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quinta-feira, 8 de abril de 2021

Não esqueça: as mudanças climáticas são uma grande ameaça global

Não é novidade que as mudanças climáticas representam uma ameaça urgente para a humanidade. Desde os anos 70, quando a comunidade global passou a discutir e trabalhar esse tema, tivemos um certo progresso, porém não na velocidade necessária. Hoje, lidamos diariamente com muitos desses impactos que já causam danos em diferentes países, regiões e setores econômicos, mas que precisam se adaptar e ser cada vez mais resilientes.

O coronavírus é um desses impactos. Algumas evidências conectam o desmatamento diretamente ao surgimento de zoonoses, na medida que destruímos o habitat natural de muitas espécies. Um estudo recente publicado no Journal Science of the Total Environment mostrou que as mudanças climáticas causaram transformações em algumas regiões da China, influenciando a rotina de alguns tipos de morcego e ampliando a relação entre ser-humano, animal e vírus. 

Aprendemos muito neste período de crise. A velocidade e intensidade de resposta frente a COVID por governos, empresas e a própria sociedade demonstrou que esforços coordenados podem trazer soluções mais ágeis. Isso é reflexo do nosso imediatismo como humanidade: infelizmente apenas lidamos com os problemas na velocidade que somos afetados por ele. A crise do coronavírus atingiu o mundo inteiro de maneira “democrática” e esmagadora. Os impactos das alterações do clima são mais lentos em alguns lugares ou ainda invocam projeções futuras. 

Infelizmente, os países subdesenvolvidos são os que mais sofrem as consequências diretas dessas transformações, como grandes tragédias, enchentes e escassez de recursos. Temos que reforçar que a mudança climática não é algo incremental - ou que segue uma certa linearidade -, algumas partes do ciclo de carbono terrestre funcionam como gatilhos, que podem perturbar de maneira definitiva o planeta e produzir mudanças e impactos abruptos que colocam em risco a vida humana por aqui. 

A boa notícia é que estamos começando a viver uma era do carbono neutro. Governos de diferentes países tem reforçado os seus compromissos climáticos para uma transição econômica. Os Estados Unidos, com seu retorno ao Acordo de Paris, buscam retomar o protagonismo nas discussões sobre o tema - algo prometido durante a campanha de Joe Biden - ao falar amplamente sobre os “empregos verdes”. A China, como maior emissor de carbono do mundo, prometeu publicamente alcançar a neutralidade de carbono até 2060, e a União Europeia, além do famoso Green Deal, cada vez mais pressiona a necessidade de compromissos climáticos em suas relações comerciais, inclusive em algumas reformas na Organização Mundial de Comércio (OMC). 

A realidade brasileira é diferente. Apesar de alguns pequenos esforços por parte do Governo Federal, as empresas em nosso país começam a assumir esse protagonismo ao entender que o Brasil tem uma grande oportunidade de se tornar uma potência global nessa transição para a economia de baixo carbono. A biodiversidade, o clima favorável, florestas e energia limpa, são grandes drivers para o desenvolvimento tecnológico e a inovação voltada para a sustentabilidade. 

A Natura - fortalecendo a sua liderança no tema - é uma das empresas participantes da iniciativa Transform to Net Zero, que busca estimular a transformação no ambiente de negócios para zerar emissões até 2050, além de promover mudanças sistêmicas em políticas, governança e finanças. Já a Braskem, uma das maiores do setor petroquímico, propõe através da economia circular neutralizar suas emissões nos próximos 30 anos. 

O Business Ambition for 1.5º, e um movimento liderado pelo Pacto Global da ONU é um exemplo de como o setor privado pode se engajar de maneira prática. O compromisso é realizado com o Science Based Targets para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, e contribuir para limitar a média global de crescimento em 1,5º acima dos níveis pré-industriais, conforme preconiza o Acordo de Paris. Até agora, mais de 400 organizações, representando mais de US $ 3,6 trilhões em capitalização de mercado, estão comprometidas com a causa. No Brasil, já são treze empresas como Ambev, Renner, Malwee e Banco do Brasil. 

Se quisermos conscientizar o mundo com relação aos efeitos das mudanças climáticas, precisamos começar pelas boas práticas. O setor privado precisa cada vez mais ser parte da solução – para resolver problemas criados pela própria sociedade e nosso modelo econômico. A parceria com governos e academia também se torna essencial, ao unir esforços para gerar a transformação na velocidade necessária. Identificação, mensuração e ação são palavras-chave para esse novo paradigma.

 

 

Gustavo Loiola é doutorando em Administração de Empresas, coordenador de Relações Internacionais no ISAE Escola de Negócios (www.isaebrasil.com.br)  e Chair do PRME (Principles for Responsible Management Education) para América Latina e Caribe.


Professora aponta aumento nos processos de divórcio e de pedidos de redução na pensão alimentícia durante a pandemia

 Dra. Mariana Menna Barreto Azambuja, também coordenadora acadêmica e professora em Direito no Cesuca, fala sobre os efeitos da pandemia no Direito de Família

 

Diversas áreas e setores vem sendo afetadas pela pandemia, inclusive no âmbito das relações familiares. A partir deste cenário, a professora de Direito de Família, Mariana Menna Barreto Azambuja, do Centro Universitário Cesuca, instituição que integra o grupo Cruzeiro do Sul Educacional, aborda os efeitos da pandemia nas relações familiares e a importância do Direito da Família na intermediação dos processos, no primeiro podcast de 2021 “Direito de Família e Pandemia”.

Segundo a professora, o Direito de Família é um ramo do direito civil que trata das relações familiares, bem como dos direitos e deveres decorrentes delas. “Tivemos várias mudanças no decorrer do ano para que o Direito de Família se adequasse a nova realidade que vivemos. Tratam-se de diversas obrigações, direitos e deveres decorrentes das relações familiares, como por exemplo o casamento, a união estável, as relações de parentesco, os alimentos e a filiação”, explica Dra. Mariana.

Com a pandemia, o Direito de Família vendo sendo essencial diante da explosão de divórcios. Em levantamento do Colégio Notarial do Brasil — Conselho Federal (CNB/CF), o segundo semestre de 2020 registrou o maior número de divórcios registrados em cartórios no Brasil, sendo 43,8 mil processos contabilizados, 15% maior em relação ao mesmo período de 2019.

A pandemia causou diversas mudanças nas relações tanto sociais como familiares, ocasionando um grande aumento no número de divórcios. “Podemos refletir o cenário como um catalisador que acabou acelerando o término de relacionamentos que já não vinham bem. O isolamento social acarretou em uma convivência maior junto de seus familiares, fazendo com que muitos repensassem algumas questões do relacionamento e consequentemente o número de separações cresceu em vários países do mundo, não só no Brasil”, aponta a doutora.

