas estejam cada vez mais longe do fantasma da inadimplência – hoje, são quase 65 milhões de brasileiros com dívidas, de acordo com o último levantamento do Serasa – e tenham condições de realizar seus desejos materiais: das festas às viagens, dos veículos até a tão sonhada casa própria.  


O pulo do gato está em entender conceitos e riscos, de forma a despertar a vontade de ter uma vida financeira mais saudável. Muito do que se aprende com educação financeira está intimamente ligado a uma mudança de comportamento. Por isso, começar a tratar do tema cedo, antes mesmo da vida adulta, pode trazer resultados ainda melhores.  


O Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, o PISA, que avalia a cada três anos conhecimentos gerais entre estudantes com 15 anos de idade, dá uma ideia do cenário atual. Dentre os temas avaliados, está a competência financeira desses jovens, que é classificada em um ranking internacional entre os 20 países participantes.  


O último relatório, de 2018, demonstra que, apesar do Brasil ainda estar abaixo da média geral entre os países analisados, houve uma melhora considerável em comparação à avaliação de 2015. Nossa média passou de 393 para 420, enquanto a média geral é de 505, em 2010. Ficamos em 17º lugar na categoria letramento financeiro em 2018, mas, anteriormente, tivemos a pior performance entre todos os países analisados. 


Outro levantamento, dessa vez do Banco Central, mostra a mesma tendência. De acordo com o Relatório da Cidadania Financeira de 2021, o índice de educação financeira brasileira também teve uma tímida, mas ainda relevante, melhora: fomos de 36,6 pontos em 2017 para 37,2 em 2020. O valor máximo do indicador é de 100 pontos. 


Acompanhando a nova jornada do brasileiro em procurar ferramentas para guardar e multiplicar seu dinheiro, o mercado de consórcios vem apontando crescimento. De acordo com a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios, a ABAC, no comparativo entre o primeiro trimestre deste ano e o mesmo período do ano passado, o setor teve um aumento de 7,7% no número de participantes ativos, totalizando 8,54 milhões de brasileiros. Como funciona como uma “poupança programada”, a modalidade é ideal para aqueles que não têm disciplina para guardar dinheiro, considerando que o dono da cota assume o compromisso de pagar parcelas mensais, que serão revertidas em patrimônio no futuro. 

Tivemos gerações e gerações de pessoas que não receberam noções de educação financeira e aprenderam a lidar com suas finanças na base da tentativa e do erro. A tendência para o brasileiro é que, cada vez mais, tendo recursos disponíveis para tal, procure informações e ferramentas que permitam não só que ele “fique no azul”, mas que também realize seus planos materiais, mesmo em momentos em que condições econômicas pessoais e do país não estejam favoráveis.

 

 

Tatiana Schuchovsky Reichmann - CEO da Ademicon

 

RCS no varejo: qual sua importância para o aumento das vendas?

Inovar na comunicação ao cliente é uma forte demanda do setor varejista. Em meio a consumidores cada vez mais exigentes e seletivos, investir em um canal que traga agilidade, segurança e facilidade, é a peça-chave para uma maior satisfação e fidelização com a marca. Atingindo todos esses aspectos, o RCS (Rich Communication Service) é a mais nova e promissora aposta no mercado – capaz de contribuir fortemente para o aumento de vendas deste segmento.

Considerado como uma evolução do SMS, esse sistema permite que as marcas se relacionem com seus clientes de forma muito mais otimizada e personalizada, por meio de mensagens que incorporem recursos multimídias em seu conteúdo. Um conjunto de imagens, vídeos e gifs podem ser anexos ao texto enviado, tornando a comunicação muito mais leve e atrativa para os clientes.


Quais os benefícios do RCS no varejo?

Quando comparado com diversos outros canais de comunicação, o RCS é um dos que oferece maior segurança para todos os envolvidos. Por ser protocolado ao Google, as empresas que implementarem este sistema devem submeter todas as suas informações não apenas à organização, como também às telefonias móveis nacionais – podendo apenas utilizá-lo quando todos aprovarem os dados compartilhados.

