Pesquisar no Blog

terça-feira, 23 de maio de 2017

Exame é nova esperança para mulheres com dificuldade em engravidar com tratamentos de fertilização



Pessoas são diferentes umas das outras e alguns estudos têm demonstrado que as variações genéticas entre as mulheres interferem na resposta à estimulação hormonal e, consequentemente, na produção dos óvulos (oócitos) durante os tratamentos de infertilidade.

“O gene do Receptor do Hormônio Folículos Estimulante (FSHR) tem um papel chave na função ovariana. Variações deste gene (polimorfismos) podem ter relação direta com a escolha da medicação ideal para a paciente,  interferindo nos resultados dos tratamentos de infertilidade”, aponta Arnaldo Cambiaghi, diretor do Centro de Reprodução Humana do IPGO.

A pesquisa de polimorfismos do receptor de FSH é um exame de sangue que auxilia a estimar a resposta individual ao tratamento de estimulação ovariana e na escolha do protocolo mais efetivo para cada mulher. O resultado do exame mostra qual gene a mulher expressa. Dependendo do genótipo da paciente, a medicação ideal será melhor indicada. Este exame permite individualizar ainda mais os protocolos de estimulação baseando-se  no perfil genético da paciente.
“Lembrando que os genes são as unidades fundamentais da hereditariedade e são constituídos basicamente de DNA,  uma molécula composta de sequências complexas de nucleotídeos. Polimorfismos genéticos são variações genéticas nessas sequências que ocorrem na população de forma estável, sendo encontrados com frequência de 1% ou superior”, afirma Cambiaghi.

  Em um ciclo de fertilização in vitro (FIV), normalmente utiliza-se uma estimulação ovariana para se obter um desenvolvimento folicular múltiplo e, assim, conseguir uma quantidade mínima de óvulos que forme pelo menos um embrião de boa qualidade, de preferência blastocisto. Entretanto, uma parcela das mulheres submetidas a um ciclo de FIV recruta um número pequeno de folículos (más respondedoras) e de má qualidade, impedindo que se alcance o sucesso desejado de uma gravidez.
  Muitos protocolos e terapias adjuvantes já foram propostos para o tratamento com resultados controversos na literatura. Uma das grandes dificuldades de avaliação dos reais benefícios das diferentes condutas propostas é o fato de os estudos serem muito heterogêneos, dificultando as meta-análises.

Existem várias opções de drogas indutoras da ovulação, entre elas o FSH urinário - HP-FSH purificado e ultrapurificado (Fostimon e Menopur) e o FSH recombinante - r-FSH (Gonal , Puregon, Elonva e Pergoveris). Todas elas têm suas indicações e resultados satisfatórios na indução da ovulação. Porém, nem sempre é fácil a decisão de qual será o melhor medicamento para uma determinada paciente. 

De acordo com o genótipo da paciente  (isto é, o perfil genético do gene para este receptor), o perfil na Pesquisa de Polimorfismos do gene receptor de FSH varia conforme a posição dos aminoácidos Aspargina (denominado pela letra N) e Serina (denominado pela letra S) em relação à posição 680 da proteína, que pode ser: SS, NS e NN.

Genótipo SS: Serina680Serina ou Ser680Ser – responde melhor a HP-FSH

Genótipo NS: Aspargina680Serina ou Asp680Ser – responde melhor a r-FSH

Genótipo NN: Aspargina680 Aspargina ou Asp680 Asp – responde igual

As pacientes com genótipo SS responderam melhor com o FSH purificado HP-FSH, enquanto aquelas com genótipo NS obtiveram mais óvulos com o uso do FSH r-FSH (Gonal, Puregon e Elonva). No grupo de pacientes com genótipo NN não houve diferença.  Além disso, observou-se que o genótipo SS precisa de uma dosagem de medicação maior que os outros genótipos.

“Com isto, é possível individualizar os tratamentos para que, desde a primeira fertilização que a paciente se submeter, saibamos a melhor opção de medicamentos, minimizando os custos, oferecendo um prognóstico mais direcionado e um resultado mais rápido”, finaliza o médico. 

IMPORTANTE: a PESQUISA DE POLIMORFISMOS DO GENE RECEPTOR DE FSH é um parâmetro para nortear a escolha da melhor medicação para a estimulação dos ovários, mas não garante resultados. Só é recomendada após uma investigação criteriosa da saúde reprodutiva da paciente, principalmente pelos exames que avaliam a reserva ovariana como FSH (3º dia), contagem dos folículos antrais e Hormônio antimulleriano (AMH).







