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quinta-feira, 15 de julho de 2021

Falta de cuidado com saúde bucal pode impactar desempenho de atletas

Carreira precoce é um dos motivos que pode resultar em negligência nos cuidados bucais de atletas profissionais


Não é somente para o corpo que os atletas precisam dar atenção antes e durante as temporadas, mas também para a saúde bucal. Investigar, prevenir, tratar e reabilitar as doenças e problemas bucais são ações que estão diretamente ligadas a um melhor rendimento esportivo e até à prevenção de lesões. O fato de iniciar uma rotina de trabalho cedo, muitas vezes ainda na infância, pode fazer com que atletas deixem de lado hábitos comuns para crianças, como o aprendizado da escovação correta e uma rotina de cuidados em casa e também no dentista. Além disso, os tratamentos comuns para adolescentes, como o uso de aparelho ortodôntico e remoção dos sisos, são planos que acabam sendo adiados para não interferir na evolução da carreira, mas que podem ser prejudiciais para o desempenho futuro no esporte. 

Além do perigo de lesões mais graves, é muito comum que os  esportistas apresentem cáries, por exemplo. “A ingestão de alguns alimentos, consumo de isotônicos, medicamentos e suplementos podem ser os causadores da doença”, destaca Sergio Bernardes, dentista e gerente de novos produtos e práticas clínicas do Grupo Straumann. De acordo Sergio, os atletas que são respiradores bucais precisam dar atenção aos dentes e a presença do terceiro molar pode aumentar o risco de fraturas mandibulares. “A falta de precaução com a saúde bucal também pode levar à ocorrência de patologias ou disfunções da articulação temporomandibular (ATM) e doenças periodontais”, conta. Além disso, fraturas podem ocorrer durante os treinos mais pesados e nas competições. “Manter um acompanhamento com dentista ou ortodontista pode evitar possíveis traumas dentários. O uso de placas protetoras, alinhadores transparentes ortodônticos e a realização de exames periódicos podem auxiliar em questões como a eficácia da respiração, casos de apertamento dentário, correção da mordida e ainda proteção contra pancadas e acidentes”, afirma o dentista. 


Estética vale pontos 

A melhoria no desempenho e o cuidado com a saúde são essenciais, mas isso não tira a estética da lista de vantagens que o cuidado odontológico pode proporcionar para quem pratica esportes. No caso da atleta da Seleção Brasileira de Ginástica Rítmica Individual e medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio, Barbara Domingos, o cuidado com a estética é parte fundamental da preparação das atletas. “Cuidar do sorriso faz parte da preparação da ginasta, já que a estética conta pontos na nossa apresentação e cada detalhe faz a diferença no tablado”, conta. 

No caso de Barbara, a solução encontrada foi buscar pelos alinhadores transparentes, nova tendência de tratamento para atletas. “Como nós saltamos e também trabalhamos com a bola e maças, o aparelho comum se tornava um risco, já que, em uma queda ou erro com os objetos, eu poderia me machucar. Além disso, a estética do aparelho comum não é o ideal para as apresentações, eles interferem muito na expressão facial”, explica a ginasta. 

A  dentista responsável pelo processo e especialista em alinhadores ClearCorrect, Isabela Shimizu, explica que o alinhador garante segurança em caso de atritos, colisões ou acidentes. “O ideal é que o paciente use os alinhadores 22 horas por dia, retirando somente nas refeições, mas, como ele é transparente e tem um formato mais anatômico, não apresenta risco de ferir a boca e pode ser usado em apresentações de ginástica ou até mesmo em jogos de futebol, por exemplo”, ressalta Isabela. 

O formato, além da vantagem estética, também traz mais mobilidade e conforto para a prática de esportes. De acordo com Isabela, a possibilidade de manter o tratamento mesmo durante viagens e longos períodos longe do dentista é um ganho para os atletas. “O tratamento com alinhadores transparentes permite que eles mantenham o cuidado mesmo em competições ou períodos fora da cidade, pois cada alinhador é previamente programado. Ou seja, na data certa, é só o atleta trocar o alinhador para o próximo, que já estará com ele, e seguir a rotina normal ”, finaliza a dentista. 



ClearCorrect

Grupo Straumann


CUIDADOS A TER COM A SUA COLUNA: EM CASA O MAIOR INIMIGO É O SOFÁ

Apesar de parecer confortável, passar longas horas no sofá pode causar dores nas costas, pescoço e prejudicar o descanso.


Sem dúvidas o sofá é um dos itens mais utilizados em um ambiente doméstico, quer estejamos visitando a família, jogando no vídeo-game, tirando um momento para relaxar depois de um dia cansativo ou assistindo televisão; o sofá está sempre lá para acolher a todos. Mas infelizmente, o sofá fofinho pode ser o oposto de conforto e gerar problemas a longo prazo. 

De acordo com Bernardo Sampaio, fisioterapeuta e diretor clínico das Unidades de Guarulhos do ITC Vertebral e do Instituto Trata, passar muito tempo sentado ou deitado no sofá pode causar mais dor do que relaxamento. “Dependendo da maneira como você fica, é impossível manter a postura correta. Na maioria das vezes estamos afundados entre as almofadas. Depois, há o fato de que ficar sentado por muito tempo faz com que os músculos de suporte ao redor da coluna e da pélvis sejam desativados, o que pode levar a uma dor crônica nas costas” – explica o especialista. 

O profissional pontua que durante o tempo em que as pessoas estão no sofá, geralmente estão preocupadas com outras coisas e por isso fica difícil analisar como estão sentadas e a má postura acaba sendo uma das principais responsáveis pelas dores. A postura inadequada  pode causar estresse nos tecidos, articulações e discos. Estresse esse, que enfraquece lentamente a saúde geral das costas e pode ocorrer não apenas quando estamos sentados, mas também deitados e em pé. “Mas calma, não precisa começar a ficar sentado em uma cadeira com os dois pés apoiados no chão criando um ângulo de 90º” – brinca. 