Assim como o aumento do número de divórcios, houve também um crescimento substancial de processos dentro do Poder Judiciário, inclusive, nas Varas de Família. A professora ressalta que os processos eletrônicos (digitais) no Brasil facilitaram, sobretudo, que as separações pudessem tramitar mesmo em meio ao período de pandemia e com mais agilidade.

Além disso, há também a possibilidade do divórcio extrajudicial, realizada diretamente em cartório, sem a necessidade de processo judicial. “Esse formato é um facilitador em dissoluções onde há consenso entre o casal, sem filhos menores ou incapazes, já que nesses casos é necessária a interferência do Ministério Público. Porém, necessariamente o casal deve estar assistido por um advogado, para fins de uma correta orientação”, explica a docente.

Assim como o divórcio, os pedidos de redução de pensão alimentícia diante da pandemia também cresceram, devido ao aumento do desemprego, reduções de jornada e de salários de diversas pessoas. “No Direito de Família, os alimentos são analisados com base nos critérios da necessidade do alimentado e a possibilidade do alimentante em pagar. E nessa nova realidade, as famílias tiveram que se adaptar a escassez do dinheiro”, explica Mariana.

Outro impacto decorrente da pandemia, foi a forma como a guarda dos filhos é exercida, diante do distanciamento social. “O Direito recomenda preservar o melhor interesse da criança. Em um cenário adverso como o que estamos vivendo, tivemos momentos tristes em que o contato com um dos pais teve que ficar adstrito ao formato virtual, evitando assim um maior alastramento da doença”, relata.

A professora explicou também a respeito de mudanças na prisão do devedor da pensão alimentícia durante a pandemia. “Tivemos uma decisão temporária na qual o regime de cumprimento da prisão do devedor de alimentos passou para domiciliar, uma vez que a medida tem caráter coercitivo, com o objetivo de forçar o pagamento, não de punir o alimentante”, comenta.

Por fim, a professora conclui que com o impacto da pandemia nas relações de convívio social, as leis do Direito da Família também sofreram mudanças temporárias, mas que certamente voltarão a sua normalidade. “Os efeitos da pandemia na sociedade trazem uma grande necessidade de reinvenção, por isso, é importante buscarmos soluções, inclusive no âmbito Direito, fazendo com que dessa forma possamos superar esse momento difícil”, finaliza.

 



Centro Universitário Cesuca

www.cesuca.edu.br

Nosso Jeito de Ensinar

 

Desaprender para aprender

 Companhia de Idiomas ensina como aprender as novas competências exigidas pelo mercado de trabalho no pós-pandemia

 

Quando a OMS decretou a pandemia mundial de COVID-19, acelerou uma tendência para milhões de trabalhadores: o home office. A tecnologia já estava mais do que pronta e o dia a dia passou a incluir uma agenda de reuniões por videoconferências. A nova realidade trouxe desafios e também benefícios. Mas NÃO foi a única mudança.

O relatório final do Fórum Econômico Mundial de 2020 sobre o futuro do trabalho já aponta 15 competências essenciais para o novo profissional. São habilidades como liderança, inteligência emocional e criatividade, que não fazem parte da grade curricular das universidades.

O resultado é contraditório. No Brasil atual, com taxas de desemprego que se aproximam de 15%, de acordo com a Confederação Nacional das Indústrias, muitas empresas não encontram os profissionais que precisam no mercado de trabalho.

O relatório do FEM apontou que, no Brasil, a competência mais demandada é a Aprendizagem Ativa e Domínio de Estratégias de Aprendizagem. Rose Souza, sócia-fundadora da Companhia de Idiomas e MBA em gestão empresarial, já havia percebido isso, com sua experiência com alunos executivos. "É preciso aprender a aprender e substituir a disciplina necessária no modelo tradicional de aprendizagem, por prazer e autonomia. À medida que as pessoas descobrem o que gostam e como gostam de aprender, elas conseguem desenvolver estratégias de aprendizado que as impulsionam no desenvolvimento pessoal e profissional", explica a especialista.

É a partir do entendimento do próprio processo de aprendizagem (chamado de metacognição), que as pessoas se comprometem com o aprendizado de um novo idioma, por exemplo. "Quando sabemos que aprendemos melhor com podcasts, games ou séries de tv, imprimimos intencionalidade de aprender com estas atividades. A disciplina nem é mais necessária, aprender passa a ser algo leve, muito estimulante e os resultados chegam mais rápido", afirma Lígia Crispino, expert em marketing e gestão de pessoas e também sócia da Companhia de Idiomas.

Não estamos falando aqui do fim das escolas e do modelo tradicional de ensino. O desenvolvimento dessas novas competências pode ser comparado a andar de bicicleta. Algumas pessoas têm talento natural para sair pedalando. Outras precisam de mais esforço e da orientação certa. Mas é a prática que traz equilíbrio e resistência para ir mais longe. E se você gosta de andar de bicicleta, essa prática está garantida - e o sucesso também. 

É claro que o papel do professor também vai mudar. Mais do que nunca, ele será um mentor, responsável por conduzir esse processo de autodescoberta e autonomia de aprendizagem para o profissional do futuro.

Para permanecer e até se destacar no mercado de trabalho é preciso mais do que o domínio de idiomas, conhecimento técnico e pós-graduações. Esses, como já se sabe, não são mais diferenciais, mas requisitos para a maioria das vagas. O mercado de trabalho mudou e vai continuar evoluindo. É hora de assumir a aprendizagem autodirigida, ou a gestão da própria carreira, e estar preparado para vencer os desafios que estão por vir.

 


Rose de Souza - Fundadora e sócia-diretora da Companhia de Idiomas, coautora do Guia para Programas de Idiomas em Empresas e também sócia da Pousada Pé da Mata - Maresias, onde vive. Graduada em Letras/Tradução/Interpretação pela Unibero, Especialista em Gestão Empresarial, MBA pela FGV e PÓSMBA pela FIA/FEA/USP. Foi professora por seis anos na Pós-Graduação ADM da FGV, quando morava em São Paulo. Colunista dos portais Catho, Vagas, AboutMe e Exame.com. Mentora voluntária do Projeto Pulsar da Fundação Éveris.

 

Lígia Velozo Crispino - fundadora e sócia-diretora da Companhia de Idiomas e Verbify. Graduada em Letras e Tradução pela Unibero. Curso de Business English em Boston pela ELC. Cursos Livres de Marketing pela FGV e ESPM, Gestão de Pessoas pelo Insper. Coautora do Guia Corporativo Política de Treinamento para RHs e autora do livro de poemas Fora da Linha. Colunista do portal Exame.com. Mentora voluntária do Projeto Pulsar da Fundação Éveris. Organizadora do Sarau Conversar.

