Alternar sua
altura e dar preferência ao estilo plataforma é fundamental para evitar
problemas
Para a maioria das mulheres, o salto alto é
sinônimo de poder, elegância e beleza. Entretanto, seu uso diário pode
acarretar patologias nos pés, calcanhares, tornozelos, joelhos e costas, pois
ele causa o desvio do eixo anatômico do corpo, criando um desequilíbrio
postural e estrutural que leva à alteração da coluna e dos membros inferiores.
Segundo o ortopedista do Centro de Qualidade de
Vida (CQV), Dr. Carlos Kopke, em média, 20% das mulheres sente dores durante a
primeira hora de uso do salto, e cerca de 40% na segunda hora e, seu uso
excessivo, altera a maneira de andar, prejudicando a postura. “Nosso corpo
trabalha como se fosse um pêndulo de dois movimentos, ora para frente, com a
perna direita e braço esquerdo como apoio, e ora para trás. Como o salto muda o
eixo de funcionamento da marcha, um complexo mecanismo de locomoção usado pelo
corpo para manter o deslocamento com menor gasto calórico e de esforço, gera-se
um processo de reequilíbrio compensatório do organismo com maior esforço e
risco de lesão a determinadas partes do corpo”, explica.
Em um calçado normal, a parte frontal do pé recebe
40% da carga do corpo e a posterior 60%. Em saltos muito elevados, a parte da
frente pode receber até 100% da força. “Com o tempo, o uso em excesso causa
dores na planta do pé, por causa da pressão nos metatarsos; tendinites e
bursites; fratura dos metatarsos por fadiga; problemas nas unhas, por causa da
pressão; e joanete. Recomendo às mulheres que alternem a altura do salto, dando
sempre preferência ao estilo plataforma, e, no fim do dia, é interessante
alongar bem a panturrilha e massagear os pés com um creme relaxante específico
para a área, a fim de evitar dores e problemas a longo prazo”, finaliza o
especialista.
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