Segundo Bernardo, a primeira regra é não fazer do sofá o local preferido da casa. Dá para relaxar nele, claro que dá, mas alterne as posturas. “Se o sofá for muito profundo uma boa opção é utilizar almofadas para ficar mais confortável. Se preferir você também pode colocar um banquinho para apoiar os pés, o segredo é sempre certificar-se de que não está com a coluna muito arredondada. Levantar de tempos em tempos também é recomendado para dar para dar às costas um pouco de descanso da posição” – finaliza Bernardo Sampaio.

 


BERNARDO SAMPAIO - Fisioterapeuta pela PUC-Campinas (Crefito: 125.811-F), diretor clínico do ITC Vertebral e do Instituto Trata, unidades de Guarulhos, Bernardo Sampaio é também professor do curso de pós-graduação em fisioterapia traumato-ortopédica do Instituto Imparare e do curso de fisioterapia do Centro Universitário ENIAC (Guarulhos) e também leciona como convidado nos cursos de pós-graduação na Santa Casa de São Paulo. Possui experiência em fisioterapia ortopédica, traumatologia e esporte; e especialização em fisioterapia músculo esquelética, aprimoramento em membro superior e oncologia ortopédica pela Santa Casa de São Paulo. Saiba mais em: www.institutotrata.com.brewww.itcvertebral.com.br


Especialistas alertam para os riscos da coinfecção da Covid-19 com maior incidência da tuberculose no inverno

 Infecção pulmonar viral e bacteriana, simultaneamente, pode resultar em quadros mais graves e maiores índices de mortalidade

 

O avanço da atual pandemia causada pelo novo coronavírus tem despertado um alerta, entre especialistas da área da saúde e comunidade médica, para os riscos de contaminação da população que já está imersa em outro cenário epidêmico grave: o da tuberculose. Com ambas as infecções afetando os pulmões, a Covid-19 de forma viral e a tuberculose por meio bacteriano, o quadro dos pacientes acometidos pela coinfecção pode ser muito mais grave e fatal.

"Enfrentamos um grande desafio com a Covid-19 e ele se torna ainda maior para pacientes portadores de tuberculose, que, por si só, compromete a estrutura pulmonar, deixando-a mais fragilizada e suscetível a complicações. É muito importante que as pessoas que já tratam a tuberculose não parem o tratamento. Aos pacientes que têm suspeita e ainda não fizeram exames para detectá-la, é recomendado fazer o quanto antes, pois a tuberculose, quando diagnosticada precocemente, tem grande chance de cura", explica o médico infectologista Dr. Marcos Antonio Cyrillo, diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

Uma das maneiras mais efetivas de prevenir a transmissão e erradicar a tuberculose se dá pelo diagnóstico e tratamento precoces da forma ativa e da prevenção reativa da doença, através do tratamento da infecção latente (ILTB), quando o paciente ainda não apresenta sintomas. Como este quadro pode persistir por anos, é fundamental buscar ajuda médica para a realização de exames que auxiliem na conclusão do diagnóstico.

Entre os métodos de maior precisão para identificar a tuberculose latente, analisados e recomendados pela OMS (Organização Mundial da Saúde), está o teste IGRA (ensaio de liberação de Interferon-gama) QuantiFERON - TB Gold Plus. Desenvolvido pela QIAGEN, multinacional alemã especialista em tecnologia para diagnóstico molecular, o exame é realizado com uma pequena amostra de sangue e requer apenas uma visita ao médico, apresentando resultado rápido e seguro, com a precisão de testes laboratoriais.

Pessoas que compõe o grupo de risco da tuberculose, como portadores de HIV positivo, pacientes que recebem tratamento para doenças autoimunes ou imunossupressores, pessoas que tiveram contato com portadores da enfermidade, crianças abaixo de 5 anos, profissionais da área da saúde, imigrantes, população privada da liberdade e que vivam em ambiente comunitário, como idosos e militares, devem ter especial atenção.

"A boa notícia é que as medidas de prevenção da Covid-19, como o distanciamento social, o uso de máscaras, higienização das mãos e o não compartilhamento de objetos de uso pessoal podem também contribuir para o controle da tuberculose. Em ambos os casos, a busca por ajuda médica a partir dos primeiros sintomas pode ser essencial para o sucesso do tratamento. Os principais sintomas da tuberculose são tosse crônica, febre, perda inexplicada de peso e, quando grave, sudorese noturna", conclui Dr. Cyrillo.



QIAGEN

https://www.qiagen.com/us/


Hormônio feminino protege a audição das mulheres

Os homens têm maior tendência a problemas auditivos porque o nível de estradiol deles é mais baixo


Sexo frágil? Que nada! Pesquisa da Universidade Johns Hopkins (EUA) revelou que o risco de perda auditiva é cinco vezes maior em homens do que em mulheres. E por que isso acontece? Uma das razões é a influência dos hormônios, como comprovou outro estudo, esse conduzido na Universidade de Rochester (EUA). Os pesquisadores descobriram que os hormônios femininos protegem a audição, fazendo com que o declínio auditivo se inicie mais tardiamente nas mulheres do que nos homens.

Há uma relação direta, o cérebro, entre o hormônio sexual feminino estradiol e a audição. "Os homens ouvem menos porque seu nível de estradiol é mais baixo. As mulheres têm um processamento auditivo melhor", de acordo com o neurocientista brasileiro Raphael Pinaud, que coordenou o trabalho.

