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domingo, 20 de setembro de 2020

Como inserir o macarrão na rotina alimentar?

Dá para substituir o arroz pelo macarrão? Nutricionista lista 10 motivos para incluir as massas na dieta


Pode ser espaguete, penne, fusilli, talharim, conchiglione, farfalle, entre tantos outros formatos. Não importa qual o tipo ou a combinação do molho, uma coisa é certa: a famosa macarronada é um dos pratos mais tradicionais na mesa das famílias.

Mas como inseri-lo dentro de uma alimentação equilibrada? De acordo com Isabela Lorizola, consultora em nutrição da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias, Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI) é fundamental que se abra um leque de possibilidades em relação ao que se coloca no prato. "Dentre a infinidade de alimentos que temos disponíveis no mercado, o arroz e o feijão fazem parte do cotidiano do brasileiro. Nesse sentido, para variar, podemos citar além do arroz, o macarrão como ótima fonte de carboidratos para inserir no dia a dia. Os dois inclusive oferecem uma quantidade deste macronutriente muito semelhante, 27g de carboidrato/100g de macarrão e 30g de carboidrato/100g de arroz polido", explica a nutricionista.

O macarrão é um dos alimentos mais apreciados. Sua crescente popularidade em culturas ao redor do mundo pode ser atribuída não só à sua deliciosa versatilidade, mas também às suas contribuições nutricionais, por ser um carboidrato complexo nutritivo que combinado com vegetais e proteínas é uma das opções de refeição mais práticas e saudáveis.

"Um efeito positivo das massas é a baixa resposta glicêmica pós-ingestão, que é uma consequência da estrutura e do tipo de amido, aumentando a sensação de saciedade e melhorando a sensibilidade à insulina, regulando a microbiota intestinal. Além disso, a massa integral pode contribuir para o consumo diário de fibras alimentares", ressaltou Isabela Lorizola.

A especialista listou 10 motivos para você se entregar às delícias de uma boa massa. Confira!


1. Macarrão é sinônimo de saúde

O macarrão é fonte de carboidratos e deve fazer parte de uma dieta equilibrada. Segundo a recomendação do Guia Alimentar para População Brasileira, do Ministério da Saúde, de 55% a 75% do total de calorias ingeridas diariamente devem ser provenientes do carboidrato, ou seja, de cinco a seis porções diárias.


2. Macarrão não engorda

Um dos maiores mitos sobre o alimento é que ele engorda por ser rico em carboidrato. Considerando que a alimentação diária é dividida em cinco refeições - café da manhã, lanche, almoço, lanche da tarde e jantar - uma porção de macarrão, equivalente a quatro colheres de sopa (105g), pode estar presente no almoço ou no jantar e fornece aproximadamente 180kcal. Os acompanhamentos consumidos com a massa é que podem acrescentar muitas calorias, portanto, é importante ficar atento ao tipo de molho utilizado. Evite os que são à base de queijo e creme de leite, prefira os molhos de tomate.


3. Macarrão é fonte de energia

O carboidrato é a principal fonte de energia para o organismo humano em todas as fases da vida. Para quem pratica atividades físicas, recomenda-se o consumo de macarrão antes e após os treinos para dar força ou repor o gasto calórico.


4. Macarrão favorece a dieta equilibrada

O macarrão é o perfeito aliado de alimentos fundamentais para uma dieta equilibrada, como legumes e verduras. Esfriou o tempo? Coloque o macarrão na sopa de legumes junto com uma proteína magra e aproveite a refeição. Esquentou e não quer comida quente? Uma salada de macarrão com frango desfiado também é muito saborosa. Seja o chef, use a criatividade e crie sua própria receita.


5. Macarrão é sinônimo de praticidade

Não existe refeição mais prática e rápida de fazer do que as feitas à base de macarrão. O tempo de cozimento varia de acordo com o tipo de massa, mas geralmente ficam prontas em até dez minutos quando preparados com água fervente.


6. Macarrão é versátil

O macarrão pode ser servido quente, frio, em sopas, saladas, como prato principal, acompanhamento e até como sobremesa. Massas para rechear são um bom exemplo de refeição completa feita apenas com macarrão. Com um molho simples, à base de tomate, alho e óleo, pode acompanhar uma carne assada, frango ou peixe. Como protagonista da refeição, pode ser feito com receitas elaboradas como uma lasanha, por exemplo.


7. Macarrão é acessível

O macarrão é um alimento econômico, acessível ao "bolso" da grande maioria de famílias do país. É um dos itens que compõem a cesta básica e está presente em 99,9% dos lares brasileiros. Um pacote de 1kg de massa mais 400g molho de tomate possibilita o preparo de uma refeição para uma família de oito pessoas. Computando os valores da massa, do molho e até mesmo da água e do gás, esta refeição individual sairá pelo valor de aproximadamente R1,80.


8. Macarrão tem ótimo rendimento

Um pacote 1kg de macarrão rende 2kg de alimento - já que a massa, quando cozida, praticamente dobra de peso devido à hidratação. Além disso, o produto é fácil de ser encontrado e seus diferentes tipos podem ser comprados em mercados em todo o país.


9. Macarrão agrada a todas as idades

O macarrão é um alimento universal, que agrada desde as crianças até pessoas mais velhas. Basta adaptar o tipo de massa, o formato e o molho aos diversos públicos que a receita certamente vai agradar.


10. Macarrão é fácil de variar

Existem cerca de 600 formatos diferentes de macarrão no mundo todo. Entre os mais conhecidos estão espaguete, parafuso, gravata, lasanha, penne, ninho entre outros. Além da forma em si, as massas também se diferenciam pelos tipos e ingredientes: secas, de grano duro, à base de ovos ou não, integrais, coloridas com adição de vegetais, frescas e instantâneas. Com tantas opções é impossível cair na monotonia alimentar.

 

Diagnóstico precoce é maior aliado da qualidade de vida para pacientes com Duchenne

Campanha nas redes sociais conscientiza a sociedade com sorrisos para a necessidade de rapidez no diagnóstico dessa doença rara

 

- Desde o dia 07, as redes sociais ficaram mais sorridentes. A razão disso é a campanha #sorissoduchenne, que propõe que as pessoas postem seus sorrisos mais sinceros para conscientizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce da distrofia muscular de Duchenne (DMD).

