Companhia de Idiomas ensina como aprender as novas competências exigidas pelo mercado de trabalho no pós-pandemia
Quando a OMS decretou a pandemia mundial de
COVID-19, acelerou uma tendência para milhões de trabalhadores: o home office.
A tecnologia já estava mais do que pronta e o dia a dia passou a incluir uma agenda
de reuniões por videoconferências. A nova realidade trouxe desafios e também
benefícios. Mas NÃO foi a única mudança.
O relatório final do Fórum Econômico Mundial de
2020 sobre o futuro do trabalho já aponta 15 competências essenciais para o
novo profissional. São habilidades como liderança, inteligência emocional e
criatividade, que não fazem parte da grade curricular das universidades.
O resultado é contraditório. No Brasil atual, com
taxas de desemprego que se aproximam de 15%, de acordo com a Confederação
Nacional das Indústrias, muitas empresas não encontram os profissionais que
precisam no mercado de trabalho.
O relatório do FEM apontou que, no Brasil, a
competência mais demandada é a Aprendizagem Ativa e Domínio de Estratégias de
Aprendizagem. Rose Souza, sócia-fundadora da Companhia de Idiomas e MBA em
gestão empresarial, já havia percebido isso, com sua experiência com alunos
executivos. "É preciso aprender a aprender e substituir a disciplina
necessária no modelo tradicional de aprendizagem, por prazer e autonomia. À
medida que as pessoas descobrem o que gostam e como gostam de aprender, elas
conseguem desenvolver estratégias de aprendizado que as impulsionam no
desenvolvimento pessoal e profissional", explica a especialista.
É a partir do entendimento do próprio processo de
aprendizagem (chamado de metacognição), que as pessoas se comprometem com o
aprendizado de um novo idioma, por exemplo. "Quando sabemos que aprendemos
melhor com podcasts, games ou séries de tv, imprimimos intencionalidade de
aprender com estas atividades. A disciplina nem é mais necessária, aprender
passa a ser algo leve, muito estimulante e os resultados chegam mais
rápido", afirma Lígia Crispino, expert em marketing e gestão de pessoas e
também sócia da Companhia de Idiomas.
Não estamos falando aqui do fim das escolas e do modelo tradicional de ensino. O desenvolvimento dessas novas competências pode ser comparado a andar de bicicleta. Algumas pessoas têm talento natural para sair pedalando. Outras precisam de mais esforço e da orientação certa. Mas é a prática que traz equilíbrio e resistência para ir mais longe. E se você gosta de andar de bicicleta, essa prática está garantida - e o sucesso também.
É claro que o papel do professor também vai
mudar. Mais do que nunca, ele será um mentor, responsável por conduzir esse
processo de autodescoberta e autonomia de aprendizagem para o profissional do
futuro.
Para permanecer e até se destacar no mercado de
trabalho é preciso mais do que o domínio de idiomas, conhecimento técnico e
pós-graduações. Esses, como já se sabe, não são mais diferenciais, mas
requisitos para a maioria das vagas. O mercado de trabalho mudou e vai
continuar evoluindo. É hora de assumir a aprendizagem autodirigida, ou a gestão
da própria carreira, e estar preparado para vencer os desafios que estão por
vir.
Rose de Souza - Fundadora e sócia-diretora da Companhia de Idiomas, coautora do Guia para Programas de Idiomas em Empresas e também sócia da Pousada Pé da Mata - Maresias, onde vive. Graduada em Letras/Tradução/Interpretação pela Unibero, Especialista em Gestão Empresarial, MBA pela FGV e PÓSMBA pela FIA/FEA/USP. Foi professora por seis anos na Pós-Graduação ADM da FGV, quando morava em São Paulo. Colunista dos portais Catho, Vagas, AboutMe e Exame.com. Mentora voluntária do Projeto Pulsar da Fundação Éveris.
Lígia Velozo Crispino - fundadora e sócia-diretora da Companhia de Idiomas e Verbify. Graduada em Letras e Tradução pela Unibero. Curso de Business English em Boston pela ELC. Cursos Livres de Marketing pela FGV e ESPM, Gestão de Pessoas pelo Insper. Coautora do Guia Corporativo Política de Treinamento para RHs e autora do livro de poemas Fora da Linha. Colunista do portal Exame.com. Mentora voluntária do Projeto Pulsar da Fundação Éveris. Organizadora do Sarau Conversar.
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