Arnaldo Schizzi Cambiaghi  - Diretor do Centro de reprodução humana do IPGO, ginecologista-obstetra especialista em medicina reprodutiva. Membro-titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Laparoscópica, da European Society of Human Reproductive Medicine. Formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa casa de São Paulo e pós-graduado pela AAGL, Illinois, EUA em Advance Laparoscopic Surgery. Também é autor de diversos livros na área médica como Fertilidade Natural, Grávida Feliz, Obstetra Feliz, Fertilização um ato de amor, e Os Tratamentos de Fertilização e As Religiões, Fertilidade e Alimentação, todos pela Editora LaVida Press e Manual da Gestante, pela Editora Madras. Criou também os sites: www.ipgo.com.br; www.fertilidadedohomem.com.br; www.fertilidadenatural.com.br, onde esclarece dúvidas e passa informações sobre a saúde feminina, especialmente sobre infertilidade. Apresenta seu trabalho em congressos no exterior, o que confere a ele um reconhecimento internacional.






Hora do parto



 Entenda a importância da ocitocina, hormônio do amor na conexão entre mãe e filho

Chave essencial para tornar mais forte o vínculo afetivo entre mamãe e bebê, a ocitocina, também chamada de hormônio do amor, tem seu ápice durante o trabalho de parto. A substância é produzida pelo cérebro, podendo ter sua liberação aumentada durante as situações mais íntimas como abraçar, beijar e acariciar o bebê.
Esse hormônio é responsável pelas contrações uterinas, de forma compassada, fazendo com que o colo uterino sofra dilatação evoluindo para o parto, e provoque a descida do bebê ao canal da pelve feminina, além de prevenir o sangramento da mãe.  
Alguns fatores ajudam na liberação da ocitocina, no trabalho de parto, fazendo com que o organismo comece a enviar sinais para o cérebro liberando o hormônio para todo o corpo, entre eles, promover um ambiente acolhedor e com pouca luz, privacidade, ambiente de confiança e de disponibilidade, de respeito além do estímulo dos mamilos por meio de movimentos similares ao de amamentação.
A falta deste hormônio ou excesso dele pode ser o responsável pela causa de doenças de comportamento antissocial como o autismo, por exemplo. “É importante conhecer a fisiologia do parto, inclusive para reavaliar quais intervenções são justificáveis, entendendo o fino mecanismo envolvido neste equilíbrio hormonal a fim de respeitar a fisiologia do parto, evitando consequências para o binômio mãe-filho”, afirma Dr. Alberto Guimarães, ginecologista, obstetra e defensor do parto humanizado.
  

Dr. Alberto Guimarães, ginecologista e obstetra -  Defensor dos conceitos de parto humanizado, o médico encabeça a criação do Programa Parto Sem Medo, um novo modelo de assistência à parturiente onde enfatiza que o parto é um evento de máxima feminilidade e a mulher e o bebê devem ser os protagonistas. Formado pela Faculdade de Medicina de Teresópolis e mestre pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP), atualmente exerce o cargo de gerente médico para humanização do parto e nascimento do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim, CEJAM, em maternidades municipais de São Paulo para o Programa Parto Seguro à Mãe Paulistana.


Ortopedista explica malefícios do uso excessivo de salto alto



Alternar sua altura e dar preferência ao estilo plataforma é fundamental para evitar problemas


Para a maioria das mulheres, o salto alto é sinônimo de poder, elegância e beleza. Entretanto, seu uso diário pode acarretar patologias nos pés, calcanhares, tornozelos, joelhos e costas, pois ele causa o desvio do eixo anatômico do corpo, criando um desequilíbrio postural e estrutural que leva à alteração da coluna e dos membros inferiores. 
    
Segundo o ortopedista do Centro de Qualidade de Vida (CQV), Dr. Carlos Kopke, em média, 20% das mulheres sente dores durante a primeira hora de uso do salto, e cerca de 40% na segunda hora e, seu uso excessivo, altera a maneira de andar, prejudicando a postura. “Nosso corpo trabalha como se fosse um pêndulo de dois movimentos, ora para frente, com a perna direita e braço esquerdo como apoio, e ora para trás. Como o salto muda o eixo de funcionamento da marcha, um complexo mecanismo de locomoção usado pelo corpo para manter o deslocamento com menor gasto calórico e de esforço, gera-se um processo de reequilíbrio compensatório do organismo com maior esforço e risco de lesão a determinadas partes do corpo”, explica.

Em um calçado normal, a parte frontal do pé recebe 40% da carga do corpo e a posterior 60%. Em saltos muito elevados, a parte da frente pode receber até 100% da força. “Com o tempo, o uso em excesso causa dores na planta do pé, por causa da pressão nos metatarsos; tendinites e bursites; fratura dos metatarsos por fadiga; problemas nas unhas, por causa da pressão; e joanete. Recomendo às mulheres que alternem a altura do salto, dando sempre preferência ao estilo plataforma, e, no fim do dia, é interessante alongar bem a panturrilha e massagear os pés com um creme relaxante específico para a área, a fim de evitar dores e problemas a longo prazo”, finaliza o especialista. 






Posts mais acessados