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quinta-feira, 5 de agosto de 2021

Mutirão “Encontre o seu Pai no Poupatempo” será realizado em comemoração ao Dia dos Pais

 A ação gratuita, realizada em parceria com a Secretaria da Justiça e Cidadania e Ministério Público, fará atendimentos para reconhecimento de paternidade em todo o Estado e testes de DNA, na unidade da Sé 

 

O Poupatempo realiza nesta sexta-feira e sábado, dias 6 e 7 de agosto, durante o funcionamento dos postos em todo o Estado, o segundo mutirão “Encontre o Seu Pai no Poupatempo” para reconhecimento de paternidade. A ação, que também foi realizada em 2019, em comemoração ao Dia dos Pais, conta com a parceria da Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado, por meio do Instituto de Medicina Social e de Criminologia (Imesc) e do Ministério Público do Estado de São Paulo. O objetivo é facilitar o processo de inclusão da paternidade no documento de pessoas que ainda não foram reconhecidas legalmente. 

No Poupatempo da Sé, no centro da capital paulista, também será oferecido testes gratuitos de DNA para a confirmação de paternidade. Os atendimentos serão oferecidos na área externa, numa tenda montada exclusivamente para a ação, por ordem de chegada, sem necessidade de agendamento prévio, respeitando todos os protocolos sanitários e de segurança, como distanciamento social, uso de máscara e utilização de álcool em gel. 

“Queremos garantir aos cidadãos o direito básico de serem reconhecidos pelos pais biológicos e de terem a paternidade em seus documentos pessoais. A data chama atenção para o belíssimo projeto que acontece o ano inteiro em todos os postos do Poupatempo, mas que teve queda na procura durante a pandemia do coronavírus”, explica Murilo Macedo, diretor da Prodesp.  

“Este é um programa que, uma vez um filho sendo reconhecido, seus direitos ampliam, inclusive o direito à herança, além de resgatar a dignidade deste indivíduo, entre muitos outros benefícios", ressaltou o secretário de Estado da Justiça e Cidadania e superintendente do Imesc, Fernando José da Costa. 

Para fazer a inscrição é necessário que todos os envolvidos - filho(a), mãe e suposto pai - estejam de acordo com a realização do exame e se comprometam a comparecer juntos na coleta. Também deverão apresentar documento original com foto e certidão de nascimento do filho. A triagem e a coleta de sangue para o teste de DNA, serão realizados por uma equipe de peritos do Imesc, numa sala reservada dentro do posto Poupatempo, para garantir a privacidades dos envolvidos. Vale lembrar que não é preciso nenhum preparo especial para a coleta. O exame será custeado pela Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo. 

Aqueles que desejarem o reconhecimento de paternidade e não estiverem acompanhados do suposto pai, poderão realizar o atendimento e dar continuidade ao processo junto ao Ministério Público e Defensoria Pública do Estado. 

Desde o lançamento do programa “Encontre Seu Pai Aqui”, em novembro de 2016, mais de 11,7 mil solicitações já foram registradas pelo Poupatempo. Dessas, 7,2 mil foram em unidades da capital paulista, 2,8 mil no interior, 1,5 mil na Grande São Paulo e 100 no litoral. 
  

Quem pode participar 

Para dar entrada ao processo de identificação de paternidade é necessário seguir alguns requisitos: 

- comparecer munido de documento de identificação original com foto ou certidão de nascimento (válida apenas para menores de 18 anos); 

- presença simultânea do (os) autor (es), da mãe e do suposto pai, ou de todos os envolvidos; 

- na hipótese de qualquer uma das partes ser absolutamente incapaz, deverá estar representada ou assistida na forma da lei, apresentando documento comprobatório de sua condição; 
 

Como funciona o “Encontre Seu Pai Aqui” 

A solicitação (Termo de Indicação de Paternidade) disponível no portal www.poupatempo.sp.gov.br deve ser preenchida e entregue nas unidades do Poupatempo por alguém com mais de 18 anos e pode beneficiar pessoas de qualquer idade. Para simplificar o processo e evitar cobrança de taxas judiciais nos cartórios, o requerente pode declarar-se incapacitado de arcar com as despesas do processo. É necessário apresentar documento de identificação e cópia. 

Depois de digitalizar o formulário e as cópias dos documentos, o Poupatempo enviará o material por e-mail para o Ministério Público (MP). A partir daí, o promotor de Justiça competente, se o pai for localizado e voluntariamente concordar, providenciará a averbação e a extração de uma nova Certidão de Nascimento, que será entregue ao interessado num prazo estipulado pelo MP. Caso o pai não seja encontrado, não faça o reconhecimento ou tenha dúvidas sobre a paternidade, o promotor poderá encaminhar o interessado a um serviço de assistência judiciária (Defensoria, faculdades de Direito, serviços municipais). 


Serviço 

Mutirão no Poupatempo da Sé: Praça do Carmo, s/n, Sé – São Paulo. 

Horários de atendimentos: na sexta-feira (6), das 08h às 17h e no sábado (7), das 08h às 14h. 


Buscas de voos para a França, Canadá e Marrocos crescem até 176%

Paris volta a ser um dos destinos favoritos dos brasileiros que já buscam voos para a capital francesa no KAYAK (Foto: Margarida Louro/Unsplashed)


Os três países estão aceitando a entrada de brasileiros que estejam totalmente vacinados com a dose única da Janssen ou a 2a dose de outros fabricantes

 



Os brasileiros querem voltar a viajar. Após anunciarem a abertura aos turistas brasileiros totalmente imunizados, França, Canadá e Marrocos subiram no volume de pesquisas feitas dentro do KAYAK, metabuscador de viagens, em julho. Até terça-feira (28), a busca por voos para os principais destinos nos três países aumentou em até 176% em comparação com o mês de junho.

A França, que anunciou a abertura das suas fronteiras aos vacinados em 17 de julho, foi a que mais cresceu, com uma alta de 176% nas buscas por voos para Paris. A Cidade Luz sempre foi uma das mais procuradas pelos turistas brasileiros.

No Canadá, as altas nas buscas dentro do KAYAK foram vistas em três das principais cidades canadenses: Montreal, com acréscimo de 142%, Toronto, com alta de 139%, e Vancouver, com volume de pesquisas 134% maior em julho no comparativo com o mês anterior

Já no Marrocos, que está com as fronteiras abertas para os brasileiros imunizados desde 7 de julho, a pesquisa de voos para a cidade de Casablanca quase dobrou, chegando a crescer em 99%.

Com as regras atuais, os três países estão aceitando as vacinas Pfizer, Moderna, AstraZeneca e Janssen. Entre estes, apenas o Marrocos está aceitando as vacinas Sputnik V e Sinovac (Coronavac).