Outra pesquisa, realizada em uma clínica de audição de Massachusetts (EUA), mostrou que as mulheres também se sentem mais à vontade para falar de sua perda auditiva, enquanto que os homens preferem esconder essa perda, mesmo que isso prejudique a sua comunicação no dia a dia.

No Brasil, a Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo IBGE com apoio do Ministério da Saúde, também apontou que os homens são mais suscetíveis a problemas de audição do que as mulheres - em toda a população, a proporção é de 1,2% no sexo masculino e 1,0% no sexo feminino.

Por tudo isso, a tendência é que a dificuldade de audição comece a aparecer mais cedo nos homens. Essa diferença, no entanto, diminui por volta dos 50 anos de idade. É nessa fase da vida que as células auditivas começam a se desgastar naturalmente, resultando na perda auditiva relacionada à idade, conhecida como presbiacusia .

"É importante que tanto homens quanto mulheres consultem um otorrinolaringologista anualmente. O médico irá checar se está tudo bem com a audição e pode recomendar uma audiometria - exame que avalia se já há perda auditiva. E caso se confirme, avalia o tipo e o grau do deficit auditivo. A partir daí, se for necessário, será identificado o melhor tipo de tratamento, que pode ser com o uso de aparelhos auditivos", explica a Fonoaudióloga Marcella Vidal, Gerente de Audiologia Corporativo da Telex Soluções Auditivas.

É bom enfatizar, no entanto, que as mulheres, cada vez mais, vêm assumindo funções no trabalho antes exercidas apenas por homens e, além disso, convivem também com muito barulho no cotidiano, principalmente as mais jovens. Na verdade, o estilo de vida e a atividade profissional também são fatores que ainda tornam os homens mais suscetíveis aos problemas auditivos.

No dia a dia, nos centros urbanos, convivemos com o barulho diariamente, seja no trânsito, no movimento das ruas, próximo a obras e até em nossa própria casa. Além disso, é cada vez mais comum ouvir música em fones de ouvido, seja na corrida matinal ou até mesmo durante a ida ao trabalho de ônibus ou metrô. É aquela animada playlist que você coloca bem alta, todos os dias! E esse barulho constante em diversas situações do cotidiano podem, sim, prejudicar a audição.

"A poluição sonora é um dos principais vilões. Por isso, eu recomendo evitar ambientes com sons intensos. Além disso, é importante ouvir música e assistir TV sempre em volumes abaixo de 85 decibéis", alerta a Fonoaudióloga da Telex.


Genética x perda auditiva

A perda de audição também é influenciada pela genética. Há indivíduos que são geneticamente predispostos a serem mais sensíveis aos sons elevados. Seja esse o seu caso ou não, algumas atitudes fazem toda diferença quando o assunto é a saúde auditiva. Usar protetores auriculares em ambientes barulhentos, por exemplo, é essencial. Eles podem garantir um bom conforto acústico para quem precisa estar próximo a maquinários ou em lugares barulhentos, como estações de metrô.

E para termos uma noção dos danos causados à audição pelos ruídos do cotidiano, já é possível baixar aplicativos que registram os decibéis do ambiente.

"Os efeitos da exposição prolongada a sons intensos podem demorar para aparecer, já que a deficiência auditiva vai atingindo estágios cada vez maiores ao longo da vida. Por isso é importante se cuidar desde cedo a fim de evitar problemas futuros de perda de audição precoce", finaliza Marcella Vidal.


Dia do Homem convida à priorizar rotina de cuidados preventivos com a saúde

 Celebrada hoje, a data motiva o consciente coletivo sobre a importância da prevenção e reforça como os check ups contribuem com a saúde e o bem estar da população masculina

Dados levantados pela Organização Panamericana de Saúde, mostram que a cada três mortes de pessoas adultas no Brasil, duas são de homens. As estatísticas apontam ainda para outra dura realidade: eles vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres e apresentam mais riscos de doenças do coração, câncer, diabetes e colesterol.

São estes indicadores negativos que ganham voz neste mês de julho, quando é celebrado o Dia do Homem e lançam luz à importância da iniciativa no Brasil, onde segundo o Ministério da Saúde, a população masculina brasileira é a que apresenta mais mortes prematuras, ligadas a fatores como violência e acidentes de trânsito, além de doenças cardiovasculares e infartos. "Doenças que podem ser evitadas ou controladas com uma rotina de cuidados que inclui exames e checkups contínuos que podem assegurar a redução dos índices de morbimortalidade por causas preveníveis e evitáveis, além de aumentar a expectativa de vida dos homens", destaca o médico Dr. Egídio Cuzziol, do Grupo Sabin Medicina Diagnóstica.

Segundo o especialista, os índices revelam que ainda há muito a avançar junto à este público, quando o assunto é investir em saúde e qualidade de vida. "De uma forma geral, os homens são mais resistentes à conscientização de não deixar de lado a rotina de cuidados preventivos. Não há dúvidas que evoluímos em diversos fatores. Eles estão mais dedicados à uma alimentação balanceada, praticando atividades físicas, mas é preciso também observar o corpo e seus sinais para identificar precocemente doenças. Hoje, com a evolução da medicina, já é possível aumentar consideravelmente as chances de um tratamento eficaz, a partir de um diagnóstico rápido e seguro", observa.

A percepção do médico se ampara em números. Estudos mostram que mais de 50% da ala masculina só procura tratamento quando apresenta algum sintoma que atrapalhe a rotina ou só buscam atendimento quando as doenças estão em estágio avançado, com necessidade, inclusive de alguma intervenção cirúrgica, por exemplo. "Mais do que nunca, com a pandemia, muita gente - isso de forma geral - acabou abandonando tratamentos ou protelando a realização de exames e isso impacta diretamente na qualidade de vida da população. É importante que datas como estas enfatizem que exames devem fazer parte da rotina de todos. Alguns mais simples, como verificar a pressão arterial, acompanhar as taxas de glicose, colesterol. São exames simples que ajudam a prevenir ou tratar adequadamente doenças crônicas como hipertensão, diabetes.

