Pesquisar no Blog

sexta-feira, 15 de julho de 2022

Especialista explica a importância da atividade física para quem tem pressão alta

Caminhada, Corrida e Ciclismo e Musculação são práticas que podem melhorar a saúde de quem sofre de hipertensão

 

A vida agitada do dia a dia e o consumo crescente de produtos industrializados, ricos em sal, estão contribuindo para o aumento dos casos de pressão alta no Brasil e no Mundo. Como a doença é causada por uma interação entre fatores genéticos e estilo de vida, como, por exemplo, o sedentarismo, a obesidade e os hábitos alimentares não saudáveis, a atividade física é uma prática perfeita tanto para a prevenção quanto para tratamento. 

"A hipertensão é caracterizada pelo aumento anormal da pressão arterial (PA) que faz o sangue circular pelas artérias (vasos que saem do coração e levam oxigênio e nutrientes para todo o corpo). Dessa maneira, o aumento da pressão arterial faz com que a parede das artérias fiquem hipertrofiadas (aumentam a espessura), impedindo o fluxo natural da circulação", explica Dr. Carlos Machado, cardiologista especialista da Omron, empresa líder global na área de equipamentos médicos inovadores e clinicamente validados para monitoramento e cuidados de saúde. 

Machado explica que atividade física pode ajudar muito no controle da hipertensão, Segundo nossas VIII Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial -- 2022, a atividade física (AF) refere-se a qualquer movimento corporal que aumente o gasto energético acima daquele em repouso, como locomoção e atividades laborais, domésticas e de lazer. Preconiza se prealizar, pelo menos, 150 minutos por semana de atividade física moderada. Deve ser estimulada ainda a redução do comportamento sedentário, levantando-se por 5 minutos a cada 30 minutos sentado. A prática regular de AF diminui a incidência de HA. Além disso, os hipertensos que alcançam as recomendações de prática de AF para a saúde apresentam uma redução de 27 a 50% no risco de mortalidade, mas níveis menores também apresentam efeito benéfico. O exercício aeróbico pode levar a uma redução de -12,3 na pressão arterial sistólica e de -6,1 mmHg na pressão arterial diastólica. Portanto a atividade física regulara pode contribuir tanto na prevenção quanto no controle da pressão arterial. No entanto, é importante ressaltar que tanto os exercícios aeróbicos, como andar, nadar, correr, andar de bicicleta e dançar quanto anaeróbicos, como musculação, devem ser supervisionados. Isso porque, durante a prática do exercício físico há um consumo maior de oxigênio, o que faz a musculatura do coração trabalhar mais rápido para bombear o sangue. 

A realização frequente de atividade física pode contribuir para elevação do colesterol bom, o chamado HDL. Dessa forma também o exercício físico pode melhorar os níveis de glicose diminuir a obesidade e controlar a hipertensão arterial. 

Ao praticar atividades físicas, o cérebro ainda libera substâncias que aumentam o nível de prazer, como as endorfinas, auxiliando na melhora da qualidade vida. Para você manter uma rotina saudável e dentro dos seus limites, a dica é procurar o auxílio de um médico e de um profissional de educação física, antes de começar uma prática esportiva. 

"Afinal, assim como a automedicação, fazer exercícios sem a devida orientação pode causar um efeito inverso, como um ataque cardíaco durante uma corrida em caso de pessoas hipertensas. Isso porque tudo tem de ser equilibrado e de acordo com as características individuais de cada um", comenta Dr. Carlos. 

Para ajudar aqueles que querem planejar uma atividade física que gere prazer e, também, bem-estar, o Dr. Carlos Machado, selecionou algumas que têm bons resultados no controle da hipertensão.

 

Caminhada 

A caminhada é um dos exercícios preferidos de muita gente que faz o controle da pressão arterial. Ela é fácil de ser executada e pode ser realizada na esteira ou em um parque, ou pelas ruas próximas de sua casa. Caminhe no ritmo do seu atual estágio e mantenha uma regularidade de 30 minutos em pelo menos 5 dias por semana. 

Ao caminhar, os níveis da pressão arterial sobem naturalmente, mas são reduzidos logo na primeira hora e o melhor: a queda se mantém nas próximas 24 horas.

 

Corrida 

Com a devida orientação e dentro dos seus limites, trata-se de um exercício que vai evoluindo de acordo com a sua dedicação. No caso de hipertensos, os resultados são excelentes pelo fato de ser um dos principais exercícios aeróbicos. No entanto, a orientação médica é fundamental.
 

Ciclismo 

Quem pedala também combate outros males, como depressão, ansiedade e, claro, controla a hipertensão. É possível optar por passeios em parques, trilhas, estrada ou ir para o trabalho em cima de uma bike. Afinal, trata-se de uma atitude que vem ganhando cada vez mais adeptos!

 

Musculação 

Trata-se de uma atividade anaeróbica que também auxilia no controle da pressão arterial. É indicada para quem gosta do clima de academia e do esforço nos exercícios de força e resistência (deve ser sempre supervisionado).

 

"Ao praticar atividades físicas, a pessoa estará contribuindo com o organismo por meio da diminuição da atividade do sistema nervoso simpático, ele é o responsável pelo aumento da frequência cardíaca (FC). A prática regular da atividade física, diminui a FC e esta é uma forma mais econômica do coração trabalhar, ajudando no controle da PA. Além disso, as atividades físicas melhoram a vasomotricidade das artérias e em especial, o endotélio. É uma camada que reveste o interior das artérias, ou seja, os movimentos relaxam os vasos e facilitam a passagem de sangue", finaliza o médico cardiologista.

 

OMRON Healthcare


Incidência de câncer de tireoide tem aumentado entre população mais jovem

O médico referência em cirurgia oncológica no Brasl, Wandemberg Barbosa, tem notado o aumento do número de casos desse tipo de câncer em seu consultório. Justificativa pode estar na ingestão de sal com mais iodo, o que induziria a glândula a se deteriorar

 

Julho é o mês da conscientização sobre o câncer na região da cabeça e pescoço. Para chamar a atenção da população para essa doença que deve atingir mais de 36 mil brasileiros apenas em 2022, a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) lançou a campanha Julho Verde.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer mais comum da região da cabeça e pescoço é o da tireoide. Ele costuma afetar três vezes mais as mulheres do que os homens e de acordo com a mais recente estimativa brasileira, realizada em 2018, é o quinto tumor mais frequente em mulheres na região Sudeste e Nordeste. Segundo o Inca, a estimativa é de que no triênio 2020/2022, sejam diagnosticados 13.870 novos casos de câncer da tireoide no Brasil.