Neurocientista explica porque a pandemia causa ansiedade nas crianças

O estresse decorrente do cenário atual, tem um impacto profundo no desenvolvimento das crianças, afetando diretamente nas funções do sistema executivo do cérebro, responsável por controlar as emoções, pensamentos e ações na vida social, intelectual e afetiva.

Segundo o neurocientista Nicolas Cesar, as crianças ainda não têm plenamente desenvolvido o córtex pré-frontal, região do cérebro crucial para o monitoramento e ajuste das respostas emocionais, como os adultos, por isso não entendem com clareza o que todos estão vivendo, tornando-se mais influenciadas pelas emoções, especialmente as negativas, que deixam marcas profundas em suas mentes.

Ao vivenciar dificuldades frequentes ou prolongadas em confinamento, como falta de socialização, pobreza extrema impossibilitando uma alimentação adequada, luto e exposição à violência abuso físico ou emocional, acontece o aumento da liberação de cortisol e adrenalina, provocando a curto prazo, preocupação excessiva, transtorno do sono, piora na imunidade, desconforto, dores de cabeça, agitação e irritabilidade.

“Durante a pandemia, as crianças podem ficar mais ansiosas, podem se sentir tristes, por estarem distantes dos coleguinhas, de alguns familiares queridos, ou por terem de passar tanto tempo dentro de casa, reclusas. Além disso, podem ficar irritadiças, pois não compreendem direito o que é a frustração e porque se sentem assim. Em casos mais graves, como diante da perda de um ente querido, podem ficar até mesmo traumatizadas. Por outro lado, a presença dos pais pode, em um ambiente acolhedor para a criança, fazer toda a diferença”, diz Nicolas.

Geralmente os transtornos mentais ocorrem a partir de uma interação entre a genética e as experiências de vida da criança, por serem mais sensíveis a essas situações de vulnerabilidade, caso não estejam vivendo em um ambiente saudável, rico em afeto e atenção, podem desencadear episódios de ansiedade e depressão. Os traumas adquiridos durante a pandemia, pode impactar os pequenos no futuro, em sua vida pessoal e profissional.

 


Nicolas Cesar - Formado em Ciência e Tecnologia, e Neurociência, palestrante, autor do livro “Neurociente - Por que algumas pessoas são mais felizes que outras”, professor dos cursos online “Neurociência no dia a dia” e “Neuroeducação”. Também do curso acadêmico de Pós-Graduação em Neurolearning. Atualmente participa de uma de linha de pesquisa em percepção de tempo no Laboratório de Cognição Humana da UFABC

Instagram: @nicaolasneuro


Filhos ansiosos e o mundo real

 

Não importa se o seu filho tem quatro anos, sete, dez ou 15, as crianças são uma fonte inesgotável de pedidos e exigências. A geração conectada se acostumou com esse formato, pois o acesso imediato às informações é uma realidade. Parece que, para ela, a expectativa do imediatismo veio para ficar. Quando não é atendida, também sabe reivindicar, a birra, choro, reclamações e, algumas vezes, até a guerra psicológica entra em cena. Toda essa encenação ganha uma roupagem de patologia e o próximo passo é atender às vontades e, então, começa a procura pelo diagnóstico de ansiedade, T.D.A.H., dislexia, angústia, infelicidade e até superdotação e, por fim, terminamos com as buscas por psicólogos e psiquiatras - esse parece um roteiro comum na vida de algumas famílias.

Muitos adultos lutaram para conquistar um bom emprego e o respeito no mercado de trabalho e todos são unânimes em afirmar que isso leva tempo, dedicação, muita paciência, tropeços e inúmeras frustrações. Se tem uma palavra que não combina com tudo isso é imediatismo. Grandes conquistas exigem grandes esforços, mas, na hora de educar os filhos, a teoria é uma, mas a prática é outra. Chegará o momento em que nossos filhos estarão no mercado de trabalho e encontrarão essa realidade, mas será que eles estarão realmente preparados?

Atender ao imediatismo dos filhos definitivamente não é uma receita que simule o mundo real, mas controlarmos isso é algo que vai de encontro ao futuro deles. Com a dura rotina de trabalho e a pandemia para agravar, os pais têm que (literalmente) se virar para atender às demandas e assim, o uso da tecnologia virou uma excelente aliada, pois funciona como um “deixe o papai trabalhar”. Mas a contrapartida é que ela reforça o imediatismo e voltamos a entrar em rota de colisão com o mundo real. Então, é possível corrigir essa rota?

Sim, quando se trata da criação dos filhos, a carga emocional é muito presente e isso faz com que os pais cedam às vontades dos filhos de forma imediata em troca de um pouco de sossego, tranquilidade, um momento para conferir as novidades das redes sociais ou até pela necessidade de trabalhar. Parece que, em relação aos filhos, as palavras discordar, proibir, frustrar, que são tão presentes no mundo real, não podem estar presentes no mundo dos filhos. Não temos que dar às crianças o que elas querem, mas sim o que elas precisam – e os pais, como detentores do conhecimento dessa realidade no mundo real, têm que ser protagonistas e executar.

Nossa casa é um laboratório. Ali acontecem, guardadas as devidas proporções, situações que devemos tirar proveito e “treinarmos” os nossos filhos para o mundo real. Frustração, paciência, estudo e dedicação podem ser aplicados em casa para mostrarmos a realidade do mundo. Sim, dá muito trabalho. Mesmo que queiramos os nossos filhos sempre próximos, os criamos para saírem ao mundo e, mesmo que isso seja paradoxal, queremos que eles sigam a vida de forma independente, fortes, decididos e habilitados a enfrentarem essa selva de pedra que nos cerca. Devemos mostrar aos nossos filhos, de forma carinhosa, o que a vida mais cedo ou mais tarde mostrará, mas de forma bem mais árdua.



Fabio Carneiro - professor de Física no Curso Positivo


Mesmo com a segunda dose da vacina, idosos devem manter os cuidados

Como lidar com a ansiedade dos idosos em ter a vida normalizada depois da aplicação da segunda dose da vacina contra a Covid? Segundo a psicóloga do Residencial Club Leger, instituição voltada ao acolhimento das pessoas da terceira idade, Daniela Bernardes, é preciso ter bastante atenção à informação passada a estas pessoas. A vacinação, por si só, não garante o retorno ao convívio com parentes e amigos. Os cuidados sanitários e o afastamento social continuam sendo fundamentais neste processo.

- Primeiramente devemos compreender que somos seres "imediatistas", temos enorme dificuldade de aceitar que ações presentes irão demorar para o efeito futuro desejado, fator esse que necessita de atenção redobrada quando se está cotidianamente em contato com idosos - explica Bernardes.