"Autocuidado requer sensibilidade masculina para perceber os sinais do corpo"

Dr. Egídio observa ainda que a falta de tempo e a vida corrida são apontados como alguns dos principais fatores que provocam os homens a deixarem de lado os check-ups de saúde. "Precisamos incentivar esse público a observar os sinais que o corpo emite quando há algo que precisa ser investigado e buscar serviços de saúde de forma contínua e são iniciativas como o Dia da Saúde do Homem que ajudam a alertar para a importância dos cuidados preventivos, principalmente para quem tem uma rotina mais intensa".

Um dos vilões da saúde masculina, o câncer de próstata atinge todos os anos mais de 2 milhões de pessoas no Brasil. A boa notícia, explica o especialista, é que medidas simples ajudam a detectar casos precocemente, contribuindo para a melhor jornada de tratamento do paciente. "O avanço da medicina é, sem dúvida, o principal aliado de todos. Hoje, nossas metodologias estão cada vez mais evoluídas e contribuindo significativamente para a qualidade de vida da população. Exames como a Ultrassonografia da próstata, por exemplo, é dos métodos mais eficazes para investigação diagnóstica e temos esta opção no portfólio do Grupo Sabin, que hoje conta com mais de 3.500 serviços de saúde. Além de ser um dos exames imagem mais versáteis do mercado, não é invasivo e não oferece riscos de radiação ionizante, como em exames de tomografia computadorizada ou Raios-X. Ele é um dos mais indicados para detecção de possíveis anormalidades, alteração no volume ou tamanho dos órgãos, além da presença de cistos e tumores", detalha o especialista.

O médico destaca também a ressonância magnética da próstata para a lista de exames que podem ser indicados para análise das patologias ou tumores encontrados na próstata. "A ressonância é indicada como um próximo passo para o tratamento do nosso paciente. Além de ser um exame de imagem nada invasivo, permite uma análise rigorosa de anormalidades detectadas nos exames anteriores e pode ser definitiva em casos de diagnóstico de câncer, assim como biopsia".

 

Grupo Sabin

https://www.sabin.com.br


Gastrite nervosa, você sabe reconhecer os sintomas?

 Gastroenterologista do Grupo São Cristovão Saúde esclarece dúvidas sobre crises de gastrite e dá dicas para quem identifica sintomas, também ligados a crises emocionais

Muito comum entre mulheres, a gastrite nervosa tem influência de fatores emocionais e, normalmente, se dá por uma inflamação no estômago. Dependendo dos hábitos alimentares, é possível sentir este desconforto, em maior ou menor intensidade. Descubra como reduzir estas dores e garanta o seu bem-estar.

De acordo com a Dra. Tabata Cristina Alterats Antoniaci, gastroenterologista do Grupo São Cristovão Saúde, a gastrite, também chamada de dispepsia funcional, é uma doença orgânica, pois existe a alteração da mucosa gástrica e tais sintomas são caracterizados por dor ou desconforto estomacal, que pioram com estresse e ansiedade. "Por isso, é importante uma abordagem global pelo médico do paciente, avaliando se as duas patologias estão somadas, e nesse caso, o tratamento da ansiedade é fundamental para a melhora dos sintomas gástricos", pontua.

Não existe uma causa única para a evolução desse quadro, mas certamente fundos emocionais interferem diretamente nos sintomas. Além de uma alimentação balanceada, é necessário um diagnóstico correto, incluindo exames de imagem para complementar a anamnese (entrevista ao paciente) e exame físico. De acordo com a especialista, após uma boa conversa com o paciente, "pode-se encaminhá-lo para tratamentos conjuntos, como com o auxílio de um nutricionista e/ou psicólogo, ou até mesmo psiquiatra, formando-se uma equipe multidisciplinar para auxiliar o paciente", revela.

Caso você note algum dos sintomas da gastrite nervosa no seu dia a dia e eles sejam persistentes, o correto é se consultar com um especialista. "Há uma série de fatores que podem ser ajustados, buscando a melhoria dos quadros. Uma dieta rica em vitaminas e minerais, deixando de lado estimulantes como chocolates e café, por em excesso gerarem ansiedade, é uma das alternativas", ressalta Tabata.

Beber água também é útil no controle do estresse, pois reduz a temperatura corporal, evita a secura na garganta, geralmente causada pelo nervosismo e ajuda na digestão e na hidratação de seu organismo. Alimentos com efeito calmante, como doces leves e chás, são indicados para minimizar a reação biológica ao estresse. Já outros ajudam a controlar o PH estomacal e a aliviar os sintomas, especialmente a azia. São eles:

• legumes cozidos, em especial a batata;

• frutas como a banana e o melão (as cítricas devem ser evitadas);

• grãos integrais, como a aveia;

• carnes magras, como peixes e frango sem pele.

Por fim, atividades físicas auxiliam na liberação de endorfinas e podem ajudar a balancear o seu emocional, como caminhadas, meditação e yoga: "inclua sempre na sua semana o encontro ou conversa com pessoas que lhe causem calma e prazer. Todos nós temos os nossos "leões" para enfrentar e devagar, os venceremos", finaliza a gastro.

 

Grupo São Cristóvão Saúde


Fernanda Martinelli - PR Consulting Americas
fernanda.martinelli@prconsultingamericas.com


Pandemia aumenta casos de doenças oculares entre crianças, alerta especialista do CEJAM

  Uso excessivo de computadores, tablets e smartphones estão entre as principais causas do problema


O isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19 tem acelerado tendências e trazido mudanças nas formas de trabalho, estudo e relacionamentos. Tarefas antes praticadas presencialmente passaram a ser realizadas por intermédio de telas de computadores, tablets e smartphones, e esta mudança está trazendo grandes danos à saúde dos olhos.