Assegurados de que estão se comunicando com a empresa, o poder de interação com os consumidores é potencialmente elevado, com muito mais chance de retornarem as mensagens recebidas. Para o varejo, essa característica abre grandes janelas de oportunidades de negócios, pautadas no desenvolvimento de campanhas interativas que facilitem a aquisição dos serviços ou produtos oferecidos diretamente pelo sistema.

Ao invés de terem que navegar pelo site da companhia ou, se direcionarem presencialmente à loja, o RCS facilita a jornada de compra do cliente no varejo. Todo processo pode ser concluído diretamente no sistema, por meio de uma interface que direcione o usuário ao item desejado e ao método de pagamento escolhido para finalizar a compra. Tudo isso, em apenas poucos cliques em opções pré-programadas, de forma automatizada, sem a necessidade de um atendente humano na outra ponta.

Para os varejistas que desejarem algo mais simples, o próprio Google desenvolveu uma versão básica deste sistema, na qual as empresas poderão apenas enviar mensagens de texto sem a inclusão de outros recursos multimídias. Mesmo nessa opção, a confiabilidade dos clientes permanecerá igual, uma vez que em toda mensagem recebida, verão a logo da companhia anexada e verificada.


Como implementar o RCS no varejo?

Cerca de 29% dos usuários brasileiros já receberam mensagens multimídias provenientes deste recurso, segundo uma pesquisa feita pelo Panorama Mobile Time Opinion Box. Com a chegada do 5G, as perspectivas do RCS estão ainda maiores em todo o país, com chances elevadas de criar ações muito mais assertivas para as vendas no varejo. Mas, a única forma de conquistar tais resultados é com o apoio irrestrito de um broker renomado no mercado.

A implementação do sistema por uma empresa especializada no ramo fará toda a diferença para que o pedido seja aprovado pelo Google e pelas operadoras móveis. Afinal, apenas com todos esses consentimentos, será possível criar campanhas personalizadas para cada negócio, de acordo com sua área e perfil de seu público-alvo.

Mesmo ainda em fase inicial, o RCS já é considerado como uma das maiores revoluções do mercado de mensageria. Em um novo padrão de comunicação digital, sua proposta trará um poder de interação enorme ao setor varejista, permitindo não apenas com que satisfaçam muito mais clientes em sua jornada de compra, como também potencializar suas vendas em níveis marcantes e, assim, se destacar imensamente perante seus concorrentes. 

 

Igor Castro - Diretor de Produtos e Tecnologia na Pontaltech, empresa especializada em soluções integradas de voz, SMS, e-mail, chatbots e RCS.

 

Pontaltech

https://www.pontaltech.com.br/

Alienação mental na isenção do IR: como funciona e como obter?


Aposentados, pensionistas e ex-militares diagnosticados com alienação mental, possuem o direito de se isentarem do pagamento do Imposto de Renda – enquadrados na lista das 16 doenças graves em nossa legislação. Entretanto, mesmo se tratando de um benefício legal, o procedimento é desconhecido por muitos, especialmente devido à necessidade de um laudo psiquiátrico que comprove tal estado.

Prevista na Lei n. 7.713/88, a alienação mental é uma condição ampla que engloba diversas doenças. Em uma análise geral, o paciente diagnosticado apresenta alteração – completa ou parcial – de sua personalidade, comprometendo seu juízo de valor e, em situações mais severas, incapacidade de conviver sem o acompanhamento irrestrito de um responsável.

A distorção da realidade é uma das características mais presentes nestes quadros, agravada pelo alto risco a si próprio ou às pessoas ao seu redor. Dentre as classes mais conhecidas, a Esquizofrenia em estado crônico é uma das mais comuns e diagnosticadas, em conjunto com o mal de Alzheimer, entre outras psicoses. Existem diversas doenças que, quando não tratadas adequadamente, podem levar o indivíduo à alienação mental – casos que, poderão apenas ser identificados com a avaliação de um profissional qualificado.

