Pesquisar no Blog

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Tempo seco e saúde respiratória saiba como amenizar os desconfortos

No período de estiagem é preciso redobrar os cuidados com a hidratação para não adoecer mais facilmente


A semana é marcada pela elevação de temperatura e queda na umidade em boa parte do Brasil. Em alguns lugares do país, o índice de umidade relativa do ar deve ficar abaixo dos 20%, o que é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) um estado de alerta. Em situação mais crítica, Cuiabá (MS) registrou umidade relativa em torno dos 10%.

Em muitas regiões brasileiras, o inverno já é um período frio e seco. A estiagem prolongada pode trazer diversos incômodos e aumentar a incidência de visitas aos hospitais e prontos-socorros. Mas, por que isso ocorre?

A otorrinolaringologista Dra. Maura Neves, da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial - ABORL-CCF, explica que a principal função do nariz é umidificar, filtrar e aquecer o ar que inalamos e, quanto mais seco está o ar, maior é a demanda da mucosa nasal para conseguir exercer sua função. "É por isso que, nos períodos de estiagem, a mucosa nasal fica ressecada, levando a microfissuras que podem sangrar", explica.

Esse sangramento pode ser rápido e se resolve sozinho. A atenção especial é no caso de pacientes que perdem sangue de forma mais profusa, necessitando de auxílio médico, como aqueles que fazem uso de medicamentos anticoagulantes ou anti-hipertensivos ou que têm algum problema de saúde. "Mas pessoas saudáveis também podem ter sangramentos intensos", alerta.

Outro problema do tempo seco é que ele afeta as defesas da mucosa respiratória, nos deixando mais suscetíveis a doenças como gripes, resfriados, rinites, sinusites e outras enfermidades típicas da estação.

"O ressecamento nasal pode ser amenizado através de lavagem nasal com solução salina várias vezes ao dia, principalmente se usar um gel no lugar do soro, pois ele permanece mais tempo no nariz. Outra medida é colocar umidificadores no ambiente e aumentar a ingestão de líquidos para manter o equilíbrio no organismo", enumera Dra. Maura.

A otorrino ensina que a lavagem do nariz com solução salina deve ocorrer três vezes ao dia como forma de prevenção e, no caso de doenças respiratórias, aumentar essa frequência para até seis vezes ao dia. "E se houver a sensação de ressecamento, apesar das lavagens, pode ser usada a solução salina em gel para aliviar o desconforto."

A médica lista abaixo medidas práticas para amenizar os desconfortos causados pela estiagem e evitar complicações:

1. Beba água: quando desidratados o nariz e garganta ficarão mais secos;

2. Use umidificadores: eles umidificam o ar inalado e reduzem o ressecamento;

3. Evite fazer exercícios nos horários mais quentes e secos, especialmente a tarde;

4. Use soro fisiológico para lavagem nasal;

5. Na presença de outros sintomas como nariz entupido, espirros, coriza, tosse seca, falta de ar e rouquidão procure seu médico!


Alergia alimentar e vegetarianismo: como conduzir a dieta?


“É fundamental que o paciente vegetariano com alergia alimentar faça o acompanhamento com o alergista e nutricionista”. A afirmação é da Dra. Lucila Camargo, membro do Departamento Científico de Alergia Alimentar da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).

 

Ela explica que as alergias alimentares, por si só, já trazem um risco nutricional importante e, aliada à dieta vegetariana, a atenção deve ser ainda maior. Isso porque com a confirmação diagnóstica da alergia a determinado alimento, o primeiro passo é excluí-lo da dieta. Leite, ovos, trigo e amendoim estão entre os oito principais alérgenos alimentares, mas têm se notado também um aumento na frequência de alergias a frutas, dentre as quais é possível destacar a banana, e sementes e castanhas em geral.

 

“Pode haver reatividade cruzada entre diferentes fontes alimentares e é preciso diferenciar se é uma reatividade apenas laboratorial ou clínica”.  Daí a importância da investigação pelo especialista, para minimizar a necessidade de restrição alimentar. 

A especialista ainda explica que a população vegetariana, geralmente, tem um aporte calórico menor e, por isso, precisa se alimentar ao longo do dia com mais frequência e com atenção aos micronutrientes.