De acordo com o Dr. Flávio Gaieta Holzchuh, médico oftalmologista do Hospital Geral de Carapicuíba (HGC), gerenciado pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim", apesar de as mudanças representarem um avanço tecnológico, elas representam também um risco à saúde ocular.

"Quando existe uma exposição prolongada ao que chamamos de vídeo terminal, notamos alterações na musculatura ocular responsável pela acomodação, bem como a diminuição da frequência do piscar. Consequentemente, o fato acarreta o surgimento de sintomas como sensação de olho seco, dificuldade de mudança de foco, cansaço ocular e cefaleia", explica o especialista.

Com dados da China, um estudo publicado recentemente pelo Journal of the American Medical Association (JAMA) revela que a miopia, entre crianças de 6 e 8 anos, aumentou cerca de três vezes em 2020, quando comparada ao mesmo período entre 2015 e 2019.

O uso intenso das telas pode estar relacionado também à hipermetropia - dificuldade em ver de perto -, e ao astigmatismo, um defeito na curvatura da córnea que tende a manifestar-se com a sensação de borrões e de visão duplicada em objetos.

"Essas doenças acometem indistintamente a população mundial em todas as faixas etárias e podem ser facilmente corrigidas com a prescrição de lentes corretivas", complementa o especialista.

Além das patologias oculares, existem também aquelas que atingem uma faixa etária específica ou que são decorrentes de outras doenças de base, como a presbiopia, degeneração macular relacionada à idade; as retinopatias diabética e hipertensiva; e a catarata, entre outras.

O médico alerta que muitas destas doenças são insidiosas. Por esse motivo, a população tende a negligenciá-las. Dois grandes exemplos são as manifestações oculares em decorrência do mau controle do diabetes e do glaucoma, que estão entre os principais causadores da cegueira no mundo.


Prevenção

A melhor forma de prevenir as doenças oculares é por meio da realização de consultas anuais de rotina com o médico oftalmologista. Dr. Flávio recomenda que elas sejam feitas ao menos uma vez ao ano.

"O oftalmologista é o único profissional habilitado para cuidar da saúde ocular em todos os seus aspectos e que pode prescrever correções ópticas, medicamentos ou outros tratamentos necessários a cada caso específico", afirma.

O médico também alerta para a importância de campanhas que incentivem a visita ao especialista, pois elas têm suma relevância no que diz respeito à informação e à conscientização da população.

"Muitas pessoas só passam a ter ciência de determinados problemas de saúde após a leitura de notícias ou campanhas publicitárias alusivas a estas causas específicas."


Tratamento

Pessoas que sofrem de miopia, hipermetropia e astigmatismo podem ter os danos à visão reduzidos por meio do uso dos óculos de grau e das lentes de contato corretivas, que devem ser prescritos pelo médico oftalmologista.

Em alguns casos, ainda é possível obter um resultado permanente graças à cirurgia a laser. Porém, cada caso deve ser avaliado de forma individual pelo especialista.

Segundo o médico, caso apresente algum sintoma de visão embaçada, turva, dores na região dos olhos ou dores de cabeça frequentes, é recomendado marcar um oftalmologista.

"Quanto antes a causa do problema for identificada, mais eficaz será o tratamento para a melhoria da visão e da qualidade de vida do paciente."

 


CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim"


7 mitos e verdades sobre clareamento dental

De acordo com a Sociedade Brasileira de Odontologia e Estética (SBOE), o Brasil é considerado o segundo país que mais realiza procedimento estético odontológico no mundo. Entre 2015 e 2019, a busca por procedimentos em odontologia estética triplicou. Dentre todos os procedimentos disponíveis pelo mercado, o clareamento dental é o mais requisitado. 

E, segundo a última pesquisa da Technavio, apoiada na extensa procura pelo procedimento durante a pandemia de covid-19, o mercado global de clareamento dental deve atingir um crescimento de 840 milhões de dólares nos próximos anos. As previsões são de um aumento anual de 4% durante 2020-2024. 

Apesar da alta demanda, o clareamento dental ainda gera uma série de dúvidas. Abaixo, você confere os principais mitos e verdades sobre o procedimento, segundo a Dra. Kamila Godoy, cirurgiã-dentista, membro da Associação Brasileira de Ortodontia, da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética e especialista em ortodontia e harmonização orofacial pelo Miami Anatomical Research Institute.

 

Clareamento dental danifica os dentes

Mito. O dente pode ficar mais sensível, mas não poroso ou enfraquecido de forma permanente. Os poros ou canalículos ficam abertos para que o gel clareador libere as moléculas de pigmento. Porém, o procedimento não corrói o esmalte do dente e essa sensibilidade tende a diminuir após o tratamento.

 

As restaurações mudam de cor

Mito. O que muda de cor é o dente natural. O material clareador não é capaz de alterar a cor das restaurações e próteses dentárias. Sendo assim, após o clareamento é necessário fazer a troca de restaurações e próteses que aparecem durante o sorriso.

 

Todo mundo pode fazer clareamento dental

Mito. O procedimento não é indicado para mulheres grávidas ou que estejam amamentando, pacientes com hipersensibilidade ao medicamento, indivíduos com doença periodontal e presença de muitas restaurações estéticas e/ou retrações gengivais. O clareamento também é contraindicado para crianças de até 12 anos.

