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sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

78% das vítimas de assédio na Saúde não denúncia, segundo Medscape

Levantamento do Medscape expõe dinâmicas de poder e silenciamento em casos de assédio sexual no setor médico brasileiro 

 

Um estudo inédito realizado pelo Medscape entre junho e setembro de 2024 revelou dados preocupantes sobre a frequência de assédio, abuso e má conduta sexual na área da saúde no Brasil. A pesquisa contou com a participação de médicos, residentes, enfermeiros e estudantes de medicina e destacou as dinâmicas de poder, os perfis de assediadores e vítimas, além das graves consequências emocionais e profissionais enfrentadas pelas vítimas. Médicos foram apontados como os responsáveis pelo assédio em 46% das experiências de assédio vividas pelos participantes vítimas desse tipo de violência.

A pesquisa identificou, ainda, que o assédio ocorre com maior frequência em situações de hierarquia, com 46% das vítimas sendo assediadas por superiores, 37% por colegas de mesmo nível hierárquico e 17% por subordinados. Um estudante de medicina relatou no levantamento que recebeu convites para sair feitos por uma pessoa que não tinha intimidade para tal, além de pedidos de informações de contato e redes sociais.

Eu estava no estágio de Pediatria, no setor de urgência, quando ocorreu o assédio. O preceptor médico me chamou para acompanhá-lo na evolução dos pacientes na enfermaria. No meio do caminho, começou a me fazer perguntas pessoais: se eu morava sozinho, em qual local, e se eu namorava. Ele chegou, inclusive, a insinuar que eu devia aprontar bastante por morar sozinho na cidade. Fiquei constrangido e tentei mudar de assunto", comenta o estudante. 

Além do assédio entre colegas, a conduta inadequada por parte de pacientes também foi abordada no levantamento. Cerca de 15% dos profissionais afirmaram ter enfrentado situações de sexualização explícita por parte de pacientes, incluindo gestos, comentários inapropriados e convites para sair, sendo que 8% receberam abordagens diretas que ultrapassaram os limites profissionais. 

Muitos profissionais relataram mudanças em seus horários para evitar contato com os agressores, dificuldades de concentração, atrasos e até absenteísmo. 37% dos entrevistados mudaram suas rotinas por medo ou desconforto, enquanto 34% afirmaram que o assédio não influenciou diretamente seu comportamento.

“Muitos desses profissionais que participaram da pesquisa não denunciaram seus agressores por medo ou com receio de retaliação no ambiente de trabalho.  78% das pessoas que responderam nosso questionário on-line não denunciaram o perpetrador, sendo que 54% justificaram essa decisão afirmando acreditarem que nenhuma providência seria tomada", comenta Leoleli Schwartz, editora sênior do Medscape em português.

Cerca de 46% dos entrevistados acreditam que, nos últimos cinco anos, o assédio sexual passou a ser tratado com mais seriedade no ambiente de trabalho. Além disso, 70% apontaram que a cobertura midiática de casos de assédio em outros setores, como esporte, cinema e política, contribuiu para ampliar a conscientização e promover discussões mais abertas na área médica.


Dados da pesquisa

O levantamento foi realizado com um total de 885 médicos, residentes, enfermeiros e estudantes de medicina assinantes do Medscape em português, entre 11 de junho a 7 de setembro de 2024. com 57% homens e 43% mulheres. O estudo completo pode ser encontrado em: https://portugues.medscape.com/assedio_e_abuso_na_saude_br_2024

 


Medscape
medscape.org


Dicas para aproveitar as férias sem comprometer as finanças

 

As férias de fim de ano estão chegando e muitas famílias pensam em viajar para aproveitar o tempo com as crianças. Porém, sem o planejamento adequado, os gastos podem rapidamente sair de controle, transformando um período que deveria ser de descanso em um pesadelo financeiro. 

Para garantir que as férias sejam tranquilas e não pesem no bolso, a chave está em se planejar com antecedência. Reinaldo Domingos, educador financeiro e presidente da DSOP Educação Financeira, explica que o primeiro passo para uma viagem tranquila financeiramente é avaliar a sua condição financeira. 