Médico referência em cirurgia plástica e oncológica no Brasil, Wandemberg Barbosa atende regularmente pessoas que necessitam de cirurgia para a retirada de tumor da tireoide. Wandemberg atesta que, embora a estatística preveja maior incidência desse tipo câncer entre pessoas de 35 anos a 65 anos, ele tem observado em seu consultório um aumento significativo de casos entre pessoas mais jovens.

“A justificativa para esse aumento de nódulos na população mais jovem pode estar na ingestão de sal com mais iodo, o que induziria a glândula a se deteriorar”, explica Wandemberg. Conforme o médico, fatores genéticos, histórico de exposição à radiação, presença de bócios, tabagismo, obesidade, exposições hormonais são outros fatores que podem levar ao desenvolvimento da doença.

Wandemberg relata que os tipos mais comuns de câncer na tireoide são o folicular e o papilífero, sendo este o responsável por cerca de 90% de todos os cânceres na região. Conforme o médico, o tratamento recomendado para estes dois tipos de nódulos é a remoção da glândula e a posterior administração de iodo radioativo, caso seja necessário. “Ao serem adequadamente tratados, esses tipos de câncer resultam em 98% de cura”, afirma.

Mais raros, os cânceres medular e anaplásico da tireoide – o primeiro acomete cerca de 10% da população e o segundo apenas 1% - são também mais agressivos. De acordo com Wandemberg, esses tipos de câncer apresentam chances elevadas de darem metástases precoces. “Por isso, além da cirurgia, o tratamento indicado é radioterapia e quimioterapia, dependendo do caso”, diz.

Para que o diagnóstico seja precoce e evite-se quadros piores, Wandemberg recomenda que as pessoas fiquem atentas a alguns sintomas, tais como: aumentos dos gânglios linfáticos, inchaço ou nódulos no pescoço.

O médico referência em cirurgia plástica e oncológica destaca que nódulos na tireoide são um achado ultrassonográfico frequente, o que não significa que todos sejam malignos. Para tipificar o nódulo é feita uma punção aspirativa por agulha fina dirigida por ultrassom. Após ser extraído, o material é analisado em laboratório. Cerca de 60% costumam ser considerados benignos.

 


Dr. Wandemberg - cirurgião formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e cirurgião oncológico formado pelo Hospital A.C Camargo – Fundação Antônio Prudente. Inclusive foi médico residente dessa instituição, terminando sua residência em 1981. Algum tempo depois, montou o Serviço de Cirurgia Oncológica do antigo Hospital Matarazzo (atual Hospital Humberto I), na capital paulista, onde atendia milhares de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), oferecendo um alto padrão de cirurgias, junto com assistentes e residentes. Nessa ocasião, foi responsável por criar uma residência médica neste hospital. Em 1989, começou a trabalhar no Hospital 9 de Julho, também em São Paulo, onde instituiu um grupo de cirurgia oncológica, no qual atuou até 2005. Em 1998, concluiu mestrado em Cirurgia Plástica Reparadora pela Faculdade Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e, em 1999, titulou-se especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.


Piercing na Boca Pode Matar se Não Cuidado Corretamente

Recentemente uma jovem de 20 anos morreu após colocar um piercing nos lábios, os lábios incharam devido uma infecção que se agravou e foi para a corrente sanguínea que comprometeu 37% do cérebro. 

Piercings orais sempre foram acessórios muito populares, mas é de extrema importância se atentar aos perigos que esses procedimentos podem causar para sua saúde oral devido aos cuidados e precauções. 

A cirurgiã dentista e especialista em saúde bucal Dra. Bruna Conde explica que além dos lábios, as bochechas e a língua também fazem parte da saúde bucal, e piercings nessas regiões podem sim gerar casos como esse com frequência. 

“Nossa boca contém milhões de bactérias, devido a isso muitas vezes inflamações, inchaços e infecções ocorrem com frequência em piercings na boca. A região pode sofrer bastante inchaço no processo de cicatrização, é de extrema importância se certificar se a joia é de qualidade, as maneiras corretas de higienização.” alerta a cirurgiã dentista. 

A boca é um ambiente úmido, lar de grandes quantidades de bactérias reprodutoras, por isso uma ferida aberta na boca é um lugar ideal para a infecção, que pode rapidamente se tornar fatal se não for tratada prontamente.

De acordo com a Dra. Bruna Conde os riscos de uma perfuração na região oral mal cuidada podem ocasionar grandes danos, como por exemplo, danos as gengivas e aos dentes. Um hábito comum de morder ou jogar com a perfuração pode ferir suas gengivas e levar a rachaduras, arranhões ou sensibilidade dos dentes.

Reações alérgicas também são possíveis, danos a nervos, danos aos vasos sanguíneos, excesso da produção de saliva, e muitos outros problemas.

A Dra. Bruna Conde cita o que se deve fazer antes de realizar qualquer procedimento na sua boca, confira: 

- Tenha certeza de que está com a saúde bucal em dia e se seu organismo está saudável. Qualquer indício do contrário, não faça! 

- Informe-se sobre os prós e contras do procedimento que deseja realizar e não faça por impulso, tenha certeza que irá se comprometer em tomar os devidos cuidados sempre. 

- Aprenda como manter e higienizar o que foi realizado. Não te ensinaram? Pergunte, busque e fique ciente de como cuidar corretamente.
 

Coloquei piercing na região da boca, e agora?

“Se você sentir qualquer desconforto, o mínimo que seja, entre em contato com o responsável pelo procedimento. Não espere doer demais, inchar, coçar, irritar ou mudar de cor para procurar auxílio.” ressalta a especialista. “Boca limpa, com raspagem em dia e escovação correta é imprescindível para manter saudável qualquer procedimento estético.” completa Bruna. 

Visite seu dentista especialista em saúde bucal regularmente, mantenha sempre a higienização bucal em dia e fique atento ao processo de cicatrização do procedimento realizado e respeite as recomendações. ” finaliza a Dra. Bruna Conde.