O Residencial Club Leger realiza um trabalho junto aos seus hóspedes baseado na empatia e informações constantes a cada um dos moradores. O objetivo é que cada idoso consiga aceitar a situação, a partir de recursos emocionais próprios.

- Não basta dizer ao idoso que todos precisam seguir as regras obrigatoriamente, mas ouvir as angústias dele diante dessa nova realidade e validar o sofrimento desse período duro. As chances de ser efetivamente ouvido e atendido em seu pedido, após uma escuta empática e acolhedora, aumentam consideravelmente - avalia a psicóloga.

Para ela, individualizar o sofrimento pode ser uma estratégia muito importante em momentos de sofrimento coletivo, pois cada um sofre a seu modo.

- Podemos identificar as reais necessidades de cada idoso e familiar envolvido nesse contexto desafiador de pandemia, em que todos nós estamos inseridos, e do qual sairemos, certamente, melhores e mais resilientes -, conclui Bernardes.


Você sabe o que é a fome emocional e por que ela aparece?

Psicóloga especialista explica o distúrbio e se ele pode ser considerado um transtorno alimentar. Saiba também se o problema foi impulsionado durante a pandemia

 

Já ouviu falar em fome emocional? O problema é mais comum do que parece e pode trazer consequências sérias, principalmente em tempos tão difíceis como estamos vivendo com a pandemia do novo Coronavírus. Karine Figueiredo psicóloga e conselheira da Associação Brasileira de Impulsividade e Patologia Dual, a ABIPD, explica que a ameaça de contágio da COVID-19 provoca em uma pessoa especialmente sensações de insegurança e preocupação com a sua saúde e a dos seus entes mais queridos.

De acordo com ela, tal fato aumenta a quantidade de hormônios - liberados com o estresse - e isso afeta a química do organismo. "Como consequência, ocorrem perturbações no comportamento alimentar. As mais comuns são: a compulsão alimentar, a bulimia e a anorexia", destaca a especialista parceira da Associação Psiquiátrica de Brasília, APBr.

Mas o que é e como surge a fome emocional? Conforme a psicóloga, ela se contrapõe à fome fisiológica, consiste em um transtorno de natureza comportamental ou psicológico. "Quem sofre com o problema altera propositalmente seu comportamento alimentar para aliviar um desconforto emocional (estresse, tristeza, tédio, solidão, etc.)", pontua. "Em outras palavras, a pessoa come não por necessidade do organismo, mas sempre que alguma emoção negativa surge. Isso porque busca no alimento uma forma de atenuar ou esquecer aquela emoção", acrescenta.

Mas ela não pode ser considerada um transtorno alimentar. "A fome emocional é um transtorno comportamental ou psicológico, ao passo que os transtornos alimentares são transtornos psiquiátricos", aponta. Segundo a profissional, na fome emocional, o indivíduo come para esquecer ou diminuir uma emoção ruim. "Há uma alteração voluntária de seu comportamento alimentar, pois, em palavras simples, come sempre que sofre", ressalta.

Por outro lado, nos transtornos alimentares, ocorrem alterações químicas no funcionamento do organismo em razão da liberação de hormônios resultantes do estresse, fator biológico que independe da vontade do indivíduo. "Nada impede, porém, que uma pessoa, diante de um quadro de estresse agudo, desenvolva simultaneamente os dois transtornos", relata.



Há tratamento para esse tipo de problema?


Karine Figueiredo explica que o tratamento para os transtornos alimentares varia de transtorno para transtorno. "Isso porque cada transtorno tem causas, sintomas e critérios de diagnóstico próprios. Um ponto em comum é que o tratamento, independentemente do tipo de transtorno associado, deve ser realizado por uma equipe multiprofissional composta por, no mínimo, um psiquiatra, um psicólogo e um nutricionista", relata. Ela complementa que o trabalho também deve ser feito com o auxílio da família e de pessoas próximas ao paciente, isso porque questões familiares e aspectos sociais contribuem para a descoberta da origem do problema.

A profissional conclui: "deve-se ressaltar ainda que, embora o tratamento seja conjunto, a confirmação do diagnóstico é sempre clínica e só pode ser feita por um psiquiatra, uma vez que os transtornos alimentares se tratam de uma categoria específica de transtornos mentais".

Resiliência: entender que os desafios fazem parte da vida e resolver os problemas sem desanimar é essencial

 O Colégio Bom Jesus auxilia alunos e famílias a enfrentarem as adversidades com coragem e otimismo, especialmente neste momento de pandemia


“Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo”. A frase do poeta português Fernando Pessoa ilustra de maneira lúdica e sensível o sentido de uma palavra necessária para o enfrentamento positivo das adversidades, especialmente nos dias de pandemia: a resiliência. As pessoas resilientes têm a capacidade de encarar de frente e superar os desafios da vida com força, otimismo e, ainda, saindo fortalecidas dessas situações. Ou seja: os problemas existem, não há como fugir. Mas é preciso superá-los com força e coragem, sem esmorecer. Isso é resiliência:

A resiliência é uma característica que se aprende e se desenvolve durante a vida. Por isso, é importante que os pais estimulem seus filhos a serem resilientes, desde a infância. Assim, sendo incentivada desde muito cedo, as chances de a criança se tornar um adulto com mais dificuldades para enfrentar as adversidades é menor, como explica a psicóloga escolar do Departamento de Saúde Escolar (DSE) do Colégio Bom Jesus, Caroline Sobocinski Paes Pereira. “Quando ensinamos a resiliência no processo de formação da criança, podemos evitar algumas situações futuras, como o uso de drogas, a autoagressão, a falta de habilidades no trabalho, a dificuldade nos relacionamentos de um modo geral”, esclarece.

A resiliência, segundo a psicóloga, é aprendida a partir das experiências vivenciadas na vida. Portanto, pode (e deve) ser ensinada. Dessa forma, quando se aprende a ser resiliente, fica é possível enxergar o mundo – e os problemas que ele traz – por um viés mais positivo, de uma forma mais leve, entendendo que tudo tem seu tempo. “É importante verificarmos como utilizamos a resiliência a nosso favor: como fazemos o enfrentamento positivo de um desafio que é transitório, como transformamos a experiência desse enfrentamento em aprendizado”, relata a psicóloga Caroline.

Há diversos sinais aos quais os pais podem ficar alerta em relação aos filhos para entender que eles estão tendo dificuldades no enfrentamento dos problemas: dificuldade de expressar sentimentos, falta de autocontrole (comportamento impulsivo), dificuldade em tolerar frustrações (sofrimento demasiado em determinadas situações), baixa autoestima, entre outros. “De um modo geral, não se espera que a criança seja resiliente, por isso nós orientamos primeiro aos pais, pois eles precisam estimular a resiliência em seus filhos. E a escola contribui nesse processo”, comenta a psicóloga do Colégio Bom Jesus.