Confira em detalhes o aumento de buscas por voos para a França, Canadá e Marrocos dentro do KAYAK e a variação de preços das passagens aéreas para o período:

Apesar das novas medidas dos três países, é comum que as regras mudem em curtos períodos e sem prévio aviso. Por isso, é prudente ficar de olho no Mapa de Restrições de viagens do KAYAK para saber quais regras estão em vigor em cada país antes de viajar.



Veja dicas para comprar uma viagem para França:

◦ Baixa temporada: março - Melhor época para evitar as multidões, com uma queda média de 16% no preço.

◦ Alta temporada: julho - Época mais popular para voar, com um aumento médio de 20% no preço.

◦ Reserve pelo menos 2 semanas antes da partida para conseguir um preço abaixo da média.

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Veja dicas para comprar uma viagem para o Canadá:

◦ Baixa temporada: março - Melhor época para evitar as multidões, com uma queda média de 4% no preço.

◦ Alta temporada: janeiro - Época mais popular para voar, com um aumento médio de 14% no preço.

◦ Reserve pelo menos 2 semanas antes da partida para conseguir um preço abaixo da média.

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Veja dicas para comprar uma viagem para o Marrocos:

◦ Baixa temporada: junho - Melhor época para evitar as multidões, com uma queda média de 4% no preço.

◦ Alta temporada: julho - Época mais popular para voar, com um aumento médio de 16% no preço.

◦ Reserve pelo menos 2 semanas antes da partida para conseguir um preço abaixo da média.

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Metodologia

Pesquisa feita com base no volume de buscas feitas dentro da plataforma do KAYAK, entre 01/06/2021 e 28/07/2021, a partir de qualquer aeroporto do Brasil, com destino a qualquer aeroporto da França, Canadá e Marrocos.





KAYAK

www.KAYAK.com.br




Interamerican Network

Áreas para restaurantes em condomínios ganham valor e geram oportunidades

Os condomínios têm, cada vez mais, utilizado espaços no playground para instalar bares e restaurantes em áreas já destinadas a esse tipo de serviço. Os locais, quando utilizados por profissionais, acabam oferecendo conforto aos moradores e podem servir como gerador de renda e emprego. Para Bruno Gouveia, coordenador da Cipa Síndica, uma das maiores administradoras de condomínios do país, esses espaços servem ainda para a comodidade dos condôminos em home-office e para o reforço do orçamento.

- Muitos moradores encomendam refeições no almoço ou no jantar, por uma questão de praticidade e segurança. É como se a pessoa tivesse um restaurante ao lado de casa - ressalta Gouveia.

O coordenador da Cipa Síndica, no entanto, ressalta que as regras dos condomínios devem ser respeitadas, como a limitação do horário de funcionamento, a utilização ou não de copos de vidro etc.

- O síndico deve estar muito atento às normas estabelecidas para que algo positivo não se transforme numa dor de cabeça. Ainda tem de haver uma conscientização para que se evite aglomeração e que as regras sanitárias sejam respeitadas. O acordo para a instalação desses espaços deve estar vinculado à qualidade de vida dos condôminos - salienta.

 

Nesta quinta-feira, 05 de agosto, celebra-se o Dia Nacional da Saúde


Nos últimos 20 meses, o tema Saúde foi o mais comentado no planeta todo. De especialistas a leigos, criou-se uma unanimidade: a Saúde é nosso bem mais valioso, o resto é tudo secundário.

Para nós, brasileiros, ficou claro que precisamos investir muito mais em Saúde. Temos condições de oferecer uma qualidade de vida melhor aos brasileiros, mesmo dentro de nossas limitações. Ficou flagrante a falta de investimento em tecnologias que podem dar autonomia em Saúde a um país, podendo deixá-lo na mão dos outros. Há urgência em melhorar a qualidade do SUS? Sim, mas nunca foi tão claro que, se não tivéssemos um SUS, a catástrofe por aqui seria muito pior.

Aprendemos o quanto a mistura de Política com Saúde pode trazer graves consequências à população. Aprendemos que ontem, hoje e sempre, a Ciência deve ser a mola propulsora da Saúde. Aprendemos também que o Ensino em Saúde não pode se limitar ao conhecimento técnico-cientifico. Este é imprescindível, mas precisamos treinar os futuros profissionais de Saúde a terem valores humanitários, entender que a saúde de uma pessoa pode ter grande importância para toda uma população.

É necessário encontrar um meio termo entre a Medicina baseada em evidência e o conhecimento que só a prática médica traz. Aprender a respeitar mesmo na discordância. Aprender a escolher nossas lideranças e quanto elas podem interferir num momento de crise na Saúde.

Este Dia Nacional da Saúde deve servir para uma reflexão e nos mostrar quanto precisamos e podemos oferecer melhor assistência de saúde para nossa população.

 


Salmo Raskin - professor do curso de Medicina da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR).


Projeto de Lei incentiva empreendedorismo feminino: por que só dar crédito não basta?

Milhões de mulheres perderam seus empregos durante a pandemia. Diante da necessidade, muitas optaram pelo empreendedorismo. O resultado é que o número de empresas abertas por elas aumentou em 40% desde o ano passado, segundo dados da Rede Mulher Empreendedora.

Diante da demanda, tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 2589/21, que prevê o aumento da oferta de crédito em condições acessíveis às mulheres empreendedoras, a fim de estimular o desenvolvimento econômico e social delas. A proposição é de coautoria da deputada federal Maria Rosas, do Republicanos-SP.

Se aprovado, o projeto deve trazer um impulso ainda maior ao empreendedorismo feminino, visto que elas já representam 48,7% do mercado empreendedor em nosso país, de acordo com informações da Global Entrepreneurship Monitor. Esse número equivale a aproximadamente 30 milhões de brasileiras, o que nos faz ocupar o sétimo lugar no ranking mundial de mulheres empreendedoras.

Contudo, apesar do prognóstico positivo, é muito importante que as mulheres sejam preparadas para empreender. O fácil acesso ao crédito não é o único requisito necessário para se tornar uma mulher de sucesso. Antes de qualquer movimento, é imprescindível que elas tenham conhecimentos profundos sobre o mercado em que desejam atuar. A empreendedora deve oferecer um produto ou serviço que atenda exatamente a demanda de seus clientes, considerando um equilíbrio perfeito entre qualidade e preço.

Uma vez elaborado o plano de negócios, a empreendedora precisa se atentar à gestão financeira de sua empresa. É necessário entender que faturamento não significa lucro, separando sempre os valores que devem ser reinvestidos para que o negócio cresça.