Um médico perito deve realizar uma análise completa com cada paciente, identificando qual doença possui e sua gravidade, caso seja enquadrado na alienação mental. O relatório elaborado deverá ser o mais completo possível para fins de isenção do Imposto de Renda, identificando o quadro atual, todas as medicações de uso contínuo, além do CID da doença.

Quando preenchido por um profissional licenciado pela rede pública de saúde, o laudo deverá ser levado às fontes pagadoras para sua aprovação – seja o próprio INSS ou outras complementares. Uma vez aprovado, os beneficiários poderão recuperar todos os valores pagos retroativamente em até cinco anos, desde que a condição tenha sido adquirida dentro deste período.

Mesmo não existindo nenhum exame capaz de comprovar tal condição, é essencial contar com uma avaliação minuciosa de um psiquiatra e/ou neurologista para comprovação do estado do paciente. Apenas este documento completo poderá possibilitar a isenção do IR para os aposentados e pensionistas, evitando gastos desnecessários que possam prejudicá-los financeiramente.

Em 2021, mesmo em meio à pandemia, o número de contribuintes declarantes do IR superou a expectativa da Receita Federal, com cerca de 34 milhões de documentos recebidos, segundo dados do próprio órgão. Fora este alto volume, grande parte arca com quantias excessivas e indevidas, podendo se tornarem isentos em casos como o da alienação mental.

Evitando tal perpetuação, é extremamente importante que os pacientes diagnosticados enviem seus laudos para os órgãos responsáveis, viabilizando a recuperação dos valores dos cinco anos retroativos. Ainda, é sempre vantajoso contar com o apoio de uma empresa especializada no segmento, trazendo maior confiança na aprovação da isenção e garantindo a entrega correta dos documentos solicitados dentro do prazo estipulado. 

 

 

Dra. Célia Moreira - médica psiquiatra. 

 

Bruno Farias - sócio da Restituição IR, empresa especializada em restituição de imposto de renda.

 

 Restituição IR

https://restituicaoir.com.br/


Quase a totalidade dos profissionais são contratados pelo perfil técnico e demitidos pelo perfil comportamental

Apesar do repertório e experiência, conduta inapropriada e inesperada pode causar problemas tanto para o profissional quanto para a empresa

 

 

Trabalhar em equipe, buscar novas habilidades, respeito ao próximo e inteligência emocional. Tudo isso tem um papel importante na hora de desempenhar um papel profissional em uma empresa. E isso é crucial para que os candidatos não só conquistem a vaga, como se mantenham nela.

De acordo com um estudo da Page Personnel, 90% dos profissionais são contratados pelo seu perfil técnico, mas demitidos pelo seu perfil comportamental. Ou seja, não adianta muito ter graduações, cursos, habilidades técnicas se o profissional não tem um bom relacionamento com as pessoas a sua volta e colegas de trabalho.

“Os colaboradores de uma forma geral, precisam desenvolver cada vez mais a inteligência emocional, desenvolvendo assim o relacionamento interpessoal, a adaptabilidade a inúmeras adversidades, toda essa mudança de comportamento fará com que muitos passem a observá-lo, inspirando-se nele. Porém, o que se observa ainda, em alguns ambientes corporativos, é a presença do egocentrismo, postura impositiva, intolerante. Atualmente, as empresas não estão tolerando mais este tipo de comportamento. Sabe-se que é difícil esta transição, esta mudança. Colocar em prática a fala: ‘nós’, ‘nosso’, ‘equipe’, o que chamamos de colaborativismo, que é o que o mercado cada dia mais exige dos profissionais. Muitos profissionais ainda não acreditam que sua performance é impactada pela ausência dessa habilidade comportamental, onde acabam acordando, ou popularmente falando: ‘a ficha só cai’, quando o percentual de rejeição relacionado a ele aumenta, causando assim o seu desligamento”, diz Daniel Alves, consultor empresarial da NID CONSULTORIA e especialista em gestão organizacional.

 

Alertas de que um profissional enfrenta problemas comportamentais

Existem alguns alertas que indicam quando um profissional não se encaixa não só na cultura da empresa, mas também com a proposta do trabalho o qual é designado para fazer.