Pandemia

Há mais de um ano o mundo vive uma pandemia sem precedentes. Por conta disso, os estudantes foram privados do convívio social presencial, tiveram que aprender a ajustar a forma de aprendizagem e ainda viver a angústia das incertezas. E todo esse processo de adaptação foi sentido pela família desses jovens. “Nunca vivemos uma exposição a tantas adversidades sem que os pais fossem poupados”, observa Caroline. Durante todo esse período o Colégio Bom Jesus vem orientando as famílias a como proceder no ensino remoto ou híbrido. Mas é preciso muita cautela. “A principal recomendação é que as famílias precisam ajustar as expectativas a respeito dos filhos e da escola neste momento, para que possam fazer um enquadramento positivo de tudo que estamos vivendo, pois não temos um grau de previsibilidade ou controle da situação”, recomenda. Quando se faz esse ajuste, segundo Caroline, fica mais fácil entender o desafio e enxergar nele algo bom, que traga aprendizado.

 

Ebook auxilia famílias a incentivar a resiliência

O Colégio Bom Jesus tem a preocupação em desenvolver essas características nas famílias como uma forma de construção da cidadania. Por isso, o Departamento de Saúde Escolar (DSE) desenvolveu um ebook sobre o tema, na tentativa de auxiliá-las nessa missão, dando dicas de como incentivar a resiliência na infância e na adolescência. A ideia é mostrar aos pais, estudantes e a toda a comunidade escolar que os problemas e frustrações fazem parte da vida e é preciso estimular a resolução de problemas e a tomada de decisões apropriadas.


Mais de um ano de pandemia. Quem está bem?

Há pouco mais de um ano atrás, nossas vidas foram atravessadas pela presença de uma ameaça desconhecida e invisível. Perdidos e desorientados, buscávamos sem sucesso alguma informação mais consistente que nos apontasse uma melhor maneira de combatermos esse mal. Mesmo agora, diante de todo o período transposto, não é incomum que continuemos inseguros ao enfrentar a falta de um direcionamento preciso.

Ao lidarmos com uma situação singular, tendemos a buscar referências anteriores que possam nos ajudar a balizar as novas experiências ou a seguir determinações provenientes daqueles que consideramos autoridades no assunto em questão. No entanto, enraíza-se no Brasil uma crescente polarização sobre os protocolos a serem seguidos na medida em que a pandemia se estende por um período continuado.

Sem uma sustentação prévia, tendemos a nos apoiar naqueles que julgamos possuir um maior domínio sobre o tema, por vezes, seguindo suas orientações de forma irrefletida. Nos comportamosassim, de um modo cada vez mais impessoal, nos distanciando muitas vezes da lógica, do bom senso e da coletividade ao buscarmos aplacar,a qualquer custo, a angústia que se potencializa em meio àquilo que não conseguimos controlar ou contornar.

Como decorrência direta, em nenhuma outra época os trabalhadores da área da saúde foram tão demandados. Se por um lado a procura pela prevenção, tratamento e cura do corpo seguem se intensificando, nunca se debateu tanto sobre saúde mental. Psicólogos e psiquiatras observam alarmados a avalanche aterradora de novos sintomas que emergem decorrentes do tempo prolongado de exposição à insegurança e ao medo.

Os profissionais desse campo estão exaustivamente se reinventando em busca de novos métodos e procedimentos que proporcionem alívio do sofrimento psíquico que se alastra velozmente. A atualização técnica que já era contínua, agora se torna ainda mais frequente e indispensável. Numa corrida contra o tempo, eles se renovam para atender não apenas às novas exigências que se instalam, como as tantas outras questões preexistentes.

Todos nós fomos atingidos, em algum grau, pelo Covid e não há possibilidade de passar intacto por tudo o que vem ocorrendo. Para tanto, estudiosos do psiquismo seguem se atualizando aprocura deferramentas que tornem esse período mais tolerável. Contudo, é preciso acolher a fala sobre saúde mental. Gritar por ela. Lutar pela nossa. É necessário que, cada vez mais, tomemos consciência de seu valor inestimável para a sustentação do nosso bem estar integral.

 



Bruna Richter - graduada em Psicologia pelo IBMR e em Ciências Biológicas pela UFRJ, pós graduanda no curso de Psicologia Positiva e em Psicologia Clínica, ambas pela PUC.     Escreveu os livros infantis: “A noite de Nina – Sobre a Solidão”, “A Música de Dentro – Sobre a Tristeza” e ” A Dúvida de Luca – Sobre o Medo”. A trilogia  versa sobre sentimentos difíceis de serem expressos pelas crianças – no intuito de facilitar o diálogo entre pais e filhos sobre afetos que não conseguem ser nomeados. Inventou também um folheto educativo para crianças relacionado à pandemia, chamado “De Carona no Corona”.  Bruna é ainda uma das fundadoras do Grupo Grão, projeto que surgiu com a mobilização voluntária em torno de pessoas socialmente vulneráveis, através de eventos lúdicos, buscando a livre expressão de sentimentos por meio da arte. Também formada em Artes Cênicas, pelo SATED, o que a ajuda a desenvolver esse trabalho de forma mais eficiente.


Dependência Química: 5 Sinais que indicam a necessidade de internação

O psicólogo Pablo Sauce, Coordenador do Programa para Dependência Química da Clínica Holiste, esclarece os principais tabus sobre dependência química


O Relatório Mundial sobre Drogas 2020 realizado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) confirmou que a crise da COVID-19 e a retração econômica ameaçam agravar ainda mais os riscos das drogas. O estresse, ansiedade, o medo e outros sintomas da pandemia podem elevar o consumo de álcool, remédios e substâncias ilícitas.  Assim, com o isolamento social, muitas famílias tiveram que enfrentar os problemas causados pela dependência química mais de perto - ou até mesmo pela primeira vez.

Nessas horas, a principal dúvida é: Quando procurar ajuda especializada? E, em casos mais graves, como identificar a necessidade de internação?  O psicólogo Pablo Sauce, Coordenador do Programa para Dependência Química da Clínica Holiste, explica que existem alguns sinais que acendem uma luz de alerta sobre a possibilidade de uma intervenção. “Primeiramente considero uma internação necessária quando o usuário perdeu o controle sobre o uso da substância, esse descontrole repercute no âmbito de convivência, seja familiar ou social”, aponta.


Pedido de ajuda: Muitas vezes, o pedido de ajuda parte do próprio usuário quando o uso da substância não está mais associado à busca de prazer, mas ao apagamento de uma dor ou sofrimento associado à falta da droga. “Este é o sinal de que, passada a fase da lua de mel, a relação com a droga está virando uma lua de hell, ou seja, transformando a vida do paciente em um inferno.