 


ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia

https://auv.short.gy/ASBAIpodcast

https://www.facebook.com/asbai.alergia

https://www.instagram.com/asbai_alergia/

https://www.youtube.com/?gl=BR&hl=pt

Twitter: @asbai_alergia

www.asbai.org.br

Novo medicamento para câncer de pulmão aumenta expectativas de redução tumoral em pacientes tabagistas

Estudo britânico identificou que a droga Sotorasib pode controlar a doença por um ano em 15% dos pacientes

 

O tabagismo é fator de risco para diversas doenças, entre elas, o câncer de pulmão, que tem como principais tratamentos a cirurgia, a radioterapia nos casos iniciais e a quimioterapia nos casos avançados. Recentes descobertas demonstraram que o câncer de pulmão é um conjunto de várias neoplasias completamente distintas do ponto de vista genético. Tais descobertas desencadearam em uma avalanche de novos tratamentos mais direcionados, como o publicado na The New England Journal of Medicine este ano, que demonstrou que o medicamento Sotorasib pode ser efetivo para os pacientes tabagistas com a mutação KRAS p.G12C, identificada em aproximadamente 15% dos pacientes com adenocarcinoma de pulmão.

O estudo multicêntrico em questão foi realizado com 126 pacientes, sendo que a maioria (81%) havia passado pela quimioterapia. A principal resposta foi observada em 46 pessoas, ou seja, 37% dos participantes, que apresentaram capacidade de redução tumoral por aproximadamente um ano. Segundo o Dr. Carlos Henrique Teixeira, oncologista do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, essa nova forma de tratamento vai produzir um ganho até então inédito para esses pacientes, a chegada da terapia alvo, isto é, comprimidos inteligentes para tratar o câncer ao invés de quimioterapia. "É a primeira vez que uma droga é identificada para esse grupo de pacientes. Nossas expectativas são muito boas para a utilização desse medicamento", diz.

 


Hospital Alemão Oswaldo Cruz

https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/


Olhos sofrem com o ar mais seco, oftalmo explica

Incomodo pode até gerar casos mais graves, como ceratocone e conjuntivites


A saúde dos olhos é mantida por meio da lágrima e de algumas glândulas de gordura em volta dos cílios. Se o ar está mais seco, há uma tendência a alterações na qualidade ou quantidade de lágrimas, causando ressecamento, que pode levar ao aparecimento de doenças, em especial as alergias oculares.

"Muitas pessoas manifestam alergias oculares e em tempos de estiagem é comum aparecerem os casos de conjuntivites alérgicas", conta Dr. Hallim Féres Neto, Membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia.

Segundo o médico, o verão costuma ser mais úmido e, por isso, a poeira suspensa no ar gruda nas partículas de água e, com o peso, caem no chão. Por outro lado, com o ar seco, as micropartículas ficam mais tempo em suspensão no ar, facilitando que entrem em contato com nossas mucosas (olhos, nariz e garganta), favorecendo as alergias.

A coceira é um dos principais incômodos sentidos pelos pacientes com alergia ocular e esse sintoma merece atenção especial: "o ato de coçar os olhos pode ser muito prejudicial, levando inclusive a algumas doenças mais graves, como o ceratocone. Além disso, é importante ressaltar que os olhos podem ser portas de entrada para vírus, incluindo o coronavírus. Assim, é fundamental evitar coçar os olhos", ressalta Dr. Hallim.

O tratamento, no caso das crianças, pode ser iniciado com o pediatra, mas caso evolua para conjuntivite alérgica e não responda bem ao tratamento, deve ser encaminhado ao oftalmologista para que avalie se há lesões oculares que demandem outra abordagem terapêutica.

Outro problema que pode surgir é a síndrome do olho seco, ocasionada por uma combinação de fatores. Quem já é propenso a alergias (rinites, sinusites e dermatites de contato, por exemplo) deve ficar atento. Sintomas como ardência, coceira e visão borrada que melhora ao piscar podem indicar essa condição, além de desconfortos após assistir à televisão, ler ou usar o computador.

"O poder de lubrificação do olho diminui. Por isso, aparece um número maior de pacientes com olho seco nessa época. Mas é claro que existem pessoas com maior ou menor predisposição a desenvolver a doença. Geralmente, quem tem alergias tem olho seco, mas não necessariamente quem tem olho seco tem alergias", ressalta o oftalmologista.

Para evitar esse tipo de problema, o ideal é manter a lubrificação ocular, feita com o uso de colírios próprios. Vale a pena procurar o oftalmologista, porque existem vários tipos de colírio, alguns para olho moderado, outros para muito secos, e lágrimas artificiais.

Para ajudar a passar pela temporada sem crises, Dr. Hallim deixa algumas dicas:

1. Atenção com a limpeza dos ambientes: troque a vassoura e o espanador por pano úmido e aspirador, para não levantar poeira.

2. Use colírios lubrificantes sem conservantes sempre que tiver vontade de coçar os olhos.

3. Se não tiver colírios, pode fazer uma compressa com água fria, ou até mesmo lavar o rosto na pia.

4. Se precisar colocar a mão nos olhos, lembrar de lavá-las muito bem antes. Mãos sujas vão levar mais alérgenos para os olhos e piorar a situação.