Outro erro crucial de quem está começando é misturar as finanças da empresa com as suas finanças pessoais. Desde o início, é primordial manter tudo separado, a fim de mapear os custos fixos e variáveis tanto do negócio quanto da própria empreendedora.

Em se tratando de gastos pessoais, o ideal é que os custos fixos, como moradia, alimentação, água e luz, nunca ultrapassem 50% da renda da empreendedora. Os custos variáveis, como entretenimento, devem ter um limite de até 25%. Para as emergências, como uma doença ou uma despesa extra, deve-se reservar algo em torno de 10% da renda. Outros 10% devem ser destinados ao futuro, já pensando na aposentadoria. O 5% restantes podem ser usados para o pagamento de dívidas, se houver, ou mesmo para doações.  

No caso da empresa, esses números podem variar. Mas, o mais importante é que desde o início, a empreendedora faça uma retirada mensal de seu prolabore. Isso evita que ela gaste mais que o necessário nos meses em que tiver um faturamento maior. O negócio, inevitavelmente passará por momentos de alta e baixa. Manter a persistência e constância nas ações é fundamental para o sucesso. Uma vez por ano ou a cada seis meses, a empreendedora pode fazer retiradas de lucro, que seria como um bônus pelo bom desempenho da empresa, depois de ter todas as suas contas pagas.

Além da gestão financeira, a empreendedora precisa se atentar também a questões contábeis e fiscais, buscando legalizar a empresa o quanto antes a fim de evitar problemas futuros. É preciso compreender as exigências de cada mercado de atuação, tendo todos os registros e licenças necessários para atuar com tranquilidade e pagando seus impostos adequadamente.  

Para tornar tudo isso muito mais simples, a empreendedora deve ter a tecnologia como sua maior aliada. Com ela, é possível automatizar uma série de processos que facilitam o seu dia a dia. É preciso usá-la a seu favor, deixando seus compromissos agendados, controles financeiros registrados, além de alertas sobre contas a pagar e receber, evitando o pagamento de juros ou mesmo algum calote de cliente.

Por fim, a empreendedora precisa estar sempre antenada a tudo que a cerca. O empreendedorismo não deve nascer apenas da necessidade, mas também da oportunidade. A mulheres são protagonistas de várias mudanças sociais. Há muitos mercados nascendo exclusivamente para atender suas próprias demandas. O potencial de negócio delas é tão grande que um do relatório do Boston Consulting Group (BCG), indica que as mulheres empreendedoras podem aumentar o Produto Mundial Bruto em torno de US$ 5 trilhões, correspondendo duas vezes o Produto Interno Bruto do Brasil. O caminho ainda é longo, mas promissor e extremamente favorável. O crédito é importante, mas sozinho, não garante o sucesso delas.

 


Aline Rezende - CEO da Poupay+, fintech de gestão financeira exclusiva para mulheres.

Poupay+

 

Aulas presenciais: retomada da rotina deve ser feita com cuidados mentais, revela neuropsicopedagoga

Sair da rotina e retomar ao “velho normal” não será uma atividade fácil para as escolas. Neuropsicopedagoga Georgya Correa explica como todos juntos podem superar essas adversidades.

 

 

Cada vez mais pessoas estão sendo vacinadas contra a Covid-19 no Brasil. Porém, crianças e adolescentes ainda não receberam a imunização, além de muitos professores não terem recebido a segunda dose. Outros educadores, que são do grupo de risco, também seguem afastados do trabalho “presencial”. Tudo isso tem levado a um grau de preocupação expressivo, e ainda há o surgimento da variante Delta do coronavírus.

 

Diante deste cenário ainda incerto, algumas escolas retomaram as aulas presenciais com algumas medidas sanitárias para manter o distanciamento físico entre todos os envolvidos nas atividades acadêmicas. Porém, conforme explica a neuropsicopedagoga Georgya Correa, esta retomada não pode ser imediata, e sim algo gradativo, pois ainda há lacunas para serem preenchidas: “É algo novo, daí é comum que exista muitas dúvidas ainda pela frente. É preciso considerar que os estudantes acabaram acostumando a essa rotina de ficar em casa durante todo este tempo e agora é preciso trazer algo novo para superar essa barreira. Nós temos a tendência de se acostumar com o que vivemos e sair daquela rotina não é algo fácil, daí é comum vir uma carga de sentimentos negativos junto com tudo isso. Mas, os professores e os alunos podem descobrir uma nova maneira de entreter, divertir e retomar o prazer da aula. Mesmo que tudo seja novo para todo mundo e seja um caminho repleto de descobertas para todos os envolvidos”.

 

Sair do lugar comum não é uma tarefa das mais fáceis. Após pouco mais de um ano em casa, é preciso que a escola esteja pronta para este recomeço, onde a criança e o adolescente deixará de lado os hábitos que teve durante este período e terá que se readaptar para este recomeço. “Não vai ser algo rápido e fácil, daí a importância de um acompanhamento terapêutico para reconstruir essa ponte entre a instituição de ensino e o aluno novamente”. Outro detalhe essencial que deve ser considerado é a retomada da rotina na vida da criança e do adolescente: “É preciso mudar os hábitos, e fazer com que ele tenha novamente a disciplina de obedecer aos horários como antes. Durante este período todo, certamente o horário de sono e alimentação foram todos mudados, então reorganizar isso é essencial”.

 

Vale lembrar que o diálogo dentro de casa será primordial antes de voltar ao normal, ressalta a neuropsicopedagoga: “A criança se acostumou com uma outra rotina, agora os pais devem explicar a importância da retomada das atividades, explicar que aquilo que ela viveu foi uma fase que agora deve passar por esse processo de transição”.

 

Não vai ser fácil, mas ainda assim será necessário um dia retomar à rotina, detalha Georgya: “Os professores também estão num processo de reaprendizagem. Eles precisam descobrir como lidar com essas metodologias ativas, o ensino híbrido, esse uso mais forte da tecnologia, além de encontrar maneiras novas de dar suas aulas, estudar métodos novos para despertar a atenção do aluno novamente, além de cuidar de si e deles em relação aos cuidados sanitários. Vai ser um período de muito questionamento e dúvidas por partes dos estudantes sobre o que virá por aí. Além disso, não se pode deixar o aluno disperso por conta dos protocolos que dificultam a interação, como o distanciamento durante a aula. Não haverá ainda os contatos físicos como antes, então tudo isso precisa ficar claro antes de retomar como era antigamente. É um processo de readaptação que será necessário, mas que aos poucos voltará a ser o ideal para todos. Todos em parceria devem trabalhar juntos para que todas essas dificuldades sejam devidamente superadas”, completa.