 

Alguns alimentos são proibidos durante o tratamento

Verdade. Hoje, a ciência diz que não é preciso interromper o uso de café, por exemplo. Mas é importante tomar cuidado com alimentos ácidos ou com corantes intensos. Refrigerantes à base de cola, beterraba, chocolate e chá preto, se consumidos frequentemente, podem interferir na durabilidade do tom alcançado no procedimento. Por isso, mesmo após o tratamento, é indicado sempre tomar cuidado com o que é ingerido. É recomendado também evitar os cigarros, já que podem causar manchas nos dentes.

 

Cremes dentais funcionam como clareadores

Mito. Os cremes dentais possuem pouco agente clareador em sua fórmula e por isso não são capazes de exercer essa função. Porém, as pastas de dentes que são tidas como “branqueadoras” ou “clareadoras” possuem mais agentes abrasivos do que as comuns e podem retirar manchas superficiais que tornam o dente mais branco, às custas também de desgaste do esmalte dentário.

 

O clareamento em consultório é mais eficaz do que o feito em casa

Mito. O gel utilizado no consultório é mais concentrado, por isso, oferece um resultado mais rápido. Porém, quando o tratamento é feito em casa, o dente fica mais tempo em contato com o produto e acaba deixando-o mais branco por mais tempo. “O ideal é mesclar os dois procedimentos, realizando as sessões no consultório e usando a moldeira em casa. Entretanto, esse tratamento caseiro pode ser indicado apenas pelo cirurgião-dentista”, aconselha Kamila Godoy.

 

Bicarbonato de sódio clareia os dentes

Em partes. O bicarbonato é uma substância abrasiva e pode retirar manchas da superfície do dente, o que causa a leve impressão de clareamento. No entanto, o uso do produto deve ser feito apenas em consultório, quando indicado, pois pode danificar os dentes.

 

A alimentação como aliada para largar o cigarro

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Nutricionista explica quais alimentos são benéficos e prejudiciais para aqueles que desejam dar o primeiro passo na hora de se livrar do vício


A população tem se conscientizado gradualmente sobre os malefícios do cigarro para a saúde. O hábito vem perdendo força no Brasil nos últimos anos - uma pesquisa do Ministério da Saúde mostrou que, em 2018, apenas 9,3% da população fumava, contra 15,6% de 2006 -, mesmo assim, cerca de 22 milhões de pessoas ainda são fumantes.

Cientes dos prejuízos que a prática proporciona, como dentes amarelados, mau hálito, problemas pulmonares e diversos tipos de câncer, os fumantes têm se conscientizado sobre a questão e desejado, cada vez mais, se livrar do vício. Mas além dos famosos adesivos de nicotina junto da prática de exercícios físicos, uma alimentação balanceada se mostra como uma importante aliada nessa missão. Júlia Canabarro, nutricionista da Dietbox, startup de nutrição, explica:

"Sabemos do poder de uma alimentação balanceada para a tão desejada qualidade de vida e, com isso, não devemos negligenciar sua eficácia na luta contra o tabagismo. Certos alimentos têm efeito inibidor na vontade de fumar, e adotá-los em sua dieta pode ser uma ótima maneira de largar o cigarro de forma gradativa, gerando, consequentemente, menos estresse, ansiedade e as famosas recaídas".

Segundo a nutricionista, as primeiras semanas são cruciais, já que são nelas que se sente de forma mais intensa a abstinência da nicotina. Para estes momentos, ela indica o consumo de alimentos que proporcionam sensação de bem-estar e auxiliam na redução da ansiedade. As bananas são conhecidas por possuírem altos índices de vitamina B6, além de contar com o aminoácido triptofano, responsável pela produção de serotonina e a consequente diminuição do estresse. Chocolate, grão de bico, peixes e laticínios são outros bons exemplos.

O tomate, por sua vez, auxilia na missão graças a um fato curioso: ele e as plantas de tabaco são da mesma família, sendo conhecida também como o grupo de "solanáceas". Por isso, a fruta contém uma pequena quantidade de nicotina, que auxilia na redução do cigarro. Seu consumo é recomendado, principalmente, por meio de sucos - para uma maior absorção de nutrientes -, mas ele também pode ser consumido cru, em saladas e molhos.

Outra dica valiosa, como aponta a profissional, é investir em hábitos que possam substituir o antigo (de ter o cigarro à mão). Cenoura e aipo cortados em palitos são boas opções para os momentos em que o desejo de fumar aparece, tanto pela fixação oral que o cigarro proporciona, quanto pelo hábito de segurá-lo entre os dedos. Pode parecer simples, mas por replicar a mecânica corporal de fumar, o ato deve acalmar os nervos nos momentos mais cruciais. Chicletes sem açúcar também podem servir de "muleta" nestes momentos.

Por último, Júlia Canabarro explica que dois itens devem ser evitados ao máximo quando o abandono progressivo do cigarro estiver sendo feito: álcool e café. Ambas as bebidas estão diretamente ligadas ao costume de fumar e, por isso, podem ser "gatilhos" para os tabagistas que veem dificuldade em as desvencilhar do hábito. "Para sua substituição nos primeiros meses, o consumo de chás e, principalmente, água é muito indicado. Conhecida por ser um desintoxicante natural e acalmar o organismo, contar com uma garrafinha de água para levar durante o dia pode ser uma boa válvula de escape", explica a profissional.

"O tabagismo é uma doença séria e deve ser tratada como tal. Para aqueles que desejam parar de fumar, indico o acompanhamento médico e nutricional, além da prática de exercícios físicos. Esses profissionais da saúde têm o conhecimento para guiar seus pacientes durante a transição e os ajudar a evitar consequências que a falta de nicotina pode trazer, como o ganho de peso e o consumo compulsivo de comida. Não tenha medo: procurar ajuda é a parte mais difícil, mas quando feito, o abandono do cigarro só proporciona benefícios a curto, médio e longo prazo", finaliza.

