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quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

Sharecare dá cinco dicas para melhorar a experiência dos colaboradores no home office

home office, que antes era visto como um privilégio, restrito a uma parcela bastante pequena dos trabalhadores, hoje se tornou uma das principais alternativas para a manutenção dos postos de trabalho, se integrando à realidade de grande parte dos profissionais.

Atualmente, sobretudo em razão da pandemia, o modelo de trabalho remoto vem mudando a forma como empresas e profissionais se relacionam, estabelecendo novos padrões e necessidades quando o assunto envolve a gestão de recursos humanos.

Diante do cenário atual de combate ao coronavírus, muitas empresas tiveram que migrar rapidamente as suas atividades para o modelo home office. Essa mudança repentina, no entanto, pegou não só muitos gestores de surpresa, mas principalmente os colaboradores — que ainda estão se adaptando.

Pensando nisso, a Sharecare preparou este artigo para falar um pouco mais sobre o home office e listar Cinco dicas para torná-lo ainda mais eficiente para os colaboradores da sua empresa.

Como funciona o trabalho remoto?

Como o próprio termo já antecipa, o trabalho remoto é uma modalidade em que o profissional pode desempenhar as suas atividades a distância, isto é, fora das instalações da empresa ou de repartições públicas — como ainda é muito comum na atualidade.

O trabalho remoto, na prática, se desenvolve essencialmente com o apoio de recursos tecnológicos, como os computadores, tablets e os tradicionais smartphones. Além disso, há um uso massivo de ferramentas que dependem da internet, a exemplo das plataformas de videoconferência, dos softwares e dos aplicativos de celulares — os quais conectam profissionais e empresas de forma extremamente eficiente.

Nos últimos anos, a modalidade de trabalho remoto cresceu de maneira significativa no Brasil. Para se ter uma compreensão da adesão desse formato de trabalho, segundo dados do IBGE, divulgados no final de 2019, entre os anos de 2012 a 2018, o crescimento do home office foi de 44,4%, sendo a realidade de 3,8 milhões de pessoas — número esse que correspondia a 5,2% da força de trabalho atuante no país.

O mesmo levantamento realizado pelo IBGE também mostra que o maior crescimento dessa modalidade de trabalho foi observado entre 2017 e 2018, chegando a 21,1%. Contudo, esses dados refletiam uma realidade anterior à pandemia e à necessidade de isolamento social. Hoje, como se sabe, o trabalho remoto se tornou ainda mais comum e integrado à rotina do trabalhador brasileiro — e de tantos outro países, vale destacar.

Qual o panorama da adoção do home office no Brasil durante a pandemia?

A pandemia foi — e ainda é — sem dúvida, um fator que impactou diretamente no crescimento do home office, sobretudo no Brasil. Segundo levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), uma a cada cinco profissões no país está apta a adotar o trabalho remoto como principal formato.

Nesse sentido, de acordo com esse levantamento, o home office tem potencial para fazer parte da realidade de mais de 20,8 milhões de trabalhadores, podendo ser aplicado por 22,7% das ocupações, mesmo depois da pandemia. Apesar da projeção, dados posteriores do Ipea concluíram que, em maio, apenas 13,3% das pessoas ocupadas no Brasil exerceram suas atividades remotamente, o que corresponde a um total de 8,7 milhões de pessoas.

Outro ponto interessante desse estudo feito pelo Ipea foi a classificação do Brasil na 45ª colocação no ranking mundial de trabalho remoto e como 2º colocado na América Latina, sendo superado apenas pelo Chile.

Considerando a realidade interna do país, o Ipea também divulgou um ranking dos estados brasileiros com maior potencial para o trabalho remoto. Nesse ranking, o Distrito Federal apresentou o maior desempenho, enquanto o Piauí foi o estado com o menor potencial de implantação do home office.

Confira o ranking com os cinco estados com o maior potencial para o home office:

  • Distrito Federal: 31,5%;
  • São Paulo: 27,7%;
  • Rio de Janeiro: 26,7;
  • Santa Catarina: 23,8%;
  • Paraná: 23,3%.

Agora os cinco estados com o menor potencial:

  • Amazonas: 17,7%
  • Maranhão: 17,5%
  • Rondônia: 16,7%
  • Pará: 16,0%
  • Piauí: 15,6%

Além desses pontos, o estudo realizado pelo Ipea também verificou a viabilidade do trabalho remoto de acordo com as funções exercidas pelos profissionais. Vejamos os valores percentuais do home office em alguns dos cargos:

  • Diretores e gerentes: 61%
  • Profissionais das ciências e intelectuais: 65%
  • Técnicos e profissionais de nível médio: 30%
  • Trabalhadores de apoio administrativo: 41%
  • Trabalhadores dos serviços, vendedores dos comércios e mercados: 12%.

Por fim, vale também mencionar a Pesquisa de Gestão de Pessoas na Crise de Covid-19, realizada pela Fundação Instituto de Administração (FIA), entre 14 e 29 de abril, levando em consideração a realidade de 139 empresas brasileiras de grande, médio e pequeno porte.

Nessa pesquisa, aproximadamente 94% das empresas afirmaram que atingiram ou superaram suas expectativas de resultados com a adoção do home office. Contudo, 70% delas planejam interromper a prática ou reduzi-la a apenas 25% dos funcionários assim que a pandemia tiver fim.

Como proporcionar mais saúde e qualidade de vida aos colaboradores em home office?

Um dos grandes desafios enfrentados pelas empresas em tempos de home office é manter o bom desempenho das equipes que estão atuando de maneira remota. Isso porque a mudança repentina na rotina dos colaboradores, somada à instabilidade e insegurança trazidas pelo cenário de pandemia, são fatores que impactaram diretamente na produtividade e, em certos casos, até na saúde dos profissionais.

Afastados do ambiente corporativo e da convivência diária, efeitos como a desmotivação e improdutividade não são incomuns entre os colaboradores de empresas que adotaram o trabalho remoto.

Nesse contexto, se torna indispensável a atuação dos gestores e líderes no sentido de buscar estratégias para melhorar a experiência das suas equipes no home office, fomentando a motivação, a saúde e o bem-estar de todos.

A seguir, reunimos algumas das medidas que podem ser adotadas para melhorar a rotina dos profissionais da sua empresa que estão trabalhando remotamente. Confira!