 


MF Press Global 

 

Profissionais recém-formados atuam nas emergências de Covid-19 e agora buscam os próximos passos da carreira médica

Entre as tantas coisas que se transformaram neste período de quase um ano e meio da pandemia da Covid-19 no Brasil, uma delas foi a carreira médica. Muitos médicos saíram direto das universidades para atuar em plantões e emergências no combate ao Coronavírus, alguns até tiveram a formatura antecipada. Com a redução da pandemia e o fechamento de alguns leitos de UTIs pelo país, é hora de repensar a carreira para dar os próximos passos. 

Dados do estudo de Demografia Médica no Brasil, realizado pela USP e pelo Conselho Federal de Medicina, apontam que em 2010 os médicos eram 315.902 e devem ser 815.570 em 2030. Se em 1997 o Brasil tinha 85 escolas médicas, este número mais do que triplicou e atualmente já somos o segundo país do mundo neste quesito, atrás apenas da Índia. As vagas de residência médica nem de longe cresceram na mesma proporção.  “O desemprego não é uma realidade para os profissionais de medicina no Brasil hoje, mas já temos casos de empregos com condições ruins e degradantes. Não dá para se acomodar com a graduação, é preciso se qualificar para entregar mais valor ao paciente e, consequentemente, impulsionar a carreira”, explica o médico pneumologista Felipe Marques, que é também coordenador dos cursos de pós-graduação da Sanar, uma startup brasileira focada na jornada desses profissionais, com mais de 300 mil clientes espalhados pelo Brasil e mais 6 países. 


A expectativa de quem atua no mercado de pós-graduação médica é que ele cresça aproximadamente 15% por ano nos próximos 5 anos, praticamente dobrando de tamanho. Os dados da startup comprovam uma mudança de rumo na formação do médico após o término da faculdade. Em 2021, o número de inscritos nos cursos de pós-graduação até agosto dobrou em comparação a todo o ano de 2020. Até dezembro do ano passado eram disponibilizados dois cursos no formato (Psiquiatria e Medicina de Emergência) e neste ano foram implantados mais cinco: Geriatria, Nutrologia, Terapia Intensiva, Endocrinologia e Medicina de Família e Comunidade.

 

A escolha por uma pós-graduação foi a solução para muitos profissionais que precisavam e queriam se qualificar de forma rápida para ter mais segurança na rotina e no tratamento dos pacientes. Flávio Moreira, médico que atua em emergência, é um exemplo. “Fiz uma Pós porque queria melhorar minha habilidade com os meus pacientes críticos na emergência. As condutas atualizadas têm me ajudado a conduzir melhor meus pacientes, a exemplo das emergências cardiológicas e respiratórias, que são bastante comuns”, explica o pós-graduado. “Seguiremos apresentando soluções para jornada deste novo médico, que também está transformado por conta da pandemia e se conectando com novos formatos de carreira”, explica o professor e pneumologista Felipe Marques.


MARINHA DO BRASIL

  SERVIÇO DE SELEÇÃO DO PESSOAL DA MARINHA (SSPM)

Corpo de Saúde da Marinha: inscrições abertas

 

São 38 vagas para ensino superior.

 

O concurso para o Corpo de Saúde da Marinha (CSM), que engloba o Quadro de Médicos (CSM-Md), o Quadro de Apoio à Saúde (CSM-S) e o Quadro de Cirurgião-Dentista (CSM-CD), está com inscrições abertas até dia 15 de agosto. O certame é para ambos os sexos, para candidatos com ensino superior completo na área a que concorrem, com menos de 36 anos no dia 1º de janeiro do ano do Curso de Formação de Oficiais (CFO), entre outros requisitos. São 38 vagas. Os rendimentos iniciais após o CFO é de R$12.120,15, já com todos os adicionais, referentes ao posto de Primeiro-Tenente.
 
O edital, o formulário de inscrição e provas anteriores estão no www.ingressonamarinha.mar.mil.br. A taxa é de R$ 130 e deve ser paga até dia 19 de agosto no horário bancário.
 
Os candidatos farão provas objetivas, com 50 questões de Conhecimentos Profissionais e uma redação. Caso sejam aprovados, serão convocados para os Eventos Complementares: Verificação de Dados Biográficos (VDB), Inspeção de Saúde (IS), Teste de Aptidão Física de Ingresso (TAF-i), Prova de Títulos (PT), Verificação de Documentos (VD), Avaliação Psicológica (AP) e Procedimento de Heteroidentificação Complementar à Autodeclaração (PH).
 
Serviço
Contato: sspm.ingresso@marinha.mil.br
Site:www.ingressonamarinha.mar.mil.br


Campanhas temáticas para conscientizar pacientes

 Adoção de campanhas e realização de eventos em datas comemorativas ajudam clínicas e hospitais a despertar para a importância dos cuidados contra a Covid-19


Datas comemorativas são um ótimo motivo utilizado pelo varejo para incrementar as vendas. Mas elas também podem ser uma ação importante para o fortalecimento no relacionamento com os clientes, especialmente no setor de serviços.

De acordo com o Dr. Éber Feltrim, especialista em marketing estratégico e CEO da SIS Consultoria, clínicas, hospitais e laboratórios podem fortalecer campanhas e a sua marca com alguns brindes aos pacientes voltados para as datas comemorativas. Ele cita alguns exemplos, que atualmente estão em alta, como a entrega de máscaras personalizadas com a marca da clínica, distribuição de álcool em gel personalizado, tudo gerando uma campanha de conscientização para que tanto o estabelecimento de saúde quanto os pacientes precisam seguir à risca os protocolos de biossegurança. “Lembrando que quanto mais discreta for a marca nos brindes, maior a chance do cliente usar”, indica.

Feltrim ainda ressalta a importância dos gestores de saúde enxergarem a clínica, o consultório, o laboratório, o ambiente em que é feito o atendimento como um negócio para aproveitar as datas comemorativas e fortalecer o relacionamento com os clientes.

Em relação às ações de marketing, o CEO da SIS Consultoria recomenda atenção ao código de ética de cada profissão ao adotar a distribuição de brindes por meio de campanhas promocionais. Com a aproximação do Dia dos Pais, Feltrim sugere tirar fotos de todos os pais que passarem na clínica no mês de agosto, mediante autorização, e fazer publicações nas redes sociais em setembro fazendo uma homenagem posterior. Outras dicas que o especialista dá é distribuir chaveirinhos personalizados, sortear um vale barbeiro e bolar ações para outras datas comemorativas.