5. Use maquiagem de boa procedência e mantenha tudo sempre limpo. Também não compartilhe lápis, rímel e pincéis com ninguém!

6. Lembre-se de remover a maquiagem antes de dormir.

7. Se nada disso resolver, não espere piorar e procure logo o seu oftalmologista.



Dr. Hallim Feres Neto @drhallim • Oftalmologia Geral • Cirurgia Refrativa • Ceratocone • Catarata • Pterígio • embro do CBO - Conselho Brasileiro de Oftalmologia • Membro da ABCCR - Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa • Membro da ISRS - International Society of Refractive Surgery • Membro da AAO - American Academy of Ophthalmology.


24 de agosto: Dia da Infância - Dor de ouvido em crianças: O que é a Otite Média?

Conheça essa infecção que pode afetar a saúde auditiva das crianças


O ouvido é uma região do corpo humano muito sensível e que deve ser preservada. Entretanto, muitas pessoas ainda acham que podem passar diariamente  cotonetes e cuidar de forma despreocupada desse órgão. No entanto, não é bem assim. Como qualquer outra parte do nosso corpo, o ouvido é uma área que merece atenção, já que pode ser atingido por inflamações, infecções e outras doenças que impedem uma boa qualidade de vida.

No que se refere à saúde auditiva das crianças, o quadro deve ser analisado com mais atenção ainda. Isso porque, é comum pais e mães não saberem a melhor forma de cuidar desse órgão nos pequenos, o que pode ocasionar em problemas maiores e mais sérios a longo prazo.

Um problema comum que pode atingir o ouvido, principalmente das crianças, é a Otite Média. De acordo com a médica otorrinolaringologista especialista em otoneurologia, Dra. Rita de Cássia Guimarães, “a otite média aguda é caracterizada pela inflamação da mucosa do ouvido médio. Causada por uma bactéria ou vírus no ouvido médio, ela é mais comum na infância”.

As queixas do paciente são febre, acúmulo de secreção na região e sensação de dor intensa. “Sinusite, gripe, rinite alérgica e hipertrofia das amígdalas e da adenoide podem causar o problema”, explica a médica. Por isso, a incidência desse problema é maior no inverno.

Rita explica que isso ocorre porque “a infecção respiratória congestiona as vias aéreas superiores e, assim, a passagem de ar para os ouvidos fica bloqueada por causa do excesso de secreção”.

Visto que a sua causa está intrinsecamente ligada a viroses respiratórias e outros problemas que atingem as vias aéreas, o tratamento desse tipo de otite deve também se estender ao problema que afeta o sistema respiratório. Isso porque a obstrução e acúmulo de secreção no nariz e na garganta bloqueia a passagem de ar para os ouvidos pela tuba auditiva.

O uso de receitas caseiras para tratar qualquer doença nos ouvidos é reprovado pelos profissionais da área, por isso, é essencial procurar um médico assim que surgirem dores, coceiras intensas ou alterações na audição.

“Logo após o diagnóstico, que é feito por meio de exames, o paciente é orientado a se tratar com o auxílio de analgésicos, antitérmicos e antibióticos quando necessário”, finaliza a especialista.

 

Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães (CRM 9009) - Otorrinolaringologista, otoneurologista, mestre em clínica cirúrgica pela UFPR

http://canaldoouvido.blogspot.com

ritaguimaraescwb@gmail.com

Câncer de fígado: Álcool não é o principal fator de risco

Entenda os principais motivos do desenvolvimento e como diagnosticar cedo esse câncer tão letal


O câncer de fígado é um tumor maligno e geralmente bastante agressivo. No ano de 2019, segundo o atlas da mortalidade por câncer do INCA (Instituto Nacional do Câncer), ele causou 10.902 mortes, sendo 6.317 em homens e 4.584 em mulheres1. Ele pode causar sintomas que costumam surgir apenas em estágio muito avançado e terminal, que incluem dor no abdômen, enjoo, perda de apetite, emagrecimento e olhos amarelados. Muitos acreditam que o álcool é a principal causa do câncer por estar associado a cirrose, porém as hepatites virais B e C são os principais motivos do desenvolvimento da doença no corpo humano, logo em seguida estão o alcoolismo e a gordura no fígado, muito presente em pessoas obesas2.