Ligada ao cromossomo X (atinge apenas meninos), a DMD é causada pela ausência de uma proteína essencial para os músculos. Sem essa proteína, o músculo sofre degeneração progressiva. A doença é de origem genética e pode ou não ser herdada [1].

A pediatra Dra. Ana Lúcia Langer, presidente da Associação Paulista de Distrofia Muscular, ressalta a importância dos professores, por exemplo, no diagnóstico precoce da doença. "O professor pode observar quando ele começar a usar tesoura, em vez de fazer um corte, o papel dobra. Quando desenha, normalmente o traço é mais leve", pontua. "Isoladamente, nada vale, mas se for somar evidências, tem alguns indícios."

Segundo a Organização Mundial da Saúde, os primeiros sinais da doença podem não ser evidentes até os dois anos de idade. Em média, a DMD é diagnosticada aos 7 anos [2]. Mas alguns sinais não devem ser ignorados pelos pais e podem indicar a presença da doença, como atraso para caminhar, se involuntariamente o menino corre ou caminha na ponta dos pés, apresenta quedas constantes, se há um aumento de volume nas panturrilhas ou se há dificuldade para correr, pular, subir escadas em comparação com outras crianças da mesma idade [3].

De acordo com a médica, quanto mais cedo o acompanhamento multidisciplinar for iniciado maiores serão as chances de preservar as funções musculares por mais tempo. "Com o diagnóstico e exames apropriados, o paciente pode ter conhecimento da sua condição clínica e com suporte multidisciplinar, conseguir favorecer sua qualidade de vida", diz.


Campanha

Partindo dessa feliz coincidência de nomenclatura distrofia muscular de Duchenne e Sorriso Duchenne, a proposta da campanha é fazer com que as pessoas tomem as redes sociais com sorrisos usando a hashtag #sorrisoduchenne. Todos em prol da conscientização desta importante e rara doença.

Para ajudar na disseminação dessa ideia, algumas pessoas que sempre estiveram envolvidas na causa das doenças raras estão participando, como o ator Felipe Simas e outros influenciadores digitais que decidiram abraçar a campanha.

Mas todos podem participar. Qualquer pessoa que tenha uma conta em qualquer rede social pode postar seu sorriso com a hashtag #sorrisoduchenne promovendo dessa forma o conhecimento sobre a doença e a necessidade de os pacientes terem seus diagnósticos com rapidez.

 


Referências

[1] Disponível em
http://genoma.ib.usp.br/pt-br/servicos/consultas-e-testes-geneticos/doencas- atendidas/distrofias-musculares-tipo-duchenne-dmd-e-tipo-becker-dmb
[2] Araújo, Alexandra Prufer de Queiroz Campos, Deco, Mariana Castro de, Klôh, Beatriz de Sá, Costa, Mariana Rangel da, Góis, Fernanda Veiga de, & Guimarães, Ana Flavia Chaves Mendonça. (2004). Diagnosis delay of Duchenne Muscular Dystrophy. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 4(2), 179-183.
http://doi.org/10.1590/S1519-38292004000200008
[3] Birnkrant D, Bushby K, Bann CM, Apkon SD,
Blackwell A, Brumbaugh D, et al.; DMD Care Considerations Working Group. Diagnosis and management of
Duchenne muscular dystrophy, part 1: diagnosis, and neuromuscular, rehabilitation, endocrine, and gastrointestinal
and nutritional management. Lancet Neurol. 2018 Mar;17(3):251-67. Erratum in: Lancet Neurol. 2018 Apr 4.

 

Por que as crianças sofrem mais com infecções no nariz, ouvidos e garganta?

 Diagnóstico e tratamento precoces são essenciais para impedir a recorrência dos problemas

 

Se tem algo que causa temor e angústia nos pais é ver o filho doente. Independente da gravidade do caso, o sofrimento dos pequenos costuma gerar uma sensação de impotência. Nesse sentido, infecções recorrentes no nariz, nos ouvidos e na garganta são uma das principais causas a tirar o sono dos pais, principalmente nos primeiros anos das crianças.

Afinal, por que o processo infeccioso nessas regiões do corpo é mais comum em crianças do que em adultos? De acordo com as otorrinolaringologistas Cristiane Mayra Adami e Leila dos Reis Ortiz Tamiso, do Hospital Paulista, parte da explicação está na imunidade mais baixa dos pequenos, que só será formada definitivamente na pré-adolescência.

“Os tecidos de proteção local da criança na garganta e no nariz são as amígdalas e a adenoide. De forma natural, a criança tem a higiene um pouco mais defasada do que a do adulto, pois leva tudo à boca, inclusive as mãos. Dessa forma, sua imunidade tem que trabalhar muito mais. E onde produz essa imunidade local? Nas amígdalas e na adenoide, que aumentam de tamanho para produzirem mais células de defesa. É aí que ocorre a hipertrofia da adenoide e da amígdala, que tem como consequências as infecções de garganta, nariz e ouvido”, explica Leila.

Cristiane ressalta outros dois fatores que contribuem para uma maior incidência destas infecções nos pequenos. “A criança que está escola tem contato com todo mundo. Assim, a escola é o principal fator de disseminação das infecções nas crianças”, explica a otorrinolaringologista. De acordo com ela, entretanto, os pais não devem esperar o passar dos anos para buscar tratamento médico.

“Essas infecções de repetição podem prejudicar a criança. Vamos deixar essa criança sofrendo e tomando antibióticos uma vez por mês, destruindo, portanto, a imunidade do seu intestino? Temos exemplos de crianças que tomam antibiótico todos os meses. Terminam um, passam alguns dias bem e ficam doentes de novo. Para caracterizar essa repetição, falamos no mínimo de 3 a 4 vezes com infecções em um ano. No entanto, tudo depende da intensidade da doença. Se a criança sente muito os efeitos das infecções, não consegue fazer nada, não consegue ir à escola, já é indicação de tratamento cirúrgico. O melhor é prevenir”, complementa Cristiane.

Alguns outros sintomas ajudam os pais a identificarem se a criança está sofrendo com as infecções recorrentes. Dificuldades auditivas, ronco, sono muito agitado e dificuldade de alimentação são alguns deles.