 

Dra. Bruna Conde - Cirurgiã Dentista.
CRO SP 102038


Como “vender” o seu serviço se o código de ética da sua profissão não permite propagandas?

Alguns profissionais como, por exemplo, médicos, nutricionistas, psicólogos e advogados, não podem divulgar seus serviços porque os conselhos que regulamentos essas profissões não permitem que eles façam propagandas do próprio negócio. 

Mesmo com a autorização do cliente/paciente, para esses profissionais não consentido postar resultados de procedimentos médicos ou processos jurídicos, não é tolerado fazer propaganda dos serviços, das formas de pagamento ou descontos, nem divulgar promoções ou sorteios. Para eles, também não é admitido fazer qualquer divulgação ou dizer expressões como “o melhor advogado”, “o tratamento mais eficiente”, “o único capacitado para”, ou “resultado garantido”. 

Mas se esses profissionais não são autorizados a fazer propaganda, como se destacam em áreas tão concorridas? É aí que entram algumas ferramentas da comunicação como, por exemplo, as redes sociais, os blogs, o networking e a assessoria de imprensa. Você sabe como essas ferramentas podem ajudar a divulgar o seu negócio? Saiba mais abaixo:

 

Redes Sociais: Com seu poder de dar grande visibilidade ao profissional, nas redes sociais, o advogado ou profissionais de saúde podem postar conteúdo educativo com dicas de saúde ou jurídicas. Lembrado que devem ser conteúdos informativos, curtos e simples de entender. Por favor, esqueçam as dancinhas!

 

Site: Apesar de ter menos visibilidade que as redes sociais, ter um site significa marcar presença no ciberespaço. Lembre-se que não basta colocar seu telefone, e-mail, endereço e contar o que faz. É essencial otimizar a técnica de SEO - Search Engine Optimization (otimização de mecanismos de busca), para o site se destacar nas pesquisas do Google e gerar tráfego orgânico (aquele que não é pago).

 

Páginas de Conteúdo (Blog): São excelentes para publicar conteúdos extensos com informações relevantes, podendo explicar melhor o que foi publicado nas redes sociais e até exemplificar e auxiliar no entendimento do leitor. Nesta página, o profissional pode mostrar todo o seu conhecimento sobre sua área de atuação. Manter um blog ativo, não é simples, é preciso ter disciplina. Por isso, algumas pessoas preferem delegar esse serviço à um jornalista/redator ou assessor de imprensa.

 

Networking: Network é um termo inglês. “Net” é rede e “work” é trabalho e na tradução livre significa rede de relacionamentos ou rede de contatos. O networking nada mais é que uma rede de pessoas que trocam informações e conhecimentos entre si. Participar de uma rede de contatos é fundamental para qualquer profissional ou empresa ganhar visibilidade e potencializar as oportunidades por meio de relacionamentos. 

E por último está a assessoria de imprensa. Uma das formas mais eficiente e eficaz de dar credibilidade ao trabalho desses profissionais, pois serão terceiros apresentando o profissional como uma fonte fidedigna de informação.

 

Assessoria de imprensa: Apesar da difusão dos meios digitais como principal ferramenta de busca e informações e preciso ter em mente que para quem não é permitido fazer uma propaganda como, por exemplo, os médicos, nutricionistas, psicólogos e advogados, a melhor saída é participar de uma entrevista na tv, rádio, sites, revistas e jornais. 

Por isso, a assessoria de imprensa é uma ferramenta da comunicação muito útil para esses profissionais. Por meio desse serviço, eles são convidados a participarem de entrevistas em matérias jornalísticas, que têm como função esclarecer a sociedade sobre um determinado assunto, levando informação de qualidade e indiretamente difundindo com credibilidade e autoridade profissionais, serviços e negócios. 

Neste tipo de divulgação, o profissional não pode se autopromover, mas ele é apresentado pelo nome, especialidade e empresa que representa. Com a assessoria de imprensa, além de consolidar sua imagem na comunidade em que atua, o profissional também se torna reconhecido, valorizado e respeitado por clientes e colegas de profissão. 

Existem muitas outras profissões e negócios que não são autorizados a fazer propaganda. Um exemplo disso, são os laboratórios farmacêuticos, que não podem fazer publicidade de remédios genéricos. Neste caso, eles fazem uso do networking no balcão da farmácia, e se utilizam da força da assessoria de imprensa para falar sobre as doenças que os medicamentos tratam, indiretamente, estão divulgando o remédio.

  

Adriana Vasconcellos Soares - formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes e Pós-graduada em Comunicação Organizacional e Relações Públicas pela Faculdade Cásper Líbero. Atua desde 2.000 no desenvolvimento de estratégias para divulgar empresas, produtos, e serviços em geral. Atualmente é sócia da Six Bureau de Comunicação, uma agência focada em Comunicação Empresarial e Assessoria de Imprensa. Fundada em 2012, a Six Bureau de Comunicação é especializada em desenvolver e estabelecer mecanismos de comunicação que gerem novos negócios, fixe a marca e alavanquem a credibilidade de seus clientes na mídia jornalística.


WhatsApp e Facebook ameaçam nossa privacidade?

Francisco Gomes Júnior, advogado especialista em direito digital, explica como o compartilhamento de dados pessoais nas mídias sociais afronta a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados)

 

Muito se ouve falar sobre possíveis invasões de privacidade e captura ilegal de dados pessoais pela META (novo nome do Facebook dado pelo seu fundador Marck Zuckerberg). Mas, como acontecem estas supostas irregularidades? Nós, de alguma forma, autorizamos acesso a nossos dados pessoais?

Infelizmente a resposta é sim. Os termos de privacidade do WhatsApp afetam a privacidade dos usuários ao permitir que os dados pessoais coletados no uso do aplicativo possam ser compartilhados com outras mídias sociais do mesmo grupo econômico, como o Facebook. E nós concordamos com esses termos ao utilizar o aplicativo, assim como aceitamos cookies sem saber do que se trata.

Segundo Francisco Gomes Junior, especialista em direito digital e presidente da ADDP (Associação de Defesa de Dados Pessoais e Consumidor), os termos de uso do WhatsApp afrontam diretamente a LGPD (Lei Geral de Proteção dos Dados), que regulamenta como devem ser colhidos, armazenados, usados e excluídos. “De acordo com a legislação, dados pessoais somente podem ser utilizados mediante uma das hipóteses nela previstas e cabe a cada indivíduo gerir quando e por quem seus dados podem ser utilizados.”