Se o trabalho é uma obrigação, a estagnação pode tomar a frente, junto com a desmotivação. É possível e também importante que a pessoa goste do que faz. Pelo contrário, é um sinal para sair de onde está.

É preciso estar atento e identificar o quanto antes o comportamento dos colaboradores. Um profissional que não realiza suas entregas, não cumpre com os compromissos acordados, e demonstra pouco interesse em suas tarefas é um alerta para os gestores reverterem a situação.

“O papel do gestor é extremamente importante neste momento. É ele quem será responsável em tentar trazer este profissional para o ‘jogo’ novamente. É ele que será o responsável por apresentar ao profissional os novos desafios a serem superados pela equipe e por este profissional. É importantíssimo lembrar, que o resgate deste profissional deverá contar com a ajuda da equipe de Gente e Gestão, muitas vezes também conhecidos por Gestão de Pessoas, pois só assim de forma conjunta, será possível identificar habilidades deste colaborador. As equipes de Gente e Gestão, tem um papel imprescindível neste momento, pois será através do programa de T&D (Treinamento e Desenvolvimento) de profissionais, que identificará as habilidades e desenvolverá nestes profissionais as habilidade e competências comportamentais que a área exige, e não apenas as habilidades técnicas”, diz Daniel Alves - consultor empresarial da NID CONSULTORIA e especialista em gestão organizacional.

Vale também ficar de olho na saúde física. Ela é diretamente impactada pela saúde mental. Ou seja, se há muitos problemas de saúde, isso é um alerta de stress e somatização. Problemas de pressão, ansiedade, ataques de pânico podem gerar um grande impacto na vida.

É papel do gestor, também, ser responsável por promover um ambiente que estimule os funcionários a terem um bom comportamento.

Além disso, é importante ressaltar sobre o equilíbrio entre vida profissional e pessoal: tirar da cabeça as demandas, o local de trabalho e o foco no mundo corporativo pode ser um problema.

“É importantíssimo que o profissional saiba o momento que ele vive, que ele se encontra. Se ele estiver certo de que chegou no ponto máximo de crescimento naquela empresa, ou o momento da carreira dele pede uma mudança, é importante que ele saiba renunciar de forma inteligente, para que não prejudique a sua imagem, reputação e não gere impacto no time, na equipe que ele faz parte. Exemplo: Quando todos os desafios propostos a ele, não o fazem com que ele deslumbre crescimento pessoal e profissional, fazendo com que ele reclame de tudo e de todos, fazendo com que o seu comportamento fique apático, não contribuindo para o êxito das tarefas, impactando assim na performance da equipe”, diz Daniel Alves.


Gestão de tempo também é essencial

Um profissional organizado é também um profissional que sabe gerir o seu tempo de maneira eficiência. A recompensa disso pode ser não só aumento na produtividade, mas benefícios para a saúde mental.

“Planejar as tarefas do dia, praticar exercícios físicos, alimentar-se de forma equilibrada, cultivar seus relacionamentos, tirar um tempo só para você, tire férias e se desligue totalmente do trabalho e, especialmente, cuide da sua mente tanto quanto do seu corpo”, comenta o consultor empresarial


E quando o funcionário é quem pede demissão?

O Brasil, assim como o mundo, passa neste momento por uma onda de demissões voluntárias. Dados do Blue Management Institute (BMI) indicam que 75% dos profissionais que abandonam seus empregos buscam por realização pessoal em outra atividade e desejam maior flexibilidade no trabalho. O levantamento entrevistou 48 líderes de empresas com receitas anuais acima de R$ 1 bilhão durante março deste ano.

Isso surge no contexto da pandemia, e 54% dos entrevistados dizem que passaram a priorizar o modelo de trabalho híbrido. Em seguida, os motivos para pedir demissão incluem fuga de uma cultura corporativa tóxica, com ausência de promoção de diversidade, equidade ou inclusão (52,1%) e o terceiro é a disputa por profissionais mais qualificados no mercado de trabalho (50%).