Alcoolismo crônico: Nos casos de alcoolismo crônico, um sinal importante é o quadro de confusão mental. Com aumento significativo dos esquecimentos e do número de acidentes cotidianos, assim como as perturbações causadas pela perda das funções hepáticas, são indícios evidentes da necessidade de uma internação urgente. 


Ciclo de Mentiras: O psicólogo explica que quando o usuário entra no círculo vicioso das mentiras, sem se preocupar com as evidências que atestam a gravidade do problema, é indício da entrada em uma espiral difícil de sair sem auxílio. “Geralmente os usuários se reinternam neste estágio porque sabem que passado este ponto não há retorno, “só paro na internação”, como tenho ouvido dizer inúmeras vezes”, comenta.


Mudança de Rotina: Concomitante com os sinais anteriores, mudanças de rotina, como trocar o dia pela noite, mudança radical de turma ou isolamento, descuido pessoal, esvaziamento dos compromissos e reorganização da vida em função do uso da substância, indicam um quadro à beira de uma intervenção da ordem de uma internação, explica Pablo Sauce.


Furtos e Violência: Um inequívoco indício da necessidade de internação é quando o usuário passa a trocar objetos por substâncias, sejam dele ou furtados da família. Ou ainda, passa a se endividar para sustentar a dependência, assim como quando passa a exigir dinheiro ou objetos dos familiares.

Qualquer um destes pontos acende um sinal de alerta que indica a necessidade de acompanhamento psiquiátrico. É importante frisar que a Dependência Química ́ não é um problema moral, mas de uma questão médica que deve ser acompanhada de perto por um profissional da saúde. “A ajuda profissional é fundamental porque, por se tratar de uma dependência, os sintomas de abstinência podem ser insuportáveis. Se livra do vício não é uma mera questão de força de vontade, é um trabalho difícil que depende da ajuda de quem está no entorno do paciente, profissionais e família.”, defende.


Como lidar com um dependente químico em casa?

De acordo com Pablo, na maioria dos casos os familiares costumam ficar divididos entre a culpa e a angústia. “A culpa por achar que são inteiramente responsáveis pelas consequências do “desvio” de conduta do usuário, agem como se o usuário fosse uma vítima, sem decisão própria e sem responsabilidade pelas consequências de seus atos”.

O problema é que essa posição de culpa acaba dificultando a tomada de decisão sobre o tratamento. O profissional conta que muitas famílias entendem o tratamento por uma via negativa e se mostram dispostas a fazer o impossível para poupar o usuário da “privação” que o processo de desintoxicação representa no imaginário. “Sobretudo o ato da internação por determinação médica, ou popularmente, a involuntária, é visto como um acontecimento traumático, do qual o usuário nunca mais poderá se recuperar ou perdoar a família - e não é assim”, comenta.

Nesses casos, além do dependente químico, a família também precisa de ajuda profissional para aprender a entender a situação e a lidar com os próprios sentimentos. “A orientação nesses casos é ajudar a família a perceber, entre suas expectativas, o que há de falsas soluções negacionistas e indicar o caminho da co-responsabilidade, dela e do usuário”, pontua o psicólogo.


Dependência Química x Pandemia

No Brasil, pesquisas apontam que a pandemia impulsionou o consumo de álcool, maconha e outras substâncias. “Este fenômeno parece indicar que as ondas do uso de substâncias acompanharam, ao menos parcialmente, a oscilação da pandemia - maior e menor distanciamento. O distanciamento implicou no aumento do uso de “ansiolíticos” e o menor distanciamento implicou no aumento do uso das drogas “estimulantes”, finaliza o psicólogo.

 

 

Catalisador em dia: bom para o carro, para o bolso e para a saúde

Uma verificação preventiva no automóvel é necessária para detectar e solucionar problemas, como rachaduras, amassados, vazamentos e furos nos componentes do sistema de exaustão
Umicore


O outono chegou. Junto com a estação chegam também dias mais secos, maior amplitude térmica e a conhecida mancha marrom no horizonte das grandes cidades. Nessa época do ano, os gases tóxicos ficam presos nas camadas mais baixas da atmosfera e, se já não bastasse a pandemia, essas condições favorecem e agravam a incidência de doenças respiratórias e alérgicas sazonais, como bronquite, rinite alérgica e irritação nos olhos. Com isso, a Umicore, empresa especialista em tecnologias para controle de emissões veiculares, destaca que manter o catalisador em perfeitas condições de funcionamento é essencial para a melhora da qualidade do ar e da poluição.

Responsável pela conversão de até 98% dos gases nocivos em vapores inofensivos, o catalisador é uma peça fundamental para reduzir a emissão de poluentes produzidos por motores à combustão. Entenda melhor na tabela o efeito dos gases expelidos pelo motor automotivo antes e depois da ação do componente:

Ação do catalisador permite transformar até 98% dos gases tóxicos em substâncias inofensivas à saúde
Umicore

 

Gases

Efeitos

Após a catálise

HC (Hidrocarbonetos)

Causa irritação nas vias respiratórias, anemia, leucemia e câncer pulmonar

Transforma-se em vapor d’água e gases inofensivos

CO (Monóxido de Carbono)

Causa asfixia sistêmica, pneumonia e danos cerebrais

Transforma-se em gás carbônico (gás exalado ao respirarmos)

NOx (Óxido de Nitrogênio)

Causa ardência nos olhos, nariz e mucosas. Também provoca bronquite, enfisema, insuficiência respiratória e até mutações genéticas

Transforma-se em N2 (Nitrogênio), que representa 75% do ar que respiramos da atmosfera

O3 (Oxidantes fotoquímicos, Ozônio e Aldeídos)

Causa irritação nos olhos, garganta e infecções generalizadas

São originadas das reações fotoquímicas da luz solar com os poluentes: HC, CO, NOx

“Uma verificação preventiva no automóvel é necessária para detectar e solucionar problemas, como rachaduras, amassados, vazamentos e furos nos componentes do sistema de exaustão. É importante destacar que o catalisador pode ter a mesma durabilidade do veículo, desde que aconteça a sua correta manutenção, conforme está especificado no manual do fabricante. Outro ponto fundamental é se atentar à qualidade do combustível ao abastecer”, orienta Stephan Blumrich, vice-presidente e diretor da Umicore.

Além do catalisador, é importante verificar outros sistemas do automóvel que influenciam na exaustão de gases poluentes, como o de ignição, que engloba velas, cabos e bobinas; o de arrefecimento do motor; e o sistema de alimentação de ar e combustível. “Não tem segredo, basta manter as revisões do veículo em dia. Isso garante uma melhor qualidade do ar, contribui para a durabilidade das peças, e evita o prejuízo ao bolso, com gastos desnecessários no caso de uma possível necessidade de substituição de vários componentes ao mesmo tempo”, finaliza Blumrich.