 

Dietbox

https://dietbox.me  

 

As vacinas causam trombose? Conheça mitos e verdades sobre essa doença

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Especialista em trombose desmistifica as maiores mentiras sobre o assunto e explica como se precaver


Nos últimos meses, a internet foi tomada de informações sobre a relação entre vacinas contra a COVID-19 e o desenvolvimento de trombose – inclusive com recomendações para o uso de anticoagulantes em pessoas que tomaram os imunizantes AstraZeneca e Janssen. A repercussão ganhou força após casos ocorridos na Europa e Estados Unidos em abril desse ano, e a morte de uma gestante no Rio de Janeiro um mês depois.  

Apesar de raros, os episódios associados às vacinas levantaram questões importantes sobre o que é a trombose, como ela se manifesta e como preveni-la.  Com cerca de 300 mil mortes associadas a essa condição todos os anos, a trombose pode ser facilmente identificada e evitada quando se tem em mãos as informações adequadas para distinguir seus mitos e suas verdades. 

As vacinas podem resultar em tromboses 

Verdade - Mas são casos muito raros. Uma trombose acontece quando um coágulo de sangue interrompe a circulação de uma veia ou artéria, comprometendo a irrigação e a função regular daquele órgão ou tecido. “As tromboses desencadeadas pelas vacinas ocorrem por um mecanismo chamado de imunomediado, isto é, decorrente de uma reação imunológica, que envolve as plaquetas, e que é chamada de trombocitopenia trombótica induzida por vacina, ou VITT *(sigla em inglês) – Vaccine-Induced Thrombotic Thrombocitopenia”, explica a Dra. Joyce Annichino, hematologista e professora do departamento de clínica médica da Unicamp. “Há um aumento do risco de trombose, mas isso não deve ser uma contraindicação para a utilização dessas vacinas -  mesmo em pacientes que já tenham tido trombose”. 

Quem já teve uma trombose, tem mais risco de ter novamente 

Verdade – Sim, pois uma nova trombose, que chamamos de retrombose, é uma das complicações que podem ocorrer após um primeiro caso venoso. Dependendo do local onde a primeira trombose ocorreu, o coágulo (ou trombo) pode não se dissolver totalmente e favorecer uma nova interrupção de circulação.  

Mas é preciso dividir bem o que é trombose arterial e trombose venosa. A primeira ocorre em uma artéria e implica em um quadro mais grave. “Quando você obstrui uma artéria, ela estava levando sangue oxigenado. Se há uma obstrução total, o órgão ou tecido que deixou de ser irrigado, pode necrosar de forma muito rápida”, afirma a doutora. “Já a trombose venosa é diferente. Ela vai obstruir o vaso que traz o sangue que está voltando daquele órgão ou daquele membro para o coração. O mais comum é a trombose das pernas, e nesse caso, pode ocorrer uma inflamação local, inchaço e dor”. 

A trombose venosa, apesar de menos grave, apresenta o risco do desprendimento de um pedaço do trombo inicial e esse vir aos pulmões, o que acarretaria em uma embolia pulmonar, que pode ser fatal. Por isso, é sempre importante ter acompanhamento médico. 

Uma trombose pode resultar em um derrame 

Verdade – O derrame nada mais é que uma diminuição da passagem de sangue na região do cérebro - causado, em sua maioria, por uma trombose arterial, mas também pode ser por trombose venosa. No caso da trombose arterial, a artéria é entupida por um trombo e o tecido cerebral que estava sendo irrigado passa por um processo de necrose. “Dependendo do tempo que o paciente demora para conseguir o tratamento, a redução do fluxo sanguíneo na região, potencialmente, prejudicaria a sua recuperação, podendo alterar a fala, ou ocasionar numa paralisia de algum membro ou total”, relata Annichino. 

A trombose não atinge pessoas atléticas e em boas condições físicas 

Mito – É evidente que quanto melhor o estado de saúde física de uma pessoa, menor o risco de ela ter alguma doença. Um atleta geralmente terá um bom perfil lipídico e terá menos chances de apresentar hipertensão, diabetes ou obesidade. No entanto, existem casos de trombose venosa que estão ligados a lesões esportivas. 

Foi o que aconteceu com a jogadora de tênis americana Serena Williams em 2010. Uma série de pequenas lesões foram responsáveis por carregar coágulos de sangue ao seu pulmão - o que, infelizmente, acabou levando-a a um caso sério de embolia pulmonar que a tirou das quadras por quase 12 meses. 

A Dra. Joyce conta que não é raro encontrar pacientes de trombose com esse perfil em seu consultório. “Muitas vezes, eles acham que foi uma trombose espontânea, sem fator de risco nenhum, mas quando a gente investiga com mais cuidado, descobre que ele teve uma lesão ou distensão, seguido de dor e inchaço – que pode ter ocasionado a um trauma no vaso, que levou à trombose venosa”. 

Somente pessoas de idade vão ter trombose 

Mito – A idade é, sim, um fator de risco para trombose, mas não é o único. Pessoas de todas as idades podem desenvolvê-la, apesar de hipóteses que afirmam que, a partir dos 70 anos, em algum momento, todas as pessoas terão esse tipo de experiência. 

Obesidade, diabetes, hipertensão e alto nível de colesterol podem contribuir para casos de trombose arterial em pessoas de qualquer idade. Já outros fatores que fazem parte da nossa vida cotidiana podem levar a tromboses venosas, como viagens aéreas com mais de seis horas, o uso de anticoncepcionais hormonais, gestações, lesões – como comentamos no item anterior -, câncer e a hereditariedade.  

Remédios de controle de natalidade podem contribuir para casos de trombose 

Verdade – Isso vale para anticoncepcionais hormonais que contêm estrogênio. “A paciente vai ter o aumento de alguns fatores de coagulação e a diminuição de anticoagulantes naturais. Tudo isso vai poder favorecer a trombose”, explica a médica.  