1. Ofereça objetos ergonômicos

Um dos pontos mais importantes a ser considerado no trabalho remoto diz respeito à ergonomia. Com a necessidade de se trabalhar em casa ou em outros locais, o fato é que muitos profissionais não terão à disposição todos os equipamentos e itens necessários para trabalhar não apenas de maneira confortável, mas principalmente saudável.

Nesse sentido, negligenciar a ergonomia no home office pode levar ao surgimento de diferentes problemas de saúde, como dores na lombar e pescoço, além de aumentar o risco de surgimento de doenças como bursite e tendinite — fatores que podem prejudicar o bem-estar do profissional e os resultados da empresa.

Por essa razão, a dica é não apenas estimular e orientar quanto à importância da ergonomia, mas oferecer aos colaboradores objetos e equipamentos que, de fato, contribuam com esse atributo, como apoio para os pés e para monitores.


2. Incentive as pausas periódicas

Outro cuidado que deve fazer parte da rotina das empresas na hora de gerir os seus recursos humanos que estão atuando em regime de trabalho remoto é incentivar as pausas periódicas. Esse é um ponto crucial, já que muitos profissionais, por ficarem em casa, têm jornadas excessivas, altamente desgastantes e estressantes.

É importante deixar claro para os colaboradores a importância de se respeitar os limites diários de trabalho e de estabelecer uma rotina organizada, com horários pré-definidos para o início e fim da jornada de trabalho. Além disso, é preciso destacar a necessidade das pausas periódicas ao longo do dia.

Essas pausas são essenciais para mudar um pouco o foco, distrair a mente e recobrar as energias. Na prática, as pausas são essenciais para tarefas técnicas e/ou criativas, que demandam um alto nível de concentração. Ignorar esse ponto pode gerar ansiedade e irritação, especialmente quando o cansaço afeta o rendimento e impede a conclusão das tarefas.


3. Reforce a comunicação

À medida que o home office se torna parte da realidade das empresas, a comunicação pode ser tornar um ponto sensível. O afastamento dos postos de trabalho pode dificultar a interação entre gestores e colaboradores, bem como entre os próprios profissionais — uma realidade que pode repercutir diretamente na motivação e produtividade das equipes.

Diante disso, uma das estratégias mais importantes a serem adotadas pelas empresas se relaciona com a otimização da comunicação, de modo que todos os colaboradores tenham a chance de interagir entre si, manter os vínculos e, também, reportar as questões ligadas ao trabalho.

Para reforçar essa comunicação, o uso de ferramentas interativas de videoconferência pode ajudar bastante. Soluções como o Google Meet podem fortalecer a integração das equipes, melhorando não só a comunicação, mas todo o clima interno da empresa. Sem contar que esse tipo de ferramenta também pode ser útil para conversas, informações, confraternizações e eventos online — ações que ajudam a manter os colaboradores motivados e mentalmente saudáveis.


4. Incentive a prática de exercícios físicos

O papel do setor de RH de uma empresa vai muito além das questões técnicas e burocráticas relacionadas à rotina dos seus colaboradores. Na realidade, uma das atividades mais elementares desse setor é garantir o bem-estar e saúde dos recursos humanos, isso em todas as circunstâncias — já que os profissionais são os ativos mais valiosos das empresas.

Nesse sentido, oferecer condições de trabalho adequadas, sobretudo em tempos de home office, também deve ser prioridade do RH. Para tanto, além dos pontos já mencionados, incentivar a prática de atividade física e fomentar a adoção de hábitos saudáveis precisa fazer parte da cultura da empresa.

Aqui, uma das estratégias que podem ser adotadas pelo RH é a implementação de programas voltados para a melhora da qualidade de vida, isso a partir do apoio na mudança de hábitos e comportamentos que podem trazer risco à saúde, focando nos cuidados pessoais, cessação do tabagismo, controle de estresse, alimentação saudável e controle de peso, por exemplo.

Esse tipo de programa pode ser desenvolvido de maneira remota, a partir do uso de aplicações especializadas, bem como com o apoio de equipes de saúde, as quais fazem contato com os colaboradores, orientam e apoiam a melhoria de hábitos para eliminar fatores de risco de doenças crônicas.


5. Ofereça apoio emocional

Não há dúvidas de que o momento de pandemia trouxe uma série de incertezas e medos para as pessoas. Esse fato também refletiu na vida dos trabalhadores, gerando mais ansiedade e preocupação.

No mesmo sentido, a mudança repentina nos hábitos de vida e na maneira como o trabalho é prestado e as relações interpessoais têm se dado, também são fatores que contribuem para a desmotivação, improdutividade e, em casos mais sérios, para o surgimento de transtornos mentais.

Para se ter uma ideia da dimensão do problema, em relação aos trabalhadores, estima-se que em todo o mundo entre 30% a 40% das pessoas ocupadas apresentem algum transtorno mental — esse número em muito se aproxima da realidade constatada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), relativa à população em geral. Segundo a ABP, de 20% a 25% da população desenvolverá algum tipo de transtorno.

Diante dessa realidade, outra recomendação para os gestores de RH é a de oferecer apoio emocional para os seus colaboradores. Como visto, o momento de adversidade e de mudança repentina pelo qual todo o mundo tem passado pode interferir na saúde dos profissionais, exigindo ainda mais atenção por parte das empresas.

Nesse contexto, por exemplo, investir em soluções tecnológicas interativas e baseadas no uso inteligente dos dados pode ser uma excelente estratégia para mapear os colaboradores que estão mais propensos a sofrer com transtornos de saúde mental.

Com esse tipo de iniciativa, a empresa consegue estratificar seus colaboradores em diferentes níveis de risco, agindo de maneira pontual e eficiente, de acordo com a necessidade de cada grupo.

Como foi possível perceber, o home office se tornou uma modalidade bastante presente na realidade do trabalhador brasileiro. Contudo, apesar das vantagens e facilidades trazidas por esse formato, ainda existem pontos que merecem atenção por parte das empresas e dos gestores de RH.

Muitos profissionais ainda estão em fase de adaptação com o home office, dependendo de apoio e orientação sobre a melhor forma de atuar nesse novo cenário. Além disso, questões ligadas tanto à saúde e segurança no trabalho quanto à saúde mental também devem ser alvo de discussão dentro das empresas, com o objetivo de melhorar a experiência do colaborador em um momento tão incomum como o que todo o mundo vem passando.