No caso das mídias sociais, o consentimento do usuário é fundamental para que seus dados possam ser compartilhados. E o WhatsApp, aparentemente, não propicia a escolha ao titular dos dados pessoais. Não há opção, ou se concorda ou não se usa o aplicativo. Já existem questionamentos administrativos e de órgãos de defesa do consumidor sobre estes termos, mas, até o momento, não há indicativo de que o WhatsApp aceite negociar alterações para que se obedeça a LGPD e o direito de escolha do usuário.

Já no caso do Facebook, há uma questão mais antiga. Como se sabe, a rede coleta dados do usuário (até mesmo quando não se está usando o aplicativo). E, em algumas situações, comercializou esses dados para a utilização de outras empresas. O caso mais famoso foi o “Cambridge Analytica” onde se utilizou as informações colhidas no Facebook para estratégias eleitorais e interferências nas eleições americanas e no Grexit (a votação que retirou a Grã-Bretanha da Comunidade Europeia).

O Facebook vem ao longo dos últimos anos sofrendo inúmeras acusações de utilização indevida dos dados e busca sempre celebrar acordos, pagando indenizações e multas para livrar-se de acusações mais sérias. 

Dizendo combater essa prática abusiva de captura de dados, a Apple lançou para as versões a partir do software “iOS 14.5” a ferramenta ATT (App Tracking Transparency). Assim, os usuários de iOS receberão uma notificação em forma de pop-up na tela sempre que acessem aplicativos que coletam e compartilham dados com terceiros. Com isso, o usuário saberá quais aplicativos querem coletar seus dados e autorizará ou não essa operação. É uma prática aderente à LGPD.

A reação do Facebook a esta atualização foi forte. Alegando que esta restrição irá afetar seu modelo de negócio, o Facebook ameaça iniciar processo judicial contra a Apple. Segundo o Facebook, esta limitação irá encarecer o custo da internet para o usuário final, já que muitos serviços online são gratuitos, uma vez que são financiados pela exibição de publicidade, realizada com a coleta dos dados.

“A LGPD, como se sabe, trouxe uma série de regras para o tratamento de dados pelas empresas públicas e privadas, com o objetivo de dar garantias ao usuário de que seu direito à privacidade será respeitado. A credibilidade do sistema de proteção de dados está sendo testada. E, como se tem visto, muitos vazamentos de dados têm acontecido de forma massiva pela invasão de sistemas de ministérios e empresas públicas e não somente de empresas privadas.  Esperamos que se tenha isonomia na aplicação das sanções”, complementa Gomes Júnior.

De fato, há situações ainda não resolvidas pela ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados), como as invasões aos sites do Ministério da Saúde no fim de 2021, que resultaram na retirada do aplicativo Conecte SUS do ar por mais de 10 dias, prejudicando milhões de pessoas. Essa, como outras situações, ainda não teve sanções ou mesmo outras medidas anunciadas pela ANPD. 


Zillennials: como engajar a geração desengajada?

  

Atrair e reter profissionais da geração Z está cada vez mais difícil. Extremamente seletivos e criteriosos, oferecer uma boa remuneração já não se mostra suficiente para esses jovens – conquistados, ao invés disso, por uma companhia que tenha uma cultura e ambiente de trabalho alinhados aos seus valores pessoais. Na tentativa constante de conciliar esses interesses, os programas de treinamento se mostram como uma das ações mais eficazes para garantir a satisfação dos zillennials na companhia e, os incentivá-los a crescer e prosperar junto com o negócio.

Representados por aqueles que nasceram entre 1993 e 1998, a geração Z já representa uma boa quantia da força de trabalho em diversos países e, ainda, da população mundial – totalizando cerca de 31%, segundo dados de um estudo conduzido pela Organização das Nações Unidas. Mesmo conquistando cada vez mais protagonismo, os empecilhos para fazer com que se sintam realizados em uma oportunidade profissional ainda são grandes.

Cerca de 53% desses profissionais estão insatisfeitos com as oportunidades do mercado, de acordo com um relatório divulgado pela seguradora MetLife. Como justificativa desse volume, muitas empresas ainda focam apenas em oferecer altos salários a seus trabalhadores – enquanto, para a Geração Z, se torna muito mais valioso entrar para uma companhia que se preocupe com fatores ambientais, éticos, de inclusão, de preocupação à saúde mental e, que ofereça a possibilidade de equilibrar a vida laboral e pessoal.

Vagas que proporcionam uma rotina que incentive o crescimento profissional e a possibilidade de se desenvolver, são completamente atrativas para os zillennials. Diante de profissionais altamente criativos, empenhados e multitarefas, é essencial garantir que se sintam parte de um propósito muito maior dentro da empresa. Felizmente, muitos programas de treinamento e capacitação são capazes de conquistar esse objetivo.

Mesmo diante de cursos de graduação excepcionais disponíveis, muitos jovens estão chegando ao mercado de trabalho completamente desalinhados frente às necessidades corporativas. Grandes habilidades tecnológicas e de agilidade em processos estão presentes nos zillennials – mas, o entendimento apropriado das relações humanas para o andamento de projetos assertivos, são características falhas em sua grande maioria.

A incapacidade em lidar com conflitos, pressões, exigências e funções intensas corriqueiras em diversas companhias, faz com que muitos desses profissionais não consigam administrar esses fatores e, troquem constantemente de empregos em sua jornada. Por isso, é importante que a organização assuma um papel de educador para a Geração Z, por meio de estratégias de ensinamento que incluam desde o on boarding desse profissional, até seu dia a dia na empresa.

Como regra geral, a metodologia aplicada nestes treinamentos deve sempre trazer a importância de suas funções para o crescimento da companhia. Mas, diferentemente da geração Y e dos baby boomers, que conseguem absorver o conteúdo ofertado com qualidade por meio de aulas extensas e expositivas, os zillennials, certamente, apresentarão melhores resultados por meio das famosas pílulas de conhecimento. Ou seja, vídeos curtos, de no máximo 30 minutos, exibidos com uma maior periodicidade.

