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quarta-feira, 5 de março de 2025

Transformação digital: quais barreiras impedem o avanço no mercado brasileiro?

 

A transformação digital não é mais uma tendência, mas uma necessidade urgente para empresas que desejam se manter competitivas. No entanto, apesar do discurso entusiasmado sobre inovação e tecnologia, o Brasil ainda enfrenta barreiras estruturais e culturais que dificultam essa transição.

Mesmo que as indústrias tenham começado seu processo de integração entre sistemas físicos e digitais com a Indústria 4.0, o cenário de revolução a partir de tecnologias, como por exemplo, Internet das Coisas (IoT), Big Data, computação em nuvem e Inteligência Artificial, não obteve um alcance global, enfrentando diferentes ritmos e barreiras estruturais, especialmente em países emergentes como o Brasil.

De acordo com dados da segunda edição de um levantamento do Núcleo de Inovação e Tecnologias Digitais da Fundação Dom Cabral (FDC), em colaboração com a PwC Brasil, 46,3% das organizações adotam uma abordagem mais cautelosa em relação às iniciativas digitais, enquanto uma pequena parcela (13,4%) acredita que investimento em inovação é algo para o futuro. Ou seja, na prática, a transformação tecnológica não é a realidade de todas as empresas no Brasil.

Esse caminho de digitização, que leva à transformação do formato analógico para o digital, acaba encontrando barreiras. O primeiro entrave é a infraestrutura tecnológica ainda defasada em várias regiões, o que acaba atingindo o desenvolvimento de diferentes setores da empresa. Outro ponto que também conta é a falta de conectividade em regiões afastadas e a qualidade dos serviços de telecomunicações, que impedem uma adesão total às novas tecnologias. Esses fatores contam muito, principalmente, quando consideramos que há um alto custo para implementar as soluções digitais necessárias para as organizações.

Entretanto, o que mais pesa na decisão final é a escassez de mão de obra qualificada. Afinal, quando a liderança percebe que não há profissionais qualificados dentro de sua equipe, surgem preocupações com uma possível demissão em massa, aliada a toda a mudança para o digital, que, para grande parte, significaria um alto custo. No entanto, tais problemas são facilmente diagnosticados e solucionados diante de uma análise especializada.

Neste caso, o medo não é uma realidade. A mudança pode ser mais vantajosa do que aparenta. Afinal, por meio de um estudo com indicadores econômicos, os entraves que estão na mentalidade das lideranças empresariais deixam de ser um empecilho para alcançar mais espaço no mundo dos negócios. Em contrapartida, a relutância em abandonar modelos tradicionais de administração, temendo que a digitização traga mais desafios do que benefícios, junto a falta de informação e o receio de uma reestruturação profunda, travam decisões estratégicas.

Nesse cenário, é fundamental fazer a mudança do analógico para o digital baseado em uma análise especializada com profissionais que possuam experiência na gestão da transformação digital. Com isso, será possível adotar novas tecnologias a partir de uma visão estratégica e realista do processo, sempre focada em reduzir danos. Além disso, também será possível trabalhar a equipe tanto para a mudança de cultura organizacional quanto na capacitação para lidar com um cenário desconhecido.

Mesmo sendo uma realidade ainda desafiadora, já sabemos que a transformação digital é um caminho sem volta, e o Brasil não pode mais adiar essa revolução. Os desafios são grandes, mas os benefícios são inegáveis, indo desde a maior eficiência, competitividade, inovação até, acima de tudo, mais qualidade de vida. Por isso, cabe o alerta para empresas e gestores que não assumirem o compromisso com essa evolução, correm o risco de ficar para trás em um mundo cada vez mais tecnológico e dinâmico.

 


João Pires - executivo de vendas da SPS Group

SPS Group


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