“Às vezes, os pais entendem que as infecções são normais, pois eles também tiveram durante suas infâncias. O tempo vai passando, eles deixam de tratar e perdemos o momento correto para realizar o diagnóstico e o tratamento. Isso tem extrema importância. Para que a criança tenha um bom desenvolvimento físico e psicológico, é preciso que todos os seus sistemas – de imunidade e de crescimento, por exemplo – estejam em evolução. O hormônio de crescimento é produzido durante a madrugada. Se a criança não dorme direito, provavelmente não terá um desenvolvimento adequado. A recomendação, portanto, é sempre procurar um otorrino para verificar essas questões”, complementa Leila.

Ao diagnosticar problemas na adenoide ou nas amígdalas, frutos de infecções recorrentes, Cristiane explica que o tratamento inicial irá priorizar soluções clínicas, com o uso de medicamentos e vacinas.

“Se o tratamento clínico não é suficiente ou eficaz, indicamos tratamento cirúrgico. Alguns casos, no entanto, requerem cirurgia de imediato. Na apneia do sono, por exemplo, a indicação primordial é cirúrgica, pois a criança pode sofrer paradas respiratórias enquanto dorme. Sempre buscamos o tratamento clínico, mas a cirurgia pode ser necessária em alguns cenários”, avalia.

Na maioria dos casos, as cirurgias de amígdalas e adenoide são feitas em conjunto. Os pais, no entanto, devem se preparar para o pós-operatório do procedimento, já que a criança precisa permanecer em repouso e pode reclamar de algumas dores. O ideal é que essas cirurgias sejam realizadas ainda na infância, desde que haja indicação médica.

“O adulto passou mais tempo com esse problema e naturalmente sentirá muito mais dor após o procedimento cirúrgico”, conclui Cristiane.

As otorrinolaringologistas do Hospital Paulista participaram de uma Live no dia 2 de setembro, promovida pela revista Pais&Filhos, para esclarecer aos pais as principais dúvidas envolvendo a especialidade de otorrinolaringologia. Para assistir ao conteúdo completo, acesse as redes sociais do Hospital (YouTube, Instagram e Facebook): @hospitalpaulista.





Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Você acredita nisso?



Todos temos sonhos. Os mais diversos sonhos. Sonhos próximos, sonhos distantes, sonhos possíveis ou quase impossíveis. Quanto maior o nosso sonho, maior a tentação de acreditar em fadas madrinhas e varinhas de condão.

Quase todas (senão todas) as mulheres sonham em ser bonitas. Querem ser bonitas, pois um atributo que caminha junto com a condição feminina é o da beleza.

No reino animal, em geral, os machos são mais belos, para seduzirem a fêmea, enquanto elas são mais discretas de forma que não chamem a atenção dos predadores. O leão, com sua bela juba; os pássaros com sua riqueza de plumagem, o cavalo, o touro, o pavão, o carneiro, todos esses mais bonitos e elegantes do que a fêmea. Mas entre os seres humanos, a beleza da mulher é cantada em versos e prosas, é esperada, é, muitas vezes, exigida. Mitos são criados em torno da formosura feminina, tragédias são narradas tendo como foco o encanto e perfeição de formas da diva.

Assim, não é de se estranhar que as mulheres gastem tanto tempo e dinheiro se embelezando e que sonhem com uma carreira de modelo ou atriz. Ainda que não sonhem com isso, qual mulher não ficaria extremamente lisonjeada em ser convidada para posar para revistas ou propagandas?

É exatamente isso o que está acontecendo hoje em dia com tantas mulheres de todas as idades. Ana recebeu uma mensagem em seu Instagram de uma agência de modelos. A produtora lhe disse que ela era muito bonita e perguntou se ela já tinha trabalhado de modelo alguma vez na vida. Ora, Ana já estava beirando os sessenta anos, mas estava muito bem e sabia que já existia um mercado para mulheres de sua idade. Sentiu-se exuberante e não pensou duas vezes em passar seu telefone para que pudessem marcar uma visita na agência em breve.

Quando chegou o dia marcado, Ana arrumou seus cabelos, fez as unhas, vestiu roupas compradas no dia anterior e dirigiu-se confiante ao estabelecimento. Recebeu diversos elogios e disseram-lhe que já havia um trabalho para ela nos próximos dias. A mulher ficou encantada. Poderia isso estar realmente acontecendo? Poderia se tornar modelo com a idade que estava para essa profissão? Tão extasiada estava que mal ouviu quando lhe disseram que teria que assinar um contrato com a agência e pagar a modesta quantia de mil e quinhentos reais. Ana se surpreendeu. Não sabia que teria que pagar alguma coisa. Pensou que, pelo contrário, receberia pelo seu trabalho. Sim, respondeu a produtora. Ela seria paga pelos trabalhos, mas antes teria que assinar esse contrato. O valor seria gasto com um portfólio feito especialmente para ela, um Book que poderia depois usar onde e como quisesse. A produtora não queria pressioná-la, mas se Ana não assinasse o contrato logo, perderia a chance desse trabalho que seria em apenas alguns dias. E logo apareceriam vários outros e ela receberia seu dinheiro de volta em apenas algumas sessões de fotos. Ana assinou o contrato e pagou. Voltou para sua casa se sentindo uma jovem adolescente.

Os dias se passaram e a futura modelo não recebeu mais notícias da agência. Ligou diversas vezes, foi até aquele endereço, recebeu mais inúmeras promessas, inúmeros elogios e inúmeras desculpas. Ana nunca mais viu suas economias e nunca tirou uma foto.

Sim, por incrível que pareça, esse é o mais novo golpe para roubarem o seu dinheiro.

Há tantos golpes hoje em dia e ninguém pode dizer que dessa água não beberá.

Em hospitais, pessoas cruéis aproveitam a fragilidade e a vulnerabilidade dos enfermos e seus acompanhantes para pedirem dinheiro para os remédios, alegando que dessa forma, eles conseguirão tudo pela metade do preço.

Em sites de relacionamento, homens fazem declarações de amor e pedidos de casamento tão convincentes que a noiva nem hesita em pagar uma fortuna para receber os bens do amado em sua casa. Bens que nunca chegarão, assim como o noivo.

Sem falar nos inúmeros golpes de celular, pedidos de resgate para sequestros inexistentes e outros, antigos e recentes.