Se tratando do conteúdo em si, é essencial criar um material didático que inclua todos os pontos importantes para uma ética de trabalho – desde como se vestir adequadamente, qual a cultura da empresa e o que é esperado dele, até quais as perspectivas a curto, médio e longo prazo. Mas, o sucesso do aprendizado de todos esses pontos dependerá, obrigatoriamente, de uma boa liderança por trás.

Os líderes responsáveis por esses treinamentos devem desenvolver um poder empático e de não julgamentos, diante de imensas diferenças de hábitos, perfis e opiniões que, certamente, existirão entre esses profissionais. É preciso criar uma condição voltada para essa cultura mais jovem e saber como engajá-los, atuando como verdadeiros mentores nesse desenvolvimento.

Um bom currículo não é mais sinônimo ou segurança de contratar um profissional qualificado para o seu negócio. Diante de uma geração extremamente exigente por princípios completos, é papel das empresas lapidar esses jovens e oferecer a devida orientação pedagógica para seu desenvolvimento corporativo. Quando conduzidos, ainda, por gestores preparados para treinar e capacitar esses perfis, o caminho de prosperidade certamente será mais virtuoso – com menos rotatividade e desgaste para todos.

  

Pollyana Guimarães - idealizadora da Evoluzi, empresa de curadoria de treinamentos corporativos.

 

Evoluzi

https://evoluzi.com.br/

 

Seja um líder emocionalmente inteligente

Qual seu estilo de Liderança? Que tipo de lidar costuma ser nos diversos papéis que exerce e nas variadas situações do cotidiano? Faz mais sentido para você ser aquele que altera o tom de voz, tem comportamentos reativos e impulsivos ou você prefere lidar com os estados emocionais que lhe “tiram do sério”, respirar fundo e analisar as diversas alternativas para se comunicar, antes de agir?

Em um ambiente corporativo, as pessoas são expostas a diversos fatores e situações estressantes e que influenciam diretamente seus comportamentos. Cobrança constante, rejeições, frustrações e pressão, em alguns momentos tendem a gerar uma carga considerável de emoções e sentimentos, que se não bem administrados, podem causar resultados indesejáveis.

Assim, quem possui um cargo de Liderança, deve ser capaz de separar e lidar com os diversos aspectos emocionais, deixando com que a razão e o conhecimento técnico, sejam também bem utilizados. Quando cito “deixar”, refiro-me a quantidade de impulsos emocionais que são produzidos a cada segundo por nosso cérebro e que podem, ocasionalmente, inibir comportamentos e atitudes racionais, acelerando e estimulando respostas verbais e não verbais com alta carga emocional. Para se ter uma ideia o cérebro racional emite 40 impulsos (entenda impulso como uma ação ou reação do cérebro) por segundo enquanto o cérebro emocional, 40 milhões de impulsos por segundo. Isso significa que o estímulo emocional chega a ser 1 milhão de vezes mais rápido que o racional. Por isso já ouvimos há anos das pessoas mais experientes: “Conte até 10” ou “Aguarde até amanhã”. Essas frases têm em seu conceito, o Acalmar do cérebro emocional e o Despertar do cérebro racional.

Para que você possa influenciar pessoas e times, você primeiramente precisa estar bem. Para entregar seu melhor, transbordar conhecimento, exemplo e referência, você precisa estar cheio. Para liderar pessoas, você primeiramente precisa se liderar.

Saber lidar com seus sentimentos e pensamentos, trata-se de um fundamento essencial para liderar outras pessoas. Conhecer e reconhecer isso, lhe ajudará, cada vez mais a impactar, influenciar outras pessoas, regular os ânimos do time e proporcionar com mais assertividade o engajamento de cada um.

Em 2018 a ONU (Organização das Nações Unidas) na reunião anual do WEF (World Economic Fórum) já havia elegido a Inteligência Emocional como uma das 10 Habilidades mais essenciais ao Profissional do Futuro. Após menos de dois anos e potencializada pela pandemia do COVID-19, a Habilidade de ser Emocionalmente Inteligente, se tornou talvez a mais necessitada para os Líderes Corporativos.

Segundo Daniel Goleman, um dos Especialistas mais importantes no estudo da Inteligência Emocional, ser Emocionalmente Inteligente é: “A Capacidade de criar Motivações para si próprio e de Persistir em um objetivo apesar dos percalços; de saber Lidar com Impulsos e aguardar pela satisfação dos seus desejos; de se manter em Bom Estado de Espírito e de impedir que a ansiedade interfira na capacidade de Raciocinar; de ser Empático e Autoconfiante.”

Líderes de Sucesso sabem que uma das principais maneiras da empresa realizar seus objetivos e obter resultados de Alta Performance, mantendo um Processo de Humanização com cada colaborador, é inserir e manter a cultura da Inteligência Emocional. São 5 os Pilares da Inteligência Emocional. Abaixo faço um paralelo entre eles e a Liderança.


#1 AUTOCONHECIMENTO/ AUTOCONSCIÊNCIA EMOCIONAL
Autoconhecimento é o processo que identifica padrões de pensamentos, hábitos e emoções pessoais e, a partir disso, permite que o indivíduo consiga melhorar suas respostas comportamentais, decisões, sua resiliência e seu desempenho em resultados. “Quando não há inimigo dentro, os inimigos de fora não podem fazer nenhum mal”.

Grandes líderes conhecem e compreendem suas forças e fraquezas, se comportam com humildade e assim lidam com os desafios sem deixar que suas emoções atrapalhem o seu posicionamento e/ou tomada de decisão.

#2 AUTOGESTÃO EMOCIONAL


A Autogestão Emocional é o processo de Administrar suas Emoções, conhecendo e reconhecendo cada pensamento, estado emocional, comportamento e resultado e assim escolhendo de forma consciente, o caminho que você desejará seguir e qual emoção decide alimentar.  “Antes de liderar outras pessoas você deve se liderar primeiro. Antes de estimular uma Emoção Positiva em alguém, você precisa entrar nesse Estado Emocional”.

Líderes precisam gerenciar suas emoções principalmente nos momentos de estresse, pressão por resultados e também mediante alguma solução de problema e/ou erro.


#3 AUTOMOTIVAÇÃO
Motivação = Motivo que gera Ação. A pergunta é você tem bem formulado, determinado, com prazo e conectados com seus valores e crenças seus principais motivos? Eles estão expostos e são compartilhados? E seu Time? Tem ciência de onde e o que você deseja cegar? Eles têm consciência de que seus objetivos ficam mais próximos na medida que os objetivos da equipe e da organização também são realizados?