 

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

#DezembroLaranja2020  

 

Cristo Redentor veste a camisa da campanha para conscientizar sobre o câncer de pele  


O mundialmente conhecido Cristo Redentor está de braços abertos para o #DezembroLaranja, a Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele!  

 

Projeções e iluminações especiais vestirão o monumento nessa quarta-feira, 2 de dezembro, a partir das 19h. A ação especial marca a abertura da campanha promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) para conscientizar a população sobre o câncer de maior incidência nas pessoas. A iniciativa completa sete anos em 2020. A comunicação enfatiza que #CancerdePeleECoisaSeria e que a conscientização deve começar na infância.   

“O Cristo Redentor abre seus braços mais uma vez pela conscientização. Evitar o câncer de pele é tarefa que cabe a cada um, já que medidas simples, no cuidado com o próprio corpo, como usar filtro solar, óculos de sol e chapéu, são eficazes”, destaca o reitor do Santuário Cristo Redentor, Padre Omar.   

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2020 os números de câncer de pele no Brasil são preocupantes. A doença corresponde a 27% de todos os tumores malignos no país, sendo os carcinomas basocelular e espinocelular (não melanoma) responsáveis por 177 mil novos casos da doença por ano. Já o câncer de pele melanoma tem 8,4 mil casos novos anualmente. "Os números de incidência do câncer de pele são maiores do que os cânceres de próstata, mama, cólon e reto, pulmão e estômago. Na campanha deste ano, queremos compartilhar conteúdo que seja útil às pessoas, de acordo com as peculiaridades e necessidades de cada uma, para isso contaremos com a participação e o engajamento dos médicos dermatologistas, que também fazem a diferença na hora de passar a informação segura", afirma Dr. Sérgio Palma, presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia.   

A campanha de 2020 destaca ainda que os hábitos de exposição solar na infância são capazes de influenciar tanto no envelhecimento quanto no desenvolvimento do câncer de pele. Por isso, é importante que os pequenos tenham conhecimento, desde cedo, da necessidade de cuidar da pele a partir de hábitos de fotoproteção, que incluem usar de óculos de sol e blusas com proteção UV, bonés ou chapéus, preferir a sombra, evitar a exposição solar entre 9h e 15h e utilizar filtro solar com FPS igual ou superior a 30, reaplicando a cada duas horas ou sempre que houver contato com a água. 

 

Para mais informações, acesse www.dezembrolaranja.com.br 

 

SERVIÇO:  

 

Cristo Redentor veste a camisa da campanha Dezembro Laranja para conscientizar sobre o câncer de pele  

Data: 2 de dezembro  

Horário: 19h 


Vitamina D: A nova queridinha da saúde no reforço a imunidade


 

Nutricionista Adriana Stavro lista alguns alimentos que são ricos em vitamina D


Segundo Organização Mundial da Saúde (WHO), a deficiência de Vitamina D no organismo das pessoas já é uma pandemia, ou seja, uma epidemia disseminada em vários países.

O déficit de vitamina D é confirmado por meio de exames de sangue específicos. De acordo com a OMS, há insuficiência quando a concentração é menor do que 30 ng/ml (nanogramas por mililitro de sangue). Valores abaixo de 10 ng/ml são classificados como insuficiência grave. Dosagens iguais ou superiores a 30 ng/ml estão na faixa da normalidade, cujo limite máximo é 100 ng/ml.

Vitamina D é o nome geral dado a um grupo de compostos lipossolúveis que são essenciais para manter o equilíbrio mineral no corpo. As formas principais são conhecidas como vitamina D2 (ergocalciferol: de origem vegetal) e vitamina D3 (colecalciferol: de origem animal).

Embora seja chamada de vitamina, a substância é, na verdade, um pró-hormônio, ou seja, dá origem a vários hormônios importantes para o corpo. É sintetizada a partir de uma fração do colesterol, transformada sob a ação dos raios ultravioleta B do sol. Ela também está presente em alimentos -- principalmente peixes de água fria --, mas sua concentração neles é muito pequena, o que dificulta atingir as necessidades diárias.

Estudos científicos já revelaram que a vitamina D oferece proteção contra doenças respiratórias e fortalece o sistema imunológico. Outro alerta veio da Organização Mundial da Saúde (OMS), que a deficiência da substância pode diminuir a imunidade, pois ela desempenha um papel de imunomodulação, aumentando as defesas das mucosas.Portanto, ter níveis saudáveis do nutriente no corpo parece importante.

A nutricionista Adriana Stavro, especialista em Doenças Crônicas não Transmissíveis, destaca que a vitamina D é fundamental para o bom funcionamento do nosso organismo como um todo, pois além de atuar naregulação do sistema imunológico, que é nosso sistema de defesa, ela faz parte de todo um processo de tratamento e prevenção, inclusive, de doenças autoimunes, como artrite reumatoide e a esclerose múltipla.

Para garantir níveis adequados de vitamina D, o Ministério da Saúde recomenda, além de consumir alimentos fontes, a exposição solar de quinze a vinte minutos pelo menos três vezes por semana, sem protetor solar, até às 10:00h ou após as 16:00h.

Vitamina D nos alimentos 


1 colher (sopa) de óleo de fígado de bacalhau — 227% da quantidade diária recomendada 


85 g de salmão cozido — 75% da quantidade diária recomendada. 


85 g de atum enlatado com água — 26% da quantidade diária recomendada 


85 g de fígado de boi cozido — 7% da quantidade diária recomendada 


1 ovo grande (com gema) — 7% da quantidade diária recomendada.

Quando a quantidade mínima recomendada não é atingida temos a opção da reposição/suplementação que deve ser feita apenas com acompanhamento de um especialista.



Adriana Stavro - Formada em Nutrição pelo Centro Universitário São Camilo. Pós-graduada em Doenças Crônicas não Transmissíveis pelo Hospital Albert Einstein. Pós graduanda em Nutrição Clinica Funcional pela VP consultoria, pós graduanda em Fitoterapia pela Course4U.


