Diagnóstico precoce do câncer de pele contribui para um tratamento mais efetivo Crédito: Canva |
O câncer de pele é o câncer com maior incidência no
mundo. No Brasil, uma estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) aponta
que, só em 2020, mais de 185 mil pessoas devem ser diagnosticadas com a doença,
sendo mais de 8,4 mil com o tipo mais grave, que é o melanoma.
Com rotina de acompanhamento dermatológico menos
frequente, os homens representam maioria nos casos identificados da doença. São
eles também que menos tomam cuidados de prevenção, como evitar a exposição ao
sol entre 10h e 16h, usar protetor solar com FPS acima de 30 diariamente, assim
como chapéu, óculos escuros e, quando possível, as roupas especiais que
oferecem proteção ultravioleta.
A dermatologista do Hospital Marcelino Champagnat,
Eleolina Lara Kaled Neta, ressalta a importância de olharmos com atenção as
manchas e pintas que surgem na pele ao longo dos anos. “Além dos cuidados com a
exposição ao sol, nós devemos estar atentos aos sinais que o nosso organismo
manda. Olhar se surgiram pintas novas na pele ou se elas mudaram de tamanho,
cor ou se começaram a coçar. Dar atenção a feridinhas que não cicatrizam e
sangram e, claro, ir ao dermatologista pelo menos uma vez ao ano são cuidados
essenciais que todos devem ter”, explica.
As regiões mais comuns para o surgimento do câncer
de pele são as que ficam mais expostas ao sol como rosto, cabeça, pescoço,
nariz, lábios e o dorso das mãos. São três tipos de câncer, o melanoma,
carcinoma espinocelular e basocelular. O melanoma é o tipo mais agressivo da
doença e que pode causar lesões estéticas quando não tratado precocemente,
metástase e até mesmo a morte.
Check-up
A médica cardiologista e coordenadora do serviço de
check-up do Hospital Marcelino Champagnat, Aline Moraes, explica que as
consultas periódicas com médicos especialistas em cada área são fundamentais
para uma avaliação global e detecção precoce de doenças, inclusive de pele.
“Muitas vezes, a ida ao dermatologista está aliada com o lado estético e não
poder ser vista assim. A maioria dos casos que acompanhamos aqui no check-up
são de tumores não melanomas, mas o cuidado deve estar sempre presente ainda
mais aqui na região Sul do país. A maioria da população é de descendência
europeia e isso faz com que o câncer de pele seja mais comum que em outras
regiões do país”.
Hospital Marcelino Champagnat
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