O Líder precisa se Automotivar, ou seja, criar seus motivos para Agir e assim estimular a Automotivação em cada membro da equipe.


#4 EMPATIA
Ouvir a equipe, ajudar os membros do time a se desenvolverem, percebendo como se passa o “mundo” de cada membro, são pontos fundamentais da Empatia.

RESPEITAR – COMPREENDER – ADMIRAR fazem parte da Tríade da Empatia, uma ferramenta comportamental que lhe ajuda a entender mais outras posições perceptivas de cada ser humano. Praticar a empatia e se colocar no lugar dos liderados é essencial para inspirar e motivar os times. Conversas sinceras e feedbacks para tentar entender diferentes pontos de vista e prestar atenção aos sinais de descontentamento são algumas maneiras de ganhar o respeito e a lealdade das pessoas.

#5 HABILIDADES SOCIAIS

As habilidades sociais interferem na liderança e na Inteligência Emocional. Um líder que não as domina não consegue responder às mudanças ou gerir conflitos, além de ter problemas em conquistar a ajuda dos membros da equipe para entregar projetos ou alcançar metas.

Grandes líderes são aqueles que estabelecem boa comunicação e bons relacionamentos. Isso ajuda na resolução de conflitos, na valorização das equipes e na otimização de resultados.

 

 Bruno Adriano – Vendedor há mais de 22 anos, trainer em Programação Neurolinguística, especialista em Inteligência Emocional para líderes e para as organizações. Treinador Comportamental Sistêmico, que tem como seu lema e conceito a frase "1% Ao Dia", pois acredita que as pessoas e empresas podem e conseguem, dia após dia, aperfeiçoar seus processos e fazer pequenos ajustes e adaptações indo ao encontro de sua vida realizadora. Autor do livro "A jornada da felicidade", pela Literare Books International.

 

Como alcançar o sucesso? Especialista alerta para a importância do planejamento

Planejamento, conhecimento e persistência, a tríade para alcançar o sucesso

 

Quem nunca se deparou com a clássica pergunta: Como alcançar o sucesso? É claro que a resposta decorre de inúmeros fatores, mas existem dois aos quais se deve dedicar uma atenção especial: O planejamento e o conhecimento técnico.

É o que alerta o advogado e especialista em gestão empresarial, Dr. Sérgio Vieira: “Não necessariamente a competência traz o sucesso, mas é o ponto de partida para ser reconhecido, você não precisa recorrer a técnicas mirabolantes para isso, não é preciso ser astronauta para ser competente, sendo um apertador de parafuso que sabe qual parafuso apertar já te torna um profissional competente.”.

Dr. Sérgio ainda chama a atenção para a ansiedade em obter resultados e como ela pode afetar a capacidade de desenvolvimento que precisa ser desenvolvida para alcançar novos objetivos.

“Atualmente há uma certa ansiedade, as pessoas buscam o sucesso sem se preocupar com a competência, com o conhecimento técnico, focam em reconhecimento, número de curtidas, seguidores e se esquecem do básico que é fazer algo bem feito. [...] A preparação é essencial para atingir o sucesso”.

Esse desejo de se atingir o sucesso “na velocidade da luz” decorre, ainda segundo Dr. Sérgio, da inobservância do enorme processo de preparação necessário antes de alguém alcançar o sucesso, dando assim a impressão de que ele foi obtido de forma rápida e meteórica.

"Faça tudo o que for necessário para que no período de execução você entregue o seu melhor, pois caso o reconhecimento, o sucesso, os aplausos não venham, volte à etapa de planejamento, o sucesso é o fruto do seu trabalho. A excelência em realizar determinadas tarefas é uma habilidade que ninguém te tira, já o sucesso é algo volátil que precisa ser alimentado infinitamente.”.

Apesar da enorme importância do conhecimento técnico ressaltada pelo Dr. Sérgio Vieira, ele alerta que apenas ele não é um fator determinante para a obtenção de resultados, observando que a persistência também auxilia bastante nesse processo, ajudando a contornar desafios e “limitações”.

“As maiores notas na escola e na faculdade, não necessariamente refletem quem se torna um profissional de sucesso ou não, os mais esforçados costumam ter mais destaque nas suas empresas e profissões, isso se deve ao fato de que são pessoas que têm consciência das limitações que têm e conseguem buscar alternativas para complementar e suprir isso.”.

 

 

Dr. Sérgio Vieira - Advogado, sócio do maior escritório de advocacia empresarial do Brasil, Nelson Wilians Advogados, MBA em gestão e negócios, Conselheiro OAB AM e especialista em gestão empresarial.

 

Fatecs divulgam locais de exame para o Vestibular do próximo domingo

Mais de 51 mil candidatos devem fazer a prova presencial, a partir das 13 horas, no dia 17 

Candidato pode conferir, na internet, local em que fará o exame das Faculdades de Tecnologia; gabarito oficial será divulgado em 18 de julho

 

Está disponível para consulta, no site vestibularfatec.com.br, os locais em que os candidatos a uma vaga das Faculdades de Tecnologia do Estado (Fatecs) farão a prova, no próximo domingo (17). O exame do processo seletivo para o segundo semestre de 2022 será aplicado em 121 unidades de ensino do Estado
de São Paulo.

Mais de 51 mil candidatos devem fazer a prova, que começa às 13 horas e terá 5 horas de duração. Os portões das escolas serão abertos às 12h15. A confirmação do local para realizar o exame é de responsabilidade do candidato.

O gabarito oficial será divulgado em 18 de julho, a partir das 15 horas, no site www.vestibularfatec.com.br. O cronograma completo do Vestibular das Fatecs do segundo semestre de 2022 pode ser consultado aqui.

 Outras informações pelos telefones (11) 3471-4103 (Capital e Grande São Paulo) e 0800-596 9696 (demais localidades) e pela internet.

 


Foto: Gastão Guedes

Centro Paula Souza – Autarquia do Governo do Estado de São Paulo vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o Centro Paula Souza (CPS) administra as Faculdades de Tecnologia (Fatecs) e as Escolas Técnicas (Etecs) estaduais, além das classes descentralizadas – unidades que funcionam com um ou mais cursos, sob supervisão de uma Etec –, em cerca de 360 municípios. As Etecs atendem mais de 226 mil alunos nos Ensinos Técnico, Integrado e Médio. Nas Fatecs, o número de matriculados nos cursos de graduação tecnológica supera 96 mil estudantes.