Feltrim ainda salienta que o objetivo principal dessas ações em datas comemorativas não são só para gerar lucro, mas sim agregar valor, fidelizar o paciente. “Sua clínica manda pelo menos um “parabéns” para o seu cliente no dia do aniversário dele? Quando ele vai a uma consulta ou exame, será que a sua equipe dedica ao menos cinco minutinhos para cumprimentá-lo? São ações que vão agregando e comemorando junto com o cliente. E usando a criatividade para brincar e fugir do lugar comum”, finaliza Dr. Éber Feltrim.

 


Dr. Éber Feltrim - Especialista em gestão de negócios para a área da saúde, começou a sua carreira em Assis (SP). Após alguns anos, notou a abertura de um nicho em que as pessoas eram pouco conscientes a respeito, a consultoria de negócios e o marketing para a área da saúde. Com o interesse no assunto, abdicou do trabalho de dentista, sua formação inicial, e fundou a SIS Consultoria, especializada em desenvolvimento e gestão de clínicas.

 

SIS Consultoria

https://www.sisconsultoria.net/

instagram @sis.consultoria

 

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

Aumenta número de adolescentes com transtornos alimentares na pandemia

Nutróloga e especialista em Medicina Integrativa, comenta dados de pesquisa norte-americana e faz alerta sobre a saúde física e mental da geração pandêmica

 

Se a pandemia do COVID-19 afetou, de modo geral a vida de adultos por todo o mundo, com as crianças e adolescentes os efeitos dessa crise são ainda mais visíveis, seja nos reflexos na saúde mental, como também na física. É o que destaca a nutróloga e especialista em Medicina Integrativa, Dra. Esthela Oliveira.

"A geração pandêmica tem vivido diversas situações de estresse nesse último ano e por isso cabe aos pais e responsáveis ficarem muito atentos a quaisquer sinais que possam servir de alerta, como alterações de comportamento e na alimentação, por exemplo", diz a especialista.

Um estudo da Universidade de Michigam, nos EUA, publicado recentemente na Revista Pediatrics, trouxe um alerta para o aumento no número de atendimentos de crianças e adolescentes com transtornos alimentares, como compulsão alimentar, bulimia e anorexia em clínica e hospitais norte-americanos. De acordo com o levantamento as hospitalizações entre esse grupo mais que dobraram nos primeiros 12 meses de pandemia, em relação aos últimos três anos antes do COVID-19.

Segundo a nutróloga, em sua clínica, após ser feito um levantamento que comparou o primeiro semestre de 2020 com o mesmo período de 2021, foi percebido um aumento de 500% nos atendimentos de adolescentes. "Isso se deve, principalmente, ao fato de ter aumentado os transtornos de ansiedade neste grupo, muito por causa das mudanças na rotina escolar, isolamento social e até aumento de conflitos em casa", explica a Dra.

A especialista afirma que, como reflexo da saúde mental abalada, esses jovens estão aumentando o consumo de carboidratos simples e doces, que levam diretamente ao sobrepeso. "Entre nossos pacientes adolescentes percebemos uma média de ganho de peso de 5kg nestes últimos meses. Além disso, houve um aumento na resistência insulínica e nos quadros de pré-diabetes nessa faixa etária", conta a médica.

Outro ponto interessante, destacado pelo estudo norte-americano e reforçado pela nutróloga é que a busca pelo diagnóstico e tratamento destes distúrbios alimentares tem sido postergada, em decorrência do cenário pandêmico. "Os pais demoram mais para notar as mudanças nos filhos e buscar acompanhamento médico, acreditando que pode ser só uma fase ou que é melhor esperar a pandemia passar, mas isso contribui para que os quadros piorem. Por isso, muitos adolescentes acabam desenvolvendo síndromes metabólicas e transtornos alimentares", ressalta a especialista em Medicina Integrativa.

A recomendação é priorizar o acompanhamento médico de crianças e adolescentes, mesmo durante a pandemia. "Ao notar mudanças deles, vale procurar por especialistas que podem, juntos, atuar para minimizar feitos psicológicos e nutricionais nocivos, causados por esse período de pandemia", conclui a Dra. Esthela.

 


Dra. Esthela Oliveira - Médica nutróloga, especialista em medicina integrativa, longevidade e body-mind, pós-graduada em nutrologia esportiva e ortomolecular. Fundadora da Side Clinic, o espaço traz uma visão mais ampla sobre o cuidado com o paciente, acompanhando-o em todas as suas esferas: físico, emocional e mental, por meio da associação de técnicas integrativas como ferramenta para complementar a medicina tradicional.

@draesthelaoliveira | Side Clinic @sideclinic


Simone Biles, a Geração Z, o antifrágil e o poder do "não" em nossas vidas

O mundo parou com a notícia dessa semana, diretamente das Olimpíadas de Tóquio 2020: Simone Biles decidiu não disputar a categoria geral (equipes) e individual na ginástica artística.

A priori, acreditávamos que a atleta tinha se lesionado em uma das apresentações em equipe, ao efetuar um movimento de ginástica de maneira desencontrada, porém, ela justificou sua desistência da competição, ao alegar que queria preservar sua saúde mental. Afirma que sente o peso do mundo em suas costas e que parece que ficou ainda mais pesado na última semana.

Simone era a grande promessa dessas Olimpíadas dos Estados Unidos da América: o mundo todo estava com os holofotes apontados para ela. Todos estávamos acostumados com a entrega de seus resultados perfeitos e impecáveis nas competições de ginástica e estava (quase) tudo certo para ela garantir 6 medalhas ao seu país, por conta de seu desempenho sempre arrebatador.

Simone Biles é a maior estrela da ginástica artística da atualidade. São 25 medalhas em mundiais (sendo 19 de ouro), 6 medalhas em jogos olímpicos, onde a mais recente foi a prata com o time americano, na última semana do mês de julho. Era a grande favorita ao ouro em todas as modalidades da ginástica artística, principalmente a modalidade individual, nos diversos aparelhos.

Porém, desde muito cedo, Simone Biles sente na pele o que é lidar com pressões e estresse, para ser perfeita. Para quem não se lembra, ela cresceu num ambiente repleto de abusos psicológicos e até sexuais: o médico Larry Nasser foi condenado por abusar de dezenas de ginastas, dentre elas, Simone Biles.

"Tenho que colocar minha saúde mental como prioridade. Eu não vejo problemas em desistir de grandes competições para focar em você, porque isso mostra força como competidora e como pessoa", alega Biles, numa coletiva de imprensa do dia 28 de julho.

A gente acredita que os atletas são super heróis, sempre prontos, com um sorriso no rosto, para encarar grandes desafios, mas nos esquecemos que diariamente sofrem muita pressão por resultados. Tudo indica que Simone Biles teve foram sintomas de Burnout, devido ao acúmulo de tarefas, um excesso de responsabilidade e nível de exigência exagerado proveniente da cobrança por resultados perfeitos nas Olimpíadas.