As hepatites virais são inflamações no fígado causadas por vírus e constituem um grave problema de saúde pública no mundo, elas costumam ser silenciosas e acabam sendo descobertas quando a doença já está muito evoluída. A hepatite B e C são transmitidas pelo esperma e secreção vaginal (via sexual), além do contato com objetos perfurocortantes contaminados com sangue. Os indivíduos com o tipo C que nasceram antes de 1993 e que receberam transfusão de sangue ou hemoderivados são grupos de risco da doença, pois antes desse período não existia testagem da enfermidade no SUS, porém atualmente com o teste já presente na saúde pública, o ato de doação de sangue ficou muito seguro. O teste é feito por um exame de sangue, além de ser importante lembrar que já existe vacina para o tipo B da hepatite.3

"A detecção precoce do câncer de fígado é uma estratégia muito importante para encontrar o tumor em fase inicial, assim, possibilita a maior chance de tratamento e cura. Os exames de imagem são necessários para a investigação, como a ultrassonografia, que deve ser feita de 6 em 6 meses em pessoas com cirrose. Já para seu tratamento, a cirurgia, o transplante de fígado e os tratamentos locorregionais são as opções mais indicadas para o tumor, além disso, existe a terapia-alvo, uma modalidade de tratamento do câncer em fase avançada que busca atingir a célula maligna a partir do mecanismo celular que lhe deu origem" afirma Dr. Paulo Bittencourt, do Instituto Brasileiro do Fígado.

Para prevenir o câncer de fígado, deve-se estar bem atento á vacinação para hepatite B, a testagem para as hepatites B e C, disponíveis pelo SUS nas unidades básicas de saúde, consumo leve a moderado de bebidas alcoólicas, hábitos de vida saudáveis visando manutenção do peso corporal, atividade física e abstinência do cigarro, evitando inclusive o tabagismo passivo, que consiste em inalar a fumaça de produtos derivados do tabaco por pessoas não fumantes que convivem em ambientes fechados1.


Sobre novos tratamentos

Recentemente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) acabou de aprovar o Cabometyx® (levomalato de cabozantinibe), como medicamento para uso oral para o tratamento de adultos com câncer de fígado que falharam ao tratamento prévio com sorafenibe. O medicamento já havia sido aprovado no país para o tratamento do câncer de rim avançado ou metastático. O Cabometyx® também já é comercializado nos Estados Unidos e na Europa.

"A partir de agora, os pacientes com câncer de fígado passam a ter mais uma opção importante para tratar a neoplasia. Embora não existam estatísticas atualizadas no Brasil, o câncer de fígado tem alta letalidade no país. Além disso, este câncer não apresenta sintomas no início, algo que dificulta o diagnóstico", destaca Dra. Luciana Povegliano, líder de Oncologia Médica da Ipsen Brasil, empresa responsável pelo medicamento.


Pernas, joelhos e braços grossos podem ser Lipedema

A perda de mobilidade, aumento progressivo de gordura nas pernas, joelhos e/ou braços, dor nessas regiões e dificuldade em eliminar a gordura mesmo com dieta e atividade física são alguns “sintomas”;

 

Atinge quase que exclusivamente o público feminino, pois está associado a padrões hormonais; há piora do quadro, por exemplo, depois da gravidez ou de tomar pílula anticoncepcional

Cerca de 10% das mulheres em todo o mundo têm a doença e a grande maioria não sabe; a doença não é conhecida (sem CID); No Brasil este número pode chegar a 5 milhões;

 

O Lipedema, doença causada pelo acúmulo de gordura nos braços, joelhos, pernas e quadris, pode acometer cerca de 5 milhões de mulheres no Brasil. Mas por que a maioria delas não sabe que tem a doença? E como reconhecer que é uma doença e não uma particularidade daquele corpo específico ou uma gordura localizada apenas?

 

Muitas vezes a culpa acomete essa mulher. Elas têm a sensação de que é falta de esforço ou disciplina alimentar, como diz o diretor do Instituto Lipedema Brasil e o médico pioneiro no tratamento da doença no país, dr. Fábio Kamamoto. https://www.instagram.com/tv/CNDhWq6HIoc/?utm_medium=share_sheet

 

Isto se deve à falta de informação e conhecimento. Dr. Fábio Kamamoto explica as principais diferenças com a obesidade, como identificar, por que acomete mais as mulheres, quais os exames indicados para o diagnóstico precoce, os tipos de tratamento, entre outras dicas.

 

Como identificar

Segundo o dr. Fábio Kamamoto, as principais características do Lipedema, que possui quatro estágios, são: dores frequentes nas regiões das pernas, quadril, braços e antebraços, que ficam mais grossos e desproporcionais em comparação com o restante do corpo, no tornozelo parece que há um “garrote” e os joelhos perdem o contorno. “A mulher pode apresentar hematomas (ficar roxa) por qualquer movimento mais brusco. Isto acontece porque a doença provoca reação inflamatória em células de gordura nestas regiões”, comenta.