13 situações que configuram violência obstétrica

“É um total desrespeito à mulher, à sua autonomia, ao seu corpo e aos seus processos reprodutivos”, diz o ginecologista Carlos Moraes


 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), violência obstétrica se refere à “apropriação do corpo da mulher e dos processos reprodutivos por profissionais de saúde, na forma de um tratamento desumanizado, medicação abusiva ou patologização dos processos naturais, reduzindo a autonomia da paciente e a capacidade de tomar suas próprias decisões livremente sobre seu corpo e sua sexualidade; o que tem consequências negativas em sua qualidade de vida”. 

O levantamento “Nascer no Brasil”, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostra que 30% das mulheres atendidas em hospitais privados sofrem violência obstétrica, enquanto no Sistema Único de Saúde (SUS) a taxa é de 45%. 

“A conduta vexatória pode ocorrer durante a gestação, o parto e pós-parto, manifestando-se por meio de violência verbal ou física e pela adoção de intervenções e procedimentos desnecessários e/ou sem evidências científicas. Ou seja, um total desrespeito à mulher, à sua autonomia, ao seu corpo e aos seus processos reprodutivos”, reforça Carlos Moraes, ginecologista e obstetra pela Santa Casa/SP, Membro da FEBRASGO e Especialista em Perinatologia pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein, e em Infertilidade e Ultrassom em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO. 

Segundo o psiquiatra Adiel Rios, pesquisador no Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP e do Programa de Reconhecimento e Intervenção em Estados Mentais de Risco; a violência obstétrica tem o potencial de ser uma grande deflagradora do sofrimento materno. 

“Da gestação até o parto, a mulher passa por grandes alterações físicas, hormonais e psíquicas, favorecendo a vulnerabilidade emocional e possíveis transtornos psiquiátricos. Ao sofrer violência obstétrica, todo esse quadro é potencializado, aumentando as chances de depressão pós-parto, disfunções sexuais, transtorno do estresse pós-traumático e alteração na autoimagem corporal”, alerta Adiel Rios. 

Para entender quais situações são consideradas como violência obstétrica, o ginecologista Carlos Moraes listou algumas das principais:

 

Violência emocional

Xingar, humilhar, fazer comentários constrangedores em razão da cor, da raça, da etnia, da religião, da orientação sexual, da idade, da classe social ou do número de filhos são exemplos de violência emocional.

 

Proibir acompanhante

A lei do direito ao acompanhante, em vigor desde 2005, diz que a gestante tem o direito de ser acompanhada por pessoa de sua escolha durante sua permanência no estabelecimento de saúde. (Lei nº 11.108/2005). “Nenhum médico pode negar a presença de um acompanhante durante toda a gestação, no parto e pós-parto imediato. Se houver essa restrição logo no início do pré-natal, já reveja sua escolha”, ressalta Carlos Moraes.

 

Exame de toque exagerado

Por ser doloroso e incômodo no trabalho de parto, além de haver risco de infecção/contaminação, o exame de toque não deve ser feito o tempo todo e tampouco sem o consentimento da paciente.

 

Ocitocina sem necessidade

Chamada de “sorinho”, a ocitocina sintética é injetada na veia para acelerar as contrações uterinas e, consequentemente, o trabalho de parto. No entanto, quando a substância é utilizada em um parto que evolui normalmente ou se a dose for maior do que o necessário, pode provocar contrações uterinas excessivas e até diminuir o fluxo sanguíneo do bebê, aumentando o risco de fazer uma cesárea.

 

Amniotomia (rompimento da bolsa)

O rompimento precoce da bolsa, associado ou não à ocitocina, não deve ser realizado em mulheres que estejam evoluindo bem no trabalho de parto.

 

Realização da Manobra de Kristeller

Feito tanto no parto normal como na cesárea, o procedimento consiste na pressão da parte superior do útero com o objetivo de facilitar a saída do bebê. Apesar de proibida pelo Ministério da Saúde e pela OMS, a técnica ainda é realizada em alguns hospitais no Brasil, principalmente no SUS. Os riscos são: ruptura do fígado ou baço, fratura de costelas, descolamento da placenta, traumas encefálicos no bebê, entre outros.

 

Realização de Tricotomia e Enema

Tanto a tricotomia pubiana e perineal (raspagem dos pelos) como o enema (lavagem intestinal) não devem ser realizados durante o trabalho de parto sem o consentimento da paciente.

 

Episiotomia sem necessidade ou sem informar à mulher

Trata-se do corte feito entre a região da vagina e do ânus para facilitar a saída do bebê. Mesmo que a OMS tenha determinado critérios sobre o procedimento, médicos realizam a episiotomia rotineiramente, sendo que, muitas vezes, ela não é necessária. Estima-se que o corte seja feito em cerca de 80% das brasileiras, sem notificar ou questionar a paciente.

 

Negar escolha da posição do parto

A mulher pode (e deve) escolher sua posição de parto, não sendo obrigada a ficar em posição de litotomia (deitada com a barriga para cima e pernas levantadas). “A paciente tem o direito de decidir se quer ficar de cócoras, agachada ou em qualquer outra posição que seja mais confortável para ela”, diz o ginecologista Carlos Moraes.

 

Proibir dieta e líquidos

Não se pode impedir que a mulher se alimente e beba água durante o trabalho de parto. Muitas pacientes ficam horas em jejum. Mulheres em trabalho de parto podem ingerir líquidos e dieta leve.

 

Negar anestesia

Toda gestante tem o direito de receber anestesia, se for solicitada ou necessária. No entanto, a medicação não pode impedi-la de se mexer, andar e, principalmente, fazer força em caso de parto normal.

 

Cesárea sem necessidade

A mulher não é obrigada a fazer uma cesariana, a não ser que haja problemas de saúde ou complicações durante o trabalho de parto. A cesárea é uma cirurgia e pode gerar hemorragia, infecções e danos a órgãos internos da gestante, sem que fosse necessário assumir o risco de ter estas complicações.

