De acordo com a Sociedade Brasileira de Odontologia e Estética (SBOE), o Brasil é considerado o segundo país que mais realiza procedimento estético odontológico no mundo. Entre 2015 e 2019, a busca por procedimentos em odontologia estética triplicou. Dentre todos os procedimentos disponíveis pelo mercado, o clareamento dental é o mais requisitado.
E, segundo a última pesquisa da Technavio, apoiada na extensa procura pelo procedimento durante a pandemia de covid-19, o mercado global de clareamento dental deve atingir um crescimento de 840 milhões de dólares nos próximos anos. As previsões são de um aumento anual de 4% durante 2020-2024.
Apesar
da alta demanda, o clareamento dental ainda gera uma série de dúvidas. Abaixo,
você confere os principais mitos e verdades sobre o procedimento, segundo a
Dra. Kamila Godoy, cirurgiã-dentista, membro da Associação Brasileira de
Ortodontia, da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética e especialista em
ortodontia e harmonização orofacial pelo Miami Anatomical Research Institute.
Clareamento
dental danifica os dentes
Mito.
O dente pode ficar mais sensível, mas não poroso ou enfraquecido de forma
permanente. Os poros ou canalículos ficam abertos para que o gel clareador libere
as moléculas de pigmento. Porém, o procedimento não corrói o esmalte do dente e
essa sensibilidade tende a diminuir após o tratamento.
As
restaurações mudam de cor
Mito.
O que muda de cor é o dente natural. O material clareador não é capaz de alterar
a cor das restaurações e próteses dentárias. Sendo assim, após o clareamento é
necessário fazer a troca de restaurações e próteses que aparecem durante o
sorriso.
Todo
mundo pode fazer clareamento dental
Mito.
O procedimento não é indicado para mulheres grávidas ou que estejam
amamentando, pacientes com hipersensibilidade ao medicamento, indivíduos com
doença periodontal e presença de muitas restaurações estéticas e/ou retrações
gengivais. O clareamento também é contraindicado para crianças de até 12 anos.
Alguns
alimentos são proibidos durante o tratamento
Verdade.
Hoje, a ciência diz que não é preciso interromper o uso de café, por exemplo.
Mas é importante tomar cuidado com alimentos ácidos ou com corantes intensos.
Refrigerantes à base de cola, beterraba, chocolate e chá preto, se consumidos
frequentemente, podem interferir na durabilidade do tom alcançado no
procedimento. Por isso, mesmo após o tratamento, é indicado sempre tomar
cuidado com o que é ingerido. É recomendado também evitar os cigarros, já que
podem causar manchas nos dentes.
Cremes
dentais funcionam como clareadores
Mito.
Os cremes dentais possuem pouco agente clareador em sua fórmula e por isso não
são capazes de exercer essa função. Porém, as pastas de dentes que são tidas
como “branqueadoras” ou “clareadoras” possuem mais agentes abrasivos do que as
comuns e podem retirar manchas superficiais que tornam o dente mais branco, às
custas também de desgaste do esmalte dentário.
O
clareamento em consultório é mais eficaz do que o feito em casa
Mito.
O gel utilizado no consultório é mais concentrado, por isso, oferece um
resultado mais rápido. Porém, quando o tratamento é feito em casa, o dente fica
mais tempo em contato com o produto e acaba deixando-o mais branco por mais
tempo. “O ideal é mesclar os dois procedimentos, realizando as sessões no
consultório e usando a moldeira em casa. Entretanto, esse tratamento caseiro
pode ser indicado apenas pelo cirurgião-dentista”, aconselha Kamila Godoy.
Bicarbonato
de sódio clareia os dentes
Em
partes. O bicarbonato é uma substância abrasiva e pode retirar manchas da
superfície do dente, o que causa a leve impressão de clareamento. No entanto, o
uso do produto deve ser feito apenas em consultório, quando indicado, pois pode
danificar os dentes.
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