Gatilhos  É preciso identificar se a mulher tem algumas das características da doença para gerar pontos de atenção. Se há perda de mobilidade, aumento progressivo dessa gordura com o passar dos anos, se há dor em algumas das regiões-foco e dificuldades em eliminar a gordura mesmo com dieta e atividade física, é recomendado procurar ajuda médica, pois pode ser Lipedema. Um dos exames que facilitam o diagnóstico é a ressonância magnética, em que é possível observar o acúmulo de gordura ao redor dos músculos. O DEXA consegue medir a gordura corporal por segmento.


Tipos de tratamento – Há dois tipos de tratamento para o Lipedema, o clínico e o cirúrgico. O clínico é composto por dieta anti-inflamatória (legumes, carnes, sem sódio e glúten ou bebidas alcóolicas); uso de plataforma vibratória, que diminui o inchaço nas regiões; drenagem linfática para tirar o excesso de líquido; e, por fim, a técnica de taping, aplicada por um fisioterapeuta para melhorar o desconforto.  Estas ações amenizam os sintomas, mas não resolvem o problema da gordura nas regiões dos braços, pernas e quadril, pois não extrai as células doentes. Já o cirúrgico é feito com lipoaspiração e é definitiva. “Uma vez removida, esta gordura não volta mais, pois não há multiplicação dessas células. É possível remover por meio de lipoaspiração até 7% do peso corpóreo. Ou seja, um paciente de 100 quilos poderia remover até 7 litros de gordura”, ressalta dr. Kamamoto.

 

A doença, que deverá ser incluída no próximo Código Internacional de Doenças (CID 11) apenas em 2022 - ainda é mal diagnosticada não só no Brasil, mas mundialmente. Ainda segundo o estudo brasileiro, apesar de grande parte das pacientes apresentarem um peso normal, o Lipedema foi confundido com obesidade em 75% das pacientes.

 


Instituto Lipedema Brasil

www.institutolipedemabrasil.com.br


Especialista em saúde explica que cuidados contra a Covid-19 devem continuar após vacinação

Marisa Lima – CEO da Doutor cuidados – pontua que cada organismo reage de uma forma diferente à vacinação 


‘’A vacina tem um tempo, as pessoas têm que saber. A gente fala 30 dias, mas é numa amostragem de uma população saudável. Isso não inclui os idosos que tem comorbidades, metabolismo mais lento, terreno biológico’’, comenta Marisa Lima, especialista em terapia integrativa e diretora da Doutor Cuidados, empresa especializada em cuidados domiciliares.

 

Silvio Santos voltou há apenas 15 dias, seguindo todos os protocolos. Entretanto, Marisa explica que o fato de tomar a vacina não garante que ele tenha conferido os anticorpos necessários para diminuir o risco justamente pela idade. ‘’Pode ser Coronavac, Pfizer, ou qualquer uma... eu vejo isso de uma forma muito clara: cada organismo reage de uma maneira, e produz anticorpos em uma velocidade diferente, pois o metabolismo é diferente’’, pontua.

 

‘’Não podemos esperar que a vacina A, B ou C tenha maior resultado que a outra. Depende de um organismo... se o paciente tem um organismo intoxicado, que não tem um ambiente biológico legal, num paciente bom, encontra menos barreira, menos radicais livres. Quanto mais idade, mais lento fica esse organismo. A questão não é a vacina ABC, a questão é que nesse período deve ser estabelecida uma resposta biológica eficiente’’, Marisa explica.

 

‘’As pessoas têm que entender – principalmente os idosos – que tomaram a segunda dose da vacina num período recluso. Por isso eles acharam que só com o uso da máscara e álcool gel estavam protegidos. No entanto, eles esqueceram que o metabolismo de um idoso é muito mais rebaixado e lento. Então você imagina: esse período de reclusão de 20 a 30 dias, isso é genérico para uma população toda. Só que conforme a idade, até mesmo para desenvolver anticorpos é muito mais lento. Então, esses 30 dias não são suficientes para isso. A exposição e baixar guarda não pode ser’’, pontua a especialista.

 

Marisa Lima ainda faz um importante alerta de que é necessário lembrarmos que, ao tomar a vacina, não podemos diminuir os cuidados. ‘’Muito pelo contrário: devemos intensificar – pelo menos nos primeiros 30 dias. Imagine que o seu organismo recebeu a proteína do vírus e já desencadeou um processo inflamatório... aí você se contamina com o vírus... Logo, vai se agravar muito a doença e terá a forma mais grave’’, finaliza.