 

Dificultar o contato imediato com o bebê e a amamentação

As mulheres devem ser estimuladas a ter contato pele a pele imediato com a criança e a amamentar, logo após o nascimento. “Independentemente do tipo de parto, o bebê deve ser levado à mãe assim que nascer e ser amamentado logo após ser limpo”, esclarece o ginecologista.   

 

Como denunciar

É fundamental que vítimas de violência em qualquer fase da gestação ou do parto, realizados em redes de saúde pública ou privada, denunciem a ocorrência. As denúncias podem ser realizadas junto à ouvidoria do hospital, ao Ministério Público, à Defensoria Pública da região, à Secretaria de Saúde do seu Município ou na ouvidoria da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em caso de ser beneficiária de plano de saúde.

 

Denúncias também podem ser feitas pelo número 180 ou pelo Disque Saúde 136. “A paciente deve denunciar quem praticou violência obstétrica nos conselhos de classe e promover na justiça ação para reparação dos seus danos materiais, estéticos e/ou morais”, complementa o ginecologista Carlos Moraes.

 

As leis municipais e o plástico de uso único

A “inquisição contra o plástico de uso único” parece não ter fim, sendo que as investidas parecem que saíram do prisma do uso consciente de um produto fruto de anos de investimento em tecnologia em material inerte, com alto teor de reciclabilidade e/ou passível de recuperação energética, para o prisma político eleitoreiro. 

A velocidade da propagação de notícias falsas relacionadas com o “meio ambiente” e o suposto vilanismo do plástico chega ao ponto de influenciar os legisladores que, na maioria das vezes, desavisados, iludidos e induzidos ao erro, produzem normas inconstitucionais inviabilizando setores inteiros e gerando desemprego. 

Outra norma em discussão no Judiciário (STF) é uma lei municipal da cidade de Marília, interior de São Paulo, vale dizer, a Lei Municipal nº 7.282/2011, que estabelece, no âmbito do Município de Marília/SP, a obrigatoriedade de utilização, pelos estabelecimentos daquela localidade, de embalagens plásticas (sacolas e sacos de lixo) confeccionadas em material biodegradável ou reciclado, bem como estabelece os requisitos para que tais embalagens sejam consideradas compatíveis com o padrão estabelecido pela norma, como também que a participação do Poder Executivo na política fica restrita à fiscalização do cumprimento e aplicação das penalidades, de acordo com o contido nos seus respetivos artigos. 

Referida norma afeta diretamente as empresas que fabricam máquinas para esse tipo de produto, pois ao proibir a utilização dos denominados “plásticos de uso único”, na prática está inviabilizando a fabricação desses produtos e, por consequência lógica, a indústria brasileira de máquinas desses setores (plásticos). Neste contexto a ABIMAQ apresentou manifestação no processo e que está no STF (RE Nº 732.686-SP), em sede de repercussão geral, cujo tema é o de nº 970, e visa a análise das inconstitucionalidades formal e material da lei municipal que dispõe sobre o meio ambiente. 

A intenção é levar aos ministros do STF, maiores elementos e informações que possam contribuir com o debate da forma mais isenta possível, sem preconceitos, pois diante da sua importância como entidade de grande representatividade e relevância do setor de bens de capital no contexto da economia brasileira, qualquer decisão que o STF der ao caso, repercutirá na atividade econômica de grandes setores da indústria nacional. 

A simples vedação de utilização/fornecimento de um produto estampada não é razoável nem proporcional e contraria a Política Nacional de Resíduos Sólidos que prevê a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, sendo um dever a sua implementação, de forma individualizada e encadeada, abrangendo fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e os titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos. E, no âmbito da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, cabe ao titular de serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, observado, se houver, o plano municipal/estadual de gestão integrada de resíduos sólidos. 

Leis que buscam vedar produtos legais, em tese, sempre terão um semblante de inconstitucionalidade, pois o verdadeiro vilão não é o plástico de uso único, mas sim o próprio poder público que é omisso nas suas atribuições basilares de políticas públicas de educação ambiental com relação ao uso e descarte consciente de produtos de plástico fabricados com o objetivo de descarte após o primeiro uso, além do cumprimento das diretrizes quanto ao incentivo e implantação da coleta seletiva nos municípios previstas na Política Nacional de Resíduos Sólidos. 

Plástico é um material versátil, constituído de polímeros que possuem duas categorias principais, aqueles que podem ser modificados sem danificar sua estrutura molecular, com a exposição ao calor (termoplásticos) e outros que terão sua organização molecular desestruturada quando submetidos a determinadas temperaturas (termofixos). Suas características físico-químicas, permitiram a maior conservação de alimentos, água, medicamentos, inclusive quando submetido a choques de temperatura ([1]). 

Não há garantias de que as medidas propostas em legislações municipais e estaduais eliminarão as causas raízes que levam ao descarte irregular de resíduos sólidos, alcançando rios e mares. Proibições desse tipo com evidente ausência de embasamentos técnicos sobre sua eficácia e análise dos impactos ambientais ao longo do ciclo de vida dos materiais propostos para substituir o plástico (que podem proporcionar maior consumo de água e geração de efluentes, além de prejuízos à saúde pública) demonstra que estamos no caminho contrário ao que significa “Economia Circular”. 

A ausência por parte do poder público denota uma afronta ao art. 225, § 1º, VI, da Constituição Federal, que estabelece a promoção da educação ambiental e a conscientização pública para a preservação, conservação e recuperação do meio ambiente no Estado.




Caio Cesar Braga Ruotolo - advogado e sócio do escritório Luiz Silveira Sociedade de Advogados. Consultor Jurídico da ABIMAQ. Juiz do Tribunal de Impostos e Taxas do Estado de São Paulo. Membro do Conselho de Assuntos Tributários da Fecomércio em São Paulo. Foi Coordenador Jurídico da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Foi membro da Comissão de Direito Tributário da OAB/SP (2017/2018) e da Comissão de Assuntos Fiscais da CNI (2014-2020). Pós Graduado com Especialização em Direito Empresarial pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e em Direito Constitucional pela Escola Superior de Direito Constitucional e em Gestão de Recursos Humanos. Experiência consultiva e contenciosa nas áreas de direito tributário, empresarial, ambiental, aeronáutico e crimes contra a ordem tributária.

 


[1] https://royalsocietypublishing.org/doi/pdf/10.1098/rstb.2008.0304

 

Posts mais acessados