Na maioria das vezes, portanto, os profissionais que abandonam seus empregos não buscam salários maiores, mas maior flexibilidade.

De acordo com o consultor empresarial e especialista em gestão organizacional da NID Consultoria, Daniel Alves, “as empresas precisam sempre lembrar e levar em consideração, que neurociência cada vez mais tem estudado, o quanto as condições do ambiente de trabalho e estímulos externos influenciam na produtividade. Sugere-se que as empresas desenvolvam os seguintes pontos, para evitar um ambiente tóxico: O bem-estar dos colaboradores deve ser um dos pontos principais para evitar ambientes de trabalho tóxicos; desenvolver líderes, que não estão nos seus cargos para comandar, mas para direcionar a estratégia da empresa; levar a cultura e valores da organização para os processos diários; mediar conflitos desde que haja coerência; incentivar a tomada de decisões claras e assertivas; e, claro, lembrar que tudo isso com a equipe, pois várias cabeças sempre pensam melhor do que uma”.

O equilíbrio, portanto, é tanto a empresa quanto os funcionários definirem eficientemente recursos para que ambos tenham oportunidades e uma relação empregatícia saudável.

 

O senso que nos falta

 Opinião

 

Passados os maiores percalços trazidos pela pandemia que ainda estamos vivendo, começamos a perceber as mudanças que ela trouxe para o cotidiano. Para todos, um período extremamente difícil e carregado de novos hábitos, novas discussões e novos costumes.

Analisando as mudanças trazidas por esse período, principalmente os efeitos que as mesmas têm para com os jovens, percebemos uma significativa diferença na forma como eles se relacionam e se comunicam.

A presença das tecnologias nos relacionamentos interpessoais, bem como na vida dos jovens, já crescia antes do cenário pandêmico, porém, aumentou drasticamente. Desde 2020, a internet deixou de ser apenas um centro de buscas e comunicações, tornando-se uma sala de aula, até mesmo um local onde uma reunião de amigos poderia ser realizada de maneira segura. Pais, responsáveis, professores e gestores acostumaram-se ao uso da internet como forma de se aproximar das pessoas que não podiam ter por perto naquele tão difícil momento. Além dos pontos positivos citados, devemos considerar também os possíveis malefícios trazidos pela “pandemia tecnológica”, que chegou para ficar em nossas vidas.

A grande vantagem das tecnologias, principalmente da internet, é o seu uso como um espaço aberto, no qual, temos mais fácil acesso a informações confiáveis, artigos científicos e até mesmo livros, antes restritos a bibliotecas. O benefício do livre acesso à informação traz consigo o ponto de atenção referente ao conteúdo que é acessado. Um dos soft-skills trabalhados em muitas escolas diz respeito à criação de um senso crítico em nossos estudantes. Tal habilidade torna-se cada vez mais indispensável para eles, principalmente nos momentos em que estão “plugados”. É papel de toda a comunidade escolar auxiliar nossos jovens no desenvolvimento dessa habilidade, para que o conteúdo falso e as famosas fake news facilmente encontradas na rede sejam identificadas e não causem danos para nossos alunos.

Em tempos nos quais as tecnologias estão tão presentes dentro de lares e escolas, a proteção de nossos jovens contra conteúdos nocivos e inapropriados deve ser uma atribuição conjunta das famílias e da escola. Muitos jovens encontram facilmente os bons caminhos das tecnologias, seus benefícios e fazem uso das mesmas para fins positivos. Porém, é necessário um acompanhamento cauteloso para que todos tenham a capacidade de discernimento dos conteúdos encontrados na rede. Saber diferenciar conteúdos e notícias embasados, fundamentados e confiáveis de notícias falsas, ou conteúdos inverídicos, é uma necessidade que se apresenta não apenas para nossos jovens, mas para toda a sociedade.