Incidência de câncer de pele é maior em homens

Diagnóstico precoce do câncer de pele contribui para um tratamento mais efetivo 
Crédito: Canva


Dezembro Laranja chama atenção para cuidados de prevenção e da importância do check-up dermatológico para diagnóstico do câncer de pele


O câncer de pele é o câncer com maior incidência no mundo. No Brasil, uma estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) aponta que, só em 2020, mais de 185 mil pessoas devem ser diagnosticadas com a doença, sendo mais de 8,4 mil com o tipo mais grave, que é o melanoma.

Com rotina de acompanhamento dermatológico menos frequente, os homens representam maioria nos casos identificados da doença. São eles também que menos tomam cuidados de prevenção, como evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h, usar protetor solar com FPS acima de 30 diariamente, assim como chapéu, óculos escuros e, quando possível, as roupas especiais que oferecem proteção ultravioleta.

A dermatologista do Hospital Marcelino Champagnat, Eleolina Lara Kaled Neta, ressalta a importância de olharmos com atenção as manchas e pintas que surgem na pele ao longo dos anos. “Além dos cuidados com a exposição ao sol, nós devemos estar atentos aos sinais que o nosso organismo manda. Olhar se surgiram pintas novas na pele ou se elas mudaram de tamanho, cor ou se começaram a coçar. Dar atenção a feridinhas que não cicatrizam e sangram e, claro, ir ao dermatologista pelo menos uma vez ao ano são cuidados essenciais que todos devem ter”, explica.

As regiões mais comuns para o surgimento do câncer de pele são as que ficam mais expostas ao sol como rosto, cabeça, pescoço, nariz, lábios e o dorso das mãos. São três tipos de câncer, o melanoma, carcinoma espinocelular e basocelular. O melanoma é o tipo mais agressivo da doença e que pode causar lesões estéticas quando não tratado precocemente, metástase e até mesmo a morte.


Check-up

A médica cardiologista e coordenadora do serviço de check-up do Hospital Marcelino Champagnat, Aline Moraes, explica que as consultas periódicas com médicos especialistas em cada área são fundamentais para uma avaliação global e detecção precoce de doenças, inclusive de pele. “Muitas vezes, a ida ao dermatologista está aliada com o lado estético e não poder ser vista assim. A maioria dos casos que acompanhamos aqui no check-up são de tumores não melanomas, mas o cuidado deve estar sempre presente ainda mais aqui na região Sul do país. A maioria da população é de descendência europeia e isso faz com que o câncer de pele seja mais comum que em outras regiões do país”.

 



Hospital Marcelino Champagnat

 

Desafios da reabilitação durante a pandemia

Este ano, enfrentamos a maior pandemia do século 21. Com a necessidade de isolamento social, a Covid-19 causou um grande choque na economia do país e na vida cotidiana de toda a população, mas sem dúvida as pessoas com deficiência tiveram um impacto ainda maior por seus desafios de mobilidade e, muitas vezes, a necessidade do auxílio de terceiros. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 1 bilhão de pessoas têm algum tipo de deficiência no mundo. No Brasil, essa população chega a quase 46 milhões, segundo o último censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 


Pelo alto nível de contágio de um vírus que age de diferentes formas em cada organismo e que pode ser fatal para muitas pessoas, a área da saúde teve que se reinventar para atender essa nova demanda sem prejudicar os serviços já executados. Os centros de reabilitação física e motora tiveram que ser temporariamente fechados e logo começaram a surgir os questionamentos: como deixar de lado tratamentos tão fundamentais para uma melhor qualidade de vida ou recuperação imediata de traumas e/ou cirurgias? Como manter os atendimentos e garantir a segurança se o contato físico é necessário na terapia?

Diante de uma demanda alta de pacientes por algum tipo de terapia, as instituições de saúde tiveram que se reinventar para não os deixar de lado. A AACD realiza cerca de 800 mil atendimentos por ano. Para garantir a continuidade dos tratamentos em meio a pandemia, foi preciso um planejamento minucioso para garantir a segurança de todos, mas sem comprometer o tratamento.

A prioridade foi para os pacientes de pós-operatório. Nos períodos de março e abril, foi utilizada uma estrutura menor, com protocolos de segurança e controle, com o apoio da equipe de infecção hospitalar para dar continuidade aos atendimentos dessa população que não podia esperar. Depois, para atingir um número maior de pessoas, foram gravadas uma série de vídeos, disponibilizados no canal do Youtube da instituição, com exercícios que abrangessem os mais diversos perfis, desde crianças a adultos e diferentes tipos de doenças.

Em maio foi iniciado um plano de retomada gradual - cada unidade seguiu os protocolos das secretarias municipais de cada cidade- que abrangeu contato telefônico para entender condições de deslocamento, de segurança, vontade de voltar a terapia e demandas sociais dos pacientes. O plano terapêutico de cada paciente foi rediscutido, a estrutura física foi adaptada, adquirido EPIs, adequada as agendas para ter um período maior entre um atendimento e outro para ter tempo de fazer a higienização e evitar contato entre muitas pessoas.

A liberação da telemedicina foi um grande marco e tem sido fundamental nesse período. Apesar de nem todos os tratamentos puderem ser realizados por esse meio por necessitarem de aparelhos e recursos físicos, mas foi extremamente importante para quem não podia comparecer presencialmente, no entanto, podia receber orientação e avaliação de forma virtual. A partir de junho os atendimentos foram liberados gradualmente mês a mês, até atingirem a capacidade total com segurança garantida. Os processos foram tão bem alinhados e executados que o resultado foi muito satisfatório com uma aderência de 95% do total de pessoas atendidas.

Esses são exemplos de algumas ações importantes para garantir o acesso ao tratamento das pessoas com deficiência física durante a pandemia. Essa população também está inserida na sociedade civil exercendo as mais diversas atividades, assim como qualquer pessoa, e garantir o direito delas de acesso a um tratamento de qualidade que promova a sua autonomia e competências é um dever das instituições de saúde, sejam públicas ou privadas.

 



Dra. Alice Rosa Ramos - Superintendente de Práticas Assistenciais da AACD


Nova pandemia? OMS alerta que falta de atividade física por causa do Coronavírus pode trazer consequências graves

 Profissional de educação física destaca a importância da atividade como prevenção e combate a doenças

 

Quantas vezes você já ouviu alguém dizer que engordou e/ou se descuidou durante a pandemia? Isso pode ser mais comum e perigoso do que pensamos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a OMS, até cinco milhões de mortes poderiam ser evitadas todos os anos se as pessoas se exercitassem mais. E em tempos de pandemia isso pode ser ainda mais grave, visto que comorbidades como a obesidade e o diabetes podem agravar o quadro de infecção pela Covid-19.

