A transformação digital não é mais uma tendência,
mas uma necessidade urgente para empresas que desejam se manter competitivas.
No entanto, apesar do discurso entusiasmado sobre inovação e tecnologia, o
Brasil ainda enfrenta barreiras estruturais e culturais que dificultam essa
transição.
Mesmo que as indústrias tenham começado seu processo
de integração entre sistemas físicos e digitais com a Indústria 4.0, o cenário
de revolução a partir de tecnologias, como por exemplo, Internet das Coisas
(IoT), Big Data, computação em nuvem e Inteligência Artificial, não obteve um
alcance global, enfrentando diferentes ritmos e barreiras estruturais,
especialmente em países emergentes como o Brasil.
De acordo com dados da segunda edição de um
levantamento do Núcleo de Inovação e Tecnologias Digitais da Fundação Dom
Cabral (FDC), em colaboração com a PwC Brasil, 46,3% das organizações adotam
uma abordagem mais cautelosa em relação às iniciativas digitais, enquanto uma
pequena parcela (13,4%) acredita que investimento em inovação é algo para o
futuro. Ou seja, na prática, a transformação tecnológica não é a realidade de
todas as empresas no Brasil.
Esse caminho de digitização, que leva à
transformação do formato analógico para o digital, acaba encontrando barreiras.
O primeiro entrave é a infraestrutura tecnológica ainda defasada em várias
regiões, o que acaba atingindo o desenvolvimento de diferentes setores da
empresa. Outro ponto que também conta é a falta de conectividade em regiões
afastadas e a qualidade dos serviços de telecomunicações, que impedem uma
adesão total às novas tecnologias. Esses fatores contam muito, principalmente,
quando consideramos que há um alto custo para implementar as soluções digitais
necessárias para as organizações.
Entretanto, o que mais pesa na decisão final é a
escassez de mão de obra qualificada. Afinal, quando a liderança percebe que não
há profissionais qualificados dentro de sua equipe, surgem preocupações com uma
possível demissão em massa, aliada a toda a mudança para o digital, que, para
grande parte, significaria um alto custo. No entanto, tais problemas são facilmente
diagnosticados e solucionados diante de uma análise especializada.
Neste caso, o medo não é uma realidade. A mudança
pode ser mais vantajosa do que aparenta. Afinal, por meio de um estudo com
indicadores econômicos, os entraves que estão na mentalidade das lideranças
empresariais deixam de ser um empecilho para alcançar mais espaço no mundo dos
negócios. Em contrapartida, a relutância em abandonar modelos tradicionais de
administração, temendo que a digitização traga mais desafios do que benefícios,
junto a falta de informação e o receio de uma reestruturação profunda, travam
decisões estratégicas.
Nesse cenário, é fundamental fazer a mudança do
analógico para o digital baseado em uma análise especializada com profissionais
que possuam experiência na gestão da transformação digital. Com isso, será
possível adotar novas tecnologias a partir de uma visão estratégica e realista
do processo, sempre focada em reduzir danos. Além disso, também será possível
trabalhar a equipe tanto para a mudança de cultura organizacional quanto na
capacitação para lidar com um cenário desconhecido.
Mesmo sendo uma realidade ainda desafiadora, já sabemos que a transformação digital é um caminho sem volta, e o Brasil não pode mais adiar essa revolução. Os desafios são grandes, mas os benefícios são inegáveis, indo desde a maior eficiência, competitividade, inovação até, acima de tudo, mais qualidade de vida. Por isso, cabe o alerta para empresas e gestores que não assumirem o compromisso com essa evolução, correm o risco de ficar para trás em um mundo cada vez mais tecnológico e dinâmico.
João Pires - executivo de vendas da SPS Group
SPS Group
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