Detran.SP destaca mudança no CTB que garante benefícios para os bons condutores

Criação do Registro Nacional Positivo de Condutores é uma das novidades previstas no novo Código de Trânsito Brasileiro


 

A partir da próxima segunda-feira (12), bons motoristas poderão ser beneficiados caso não tenham cometido infrações de trânsito nos últimos 12 meses. É quando entra em vigor o Registro Nacional Positivo de Condutores (RNPC), uma das novidades do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) que contempla mudanças nas normas, viabilizadas por meio da aprovação da Lei 14071/20. Para esclarecer este e outros assuntos, o Detran.SP vem trazendo, desde a semana passada, uma série de conteúdos explicativos para sanar as dúvidas dos cidadãos.

 

Com a criação do RNPC, Estados e Municípios poderão utilizar o cadastro para concessão de benefícios tarifários e tributários, como, por exemplo, desconto no IPVA. Para ter acesso aos benefícios, o condutor precisa autorizar previamente a abertura do cadastro no sistema. O Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) será responsável por organizar e atualizar os registros mensalmente. 

 

Segundo o CTB, o condutor, se houver interesse, poderá retirar seu nome do Registro Nacional. Ele também poderá ser excluído nas seguintes situações: quando for atribuída ao cadastrado pontuação por infração, se o cadastrado tiver o direito de dirigir suspenso, quando a CNH do cadastrado estiver cassada ou com validade vencida há mais de 30 dias ou, ainda, se o condutor estiver cumprindo pena privativa de liberdade.

 

Segundo Ernesto Mascellani Neto, diretor-presidente do Detran.SP, a novidade valoriza as boas práticas e reconhece os bons exemplos ao volante. “A iniciativa também será importante para monitorar o comportamento de motoristas de aplicativo, categoria que cresceu nos últimos anos”, destaca. “Outro ponto é que, por meio desse prontuário, será possível regulamentar, em caráter oficial, benefícios já oferecidos pelo mercado de seguradoras aos condutores que efetivamente se comportem de maneira responsável no trânsito.”

 

Centro de Informação à Pessoa com Deficiência agora tem versão online

 Em razão ao novo Coronavírus, agora alguns atendimentos realizados no posto situado no metrô Tatuapé também podem ser feitos pela internet

 

O Centro de Informação à Pessoa com Deficiência, ação da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que fica situado fisicamente dentro da estação Tatuapé do Metrô de São Paulo, agora tem versão online e fica disponível para todas as pessoas com deficiência do estado de São Paulo.

Pensando no bem-estar da população e na prevenção e combate ao novo Coronavírus, a Secretaria transformou a ação para que seja mais conectada e digital, a fim de continuar prestando esse serviço às pessoas com deficiência de forma segura.

Pessoas interessadas em tirar dúvidas sobre o universo das pessoas com deficiência, benefícios ou informações gerais podem fazer isso pelo e-mail faleconosco@cti.org.br ou por telefone (11) 3500-0070.

Além disso, outro destaque do posto são as entregas de currículo de pessoas com deficiência para que sejam incluídas no cadastro do Polo de Empregabilidade Inclusivo. Para isso há duas formas de realizar essa entrega em versão online, pelo e-mail do Centro ou por meio do site do Meu Emprego Inclusivo: http://www.trabalhoinclusivo.sp.gov.br/


Centro de Informação à Pessoa com Deficiência


A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em parceria com a Companhia do Metropolitano de São Paulo - Metrô-SP e Centro de Tecnologia e Inovação (CTI), inaugurou em fevereiro de 2020, na estação Tatuapé, o Centro de Informação à Pessoa com Deficiência. O espaço tem atendimento personalizado para comunicação em Libras e técnicos para pequenos reparos em cadeira de rodas e bengalas.

Além disso, os funcionários também fazem captação de currículos de pessoas com deficiência para encaminhamento em vagas de emprego, a fim de ampliar o número de profissionais com deficiência no mercado de trabalho.



Serviço
Centro de Informação à Pessoa com Deficiência - versão digital
E-mail: faleconosco@cti.org.br
Telefone: (11) 3500-0070


Auxílio Emergencial e as "novidades" do IR 2021

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Acertar as contas com o "Leão" é um compromisso anual para muitos brasileiros e requer atenção e organização com informes e documentos. Apesar de ser inevitável para quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 em 2020, boa parte dos contribuintes ainda repete práticas dos anos anteriores e deixa o preenchimento para a última hora. E essa correria pode induzir o declarante a equívocos que trazem problemas e, até mesmo, multas.

Em 2021, o Imposto de Renda (IR) tem novidades, como a criação de códigos para informe de criptomoedas e a obrigatoriedade da declaração do recebimento do auxílio emergencial por contribuintes não isentos. Essa pode ser uma das maiores preocupações neste ano e, por consequência, concentrar a maior incidência de erros. 

Para não ter complicações com a Receita Federal, a dica é entregar a declaração pelo menos duas semanas antes do prazo, que encerra no dia 30 de abril. Assim, evita erros de preenchimento que podem ser, inclusive, de digitação. Também é mais fácil perceber a falta de documentos importantes, como os informes de rendimentos, e conseguir a informação a tempo. 

Por isso, a organização continua sendo a grande aliada. O preenchimento fica mais fácil quando o contribuinte separa documentos dos dependentes, dos bens e de doações realizadas, por exemplo. Também é fundamental organizar os informes das instituições financeiras, do empregador, comprovantes de despesas com saúde, educação, além de pagamentos e rendimentos com aluguéis, caso existam. Em casos de rendimentos mais altos e muitos documentos para anexar ou analisar, o ideal é buscar informações especializadas com um profissional de contabilidade. 

Não declarar o IR gera multa e outras complicações, como o bloqueio do CPF. Ao contrário, antecipar a entrega pode garantir vantagens, como a antecipação da restituição. Esse recurso extra é um bom estímulo para iniciar um novo investimento e começar de vez o planejamento do orçamento para uma vida financeira mais próspera. 

 


Eleutério Benin - diretor executivo da Sicredi Iguaçu PR/SC/SP, cooperativa que atua na região de Campinas (SP), no interior do Paraná e de Santa Catarina.