Para a entidade, ser ativo é fundamental à saúde e o bem-estar e cada movimento conta, especialmente agora, com as restrições da pandemia. Por isso, é preciso se mover todos os dias, com segurança e criatividade. O órgão também estima que se a população não se cuidar, corremos o risco de uma nova pandemia de problemas de saúde devido ao sedentarismo.

Thais Yeleni, profissional de educação física e presidente do Sindicato das Academias do Distrito Federal, o Sindac DF, destaca que é extrema importância praticar atividade física regularmente. "É importante ressaltar que o exercício beneficia o corpo como um todo, pode prevenir, tratar e combater doenças, elevando a qualidade de vida da população, de maneira especial em um momento tão delicado", aponta.

Ela continua: "comprovadamente, se ‘manter em movimento’ alivia o estresse e libera hormônios de bem estar, como endorfina, serotonina e dopamina, cujos benefícios incluem o aumento da disposição e da autoestima, além de diminuir os riscos de depressão e ansiedade". A especialista complementa que a atividade física também fortalece o sistema imune, os ossos e as articulações, bem como melhora a força e a resistência muscular. Ou seja, é uma prática que diminui os fatores de risco que podem gerar complicações severas num eventual quadro de coronavírus. 



Protocolo de segurança

Para garantir que a prática seja feita com o máximo de segurança dentro das academias, o Sindicato se juntou a outras entidades e desenvolveu um protocolo, com instruções da OMS e do Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva da Universidade de São Paulo (USP). "Nossas normas abordam todo o sistema dos empreendimentos, desde a limpeza geral, medidas preventivas, como aferição de temperatura e uso obrigatório de máscaras, e ainda, recomendações para piscina, e comunicação com colaboradores, personal trainers e terceirizados", afirma.

Ela acrescenta que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a prática de pelo menos 150 minutos de atividade física regularmente e sem as academias muita gente não conseguiu se adaptar ou ainda pior, se lesionou, sem ajuda de um profissional de educação física. "Nós temos plena certeza do quanto podemos ajudar e que estamos seguros para atender à população do Distrito Federal", conclui. 



Academia segura

Além do protocolo de segurança, o Sindicato também chancelou o selo Academia Segura, uma novidade para mostrar à população que os estabelecimentos estão aptos e sem a contaminação pela covid-19. "Por meio dele, é possível pesquisar as academias que seguem rigorosamente os protocolos de segurança e, ao frequentar a unidade, o usuário poderá avaliar a aplicação dessas medidas", explica. "Através de um QR code, o cliente terá acesso a um questionário para avaliar as medidas de higienização e segurança da unidade que ele frequenta", adiciona a presidente do Sindac-DF.


No mês do combate à AIDS, farmacêutica lança plataforma que reúne informações sobre prevenção e tratamento para o HIV

Iniciativa da Gilead Sciences busca acabar com o preconceito com quem vivem com o HIV e disseminar conhecimento sobre a doença que afeta mais de 38 milhões de pessoas no mundo

 

Em 2019, havia 38 milhões de pessoas vivendo com HIV, sendo que mais de 7 milhões não sabiam que estavam infectadas, segundo dados da Unaids. No mês da conscientização e combate à Aids, a biofarmacêutica Gilead Sciences Brasil lança o Movimento PositHIVo, plataforma com conteúdos exclusivos sobre formas de prevenção e tratamento da doença para combater a sorofobia (discriminação contra as pessoas que vivem com HIV).

Com a proposta de ir além das informações básicas sobre a Aids, o projeto busca desmistificar a vida de quem vive com a doença com relatos e experiências apresentados com linguagem simples e democrática. Serão produzidos conteúdos gratuitos com temas como a saúde sexual da mulher cisgênero, vida de casais sorodiferentes, sexo seguro, saúde sexual e mental da população trans, transmissão vertical e a responsabilidade compartilhada da sociedade se informar e prevenir contra o HIV.

Além disso, influenciadores que vivem e convivem com o HIV irão compartilhar suas vivências com a doença e como lidar com o diagnóstico positivo. Serão sete porta-vozes e mais dois casais que, por meio de seus conteúdos, irão discutir  a necessidade de  combate à pré-julgamentos quanto ao HIV/AIDS e à sorofobia.

Entre os influenciadores que falam sobre a causa e farão parte do Movimento PositHIVo estão Gabriel Comicholi, Leandro Buenno e Rodrigo Malafaia, Augusto Bonavita, Daniel Lima, Diego Krausz, Jennifer Besse, Micaela Cyrino e Guilhermina Urze, que vão dar seus testemunhos sobre as questões que envolvem HIV/Aids por meio dos stories e posts em suas redes sociais.

A iniciativa também contará com a participação do médico infectologista Dr. Álvaro Furtado Costa, um dos embaixadores do “Movimento PositHIVo”, publicando conteúdos sobre o tema em suas redes sociais e tirando dúvidas do público em geral no canal “Dr. Responde”, disponível no site da ação.

‘’A missão da Gilead no Brasil e no mundo é transformar o cuidado com as pessoas que vivem com HIV. Acreditamos que a melhor forma de nos comunicarmos com a população em geral é chamando todo mundo para fazer parte dessa mudança. Entendemos que todos estão vulneráveis ao vírus e que a nossa responsabilidade é levar informação sobre prevenção e diagnóstico de forma que atinja aos mais diversos públicos. Nosso trabalho continua abrangendo todo o espectro do HIV, da prevenção ao tratamento em direção ao objetivo final: a cura”, diz Luana Kulesza, Diretora de Marketing da Gilead Sciences Brasil.

 


A campanha contempla um manifesto que convida a sociedade brasileira a participar do Movimento PositHIVo e que destaca os avanços do tratamento do HIV/Aids no Brasil e no mundo.

Para conhecer mais sobre o Movimento Posithivo, acesse: movimentoposithivo.com.br e @movimentoposithivo no Instagram.




Sobre a Gilead Sciences

A Gilead Sciences é uma biofarmacêutica dedicada à pesquisa, desenvolvimento e comercialização de terapias inovadoras para prevenção, tratamento e cura de doenças potencialmente fatais, como HIV/Aids, hepatites virais, entre outras. Presente no Brasil desde 2013 com sede em São Paulo, a Gilead possui operações em mais de 35 países, com matriz em Foster City, Califórnia, nos Estados Unidos.