Os sintomas do burnout podem ser físicos e mentais, como esgotamento físico e mental, falta de motivação para ir trabalhar, maior irritabilidade, depressão, ansiedade, baixa autoestima, dificuldade de concentração, pessimismo, dores de cabeça constantes, enxaqueca, fadiga, palpitação, pressão alta, tensão muscular, insônia, problemas gastrintestinais, gripes e resfriados recorrentes, entre outros.

Focar apenas aquilo que realmente lhes interessa, dizer não e expor suas vulnerabilidades, além de procurar se divertir em todos os âmbitos da vida, são características muito fortes da Geração Z, a qual pertence Simone Biles, afinal, ela nasceu em 1997.

Só para contextualizar, os grupos etários, também conhecido como Gerações, apresentam valores, necessidades e padrões de comportamento semelhantes, formando assim uma subcultura que pode conter importantes segmentos de mercado, afinal, cada grupo etário sofreu grandes influências e foi marcado por fatos históricos, tecnologia, valores, atitudes e predisposições de uma época.

As gerações são divididas da seguinte forma:

Baby Boomers: são pessoas nascidas no período após a Segunda Guerra Mundial, de 1946 a 1963 (algumas literaturas falam que é até 1964).

Geração X: nascidos entre 1964 (algumas literaturas falam que é à partir de 1965) e 1979

Geração Y (Millenials): composta por pessoas nascida entre 1980 e 2000. Alguns autores também alegam que a geração Y nasceu de 1980 e 1995.

Geração Z: nascidos de 1995 até 2010, ou de até 2000 até 2010.

Geração Alpha: nascidos pós 2010, ainda crianças e pré-adolescentes.

A geração Z é muito marcada por mudanças políticas, sociais e tecnológicas que influenciaram e alteraram as suas crenças e formas de viver. Sempre conheceram um mundo instável e estão acostumados à turbulência que os rodeia. Logo, esses jovens encaram o mundo de uma forma mais pragmática e realista do que os seus pais.

Logo, as pessoas dessa geração têm menos dificuldade de expor suas vulnerabilidades do que as de outras gerações, pois estão acostumados a mostrar sua vida com maior naturalidade nas mídias sociais.

Foi-se o tempo que expor as vulnerabilidades era motivo de vergonha ou tristeza. E precisamos aprender isso com a Geração Z. E é aí que nasce o conceito do antifrágil, tão debatido e observado pelas empresas. De acordo com a Revista HSM, ser antifrágil vai além de sermos resilientes: foca-se no autoconhecimento e na inteligência emocional, onde reconhecemos nossas forças, e ao mesmo tempo, identificamos o que precisamos melhorar. Além disso, o antifrágil traz a ciência ao indivíduo de suas vulnerabilidades e a humildade de reconhecer que não sabe tudo e, ainda assim, incentiva-o a munir-se de coragem para aceitar novos desafios na jornada pessoal e profissional de evolução contínua, tendo autocompaixão e olhando para frente.

Observamos o antifrágil nas falas e atitudes de Simone Biles. Ela disse que não vê problemas em desistir das Olimpíadas, competição sonho de muitas atletas, e ao mesmo tempo dá a entender que teremos outras oportunidades de vê-la brilhando na ginástica artística, mas que infelizmente não será nesse momento.

Além do mais, a geração Z também gosta de viver o "agora" e as suas necessidades têm que ser satisfeitas de imediato. Nota-se que Simone Biles não fingiu que estava tudo bem e no meio da competição notificou a sua equipe.

Além do mais, os indivíduos da Geração Z também possuem espírito crítico em relação aos assuntos que os rodeiam, pois convivem com mudanças em diversos âmbitos, desde que nasceram, sendo muito sensíveis aos assuntos que impactam a sociedade e meio ambiente. Observa-se que Biles entendeu a importância de abordar sobre o tema saúde mental ao mundo e abrir ao público os reais motivos de sua saída, pois ela poderia ter alegado que estava lesionada. Porém, ela é da Geração Z, e essa geração não faz tipo.

Por conta da sobrecarga de informações, os Z procuram, de maneira corriqueira, momentos de diversão e formas de fazer mais rápido, melhor e de maneira mais divertida uma tarefa, na sua vida social, no local de trabalho ou mesmo nas suas compras. Valorizam experiências incríveis e significativas na sua vida. Por exemplo, em entrevista para o Globo Esporte, após a conquista da prata para o Brasil no skate, nas Olimpíadas, a Fadinha Rayssa Leal afirma: "eu só me diverti, é o que eu mais sei fazer".

A campeã da medalha de prata da ginástica artística geral (feminino individual), Rebeca Andrade, também da geração Z, ao falar carinhosamente e com sororidade sobre o caso de Simone Biles, torcia para que a ginasta voltasse a se divertir nas competições.

Simone fez o mundo refletir sobre saúde mental, além de nos ensinar a importância de sermos antifrágeis, assumindo nossas vulnerabilidades e tendo a coragem de dar uma pausa e entender que não somos super heróis. Precisamos urgentemente cuidar de nossas mentes: precisamos aprender a dizer não aos outros e sim para nós mesmos.

Quantas vezes dizemos sim para as pessoas e não para nós? Quem irá cuidar de nossa saúde mental, se não for nós mesmos? Será que para isso, teremos que chegar ao nosso limite, ou podemos nos prevenir antes da pane mental? O copo precisa transbordar? Simone nos convida a pegarmos novamente em nossas mãos e conduzirmos nossa saúde mental, sem medos do julgamento do mundo, sem medo de ser feliz, afinal, assumir que não dá mais é motivo de muito orgulho e de muita coragem. "Bora", aprender com a Geração Z, ao invés de criticarmos esse grupo etário?

Torcemos muito para que Biles se recupere e volte a brilhar. Torço muito também para que você (e eu também) consigamos dizer não ao que não nos eleva, nos deixa fadigado e não esteja alinhado com nosso propósito. Coragem para todos nós...



Mariana Munis - professora de Marketing e Comportamento do Consumidor da Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas.


A importância da figura paterna no desenvolvimento dos bebês

 

Em comemoração ao Dia dos Pais, a MAM Baby conversou com a psicóloga e psicanalista Lia Campos sobre a importância do vínculo paterno 

Os bebês são extremamente vulneráveis, principalmente nas primeiras semanas de vida, e um dos passos mais importantes para garantir que cresçam confiantes e saudáveis é fortalecer o vínculo familiar. Quem exerce o papel paterno pode fazer muita diferença nesse processo e, com o estabelecimento do primeiro vínculo, moldar a maneira como o bebê vai vivenciar relacionamentos futuros. 