Doação via Imposto de Renda pode fazer a diferença para instituições filantrópicas em tempo de pandemia

Até 30 de abril, pessoas físicas podem doar até 3% do imposto para manter trabalhos como o do Hospital Pequeno Príncipe

 

Até o próximo dia 30 de abril, pessoas físicas que fazem declaração do Imposto de Renda (IR) via formulário completo podem destinar até 3% do imposto – a pagar ou a restituir – e fazer a diferença na rotina de instituições filantrópicas como o Pequeno Príncipe, maior hospital pediátrico do Brasil, com sede em Curitiba (PR). Em 2020, primeiro ano da pandemia, a instituição registrou uma queda de 20% na receita proveniente dos convênios, uma de suas principais fontes de recurso. Esse cenário, somado ao déficit histórico causado pela defasagem na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), com valor médio anual de R$ 30 milhões, pode comprometer o orçamento do Hospital que tem 70% de sua capacidade destinada a pacientes oriundos do SUS e mesmo com a crise sanitária manteve os atendimentos de alta complexidade.

 

Para o contribuinte, na prática, a doação via renúncia fiscal não oferece despesa alguma. Isso porque, no caso de quem tem imposto a pagar, o valor doado é descontado da quantia devida à Receita Federal. No caso de quem tem IR a restituir, o valor doado é somado à restituição, corrigido pela Taxa Selic. Mas mesmo com condições favoráveis, apenas 2,05% do potencial de doação é alcançado todos os anos. Isso significa que mais de R$ 7,5 bilhões deixam de impactar o cenário da saúde no país. “O processo é simples e permite ao doador acompanhar como o recurso é utilizado. E, para nós, as doações pelo Imposto de Renda são de fundamental importância”, comenta a diretora-executiva do Hospital Pequeno Príncipe, Ety Cristina Forte Carneiro.

 

No Pequeno Príncipe, as doações se traduzem nos investimentos em pesquisas, em tecnologia, na capacitação de profissionais e no suporte de pacientes oriundos de todo o Brasil que são atendidos pelo Sistema Único de Saúde. Um exemplo é a história da capixaba Mariane dos Anjos Amorim, hoje com 12 anos. Em 2019, ela e sua mãe, Marcilene Ribeiro dos Anjos Amorim, vieram de Linhares (ES) para tratamento de uma anemia aplásica – doença que causa queda na contagem das células sanguíneas –, sendo necessário transplante de medula óssea. Ambas passaram quatro meses e 15 dias no Pequeno Príncipe para realizar o procedimento. “No Espírito Santo não tem onde fazer. Minhas duas outras filhas eram compatíveis, e a mais nova foi a doadora da medula. O tratamento todo foi pelo SUS, não pagamos nada. Chegamos no Hospital e parecia que já conheciam a gente, de tão bem recebidos que fomos”, conta a mãe.

 

Longe de casa e sem familiares na capital paranaense, mãe e filha tiveram o suporte do programa Família Participante, que oferece toda estrutura necessária para permanência no ambiente hospitalar, como refeições diárias e um espaço para que o acompanhante faça sua higiene pessoal, guarde seus pertences, descanse e receba orientações para uma participação positiva no processo de tratamento da criança. Mensalmente, mil pessoas são atendidas pelo programa. Criado na década de 1980, foi precursor de políticas públicas que valorizam o vínculo dos pacientes com sua família e colocou o Pequeno Príncipe como referência no acolhimento integral durante o período de hospitalização.


 

Crise sanitária

 

Referência nacional em procedimentos de média e alta complexidade em 32 especialidades, o Pequeno Príncipe, há 15 anos, usa a modalidade de restituição fiscal como uma de suas principais fontes de recursos. A instituição tem vários projetos aprovados no Fundo para Infância e Adolescência. Todos são monitorados pelos Conselhos de Direitos e pelo Tribunal de Contas, que acompanham a utilização de recursos e fiscalizam a prestação de contas.

 

Com 378 leitos, sendo 68 em UTIs, o Pequeno Príncipe destina 70% da sua capacidade para o Sistema Único de Saúde (SUS), seguindo a diretriz de oferecer tratamento integral e humanizado, independentemente se são pacientes provenientes do sistema público ou de convênios.

 

Em 2020, o cancelamento de procedimentos eletivos e a diminuição na taxa de ocupação de leitos e na procura pelo atendimento nas emergências provocaram uma queda nos recursos do Pequeno Príncipe. Já as despesas aumentaram, principalmente por conta da necessidade de investimento em equipamentos de proteção individual – o crescimento na compra desses materiais chegou a 400%, sendo que a alta no preço de alguns itens superou 1.000%.

 

Ainda assim, procedimentos de alta complexidade foram mantidos e 247 transplantes foram realizados – 61 de medula óssea. Além disso, o Pequeno Príncipe retomou em 2020 o serviço de transplante de fígado. Foram 15 cirurgias feitas no ano passado, priorizando crianças de até 10 anos. Além, de outras 12.233 cirurgias e 12.510 internações.

 

“Contamos com a sensibilidade do contribuinte, que além de cumprir a sua obrigação com o governo federal tem a oportunidade de ajudar a viabilizar as nossas atividades de assistência e pesquisa”, reforça a diretora.



Serviço

Pessoas físicas podem entrar em contato, para fazer sua doação de Imposto de Renda, pelo e-mail doepequenoprincipe@hpp.org.br ou pelos telefones (41) 21013-3886 e (41) 99962-4461.


Agora é lei: pessoas com deficiência terão prioridade no calendário de vacinação na cidade do Rio

Projeto do vereador Márcio Ribeiro, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoa com Deficiência da Câmara, foi sancionado pelo prefeito Eduardo Paes

 

O Prefeito Eduardo Paes sancionou na manhã desta quarta-feira, (07.10), o projeto de lei, 89/2021, de autoria do vereador Marcio Ribeiro (Avante), que pede a alteração do calendário municipal de vacinação para a inclusão das pessoas com deficiências. A partir de 24 de abril, quando o calendário chegar às pessoas com 60 anos, os PCDs vão estar entre as prioridades na imunização. Para o prefeito, a sanção da lei é uma vitória importante para a classe:

"O vereador Márcio Ribeiro, ao lado do nosso secretário Pedro Paulo, tem tido sempre uma atenção especial às pessoas com deficiências e às soluções que podem ser tomadas nesse sentido. Quero parabenizar o Marcio, que teve uma conquista incrível ao aprovar na  câmara esse projeto de lei que tanto vai beneficiar uma parcela importante da população", disse Eduardo Paes. 

Para Marcio Ribeiro, que é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoa com Deficiência, essa é uma grande vitória para os PCDs:

"É um momento muito importante na luta pelos direitos das pessoas com deficiência. Quero agradecer a sensibilidade e o entendimento do prefeito Eduardo Paes neste momento, sobretudo, com as pessoas com deficiência, que realmente precisam dessa aprovação. E quero agradecer ao secretário de Fazenda e Planejamento, Pedro Paulo, por ter me conduzido junto a uma batalha tão importante e necessária", disse o parlamentar.

Agora o projeto será publicado no Diário Oficial do Município e o parlamentar vai sentar junto com o secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, para estudar a melhor forma da vacinação para esse grupo tão importante.


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