 

Dezembro Vermelho: mês da conscientização sobre prevenção e tratamento da HIV/AIDS

“Mulheres devem ser empoderadas para que luta contra disseminação do HIV ganhe força”, diz ginecologista

 

Para a Dra. Mariana Rosario, ginecologista, apenas com trabalho intenso junto às mulheres, para que elas tenham pleno poder sobre seus corpos, suas vontades e direitos, é que a luta contra a disseminação do HIV ganhará novos rumos. “A mulher pode ser a agente da mudança no uso do preservativo em todas as relações”, diz a médica

 

Dezembro será um mês muito importante na disseminação de informações sobre a prevenção do contágio pelo HIV e no tratamento da AIDS. A campanha “Dezembro Vermelho” vem com força à mídia e aos órgãos de saúde, levando à população testes gratuitos de HIV e, também, de sífilis.

A Dra. Mariana Rosario, ginecologista, obstetra e mastologista, diz que o HIV já não é uma doença que mata como fazia há 20 anos – mas, que nem por isso deve ser menos temida. “O paciente com HIV continua sendo crônico e com limitações. Ele depende de um coquetel diário de medicamentos, que tem efeitos colaterais variados e, às vezes, bem desagradáveis, e precisa de acompanhamento médico. Além disso, infelizmente, sofre discriminação e pode ter problemas psicológicos e afetivos por causa dessa condição”, diz ela.

A forma mais comum de se adquirir a doença é por meio do contato sexual e do compartilhamento de agulhas no uso de drogas. Não existem mais casos de transmissão em transfusões de sangue porque os cuidados são rigorosos e o sangue é testado. Também não se corre mais risco em cirurgias e procedimentos médicos. “Evoluímos em muitos aspectos e é bem seguro viver sem se adquirir o HIV. Porém, se não usarmos o preservativo – camisinha masculina ou feminina – continuaremos tendo casos de contaminação”, alerta a médica.


O empoderamento feminino contra a contaminação por HIV

É por isso que a Dra. Mariana Rosario acredita que quanto mais se empoderam as mulheres, de todas as idades, mais se combate a disseminação do vírus HIV. “As mulheres que sabem que são as únicas donas dos seus corpos, que se amam integralmente, que não dependem financeiramente de outras pessoas – principalmente de homens - , que sabem que são cidadãs e que têm direitos, que têm acesso à educação e à saúde conseguem levar uma vida digna e, assim, podem exigir o uso do preservativo de seus companheiros. Apenas empoderando meninas e mulheres e que conseguiremos fazer valer o ‘não é não’ e a vontade feminina”, alerta a médica.

Por meio da educação e do esclarecimento, Dra. Mariana Rosario acredita que as mulheres conseguirão ajudar também os homens a entenderem que eles ficam tão doentes quanto quaisquer outras pessoas. “Quando as mulheres são esclarecidas, elas educam homens mais coerentes e menos machistas. Assim, empoderando as mulheres, teremos homens cientes do papel deles e que também terão o desejo de se prevenirem para não ficarem doentes. É um trabalho educacional diário, constante, que não podemos deixar de fazer”, alerta a médica.


Sífilis

A campanha Dezembro Vermelho também abordará o aumento da disseminação da sífilis. Diferentemente da AIDS, a sífilis tem cura – mas, se não tratada, pode ser muito perigosa: em estágio avançado, a doença leva a sérios problemas neurológicos. E, quando uma mulher engravida com a doença, causa doenças no bebê que serão levados para toda a vida.

“O tratamento da sífilis é simples. Mas, mais uma vez, essa é uma infecção sexualmente transmissível (IST), que pode ter contágio evitado com uso da camisinha”, alerta a Dra. Mariana.

Para finalizar, a médica dá um recado: “É preciso que mulheres e homens entendam que vivemos em tempos em que, se desejarmos manter nossas saúdes, precisamos nos cuidar cada dia mais. É preciso usar máscara para sairmos às ruas, é preciso usar camisinha em todas as relações sexuais. São hábitos que devemos criar e aos quais rapidamente nos acostumaremos, mas dos quais pode depender nossas vidas”.

 



Dra. Mariana Rosario – Ginecologista, Obstetra e Mastologista. CRM- SP: 127087. RQE Masto: 42874. RQE GO: 71979.


Casos de Aids diminuem no Brasil

Boletim Epidemiológico sobre a doença aponta queda na taxa de detecção de Aids no país desde 2012

 

O Brasil tem registrado queda no número de casos de infecção por Aids nos últimos anos. Desde 2012, observa-se uma diminuição na taxa de detecção da doença no país, que passou de 21,9/100 mil habitantes em 2012 para 17,8/100 mil habitantes em 2019, representando um decréscimo de 18,7%. A taxa de mortalidade por Aids apresentou queda de 17,1% nos últimos cinco anos. Em 2015, foram registrados 12.667 óbitos pela doença e em 2019 foram 10.565. Ações como a testagem para a doença e o início imediato do tratamento, em caso de diagnóstico positivo, são fundamentais para a redução do número de casos e óbitos. 

O Ministério da Saúde lançou, nesta terça-feira (1º/12), a Campanha de Prevenção ao HIV/Aids, em celebração ao Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Com o slogan “HIV/Aids. Faça o teste. Se der positivo, inicie o tratamento”, a campanha terá filme para TV, peças de mídia, internet e mídias sociais, cartazes e spot para rádio. 

O secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, ressaltou o esforço do Sistema Único de Saúde (SUS) no tratamento e no diagnóstico da doença e destacou que as ações não param mesmo durante a pandemia da Covid-19. “Garantimos tratamento mesmo em época pandêmica. Não faltou medicação, testes rápidos de HIV ou preservativos. Garantimos a contínua dispensação de medicamentos para o tratamento desse paciente”. 

Na ocasião, o diretor do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, Gerson Pereira, reforçou os ganhos do diagnóstico precoce da doença. “Em 2019, cerca de 135 mil brasileiros não conheciam seu diagnóstico. Hoje esse número reduziu a menos de 100 mil. Isso mostra que estamos buscando cada vez mais o diagnóstico”. 