Se não fosse o risco de perder a vida, seria muito melhor ser assaltado nas ruas. Levariam seu dinheiro, celular, cartão de crédito, tudo que pode ser reposto ainda que com sacrifício. Mas quem irá nos devolver os sonhos, a paixão, a inocência? Quantas pessoas não ajudam mais ninguém por medo de estarem sendo enganadas? Quantas pessoas vivem com mais medo do que deveriam porque tudo pode ser uma grande mentira?

Mas assim é a vida. Mesmos os mais espertos correm o risco de serem enganados por outros ainda mais espertos do que eles. Podemos escolher viver no medo, sempre desconfiados, negando amor, ajuda, deixando nossos sonhos morrerem com a nossa humanidade; ou podemos continuar sonhando, acreditando, aprendendo com nossas perdas, caindo e levantando.

Ana perdeu seu dinheiro, sentiu-se estúpida. Tal qual Ícaro, voou muito perto do sol e suas asas derreteram. Que importa?

Algumas vezes seremos enganados, mas algumas vezes veremos nossos sonhos se realizarem, milagres acontecerem, a sorte nos sorrires. Ninguém sabe. 

 



Lucia Moyses - psicóloga, neuropsicóloga e escritora

www.luciamoyses.com.br

 

Curso sobre transformação pessoal terá 100% do lucro doado

 A metodologia Alquimia Pessoal, desenvolvida por Ju Ferreira, é focada na mudança interior e a realização de sonhos. Com contribuições a partir de R$ 99, todo o lucro será repassado ao Movimento Mulheres no Combate.  

 

Fazer o bem sem olhar a quem. Em tempos tão difíceis como os que vivemos atualmente, a esperança vem da atitude de quem confia que a solidariedade é o caminho para amenizar o sofrimento.

É com esse espírito que a Alquimia Pessoal se uniu ao Movimento Mulheres no Combate - iniciativa que atua em comunidades paulistanas - para ajudar milhares de famílias.

Todo o lucro do curso Alquimia Pessoal será destinado para o Mulheres em Combate, que já arrecadou mais de R$ 50 mil revertidos em alimentos, produtos de higiene e limpeza.

"São pessoas sérias e comprometidas com o alívio da crise em comunidades de São Paulo. Vamos ajudar a garantir dignidade para muitas pessoas que passam sérias dificuldades", explica Ju Ferreira, criadora do método Alquimia Pessoal.  

Realizado totalmente on-line, o conteúdo é focado no desenvolvimento pessoal, mudança interior e em promover tanto uma transformação de vida como a realização de sonhos. Mais de 1,5 mil pessoas já foram impactadas pelo Alquimia Pessoal, que busca também a conquista de mais saúde, felicidade e sucesso.

Com cerca de 10 horas de duração, o conteúdo utiliza bases científicas sólidas e traz entretenimento e diversão ao trabalhar cada conceito a partir de clássicos do cinema. O curso completo é composto por 10 módulos: 

1. Energia: Os pilares da saúde. Técnicas para ter mais bem-estar;

2. Mentalidade: Fortalecer seu mindset positivo. O poder da meditação;

3. Autoconhecimento: Saber exatamente quem somos e onde queremos chegar;

4. Felicidade: Foco na ciência para trazer mais felicidade para o dia a dia;

5. Planejamento: Quais os recursos necessários e quais as ações prioritárias;

6. Coragem: Destravar medos e ansiedades que nos bloqueiam;

7. Ação: Levantar da cadeira e fazer o que tem que ser feito;

8. Inteligência: Inteligência emocional e relacional para lidar com os desafios;

9. Excelência: Fazer mais e melhor para ter mais para ter mais resultados;

10. Amor: Aumentar nosso amor próprio e nossa conexão.

"Sempre fui apaixonada por educação, é uma das formas mais poderosas de promover mudanças. Estamos passando por um momento de mudança acelerada e que nos tirou da zona de conforto. Mais que nunca, é hora de buscar formar competências para superar as nossas dificuldades", conta Ju Ferreira. 

São diversas as maneiras de colaborar. Quanto maior a doação, mais pessoas serão beneficiadas: o custo para ajudar 1 família (valor mínimo) é de R$ 99. O curso Alquimia Pessoal pode ser adquirido pelo site https://alquimiapessoal.net.br/


Sobre a Alquimia Pessoal

Criado por Ju Ferreira, o curso Alquimia Pessoal já ajudou milhares de pessoas a ter uma vida com mais saúde, felicidade e sucesso. O método ajuda a transformar a vida das pessoas, criando um passo a passo para atingimento do sucesso no objetivo, seja ele pessoal ou profissional. A partir da parceria com Movimento Mulheres no Combate todo o lucro do curso será revertido para ajudar famílias paulistas a amenizar as dificuldades econômicas trazidas pela pandemia. Mais informações no site https://alquimiapessoal.net.br/ e www.juferreira.com.br


Projeto oferece atendimento gratuito de psicólogos e psicoterapeutas para educadores na pandemia

Se evitar a evasão escolar já era uma preocupação dos professores, em tempos de pandemia ela se tornou ainda mais presente. Dar suporte aos professores neste momento tão desafiador é a proposta do projeto "Apoio Emocional", realizado pela Quero na Escola, com apoio da Fundação SM.

Educadores que queiram uma escuta profissional ou ajuda para lidar com as angústias de seus estudantes podem se cadastrar para receber atendimento voluntário, gratuito e online. Psicólogos e psicoteraupeutas estão sendo convidados a participar desta ação que reconhece o esforço das professoras e professores e valoriza a saúde emocional como necessidade para a educação no contexto da pandemia.

A diretora da Fundação SM, Pilar Lacerda, ex-secretária Nacional de Educação Básica, enfatiza que a pandemia provocou uma grande ruptura em toda lógica de funcionamento do sistema escolar. "Crianças, adolescentes, jovens, suas famílias, mas principalmente os educadores, sofreram uma imensa transformação em suas rotinas, hábitos e maneiras de trabalhar. Muitos educadores têm reclamado de angústia, cansaço, solidão. Toda a comunidade escolar anda precisando de apoio e escuta"

Pelo site do Apoio Emocional ( queronaescola.com. br / apoioemocional ) educadores se inscrevem para pedir uma escuta para si, uma roda online com os alunos, uma aula sobre como abordar o tema ou o que acharem que precisam. Desde o lançamento do projeto, no último mês, já foram atendidos 350 professores e 138 estudantes diretamente.

