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terça-feira, 23 de maio de 2017

Ortopedista explica malefícios do uso excessivo de salto alto



Alternar sua altura e dar preferência ao estilo plataforma é fundamental para evitar problemas


Para a maioria das mulheres, o salto alto é sinônimo de poder, elegância e beleza. Entretanto, seu uso diário pode acarretar patologias nos pés, calcanhares, tornozelos, joelhos e costas, pois ele causa o desvio do eixo anatômico do corpo, criando um desequilíbrio postural e estrutural que leva à alteração da coluna e dos membros inferiores. 
    
Segundo o ortopedista do Centro de Qualidade de Vida (CQV), Dr. Carlos Kopke, em média, 20% das mulheres sente dores durante a primeira hora de uso do salto, e cerca de 40% na segunda hora e, seu uso excessivo, altera a maneira de andar, prejudicando a postura. “Nosso corpo trabalha como se fosse um pêndulo de dois movimentos, ora para frente, com a perna direita e braço esquerdo como apoio, e ora para trás. Como o salto muda o eixo de funcionamento da marcha, um complexo mecanismo de locomoção usado pelo corpo para manter o deslocamento com menor gasto calórico e de esforço, gera-se um processo de reequilíbrio compensatório do organismo com maior esforço e risco de lesão a determinadas partes do corpo”, explica.

Em um calçado normal, a parte frontal do pé recebe 40% da carga do corpo e a posterior 60%. Em saltos muito elevados, a parte da frente pode receber até 100% da força. “Com o tempo, o uso em excesso causa dores na planta do pé, por causa da pressão nos metatarsos; tendinites e bursites; fratura dos metatarsos por fadiga; problemas nas unhas, por causa da pressão; e joanete. Recomendo às mulheres que alternem a altura do salto, dando sempre preferência ao estilo plataforma, e, no fim do dia, é interessante alongar bem a panturrilha e massagear os pés com um creme relaxante específico para a área, a fim de evitar dores e problemas a longo prazo”, finaliza o especialista. 






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