No ambiente escolar essa função é dividida entre família e escola. Quando um desses pilares não consegue desempenhar seu papel, todo o processo pode ficar comprometido. É necessário que ambos trabalhem juntos na formação de jovens que possam diferenciar os conteúdos que podem fazer a diferença, dos conteúdos que não agregam valor. Educando nossos jovens para o bom uso das tecnologias, tornaremos mais positiva a nossa sociedade e o nosso futuro! 

 

Enzo Kalinke - especialista em Educação Internacional, é professor de História do Colégio Positivo.


TCESP: Risco fiscal e os alertas do Tribunal de Contas

A Lei de Responsabilidade Fiscal, a LRF, é, sem dúvida, uma lei pedagógica. Extrai-se de seu corpo normativo um objetivo estruturante que exige dos gestores públicos uma ação planejada, transparente, capaz de prevenir riscos e voltada ao equilíbrio entre receitas e despesas.

Assim, embora esse diploma legal contemple dispositivos sancionatórios, o núcleo central da LRF compõe-se de preceitos prudenciais e preventivos que impõe deveres acautelatórios relativos à observância de metas e resultados e à obrigação de reconduzir as contas públicas aos patamares limítrofes fixados na legislação.

Por sua vez, os órgãos de controle, notadamente os Tribunais de Contas, são chamados à vigilância permanente, cabendo-lhes alertar e advertir os responsáveis ante mera possibilidade de riscos fiscais.

Com base nessa missão, nos termos do art. 59, § 1º, da LRF, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo expediu, recentemente, o Comunicado GP nº 24/2022 no qual alertou as Câmaras Municipais e as Prefeituras do Estado de São Paulo sobre o possível comprometimento da gestão financeira e orçamentária.

Pelos levantamentos realizados, analisando os dados do primeiro bimestre de 2022, 85% dos municípios sob a jurisdição da Corte de Contas paulista apresentaram distorções que podem, no futuro, afetar o equilíbrio nas contas públicas.

Detalhando os números, constata-se que a arrecadação de 99 municípios ficou abaixo da meta bimestral fixada, bem como 79,81% das Prefeituras fiscalizadas pelo Tribunal não alcançaram, no período, o resultado primário estabelecido nas respectivas Leis de Diretrizes Orçamentárias, as LDOs.

Nesses casos, afastando a hipótese de erros técnicos na estimativa de receitas, a LRF impõe que os Poderes devem adotar, compulsoriamente, estratégias de contingenciamento de gastos no intuito de assegurar a consecução das metas fiscais. 

Acentuo a importância de manter a realização de receitas dentro da previsão consignada na LDO, pois o êxito no cumprimento das metas de arrecadação e de resultado primário é um dos pilares da responsabilidade fiscal, sem o qual não é possível conceder benefícios tributários, criar, expandir ou aperfeiçoar a ação governamental, muito menos majorar despesas de caráter continuado e implementar políticas públicas.

Um outro vetor de risco apurado pelo Tribunal de Contas – e que constou dos alertas – refere-se à probabilidade de transgressão do limite de despesa com pessoal. Segundo a LRF, a despesa laboral nos municípios não pode exceder a 60% da receita corrente líquida, devendo o Tribunal de Contas expedir o alerta quando o gasto total com pessoal chegar a 90% do limite. Nessa situação estão apenas 3,72% dos municípios paulistas.

Apesar de ser um número reduzido, esse dado é relevante, pois o percentual limite é calculado com base na receita corrente líquida, de modo que a baixa performance na arrecadação pode ter consequências diretas na definição do montante máximo destinado à despesa com pessoal.

Os efeitos da inobservância desse teto de gastos são particularmente graves, o que inclui a proibição de contratar operações de crédito e o não recebimento de transferências voluntárias.


Observo que muitos municípios constroem suas políticas sociais e assistenciais com o lastro financeiro de repasses voluntários encaminhados pela União e pelos Estados. Portanto, obstar o recebimento de tais recursos traria considerável prejuízo às populações locais.

Mas ressalvo que todo o quadro revelado pelos alertas da Corte de Contas paulista traduz um prognóstico momentâneo, uma vez que o curso da execução orçamentária poderá reverter, positivamente, o cenário que agora se apresenta.