Exames realizados durante a pandemia de Covid-19 podem contribuir para o aumento de diagnósticos de câncer de pulmão

Uso de inteligência artificial pode diminuir a subnotificação de diagnósticos

 

A capacidade de lidar com dados em escala nunca vista antes tornou-se urgente durante a pandemia de Covid-19 e será ainda mais importante no pós-pandemia. Nesse contexto, o crescimento exponencial no número de exames de imagem de tórax (especialmente radiografias e tomografias computadorizadas) realizados nos últimos meses trouxe uma importante matéria-prima para os médicos: a identificação incidental de doenças pulmonares subnotificadas, entre elas o câncer o pulmão. 

O Brasil tem atualmente cerca de 30 mil novos diagnósticos de câncer de pulmão a cada ano, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O número é três vezes menor do que o dos Estados Unidos, apesar da população americana apresentar uma prevalência de tabagismo semelhantes à nossa. Como explicar essa diferença? 

O tabagismo é sempre apontado como um dos vilões entre os fatores de risco. Estudos também apontam que principalmente mulheres jovens que nunca fumaram passaram a ter esse tipo de câncer graças a questões genéticas. Mas o médico Felipe Marques da Costa, pneumologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, adiciona um componente extra nessa equação: “O Brasil tem um problema sério de subdiagnóstico de câncer de pulmão. Esse é o primeiro problema a ser enfrentado e que explica essa diferença entre os dois países”, explica ele. “Nesse contexto, a inteligência artificial pode ser o grande ativo nessa luta pelo diagnóstico do câncer de pulmão, principalmente em países sem programas estruturados de rastreio de nódulo pulmonar. É necessário inovar, utilizando a inteligência artificial para identificar lesões e catalisar a jornada do paciente”, explica o médico.

 

Diagnóstico de nódulo incidental

A BP iniciará em breve testes com inteligência artificial para o diagnóstico de nódulo incidental em raios-X e tomografias computadorizadas de tórax realizados por outros motivos que não para detecção da doença. São pacientes que chegam à instituição para um tratamento, como, por exemplo, uma cirurgia para a correção de uma fratura e, ao realizar exames de imagens durante o pré-operatório, descobrem uma neoplasia de pulmão. 

“O papel da inteligência artificial é levantar um alerta de que algo pode estar errado (o chamado red flag) em um exame. Ao invés de analisar 10.000 exames, o filtro indica 100 deles que podem ter anormalidades, diminuindo por 100 a demanda e permitindo que o especialista se dedique àqueles casos selecionados”, afirma o médico da instituição. 

De acordo com Felipe, em um futuro próximo, os algoritmos poderão ser aprimorados e treinados para ajudar a acelerar os trabalhos dos radiologistas e indicar quem são os pacientes com lesão pulmonar suspeita de câncer de pulmão que devem ser conectados a um time de especialistas que pode, inclusive, ser acionado por telemedicina, caso o paciente esteja distante. “Não é a substituição do homem, mas um serviço de alerta dentro de um sistema de saúde que auxilia a conduzir com mais segurança o paciente, um sistema de “airbag” para a cadeia de saúde. Aqui na BP a inteligência artificial acelera passos, traz segurança e o grande beneficiário é o paciente”, conclui o especialista.


 

 BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo   


Combate ao Fumo: Grupo Oncoclínicas lança desafio para incentivar tabagistas a largar o cigarro

O tabagismo é responsável por oito milhões de mortes em todo o planeta e a causa evitável número um de câncer


Em um mês em que se comemoram datas importantes para a saúde, o combate ao tabagismo ganha destaque especial. Além de marcar, no Brasil, o período de referência à prevenção ao câncer de pulmão - tumor maligno que lidera o ranking das doenças oncológicas que mais matam todos os anos - Agosto Branco alerta a população em geral sobre os riscos do consumo de cigarros e outras modalidades de tabagismo por meio do Dia Nacional de Combate ao Fumo (29/08). E neste ano, a data se mostra ainda mais relevante: embora o país venha se destacando nos últimos anos, com redução pela metade do número de tabagistas, a pandemia apresentou novos desafios que podem levar a um retrocesso preocupante nesses índices.

Segundo pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz, 34% dos fumantes brasileiros declararam ter aumentado o número de cigarros fumados em 2020. O estudo detectou também que o aumento foi maior entre pessoas de menor escolaridade (45,1%) e entre mulheres (38,1%). Este crescimento, ainda de acordo com o levantamento, está associado à deterioração da saúde mental dos tabagistas, com piora de quadros de depressão, ansiedade e insônia, principalmente pelos medos e incertezas em relação à crise causada pela Covid-19. No Brasil, 10% dos brasileiros adultos eram fumantes em 2020, segundo estudo da Vigitel, o equivalente a cerca de 20 milhões de pessoas. Fumar causa e/ou agrava dezenas de doenças e reduz a qualidade e a expectativa de vida em 10 anos. Com mais de 7 mil substâncias tóxicas, diversas doenças são causadas por essa dependência, entre elas o câncer de pulmão. Outros tumores, como de garganta, boca e esôfago também estão diretamente relacionados ao fumo.