Diferentes pesquisas apontam a fragilização da Saúde Emocional na Educação durante a pandemia. A pesquisa "Juventude e a Pandemia do Coronavírus", do Conselho Nacional de Juventude, apontou que a saúde emocional piorou para 70% dos mais de 30 mil estudantes consultados. Já a pesquisa "Educação escolar em tempos de pandemia na visão de professoras/es da Educação Básica", da Fundação Carlos Chagas, mostra que o trabalho aumentou para 65% dos educadores e metade está com mais ansiedade e dificuldade emocional do que antes da pandemia.


Sobre a Fundação SM

Criada em 1977, com o intuito de devolver à sociedade os benefícios gerados pela SM Educação, a Fundação SM tem a missão de contribuir para o desenvolvimento integral dos indivíduos por meio da Educação. Nesse sentido, trabalha para fortalecer a educação pública, de forma colaborativa com os governos municipais, estaduais e federal, organismos internacionais, organizações da sociedade civil, institutos e fundações.


Sobre o Quero na Escola

Projeto que usa a tecnologia para ouvir as demandas dos estudantes por aprendizados, além do currículo obrigatório. O Quero na Escola é uma associação sem fins lucrativos que conecta voluntários para atender às solicitações dentro das próprias escolas públicas.


A importância do autocuidado materno para a resiliência emocional dos filhos

Quem nunca ouviu o ditado que diz que quando nasce um filho, nasce a culpa? As pesquisas mostram que a culpa atinge as mães quase que de forma universal. A culpa pode ser definida como uma emoção desconfortável que surge quando percebemos que nosso comportamento causou prejuízo a outra pessoa. A capacidade de se colocar no lugar do outro e sentir empatia é um pré-requisito para a culpa. Por isso, nos relacionamentos mais próximos a culpa está mais presente já que estamos mais atentos ao bem-estar do outro. Embora a culpa seja desconfortável, ela cumpre uma função importante para o funcionamento humano. Quando prejudicamos alguém e sentimos culpa, esse desconforto nos motiva a reparar o dano e nos leva a escolher melhores comportamentos da próxima vez, mais alinhados com as nossas expectativas e valores.

O problema da culpa materna é a forma como ela é prevalente e crônica. Sabemos que a culpa acontece para motivar uma maior coerência entre nossas ações, expectativas e valores. Mas no caso da culpa materna, as expectativas são inatingíveis e os valores incoerentes, logo é impossível se adequar. O paradigma vigente da maternidade diz que a boa mãe é aquela que se doa completamente em termos físicos, emocionais, psicológicos e intelectuais. A expectativa da mãe perfeita, o julgamento social a respeito da maternidade alheia, o excesso de informações, conselhos e boas práticas aprisionam as mulheres a padrões impossíveis que inevitavelmente geram culpa, frustração, exaustão e raiva. Pesquisas mostram que, cada vez mais, nos sentimos piores enquanto mães. Temos sentido mais medo, estamos mais confusas, e nos sentimos inferiores. Essa sensação de ineficácia afeta nosso bem-estar físico, nossa saúde mental, e a nossa capacidade de sermos boas o suficiente no nosso papel de mãe. 

Uma pesquisa feita na Holanda com 900 pares de mães, pais e filhos, mediu vários comportamentos parentais importantes como a qualidade da escuta, compaixão pelos filhos, a consciência dos pais sobre as emoções dos filhos e como os pais julgavam a própria atuação nos seus papéis de pais. Destes aspectos, a aceitação dos pais e as mães sobre a própria atuação enquanto pais foi o fator mais fortemente associado a menores níveis de depressão e ansiedade nos filhos. Quer dizer, aceitar nossas imperfeições com naturalidade e abrir mão das expectativas irrealistas, é importante para a resiliência emocional dos nossos filhos. Na minha pesquisa, feita nos Estados Unidos com 246 pares de mães e filhos, descobri que mães autocompassivas tem filhos mais autocompassivos, e se sentem mais competentes no seu papel de mãe. A autocompaixão envolve a capacidade de fornecer suporte emocional a si mesmo, enfrentando desafios e adversidades com maior perspectiva e com a compreensão de que as dificuldades são comuns a todas as pessoas. As mães autocompassivas são mais propensas a se perdoarem quando cometem erros, em vez de vê-los como uma indicação de incompetência ou inferioridade. Isso ajuda com que elas sigam em frente, tenham menos medo de errar, e tenham maior facilidade para persistir e tentar novos caminhos. A autocompaixão significa olharmos para as dificuldades com realismo e não com lentes de aumento. É sobre adotar uma postura gentil com relação a si mesma, dando pra si o que você precisa em um momento difícil, seja um banho demorado, seja pedir ajuda para alguém porque você precisa relaxar. 

O que acontece quando nos cuidamos é que além de nos tornarmos mais emocionalmente saudáveis, nos tornamos menos reativas, conseguimos nos conectar com a criança de uma forma mais profunda. Ao abrir mão da expectativa de nos tornarmos mães perfeitas, conseguimos aceitar que nossos filhos também têm defeitos. A criança que se sente aceita por quem ela é, que não acha que precisa mudar para receber amor, desenvolve um autoconceito mais positivo e maior autocompaixão. O vínculo com os pais é um dos principais fatores que suportam a resiliência emocional da criança, que é a capacidade da criança de enfrentar desafios de forma construtiva. A resiliência emocional também é facilitada pela forma como a criança interpreta e lida com os problemas. As pesquisas mostram que as crianças que têm maior dificuldade para lidar com os próprios erros, e que enxergam as limitações pessoais como sinal de que há algo errado com elas, tendem a deprimir e desenvolver outros problemas emocionais com maior frequência. 

A autocompaixão é um dos grandes facilitadores da resiliência emocional em situações de estresse na adolescência. Adolescentes mais autocompassivos deprimem menos, têm menos ansiedade e melhor desempenho acadêmico. As pesquisas mostram que a autocompaixão pode ser aprendida, tanto por adultos quanto por crianças. A maior lição da minha pesquisa é que quando as mães se cuidam e são mais gentis consigo, os filhos também se beneficiam. Eles aprendem a serem autocompassivos e têm um vínculo mais forte com essas mães. Logo, exercitando a autocompaixão e cuidando de si você beneficia também as pessoas que você mais ama. 