Todavia, é preciso cautela. O horizonte futuro parece pouco favorável.  

Sem entrar no mérito das discussões sobre desonerações e isenções tributárias incidentes sobre as operações com combustíveis, verifico que a União pretende abrir mão de impostos e contribuições cuja arrecadação deveria ser partilhada, por mandamento constitucional, com os entes subnacionais.

Nessa perspectiva, ainda que o Governo Central tenha proposto compensar os Estados e Municípios em razão das perdas de receita, é recomendável que os gestores se orientem com maior precaução, reforçando as medidas de planejamento em vista de cenários adversos que se avizinham.

Um bom caminho a ser seguido está na própria LRF que traz solução ajustada para momento. Constatado o risco de descumprimento das metas de resultado fiscal impende, com urgência, a redefinição das despesas prioritárias, bem como a intensificação da cobrança dos haveres públicos, através de programas criativos e eficazes para evitar fraudes tributárias.

Por fim, quanto ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, reforço que este ente de controle externo, dentro de suas atribuições constitucionais, está pronto a contribuir não só com a emissão de alertas, mas também com o constante diálogo e com a promoção de cursos que podem oferecer subsídios técnicos àqueles que almejam contribuir com o aperfeiçoamento da gestão pública.

 

 

Dimas Ramalho

Aplicação de fertilizantes com taxas variáveis em linha de semeadura vão mudar os sistemas de produção

 

A variabilidade existente no solo é resultado da interação de diversos fatores, tais como relevo, material de origem e da relação/ação do homem nestas áreas, principalmente através da prática agrícola. A utilização de fertilizantes pode ao longo do tempo promover uma maior heterogeneidade química do solo, entretanto, usar as lavouras para a agricultura, mesmo que buscando promover esse equilíbrio maior, acaba também por aumentar essa variabilidade. Lembrando que o objetivo de grande parte dos produtores é extrair o melhor resultado possível de sua lavoura de forma sustentável, destaco que as práticas da agricultura de precisão buscam suportar os mesmos em direção a este objetivo. Ajudando a identificar quais são as regiões com potencial de incremento de produtividade, bem como quais são as áreas passíveis de retorno econômico inferior, devido ao baixo potencial produtivo e algumas vezes impossibilidade de superação produtiva frente à baixa fertilidade do solo.

A aplicação de insumos durante o manejo dos solos pode ser feita através de taxa variável, sempre que essa prática for economicamente viável. O mapeamento das propriedades químicas do solo e a identificação da variabilidade espacial de componentes dele são essenciais para que este tipo de aplicação possa ser realizada. Esta nova fase de aplicação de fertilizante sugeriu novas formas de trabalho, e uma delas foi a aplicação em taxa variável que tem o potencial de otimizar o uso de fertilizantes e minimizar os impactos negativos no meio ambiente.

Com a introdução das novas tecnologias de agricultura de precisão, criou-se também a possibilidade de se aplicar fertilizantes de forma contínua em taxas variáveis, introduzindo quantidades conforme a necessidade de cada ponto no campo. Essa otimização tem apresentado resultados significativos na economia e sustentabilidade do plantio. A mudança trazida por esses novos métodos de aplicação faz com que as amostragens de solo passem de uma média de toda a área, para análises pontuais, evidenciando a variabilidade espacial de todo o campo, segundo pesquisa do KUHAR, J.E, 1997.

Diferentemente da aplicação uniforme de fertilizantes e corretivos, que pode resultar em áreas com aplicações abaixo ou acima da dose necessária, a aplicação com taxas variáveis possibilita a adequada produtividade e eficiência do uso de nutrientes com simultânea redução do potencial para poluição ambiental. Isso é apontado conforme as análises do estudo: de David J. Mulla e outros pesquisadores como Bongiovanni & Lowenberg-Deboer e Wollennhaupt.