O Dia dos Pais é comemorado no próximo domingo e, para celebrar a data, a MAM Baby, marca especialista em bebês, conversou com a psicóloga e psicanalista Lia Keuchguerian Silveira Campos para entender como a pessoa que exerce o papel paterno pode ajudar o bebê a se tornar uma criança saudável, forte, autoconfiante e afetuosa.

Em 1930, Freud escreveu que não conseguia pensar em nenhuma necessidade da infância tão intensa quanto a da proteção de um pai. Esse vínculo pode se estabelecer desde a gestação, com uma música cantada para o bebê ainda na barriga, por exemplo. Quando nasce, ele tem a capacidade de se lembrar da música, o que pode ser importante nos momentos em que a criança precisa se acalmar.

Em algumas circunstâncias, a pessoa que assume a figura paterna pode ser vista como intrusa na relação mãe-bebê. Por isso, o ideal é que o vínculo seja estabelecido desde antes do nascimento e cultivado no dia a dia da criança. É nessa constância que o bebê entenderá a importância desse elo e se permitirá receber e, até mesmo, trocar afeto para se desenvolver de maneira saudável.

“O pai é responsável por ampliar o universo do bebê de forma atraente e segura, ele garante um ambiente facilitador satisfatório, estabelece os limites de proteção e inclui a criança na cultura”, afirma Lia. Para ela, a melhor maneira de desenvolver o vínculo com o bebê é participar da rotina de cuidados. “Ao se sentir protegidos, amparados e satisfeitos de suas necessidades, os bebês se sentem seguros para fortalecer o relacionamento com o cuidador”, explica a psicóloga.

Uma pessoa que alimenta o bebê, dá banho e nina o bebê é reconhecida como uma figura de proteção, o que traz uma sensação de segurança para os pequenos. Ter essa confiança básica fortalecida pelo amor e cuidado é a melhor base para se tornar uma pessoa forte, autoconfiante e afetuosa.

Outro papel indispensável da figura paterna é oferecer suporte para a mãe. É essencial acolher essa mulher que, na maioria dos casos, se sente fragilizada no pós-parto diante das muitas demandas do bebê. É muito importante que o pai dê total apoio à mãe ao bloquear interferências externas e solucionar outras questões da rotina para que ela possa viver e se entregar à preocupação materna primária de forma tranquila.


Saiba a importância da família na construção socioemocional das crianças e adolescentes

Especialista e psicóloga do LIV, Renata Ishida fala sobre as diferentes configurações familiares e a desconstrução do estereótipo de gênero no cuidado de crianças e adolescentes

 

Nas últimas décadas, o papel do pai na sociedade tem se transformado e evoluído. Historicamente, o pai desempenhava uma função disciplinadora e rígida, e a interação e participação nos cuidados diários e na educação dos filhos era reduzida. Hoje em dia, além de termos pais mais participativos, as construções familiares também mudaram e são diversas. Em muitos lares, não vemos mais as composições tradicionais, mas sim famílias compostas por casais homoafetivos, mãe solteira ou apenas o pai, entre outras. E essa diversidade traz muitos benefícios para a construção e desenvolvimento socioemocional das crianças e vai além do que podemos imaginar.

Para Renata Ishida, psicóloga clínica e coordenadora pedagógica do LIV - Laboratório Inteligência de Vida - a presença da família na vida de um filho, seja ela composta por figuras masculinas ou não, é fundamental quando se pensa em um bom desenvolvimento socioemocional. "Essas diversas configurações familiares permitem criar crianças de uma maneira muito mais saudável, sendo uma educação sem mentiras e tabus, que se pode dialogar, e ser menos preconceituosa. Essas famílias valorizam muito mais o afeto, o cuidado e o lugar de segurança, do que a sua constituição tradicional conservadora de pai e mãe, um lugar de reprodução. E isso para a construção socioemocional das crianças é muito valioso. Elas vão crescer se sentindo seguras, aceitas, e vão aprender que o mundo é diverso. E vão saber que a diversidade é algo natural e positivo", explica.

Para a psicóloga, em países como o Brasil, que ressaltam e acreditam que os homens têm um papel e a mulher tem outro, é fundamental que a educação consiga desconstruir esses estereótipos de gênero. "Quando se tem uma figura masculina presente e participativa na vida das crianças, isso mostra que ser cuidadoso com o outro, afetuoso, se importar, ter uma escuta ativa, é algo que todo mundo pode desenvolver. Isso evita que estereótipos de homem e mulher sejam criados. Esse processo de cuidado entre pai e filho mostra às crianças que os homens também choram, também sentem medo, se sentem inseguros, ficam com dúvidas, assim como as mães. Quando uma criança vê um homem cuidando de uma criança, ela aprende que isso também faz parte da vida, que isso também é responsabilidade dos homens."

Segundo Renata, a habilidade de cuidar do outro não nasce com as pessoas. Essa habilidade é aprendida. "As mulheres são ensinadas a cuidar do outro desde pequenas quando ganham bonecas. A partir do momento que nós podemos mostrar para as crianças que todo mundo faz parte desse processo de criação, educação, cuidado, troca, afeto, conversa, nós vamos desconstruindo essa ideia de que existe coisa que é feita pra pai e coisa que é feita pra mãe, feito para homem, feita para mulher. Isso dá a liberdade para as crianças, que serão mulheres ou homens no futuro, fazerem e serem o que quiserem."

E uma família com a ausência de uma figura masculina tem potencial para gerar conflitos no desenvolvimento psicológico da criança? Renata explica: "Não é a presença ou ausência do pai que vai fazer essa diferença, mas sim uma comunidade social em torno da criança que seja diversa, acolhedora, presente, e que exerça o cuidado dessa criança, independentemente de ser homem ou mulher. A educação da criança fica muito mais rica quando se tem uma diversidade de pessoas participando dela, seja de diferentes idades, de diferentes culturas, de diferentes sexos. Isso vai gerar uma criança muito mais crítica, curiosa, empática e interessada pelo mundo."

 


Renata Ishida - psicóloga clínica e coordenadora pedagógica do LIV - Mestra em Psicologia Social pela PUC-São Paulo e especialista em infância e adolescência, Renata atuou 10 anos na Saúde Pública, mas foi na área da Educação que percebeu maior potência do seu trabalho no que diz respeito à transformação, criação e encontros, ou seja, na própria possibilidade de produção do que considera saúde. Acredita que precisamos de menos fórmulas e mais escuta - de si, do outro e do mundo - para que consigamos construir com criatividade e responsabilidade caminhos diante dos desafios da vida.