 



Adriana Drulla - Mestre em Psicologia Positiva, pela Universidade da Pennsylvania, é especialista em Compaixão e Autocompaixão. 

https://www.instagram.com/adrianadrulla/?hl=pt-br


Combatendo o preconceito: confira alguns mitos e verdades sobre saúde mental

Todo remédio "derruba" o paciente? O psicólogo vai contar tudo que o adolescente fala para os pais? Esses e outros questionamentos, bastante comuns, respondidos por uma psiquiatra e uma psicóloga


De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a cada ano, cerca de 800 mil pessoas tiram a própria vida em todo o mundo. Segundo a psiquiatra credenciada da Paraná Clínicas, Dra. Roberta Petrauskas (CRM-PR 24.786, RQE 2.810), estudos recentes sugerem que apresentar sintomas com necessidade de atenção em saúde mental é apenas uma questão de tempo. Os levantamentos refletem o impacto social e evidenciam ainda mais a grandiosidade do problema: estamos lidando com uma questão de saúde pública. O quadro atual é ainda mais preocupante devido ao isolamento social e às crises de relacionamento que surgiram com a pandemia do novo coronavírus – seja entre casais, familiares, profissionais ou amigos.

O Setembro Amarelo coloca em discussão a prevenção ao suicídio, mas também traz o lembrete de que ainda existem muitas barreiras que impedem a busca por ajuda e que acabam aumentando o sofrimento das pessoas, tornando os quadros ainda mais arrastados. Tudo isso porque muitas pessoas continuam carregando medo dos rótulos que acompanham o tratamento. “Os psiquiatras não são ‘médicos de loucos’. Na verdade, é um grande mito com raízes no histórico da especialidade, que nasceu dentro dos antigos manicômios, quando as medicações ainda não existiam e pouco se podia fazer pelos portadores de transtornos mentais graves”, esclarece Dra. Roberta.

Para tentar combater um pouco desse preconceito, Dra. Roberta e a psicóloga credenciada da Paraná Clínicas, Ana Paula Zanardi, construíram uma lista com mitos e verdades sobre saúde mental:

 

Fazer terapia significa que sou fraco?

Psicóloga: Não. Medos, resistências por julgamento ou crítica, a crença da fraqueza por buscar ajuda e vergonha, estão entre as principais barreiras para o tratamento. Muitos pacientes evitam a psicoterapia porque “o que as pessoas vão pensar se souberem que vou ao psicólogo?”. Mas depois que começam, comentam: se eu soubesse que seria assim, já teria começado antes, pois é libertador.

 

Só psicoterapia não resolve?

Psicóloga: Em alguns casos, dependendo do sofrimento e do impacto que está trazendo ao paciente, se faz necessária uma avaliação com o psiquiatra para um suporte medicamentoso. O trabalho multidisciplinar é sempre bem-vindo e cada caso tem a sua particularidade.

 

Todo tratamento psiquiátrico é baseado em remédio?

Psiquiatra: Não, o tratamento também envolve medidas não farmacológicas e psicoterapia, que são as ferramentas mais utilizadas na prática clínica. Existem também tratamentos neuromoduladores, como a Eletroconvulsoterapia (ECT) e a Estimulação Magnética Repetitiva Transcraniana (EMRT), que são menos utilizados.

 

Com que frequência preciso ir ao psiquiatra?

Psiquiatra: Depende da avaliação individualizada do caso e também da fase do tratamento em que o paciente se encontra. No início do tratamento ou nas fases de agudização do quadro, por exemplo, as consultas podem chegar a ser semanais. Na fase de estabilidade, as consultas podem ser ainda mais espaçadas do que as mensais. O seu médico é quem poderá dizer qual será o melhor intervalo para a próxima reavaliação. Importante ressaltar que ele deve ser comunicado quando acontecer alguma desestabilização do quadro.

 

Se eu começar a tomar remédio, vou ter que tomar para sempre?

Psiquiatra: Depende da avaliação individualizada do seu caso. Alguns dos principais fatores que influenciam na duração do tratamento são: uma boa evolução, a duração dos sintomas antes do início do tratamento e o risco de recorrência das crises.

 

Todo remédio antidepressivo ou ansiolítico “derruba” o paciente?

Psiquiatra: Não. As medicações que usamos em psiquiatria chamam-se psicotrópicos, não são todas iguais e têm propriedades diferentes. A lentificação e a sonolência, que produzem esse efeito de “derrubar” o paciente, são geralmente mais utilizadas em quem está muito agitado ou para quem tem como um de seus sintomas a insônia. Quando esses efeitos estão excessivos, é preciso comunicar o médico o quanto antes para uma adequação de dose ou troca da medicação.

 

O remédio só mascara o problema e não oferece solução?

Psiquiatra: Em geral, os problemas psiquiátricos têm base genética, onde as medicações não têm poder de atuar. Dizemos, então, que os medicamentos conseguem resolver os sintomas, às vezes por completo. Mas, devido ao fato de não terem o poder de mudar as tendências de desenvolvimento do problema novamente, nem sempre podemos dizer que o paciente foi curado.

 

O corpo acostuma com o remédio e é preciso usar medicamentos cada vez mais fortes?

Psiquiatra: Esse é o fenômeno da tolerância, que corresponde a um dos critérios da dependência química. Ele não ocorre com todas as medicações e nem com todos os indivíduos que fazem uso dos psicotrópicos, pois poucos medicamentos realmente causam dependência – os que causam, em geral, são identificados como “tarja preta”. Procuramos utilizá-los de maneira pontual, pelo menor tempo possível e apenas quando são indispensáveis. Às vezes, é preciso o uso contínuo, então tentamos contornar o risco da dependência de outras formas para não causar danos ao paciente.

 

A psicoterapia dura para sempre?

Psicóloga: Não. Cada paciente e cada processo psicoterapêutico tem a sua duração.

 

A psicoterapia aumenta o sentimento de culpa?

Psicóloga: Não. A psicoterapia tem o objetivo da regulação emocional, alívio de sintomas, reestruturação de crenças e mudanças de comportamento.

 

Fazer terapia por obrigação ajuda?

Psicóloga: Não ajuda e ainda pode atrapalhar. O paciente precisa dar abertura ao processo psicoterapêutico.

 

A psicóloga pode convidar outras pessoas para minha sessão?