Em uma extensa revisão de literatura, confirmaram que as técnicas de agricultura de precisão podem contribuir para a manutenção da sustentabilidade da agricultura, através da aplicação de fertilizantes apenas nos locais onde e quando há necessidade. Os benefícios vêm desta aplicação em pontos exatos e reduzem as perdas por empregos excessivos de fertilizantes. A principal deficiência detectada pelos autores foi o escasso número de trabalhos que realmente mediram o impacto ambiental ou utilizaram sensores, sendo que a maioria estimou benefícios ambientais indiretamente, ou seja, contabilizando a redução de insumos.

O plantio nem sempre é realizado no melhor cenário de área, existem interferências de relevo, vegetação e solos que muitas vezes, para um melhor manejo, é realizada esta operação respeitando essas diretrizes. Lembro que muitas vezes a semeadora está configurada levando em conta um ponto da máquina. Por isso, em um momento em que a operação está acontecendo em movimento de curva, as linhas externas e internas viajam mais rápido ou mais lento do centro da plantadora. As sementes plantadas nas linhas internas das curvas (>R) são mais próximas, e aquelas nas linhas externas estão em um distanciamento maior.

Com isso, outro recurso importante criado a partir desta análise foi a compensação em curva, que é justamente respeitar o arranjo espacial de cada semente e a quantidade de fertilizantes em gramas por metro, indiferente de como a máquina está depositando a mesma. Isso se aplica tanto na semente quanto no fertilizante. Destaco que o desligamento linha a linha é desempenhado na operação de semeadura quando o sistema detecta uma área que já tenha sido realizada a operação, evitando sobreposição de semente e fertilizante nas linhas de plantio, principalmente áreas de bordaduras e arremates, proporcionando significativa economia e preservação ao meio ambiente.

O desligamento linha a linha é mais utilizado na deposição da semente, poucos relatos estão ligados ao seu uso no desligamento na aplicação do fertilizante em linhas individuais de semeadura. O agregado de tecnologia será combinado com vários fatores para melhorar os processos através do controle da plantabilidade, por meio de sistemas eletroeletrônicos de dosagens de fertilizantes e sementes, com o objetivo de evitar desperdícios, nutrir as plantas para que expressem seu máximo potencial produtivo. Gerando, assim, efetivos controles na deposição espacial nas lavouras, considerando as variações topográficas, as variabilidades dos solos, com objetivo de reduzir os custos operacionais, promovendo maior economia de fertilizantes, facilidades operacionais e segurança nas aplicações aos operadores. Realizando assim as operações de forma independente e autônoma, com precisão e uniformidade e com aumento de produtividade das culturas.

O agricultor poderá, com o sistema de dosagem autônoma, analisar a variabilidade de áreas, trazendo diagnósticos de informações através de mapas e plataformas digitais, para a tomada de decisão escolhendo as quantidades de fertilizantes específicos para cada cultura, e poder aplicar os fertilizantes de forma homogênea ou heterogênea.

A operação na lavoura será automática realizando a variação de dosagem de forma instantânea, conforme o mapeamento da quantidade de fertilizante a ser aplicado em cada espaço do talhão. Todo esse processo será realizado através de controladores, acionadores elétricos e sensores atuando em tempo real com aplicação de alta precisão de dosagens variáveis em diferentes pontos. Para confirmar, diversos estudos relacionados à viabilidade da aplicação de insumos em taxa variável versus taxa fixa estão disponíveis no que se refere à adubação a lanço, entretanto, quando se fala em adubação formulada em linhas de semeadura (no sulco), as informações são limitadas, apesar de 45% de todo o fertilizante vendido no Brasil ser comercializado em fórmulas NPK, segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos, ANDA (2014) para aplicação nos sulcos de semeadura.

Neste contexto, a aplicação do fertilizante formulado a taxas variáveis nas linhas individuais de semeadura, realizando a deposição, medição instantânea da vazão do fertilizante, desligamento linha a linha, compensação em curvas de plantio, entre outros, terão um grande impacto para a produção agrícola sustentável do Brasil e do mundo.

  

Evandro Martins - Presidente da FertiSystem Group e presidente diretor executivo do Parque Tecnológico do Agro - Tecnoagro

 

Posts mais acessados