"O tabaco continua sendo a principal causa evitável de mortes e câncer do mundo, além de ser responsável também pela piora em casos de doenças crônicas, como do coração, diabetes, entre outros. Quem fuma tem risco aumentado de morte em 3 vezes. Deixar de fumar não só melhora a capacidade cardiovascular, a qualidade de vida e da saúde, mas aumenta a autoestima e ajuda na saúde mental", afirma Ana Gelatti, oncologista do Grupo Oncoclínicas.

A médica lembra que são mais de 8 milhões de mortes no mundo causadas pelo tabaco e 156 mil no Brasil por ano - uma média de 428 vidas perdidas por dia no país em consequência da dependência em cigarros. Estimativas indicam ainda que 50 mil óbitos ocasionados pelo fumo por aqui são por câncer. "Em qualquer uma de suas formas, o tabaco causa a maior parte de todos os cânceres de pulmão: em cerca de 85% dos casos diagnosticados, a doença está associada ao consumo de cigarros. Adicionalmente, fumar leva ao aumento nas chances de desenvolver outros tipos de tumores, incluindo bexiga, pâncreas, fígado, colo de útero, esôfago, rim e ureter, laringe (cordas vocais), cavidade oral (boca), faringe, estômago, colorretal, traqueia e brônquios. O hábito nocivo à saúde também está intimamente relacionado a doenças cardíacas, doença pulmonar obstrutiva crônica, pneumonia e AVC (acidente vascular cerebral) ", frisa a Ana Gelatti.

Além disso, pesquisas apontam que os tabagistas têm maiores chances de desenvolver formas graves da Covid-19 e recuperação pior da doença. Mas parar de fumar não é fácil, ainda mais em um momento de isolamento social e incertezas em relação ao futuro. "Há uma dependência psicológica e física da nicotina. O cigarro, muitas vezes, serve de apoio e como um mecanismo de adaptação para lidar com sentimentos de solidão e frustração, além de causar abstinência. Parar de fumar não é fácil mesmo e todo apoio é necessário", explica o pneumologista Luiz Pereira, do Grupo Oncoclínicas.

Pensando nesse público, o Grupo Oncoclínicas lança neste mês a campanha "Desafio 21 Dias Sem Cigarro", voltada ao incentivo para que tabagistas abandonem diferentes formas de fumo. A cada dia, é sugerida uma nova meta a ser cumprida por meio do estímulo a atividades práticas que procuram diminuir a sensação de ansiedade e a própria fissura física que vem com o consumo de cigarro. "Parar de fumar não é um ato isolado na vida, a sensação de perda é muito grande, e o fumante deve encarar a cessação como uma oportunidade de fazer um balanço e modificar seus hábitos e estilo de vida", completa Luiz Pereira.


O que acontece com seu corpo ao parar de fumar

É importante destacar, segundo Ana Gelatti, não só os malefícios do cigarro, mas principalmente os benefícios de se parar de fumar. "O tabagista precisa de uma rede de apoio profissional mas também pessoal. É importante que as pessoas, por exemplo, não julguem o familiar ou amigo que não consegue, por exemplo, abandonar o hábito, pois não é fácil mesmo", explica.

Após 20 minutos, a pressão sanguínea e as batidas cardíacas voltam ao normal. Após 8 horas, a quantidade de monóxido de carbono no sangue diminui quase pela metade, normalizando a oxigenação das células. Um dia depois, o monóxido de carbono é eliminado do corpo e os pulmões também começam a eliminar o muco e os resíduos da fumaça.

Dois dias depois, não há mais nicotina no organismo. Com isso, o gosto e o olfato começam a melhorar. A transpiração deixa de cheirar a tabaco. De 2 a 12 semanas depois, a circulação venosa (responsável pelo retorno do sangue dos tecidos para o coração) melhora e de três a nove meses depois, os problemas respiratórios e as tossem acalmam, a voz se torna mais clara e a capacidade respiratória aumenta em 10%.


21 dicas para vencer os cinco minutos de fissura e superar o hábito de fumar

• Ao acordar se comprometa a não fumar

• Anote os três maiores motivos para deixar de fumar

• Anote os cigarros mais difíceis de cessar e elabore uma mudança comportamental para superá-los

• Anote três hábitos ou gatilhos que aumentam o seu risco de fumar

• Faça uma pequena caminhada

• Beba água nos momentos de fissura

• Inicie ou aumente as atividades físicas

• Converse com um amigo

• Leia um texto curto

• Acesse um vídeo relaxante

• Masque uma goma ou chupe uma bala com pouco açúcar

• Inspire lenta e profundamente pelo nariz e expire lentamente pela boca

• Repita mentalmente por várias vezes - eu não me permito fumar!