“O papel do ginecologista é muito importante porque a trombose venosa é a terceira causa de morbimortalidade no mundo - algo evitável se os médicos souberem fazer um bom histórico de suas pacientes e não as exporem a riscos desnecessários”, completa. 

Mulheres têm mais tromboses do que homens 

Mito – Homens têm mais casos de trombose, ainda que a diferença entre os sexos seja muito pequena. No entanto, o sexo feminino está, ao longo da vida, mais exposto a fatores de risco para trombose venosa, como a gestação e o uso de anticoncepcionais hormonais. 

“Eu recebo no meu consultório uma mulher que vai engravidar e que me conta que a família toda dela tem trombose. Eu posso fazer algumas avaliações e, dependendo do caso, até indicar o uso de um anticoagulante durante a gestação”, afirma Dra. Joyce. “Não é sempre, mas, às vezes, a gente pode atuar de uma forma bem proativa e evitar esse tipo de complicação que é a trombose venosa”. 

A maioria das tromboses ocorrem durante viagens aéreas ou rodoviárias 

Mito – As viagens não são o fator de risco mais importante para trombose. Durante as viagens aéreas com duração superior a 6 horas há maior risco, especialmente para pessoas altas ou baixas demais pela relação com os assentos dos aviões. O uso de medicamentos para dormir (que podem deixar o passageiro relaxado em uma posição inadequada) e a própria pressurização do avião também podem contribuir.   

Para prevenir, a médica indica: “Tome bastante líquido, evite excesso de álcool e, de vez em quando, dê uma caminhada, ou pelo menos movimente a perna mesmo sentado”. E completa informando que o risco não é tão alto quanto dizem. “A viagem aérea é um fator de risco, mas o anticoncepcional hormonal, por exemplo, apresenta um risco maior, assim como uma cirurgia sem profilaxia”. 

Eu posso perceber que estou tendo uma trombose e buscar ajuda 

Verdade – Sintomas como dores em pernas, coxas, braços e abdômen, formigamentos, inchaços, endurecimento e calor no local podem apontar para uma possível trombose venosa. O derrame (AVC), decorrente de uma trombose venosa, pode se manifestar através de dor de cabeça forte, náusea, vômito, ou até sinais de localização, como paralisia de um dos membros. 

O que é o melhor a se fazer para evitar o risco? 

O primeiro e mais importante passo é se manter ativo fisicamente e conservar boas práticas de saúde. Para o caso de lesões em exercícios, é interessante que se preste atenção no local em busca de inchaços ou dores desproporcionais nos dias seguintes. E sempre que passar por um episódio que propicie o desenvolvimento de trombose venosa, conversar sobre o assunto com seu médico responsável. “Cirurgias, casos onde o paciente deverá ficar imobilizado, indicação de anticoncepcional com estrogênio, hospitalizações. Esses são alguns casos que vale levantar um questionamento ao médico quanto a esse risco”, finaliza Dra. Joyce.

Pandemia reduz em 69% cirurgias de hérnias abdominais realizadas pelo SUS no Brasil

O número de cirurgias de hérnias da parede abdominal realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil teve queda de 69% em ano de pandemia.


Entre 2020 e 2021 foram realizados 119,3 mil procedimentos cirúrgicos nesta área, sendo 36,4 mil em caráter de urgência, considerando todos os tipos de hérnias abdominais. Em 2019 o número de cirurgias chegou a 387,3 mil, sendo 45 mil urgências.

De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Hérnia, Christiano Claus, a queda se deve à suspensão de cirurgias eletivas e à sobrecarga do sistema de saúde, provocada pela COVID-19. "Com a escassez de leitos e até medicamentos para sedação causados pela pandemia, as cirurgias sem urgências médicas foram suspensas por governos de diversas cidades e estados, com o objetivo de garantir atendimento aos afetados pelo novo Coronavírus".

Uma cirurgia de hérnia abdominal caracteriza urgência em caso de estrangulamento. Marcelo Furtado, vice-presidente da sociedade, alerta que a doença pode levar à morte caso não seja tratada de forma adequada. "Nesse caso o conteúdo herniário - que geralmente é parte do intestino do paciente - fica estrangulado, comprometendo o fluxo sanguíneo e podendo levar a isquemia e gangrena. O paciente apresenta dor intensa e a cirurgia deve ser realizada o mais breve possível".

O encarceramento é outra complicação das hérnias abdominais. Acontece quando o abaulamento ou ‘bolinha da hérnia’ não desaparece espontaneamente e não pode ser reduzido mesmo após manipulação. Apesar de provocar dor não configura necessariamente uma emergência. Se houver encarceramento associado a obstrução do intestino, a cirurgia de emergência está indicada.

O diretor executivo da SBH, Dr. Gustavo Soares, lembra que em casos de sintomas os pacientes devem procurar um consultório médico. "Com o avanço da vacinação as cirurgias já foram retomadas em grande parte do país e os consultórios médicos e hospitais são locais preocupados e preparados na prevenção da transmissão da COVID-19", lembra.

Entre os sintomas das hérnias estão aumento de volume localizado principalmente quando durante exercícios e melhora dos sintomas com repouso, além de dor e desconforto local.

Dor intensa e aumento de volume mais acentuado no local da hérnia, obstrução do intestino, vômitos e estufamento abdominal são sintomas que indicam a necessidade de buscar um pronto atendimento.

Estima-se que sejam realizadas aproximadamente 600 mil operações para reparos de hérnias abdominais ao ano no Brasil, fora de época de pandemia, levando em consideração o sistema público e privado de saúde.


sbhernia.org.br

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