Gerson destacou ainda a redução da mortalidade por Aids e a redução vertical não apenas do HIV, mas também da sífilis e das hepatites virais, ressaltando a importância da testagem. “Em 1995 as pessoas morriam em 5 meses, nos demorávamos um mês para ter o resultado do teste de Aids. Hoje o resultado sai em 15 minutos e a sobrevida de um paciente é de uma pessoa normal, desde que faça o tratamento”, afirmou o diretor. 

A campanha deste ano incentiva a busca pelo diagnóstico e tratamento da doença, reforçando que a camisinha é a forma mais fácil e simples de se prevenir contra o HIV. Caso não tenha utilizado camisinha, é de extrema importância realizar o teste de HIV, gratuito no Sistema Único de Saúde. Em caso de diagnóstico positivo, a orientação é iniciar o tratamento o mais rápido possível para evitar o adoecimento por Aids. Com o tratamento adequado, o vírus HIV fica indetectável, ou seja, não pode ser transmitido. 

A representante da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde OPAS/OMS no Brasil, Socorro Gross, parabenizou o governo brasileiro que é referência nos avanços e na acessibilidade ao tratamento da doença. “O Brasil tomou a decisão certeira de ter um tratamento e um sistema único de saúde de forma gratuita para todas as pessoas. Além disso, avançou em testes enquanto havia países em que se debatia se podia ou não ofertar um tratamento para suas populações. O Brasil foi referência com os cientistas e fez história em Aids junto ao SUS”, disse. 

Veja a apresentação do lançamento da Campanha.

 

DADOS DA DOENÇA

Atualmente, cerca de 920 mil pessoas vivem com HIV no Brasil. Dessas, 89% foram diagnosticadas, 77% fazem tratamento com antirretroviral e 94% das pessoas em tratamento não transmitem o HIV por via sexual por terem atingido carga viral indetectável. Em 2020, até outubro, cerca de 642 mil pessoas estavam em tratamento antirretroviral. Em 2018 eram 593.594 pessoas em tratamento. 

No Brasil, em 2019, foram diagnosticados 41.919 novos casos de HIV e 37.308 casos de Aids. O Ministério da Saúde estima que cerca de 10 mil casos de Aids foram evitados no país, no período de 2015 a 2019. A maior concentração de casos de Aids está entre os jovens, de 25 a 39 anos, de ambos os sexos, com 492,8 mil registros. Os casos nessa faixa etária correspondem a 52,4% dos casos do sexo masculino e, entre as mulheres, a 48,4% do total de casos registrados. 

O enfrentamento à doença não parou durante a pandemia da Covid-19. O Ministério da Saúde expandiu a estratégia de dispensação ampliada de antirretrovirais (ARV) de 30 para 60 ou até 90 dias. Hoje 77% dos pacientes em tratamento tem dispensação para 60 e 90 dias, em 2019 eram 48%. Além disso, o uso de autotestes foi ampliado com o objetivo de reduzir o impacto na identificação de casos de HIV por conta da pandemia. A pasta também garantiu a oferta de teste anti-HIV para pacientes internados com síndrome respiratória. Neste ano, até outubro, o Ministério da Saúde distribuiu 7,3 milhões de testes rápidos de HIV, 332 milhões de preservativos masculinos e 219 milhões femininos. 

Confira a íntegra do Boletim Epidemiológico 2020 – HIV/Aids. 


TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV

O maior número de gestantes infectadas com HIV (27,6%) está entre jovens de 20 a 24 anos. Em um período de 10 anos, houve um aumento de 21,7% na taxa de detecção de HIV em gestantes que pode ser explicado, em parte, pela ampliação do diagnóstico no pré-natal e a melhoria da vigilância na prevenção da transmissão vertical do HIV. Em 2019 foram identificadas 8.312 gestantes infectadas com HIV no Brasil. O Ministério da Saúde atualizou o protocolo para prevenção de transmissão vertical do HIV, ou seja, quando é passado de mãe para filho. 

Vale lembrar que o Brasil é signatário do compromisso mundial de eliminar a transmissão vertical do HIV e optou por adotar uma estratégia gradativa de certificação de municípios. A eliminação da transmissão vertical do HIV, assim como a redução da sífilis e da hepatite B, é uma das seis prioridades do Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI) da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. A certificação possibilita a verificação da qualidade da assistência ao pré-natal, do parto, puerpério e acompanhamento da criança e do fortalecimento das intervenções preventivas. 

De 2015 a 2019, houve redução de 22% na taxa de detecção de aids em menores de 5 anos. Passando de 2,4 em 2015 (348 casos) para 1,9 casos (270 casos) por 100 mil habitantes em 2019. A taxa de detecção de aids em menores de 5 anos tem sido utilizada como indicador para o monitoramento da transmissão vertical do HIV, quando a transmissão acontece durante a gestação, o parto ou amamentação. 



Luiza Barufi
Ministério da Saúde


As 5 doenças psicossomáticas mais comuns na pandemia

Quem nunca sentiu uma dor específica ou um mal-estar e, ao ir ao médico e fazer os exames solicitados, descobriu que o problema tinha origem emocional? Atualmente, a relação entre doenças físicas e emocionais é bastante comum. Com a pandemia, a tendência se agravou.

Segundo Flávia Teixeira, psicóloga, mestre em Saúde Coletiva pela UFRJ, professora de pós-graduação em Psicologia Hospitalar na UFRJ e pós-graduada em Psicossomática Contemporânea, as doenças apresentam sintomas físicos, sem que nenhum exame laboratorial ou de imagem corrobore a organicidade dos mesmos.

“Estar sob forte pressão no trabalho, ter passado por um rompimento amoroso abrupto, pela perda de um ente querido ou estar com problemas financeiros, são exemplos de situações que podem levar o indivíduo a uma condição de estresse, ansiedade e tristeza tão grave que o corpo acaba absorvendo os desequilíbrios emocionais e mentais”, explica a psicóloga.

Ainda de acordo com Flávia Teixeira, no momento atual, tem havido muitos casos de pessoas que, devido a situações de estresse forte e constante, acabam tendo sintomas de gripe, dores no peito ou dificuldades de respirar, remetendo aos sintomas da covid-19 e, consequentemente, intensificando a ansiedade.