• Modifique ou evite uma rotina que aumentava o risco de fumar

• Evite uma situação (gatilho) que aumenta o risco de fumar

• Evite um hábito que aumenta o risco de fumar

• Anote os benefícios alcançados após alguns dias sem fumar

• Limpe seu carro para retirar o odor do tabaco

• Evite locais com fumantes

• Comprometa-se a abrir mão de algo que gosta muito caso volte a fumar

• Procure auxílio médico para apoio no processo de cessar o tabagismo.


Para saber mais sobre o Desafio 21 Dias Sem Cigarro, acesse o https://www.grupooncoclinicas.com/movimentopelavida e siga as páginas oficiais nas redes sociais Instagram e Facebook para conferir as dicas diárias no combate ao fumo e melhora da qualidade de vida.

 


ONCOCLÍNICAS

https://www.grupooncoclinicas.com


Esclerose Múltipla: O que é, quais os sintomas e como tratar?

O Dr. Custódio Michailowsky Ribeiro, Neurologista do Hospital Albert Sabin, explica sobre essa doença inflamatória autoimune


A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória que atinge o cérebro e é provocada por anticorpos que atacam estruturas do sistema nervoso central, prejudicando a função neurológica básica.

Acometendo, de uma forma geral, mais mulheres do que homens, trata-se de uma doença genética e autoimune. “Além do mais, predomina em maior grau os jovens, geralmente, no início de suas carreiras, dificultando assim toda a parte profissional da pessoa diagnosticada com EM”, explica o Dr. Custódio Michailowsky Ribeiro, Neurologista do Hospital Albert Sabin (HAS).


Os principais sinais da EM são:

  • Fadiga:
  • Parestesias (dormências ou formigamentos) e nevralgia do trigêmeo (dor ou queimação na face):
  • Neurite óptica (visão borrada, mancha escura no centro da visão de um olho) e diplopia (visão dupla);
  • Perda da força muscular, dificuldade para andar, espasmos e rigidez muscular;
  • Falta de coordenação dos movimentos ou para andar, tonturas e desequilíbrios;
  • Dificuldade de controle da bexiga ou intestino;
  • Problemas de memória, de atenção, do processamento de informações e alterações de humor, depressão e ansiedade.

O diagnóstico se dá através de anamnese com o médico neurologista, que solicitará exames de imagem como ressonância magnética com ênfase nas placas desmielinizantes, ou seja, na medula e/ou no cérebro onde ocorra uma inflamação na bainha de mielina dos nervos, e o estudo do líquor para constatar a presença de anticorpos causadores da enfermidade.

“Como na maioria das doenças, o diagnóstico precoce é um fator preponderante no sucesso do tratamento, pois existem medicamentos imunomoduladores que ajudam muito no recurso terapêutico”, diz o Dr. Custódio.

O principal remédio para o tratamento de EM é a beta interferona, que é de uso contínuo e inibidor da recorrência dessa doença, que se divide em três tipos: 

- Remitente-recorrente (EMRR): caracterizada pela ocorrência dos surtos em média uma vez por ano e, geralmente, ocorre nos primeiros anos da doença com recuperação completa e sem sequelas;

- Secundária progressiva (EMSP): cerca de 50% dos EMRR evolui para esse tipo, onde o paciente não se recupera de forma plena ante os surtos e acumula sequelas que vão desde a perda visual definitiva até a dificuldade para andar;

- Primária progressiva (EMPP): quando ocorre o aumento constante da incapacidade e piora dos surtos.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), A EM compromete cerca de três milhões de pessoas no mundo, variando sua prevalência de acordo com a região.

“Existem tratamentos e medicações para todos os tipos de esclerose múltipla, contudo, o mais importante é que o paciente procure ajuda especializada ao sentir os primeiros sintomas, pois, o prognóstico depende em muito na rapidez da identificação da doença”, finaliza o neurologista do HAS.

 


Hospital Albert Sabin - HAS

https://www.youtube.com/watch?v=M7W28Af8tKI 

Link vídeo 50 anos: https://youtu.be/uNoHjdPVMVI 

http://www.hasabin.com.br

https://www.instagram.com/hospital_albertsabin/ 

https://www.linkedin.com/company/hospital-albert-sabin/

https://www.facebook.com/hasabin.lapa 

Rua Brigadeiro Gavião Peixoto, 123 – Lapa – São Paulo – SP


Posts mais acessados