 

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Depressão sazonal: entenda como o inverno interfere no humor e na saúde mental

Psiquiatra explica como a menor incidência de luz solar pode levar a sentimentos de tristeza e indica possíveis formas de prevenção e tratamento

 

Não é incomum ouvir pessoas dizerem que se sentem tristes ou até menos motivadas em dias frios e nublados. Apesar de parecer um simples "senso comum", as baixas temperaturas realmente podem interferir no humor e na saúde mental das pessoas.

Esse fenômeno é chamado também de depressão sazonal. De acordo com a médica psiquiatra e membro da Associação Brasileira de Psiquiatria, as causas específicas da depressão sazonal seguem desconhecidas e variam de pessoa para pessoa.

"Pode ser uma queda nos níveis de serotonina, assim como alterações nos níveis de melatonina e vitamina D. Tudo isso tem interferência direta no humor e qualidade de sono das pessoas, por exemplo", explica.

Ainda segundo a médica, em todas as possibilidades, a maior responsabilidade não é do frio, mas sim da menor incidência de luz solar neste período. "A depressão sazonal pode se dar, inclusive, por uma alteração do relógio interno da pessoa, levando a sentimentos de tristeza e desânimo", afirma.



Prevenção e tratamento

Apesar de não ser muito falada e ter menos incidência no Brasil, por se tratar de um país com muito sol e estações não tão bem definidas, é importante estar atento e procurar o auxílio de um psiquiatra assim que aparecerem os primeiros sintomas.

"É recomendado cultivar pensamentos mais positivos, praticar atividades físicas, manter a vida social, tentar ter uma alimentação balanceada, se expor mais ao sol quando possível e manter a rotina de sono. Além disso, evitar ou diminuir o consumo de álcool, cafeína, tabaco e outras drogas", indica Dra. Renata.

Uma vez que os sintomas da depressão sazonal são os mesmos que os da depressão comum, o tratamento também ocorre da mesma forma. "Inclui tanto a parte tradicional, como antidepressivos, terapia e atividade física, quanto fototerapia com luz artificial e reposição de vitamina D", explica a psiquiatra.


Jogos e Soroban auxiliam no desenvolvimento de pessoas com síndrome de Down

A jovem Ana Clara durante a aula com a professora Tatiana de França Moura Alves, do Super Cérebro


Competências cognitivas e socioemocionais são trabalhadas de maneira lúdica

 

A jovem Ana Clara, de 22 anos, tem síndrome de Down. Nunca gostou de jogos e custava a se concentrar em sala de aula. Na pandemia, suas dificuldades de aprendizagem aumentaram. Mas nos últimos meses, Ana Clara está progredindo como nunca: está mais persistente, interessada e raciocinando com mais agilidade. E isso tudo a deixa muito feliz e confiante. A mudança começou com atividades que incluem jogos de tabuleiro adaptados ao seu ritmo e Soroban - uma ferramenta milenar para cálculo matemático. “Tenho observado o quanto a Ana Clara melhorou a concentração depois que começou o Soroban. Além disso, ela evitava participar de jogos porque não entendia. Agora se interessa por vencer seus desafios. Ela está mais rápida nas respostas, no raciocínio e tudo isso aumenta a sua autoestima também”, diz  Beatriz Ardison dos Santos, mãe de Ana Clara.

As aulas acontecem no Instituto AMOR 21 (Associação de Pais e Amigos de Pessoas com Síndrome de Down), em Maceió (AL), e fazem parte de uma iniciativa do Grupo Super Cérebro, em parceria com seus franqueados de Maceió.“Iniciamos esse trabalho em meados de abril. Naquele momento os jovens e adultos atendidos pela associação viviam a ansiedade gerada pela pandemia. Muitos deles, por serem do grupo de risco, ficaram meses afastados das atividades até que fossem vacinados contra a Covid-19. Com o retorno, abrimos a primeira turma com cinco alunos para trabalhar o método Super Cérebro, que tem como propósito contribuir para o desenvolvimento das competências cognitivas e socioemocionais, as chamadas soft skills. Rapidamente pudemos perceber a evolução, tanto no raciocínio lógico, quanto no campo emocional. Agora queremos abrir mais turmas e atender às crianças também”, conta Tatiana de França Moura Alves, que é franqueada do grupo em Maceió e atua como voluntária no Instituto AMOR 21.

Tatiana é terapeuta ocupacional e comanda duas unidades do Super Cérebro em Maceió, juntamente com o marido Rogério Virgílio Alves. O casal tem um filho de 11 anos com síndrome de Down. “Conhecemos as dificuldades e as necessidades desse público e por isso estamos trabalhando com o método do Super Cérebro no seu desenvolvimento. Observamos uma evolução incrível. Eles aprenderam a transformar algo abstrato como a matemática em concreto com o uso Soroban. A ferramenta proporciona o contato visual e o toque e isso facilita a aprendizagem”, revela.

A evolução não ficou restrita ao raciocínio lógico. Tatiana conta que eles estão empoderados. “Vibram quando acertam um exercício e aprenderam a responder, sem medo de errar. Até a linguagem evoluiu e com isso eles percebem que são muito capazes, ganham confiança e autoestima.”

Além do Soroban, jogos de tabuleiro mundialmente reconhecidos são utilizados para desenvolver capacidades como comunicação e argumentação, estratégia para a tomada de decisão, colaboração, liderança e respeito às regras. Para trabalhar com os alunos com síndrome de Down, foram feitas algumas adaptações. “No caso dos jogos, reduzimos a quantidade de regras para o melhor entendimento deles. Conforme entendem o jogo vamos acrescentando novas regras. É preciso perceber a dificuldade para ir aumentando o grau à medida que evoluem.”

Para a diretora comercial do Grupo Super Cérebro, Patrícia Gamba, é sinônimo de orgulho ver que o método está contribuindo de forma expressiva para o desenvolvimento intelectual e emocional de pessoas com síndrome de Down. “O Super Cérebro criou um método exclusivo para aprimorar competências que vão muito além do raciocínio lógico, desenvolvendo a inteligência socioemocional, que é fundamental para garantir a capacidade de se relacionar com outros indivíduos e superar desafios de maneira saudável e equilibrada. Saber que esses estudantes estão evoluindo com o método e que isso impacta na vida pessoal deles é sensacional. Tenho certeza de que estão mais autoconfiantes e isso influencia em todos os aspectos da vida deles dentro e fora da escola”, diz.

 

 

Grupo Super Cérebro

 https://www.supercerebro.com.br  

 

Instituto AMOR 21

https://www.instagram.com/amor21oficial


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