Psicóloga: Sim. Às vezes, um atendimento familiar traz alívio de sintomas e uma melhor relação familiar para o paciente.

 

No caso de crianças e adolescentes, a psicóloga vai contar todos os segredos para os pais?

Psicóloga: Jamais. Um processo psicoterapêutico é sigiloso e ético. Só é aberto aos pais quando é algo que oferece riscos a criança, como abuso, ideação suicida. Mas a criança será comunicada disso.

 

Por que alguns pacientes precisam ser internados?

Psiquiatra: Porque existem urgências em psiquiatria, nas quais pode haver risco de vida para o próprio paciente e até mesmo para terceiros. Assim como em outras especialidades médicas as internações podem ser indicadas, entre outros motivos, quando há risco de vida e se faz necessário monitoramento constante do paciente. O risco de suicídio, a agressividade, a confusão mental, a perda grave do pragmatismo são algumas das indicações de internamento em psiquiatria, sendo que o objetivo é não só a resolução de sintomas agudos, como também a proteção do indivíduo enquanto as medicações administradas ainda não conseguiram atingir efeito suficiente para diminuir o risco de desfechos graves ou fatais.

 



Paraná Clínicas

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Setembro amarelo: pandemia reforça novos cuidados com a saúde mental

COVID-19 reforçou a necessidade de cuidados hospitalares que vão além do tratamento do corpo 

Crédito: Divulgação Hospital Marcelino Champagnat

No mês de prevenção ao suicídio, equipes multidisciplinares atuam no ambiente hospitalar ou no acompanhamento de quem teme a doença


Atualmente, segundo dados da Organização Mundial da Saúde, mais de 18 milhões de brasileiros sofrem com transtornos de ansiedade, o que deixa o país como o mais ansioso do mundo. O Brasil também é o quinto país com maior número de casos de depressão, um total de 12 milhões de pessoas. 

O surgimento do novo Coronavírus intensifica esse cenário, já que os níveis de estresse e preocupação aumentaram consideravelmente desde o início da pandemia. Agora, no mês de prevenção ao suicídio, especialistas estendem a preocupação para os pacientes que estão com COVID-19 e os profissionais que estão na linha de frente. 

Com períodos de internamento mais longos e uma realidade de visitas restritas, a COVID-19 reforçou a necessidade de cuidados hospitalares que vão além do tratamento do corpo. A saúde mental é olhada com atenção pela psicologia para garantir maior conforto emocional e melhorar a interação entre pacientes, equipes assistenciais e familiares.

Além do trabalho desenvolvido rotineiramente, que engloba a avaliação do estado emocional e da qualidade do sono do paciente, no Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba (PR), os psicólogos que integram a equipe multidisciplinar de atendimento desenvolveram mudanças significativas na comunicação durante a pandemia. Com a necessária restrição de acompanhantes e visitas, os psicólogos passaram a planejar reuniões virtuais entre pacientes, amigos e familiares.“Em uma visita virtual chegamos a reunir mais de 10 familiares e amigos ao mesmo tempo, fazendo com que o paciente sinta-se amado e mais confortável. A tecnologia permite que mesmo aquele parente que tem uma rotina intensa de trabalho consiga estar presente de alguma forma e prestar seu apoio”, revela a psicóloga e coordenadora do serviço de psicologia do hospital, Raquel Pusch.

Psicólogos passaram a planejar  reuniões virtuais entre pacientes, amigos e familiares
Divulgação Hospital Marcelino Champagnat

Se anteriormente o contato do paciente ficava restrito ao número de acompanhantes ou visitantes permitido e horários pré-determinados, o uso da tecnologia proporcionou a reunião de grandes grupos em um momento delicado. A psicóloga revela ainda que, antes do contato com o paciente, há um momento de preparo para que o encontro virtual seja o mais adequado e reconfortante possível. “É como uma breve terapia em grupo para trabalhar também os anseios da família e tornar o momento ainda mais acolhedor”, completa.

E, após a pandemia, a comunicação entre pacientes e familiares voltará a ser a mesma? A psicóloga acredita que não: “Creio que essa necessidade de adaptação é um dos maiores legados da pandemia. Visitas pessoais e visitas virtuais não irão se contrapor e, sim, se completar para proporcionar bem-estar emocional tanto para pacientes como para seus entes queridos”.

Nesse período, o trabalho dos psicólogos não se restringe aos pacientes. Regularmente são realizadas dinâmicas entre os profissionais de saúde para orientá-los a lidar com as emoções e desafios impostos na rotina atual.

A busca de apoio psicológico profissional não era hábito comum entre boa parte da população, mas com a pandemia uma herança positiva certamente será a sensibilização das pessoas quanto à importância da saúde mental. Além das avaliações psicológicas no diagnóstico integral de consultas de check up de rotina, também é essencial ficar atento aos sinais de estresse, ansiedade, depressão e outros sintomas de desequilíbrio emocional, fundamentais para as ações de prevenção e melhora da qualidade de vida. 

 

Hospital Marcelino Champagnat

 

Em prol do "Setembro Amarelo", OnDoctor promove live sobre saúde mental e ansiedade

 

Divulgação


Evento online acontece no dia 22/09 e contará com a participação da psicóloga Monise Benin, que atende pelo aplicativo

 

Na terça-feira da próxima semana (22), a partir das 20h, a OnDoctor realizará uma live para abordar o tema "Saúde Mental e Ansiedade" em apoio a campanha nacional do "Setembro Amarelo. O bate-papo virtual será entre o COO da healthtech, Dr. Pedro Pássaro e a psicóloga, Monise Benn, que faz parte do time dos mais de 60 profissionais que atendem pacientes de todas as localidades do país em tempo real pelo aplicativo.

A transmissão será feita pela página oficial da OnDoctor no Instagram (@ondoctorbrasil), e faz parte de uma série de ações promovidas pela empresa no mês de prevenção ao suicídio.

Além da live, a OnDoctor vem compartilhando em suas redes sociais diversos conteúdos para conscientização sobre a manutenção da saúde mental e seus benefícios para uma maior qualidade de vida.

É importante ressaltar que a healthtech trabalha atualmente com oito especialidades, entre elas psicólogos e psiquiatras que realizam consultas por meio da telemedicina com valores a partir de R$ 75,00.