Abaixo, a psicóloga lista as 5 doenças psicossomáticas mais comuns percebidas na pandemia:

 

Resfriados frequentes

Quando os episódios acontecem com frequência, é sinal de que há algo de errado. Se os exames médicos não encontram uma explicação lógica para essa imunidade sempre baixa e você está passando por dificuldades, a somatização pode ser a resposta. “Para agravar o quadro, alguns sintomas se assemelham aos da covid-19, abalando ainda mais o emocional”, reforça a psicóloga.

 

 

Herpes

O vírus é transmitido através do contato com uma pessoa infectada. Entretanto, ele se manifesta em ocasiões de baixa imunidade. Ter episódios constantes de herpes, em especial, a labial, indica que o indivíduo apresenta alguma desordem no organismo. As feridas podem surgir em momentos de muito estresse. Os sintomas são surgimento de feridas ao redor da boca ou na região genital, com fortes dores e sensação de queimação no local.

 

 

Enxaquecas 

A enxaqueca não é uma dor de cabeça convencional, podendo durar algumas horas ou até dias. Alguns casos são incapacitantes, ou seja, a pessoa não consegue realizar atividades rotineiras. Estudos científicos apontam que o principal gatilho para o episódio de enxaqueca é o estresse. Por isso, ela também é considerada uma doença psicossomática. Os sintomas são dor intensa e localizada em um ponto da cabeça, náuseas e falta de concentração. “Quando não tratadas, as enxaquecas frequentes podem se tornar uma doença crônica, acompanhando a pessoa por toda sua vida”.

 

 

Alergia nervosa 

Talvez você nunca tenha ouvido falar, mas existe um tipo de alergia de fundo nervoso, em que o indivíduo apresenta erupções na pele desencadeadas por um forte processo de estresse. Os sintomas são coceira, vermelhidão no local e irritabilidade. “Uma crise, se não for tratada, pode acarretar em um choque anafilático”, adverte Flávia Teixeira.

 

 

Diarreia 

Em algumas pessoas, episódios de diarreia são decorrentes de forte estresse. Quando a diarreia se mostra constante e não há uma explicação física, como a Síndrome do Intestino Irritável, é bem possível que se configure como um caso de doença psicossomática. Os sintomas são dores abdominais e fezes extremamente líquidas.

 

“Na realidade, não existe uma dicotomia que separe os seres humanos em mental/psicológico/físico. Nosso funcionamento é resultado da interação com o meio e tudo aquilo que nos afeta”. Para lidar com a psicossomatização, a terapia, às vezes associada à medicação, é a melhor forma de evitar ou diminuir essas reações.

“Cuidar da saúde mental é fundamental para o autoconhecimento e para entender os alertas que o corpo emite. Neste momento conturbado em que estamos, estes sinais aparecem constantemente e nunca devem ser negligenciados. Daí a importância de procurar ajuda de um médico especializado ao menor sinal de que algo não vai bem”, finaliza Flávia Teixeira.

 

Combate ao coronavírus com luz UV-C prejudica a visão

Equipamentos utilizados na esterilização de ambientes e superfícies podem causar graves danos aos olhos, mostra estudo.

 

 

A pandemia de coronavírus disseminou em várias partes do mundo o uso da luz ultravioleta C como germicida de ambientes e superfícies, por sua já conhecida propriedade esterilizante. Não é para menos. Experimento chinês publicado na American Journal of Infection Control mostra que em 30 segundo de exposição à luz UVC morre 99,7% de uma cultura de Sars-Cov-2, vírus causador da COVID-19.

 

Pesquisa

Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier expor os olhos e a pele a este comprimento de luz é perigoso. Isso porque, dependendo do tempo de exposição, estes equipamentos podem causar graves- problemas como edema e outras alterações na retina, ou simplesmente danos à córnea, lente externa do olho responsável por 60% da nossa capacidade óptica. Foi o que aconteceu com sete americanos que participaram de um estudo realizado no Bascom Palmer Eye Institute (Miami). Os pesquisadores afirmaram que 12 olhos foram atingidos no ambiente de trabalho ou em casa e outros dois durante tratamento odontológico. Todos os pacientes tiveram conjuntivite, vermelhidão, aversão a luz, visão embaçada e dor intensa em resposta à fotoceratite, inflamação na córnea que provocou escamação da camada superficial. Em uma semana estavam recuperados após usar colírio lubrificante e antibiótico.

 

Cuidado com crianças

Queiroz Neto adverte que nem todos têm a mesma sorte. Ele conta que já atendeu um paciente que apontou uma ponteira laser para o olho e teve um edema na retina.  “O estrago só não foi maior porque a ponteira emite um feixe de luz que concentra toda sua energia em um só ponto”, comenta.  Na pandemia, com as crianças em casa, todo cuidado é pouco. Quem optar pela esterilização dos ambientes para poder recepcionar familiares nas festas de final de ano deve manter todos os equipamentos fora do alcance dos pequenos, só usar em ambientes vazios e proteger os olhos com óculos que tenham lentes com filtro.

 

Usos oftalmológicos

O oftalmologista ressalta que por paradoxo que possa parecer a luz UV-A de comprimento mais longo, entre 315 e 400 nanômetros, é usada na Oftalmologia em combinação com riboflavina, vitamina B2, para evitar o transplante de córnea em pacientes com ceratocone, doença degenerativa da córnea.  Já o Excimer laser usado na cirurgia refrativa para remodelar a córnea e eliminar a miopia emite luz UV-C de 194 nanômetros, salienta. “A diferença é que nas cirurgias o comprimento da luz e o tempo de exposição sãO0 calculados com precisão para que tenham ação terapeutica, explica.

 

Igual ao sol

O médico afirma que lesões na córnea, mais brandas que as sofridas pelos participantes no estudo americano, são recorrentes durante o verão em mais da metade da população brasileira. Isso porque, não protegem os olhos do sol nas atividades ao ar livre ou usam óculos com lentes escuras que fazem mais mal do que bem, já que escurecem e dilatam a pupila, permitindo que mais radiação UV penetre nos olhos. Muitos não levam a sério porque o desconforto desaparece depois de algumas horas longe do sol, mas estão perdendo células que fazem diferença com o passar dos anos, aumentam a chance de surgir catarata ou ter degeneração macular, mais causa de cegueira irreparável no mundo. Quem tem desconforto e vermelhidão nos olhos durante um banho de sol deve trocar os óculos. Prevenir é melhor que remediar, conclui.


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