"O objetivo da campanha e da realização da live é conscientizar sobre o suicídio e, principalmente, sobre sua prevenção. Vamos bater um papo com a psicóloga Monise Benin e esclarecer as principais dúvidas sobre esse tema extremamente relevante e cheio de preconceitos", convida Pedro.

 



Serviço

Evento: Live OnDoctor
Tema: "Saúde Mental e Ansiedade"
Quando: 22 de setembro de 2020, terça-feira
Horário: 20h
Evento gratuito

Atenção e prevenção ao suicídio na quarentena

No setembro amarelo, algumas ações de cuidado podem ser reforçadas


Os desafios impostos pela pandemia de Covid-19 e pelo isolamento social contribuem para o aumento das doenças mentais, a exemplo da depressão e transtornos de ansiedade. A necessidade de se adaptar ao home office e rotina intensa de trabalho neste momento, com inúmeros compromissos virtuais e em muitos casos aumento do serviço doméstico, também tem elevado os níveis de estresse e ansiedade.

Embora não haja estudos aprofundados sobre isso, uma pesquisa da Associação Brasileira de Psiquiatria, realizada em maio deste ano, revelou que 89,2% dos especialistas entrevistados destacaram o agravamento de quadros psiquiátricos em seus pacientes, devido aos efeitos do novo Coronavírus na sociedade.

O momento de maior vulnerabilidade demanda atenção redobrada para a campanha Setembro Amarelo, criada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e pelo Centro de Valorização da Vida (CVV). O objetivo é promover a informação sobre saúde mental e a prevenção do suicídio.

Todos os anos, cerca de 11 mil brasileiros tiram a própria vida. No mundo, o número de suicídios, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é de 800 mil por ano. Estima-se que cada morte por suicídio afete intimamente a vida de cerca de 60 pessoas, entre familiares, amigos e colegas.

De acordo com a psicóloga Paula Diniz Vicentini, da clínica Personal da Central Nacional Unimed, "o medo da Covid-19, os conflitos familiares decorrentes do isolamento e até a crise econômica provocada pela pandemia têm aumentado o índice de problemas emocionais e transtornos psiquiátricos". Por isso, cuidar das próprias emoções e oferecer apoio às pessoas mais próximas são medidas que podem ajudar a prevenir as doenças mentais e o suicídio.


Ajuda profissional

"Existem alguns possíveis sinais de comportamento suicida. É preciso prestar atenção, oferecer uma escuta ativa, amparar e indicar acompanhamento profissional", explica Paula. Mesmo no isolamento social é possível escutar e oferecer apoio. A internet e o telefone permitem a escuta ativa, mesmo à distância.

O acompanhamento psiquiátrico e psicológico ajuda a desenvolver habilidade emocional para administrar adversidades da vida. "Se há perigo imediato, a orientação do Ministério da Saúde é não deixar a pessoa que pensa em suicídio sozinha. Você pode procurar ajuda de profissionais de serviços de saúde, de emergência ou entrar em contato com alguém de confiança, indicado pela própria pessoa".

Existem ainda os serviços oferecidos pelo CVV, disponível em www.cvv.org.br, que trabalha para promover o bem-estar das pessoas e prevenir o suicídio, em total sigilo, 24h por dia.


Sinais de alerta

• Falar muito sobre a própria morte e demonstrar desesperança em relação ao futuro.

• Usar expressões que manifestam intenções suicidas: "vou desaparecer", "vou deixar vocês em paz", "eu queria poder dormir e nunca mais acordar", "é inútil tentar fazer algo para mudar, eu só quero me matar", "vocês vão ficar melhor sem mim", não aguento mais".

• Reduzir as interações: não atender a telefonemas, não responder mensagens ou ser evasivo.

• Apresentar grandes mudanças de humor (estar eufórico em um dia e profundamente desencorajado em outro).

• Ter atitudes arriscadas, como dirigir de forma imprudente ou entrar em brigas.

• Começar a se despedir de amigos e familiares como se não fosse vê-los novamente.

 


Central Nacional Unimed

Fonte: Ministério da Saúde


Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência de SP realiza campanha para Semana Nacional de Trânsito

 Websérie, podcast e vídeo depoimento fazem parte da programação especial


A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência realiza, na Semana Nacional de Trânsito (até 25 de setembro), uma programação especial digital que visa conscientizar a população sobre acidentes de trânsito. A ação faz parte da campanha do programa do Governo do Estado de São Paulo, Respeito à Vida.

O foco de toda a campanha da Secretaria é a prevenção de sequelas ocasionadas por acidentes de trânsito. Também tem o objetivo de mostrar a importância da reabilitação na vida das pessoas que sofrem esse tipo de ocorrência.

Uma das ações de destaque, é um vídeo depoimento da Secretária de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Célia Leão, sobre a importância da prevenção de ocorrências de trânsito. A Secretária se tornou paraplégica por conta de um acidente de automóvel.

A Secretária Célia Leão ressalta a importância de ações efetivas para a conscientização da população, "na Semana Nacional do Trânsito é importante ressaltar as ações que o Governo de São Paulo tem feito para minimizar essa situação e para garantir uma sociedade, que de fato tenha saúde e, sobretudo, vida".

Diariamente, durante toda a semana, será disponibilizada uma websérie nas redes sociais da Secretaria com pacientes reabilitados da Rede de Reabilitação Lucy Montoro, unidade de São José dos Campos. Em cada capítulo, uma história será contada em primeira pessoa, com detalhes sobre o acidente e a vida após ele.

Também como parte integrante das ações, um podcast com a Secretária Célia Leão será divulgado no último dia da campanha, trazendo reflexões acerca do tema e do programa Respeito à Vida.


REDUÇÃO DE ACIDENTES DE TRÂNSITO

O Governo de São Paulo conta com uma ação efetiva na questão da mobilidade urbana, o programa Respeito à Vida. Ele foi criado com a missão de atuar como agente articulador para a promoção de ações com foco na redução de acidentes de trânsito.

O Respeito à Vida também é responsável pelo Infosiga SP, sistema pioneiro no país, que publica mensalmente estatísticas sobre acidentes fatais de trânsito nos municípios do Estado. Visite: http://www.respeitoavida.sp.gov.br/



Serviço:
Semana Nacional de Trânsito
Data:
até 25 de setembro
Publicações:
http://www.facebook.com/InclusaoSP


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