"Antes de decidir o que fazer nas férias, é fundamental entender se você está endividado, equilibrado ou se já tem uma reserva financeira. O planejamento varia muito de acordo com cada situação", destaca Reinaldo.
 

Quando as finanças estão comprometidas: avaliar as prioridades

Se você está endividado, a melhor alternativa pode ser adiar a viagem ou adaptar o destino. "Se as finanças estão apertadas, vale considerar opções mais próximas ou atividades culturais na sua própria cidade. O mais importante é manter o lazer, sem comprometer a saúde financeira", orienta o especialista. 

Ele acrescenta que é fundamental envolver a família, incluindo as crianças, nas conversas sobre orçamento. Segundo Reinaldo, elas compreendem mais do que as pessoas imaginam e, ao entenderem a situação financeira, ficam mais dispostas a contribuir com alternativas viáveis para todos.
 

Para quem está equilibrado financeiramente: cautela e planejamento

Para aqueles que estão financeiramente equilibrados, mas sem grandes reservas, Reinaldo recomenda atenção redobrada. "Embora você não tenha dívidas, é fundamental ter controle sobre os gastos. É fácil cair na tentação de gastar mais do que o previsto, especialmente em um período de alta temporada", alerta. 

Neste cenário, o planejamento antecipado é essencial para aproveitar as melhores opções de preços. "Pesquise o quanto antes para garantir descontos em passagens aéreas e acomodações. Ao planejar com antecedência, é possível economizar até 70% em passagens e até 50% em hotéis", explica. 

Além disso, é importante definir limites claros de gasto, tanto para as compras pessoais quanto para as crianças, para evitar surpresas durante a viagem.
 

Para investidores: aproveitar sem comprometer o futuro

Já para as famílias com uma reserva financeira sólida, o planejamento pode incluir viagens mais ambiciosas, como destinos internacionais. No entanto, mesmo com uma boa situação financeira, o planejamento ainda é crucial. "Quem tem investimentos deve estar atento ao câmbio, taxas de IOF e outros custos adicionais. Não planejar a viagem adequadamente pode fazer com que uma viagem aparentemente viável se transforme em uma dor de cabeça financeira", afirma Reinaldo. 

Para viagens internacionais, ele sugere carregar parte do valor em espécie e o restante em um cartão pré-pago, além de estar ciente das taxas e impostos que podem ser aplicados nas transações. "É importante lembrar que, mesmo sendo investidor, não se deve desconsiderar os custos adicionais que podem surgir", adverte. 

Para simplificar as tomadas de decisões sobre as férias, Reinaldo Domingos fez um rápido manual para férias e viagens sem dívidas:


1. Principais orientações sobre planejamento de viagem

  • Comece com antecedência: Planejar com antecedência ajuda a organizar tanto os aspectos financeiros quanto logísticos da viagem de maneira eficaz.
  • Defina o destino e o formato da viagem: Estabeleça o destino e considere se a viagem será solo, em família ou em grupo, o que impacta diretamente o orçamento.
  • Estime os custos totais: Pesquise os custos de transporte, hospedagem, alimentação e passeios. Comprar passagens com antecedência pode resultar em até 70% de desconto.
  • Planeje uma reserva financeira extra: Tenha entre 30% a 50% a mais do valor previsto para cobrir imprevistos ou aproveitar oportunidades durante a viagem.
  • Controle o orçamento: Fique atento ao limite de gastos e evite usar o cartão de crédito para cobrir excessos.

2. Melhor estratégia para guardar dinheiro para a viagem

  • Calcule quanto você pode guardar por mês primeiro: Isso oferece maior controle financeiro, pois você define um valor fixo a ser economizado mensalmente.
  • Escolha o destino com base no quanto você pode economizar: Após saber quanto consegue economizar, escolha um destino que se encaixe no seu orçamento. Leve em consideração a época do ano, pois viajar fora da alta temporada pode reduzir significativamente os custos.


3. Estratégias para garantir uma boa reserva de custos de viagem

  • Compre passagens e reserve acomodações com antecedência: Isso pode resultar em economias de até 50%.
  • Considere alternativas de transporte mais baratas: Voos com escalas ou em horários alternativos podem ser mais baratos.
  • Esteja preparado para imprevistos e oportunidades extras: Reserve 30% a 50% a mais do orçamento previsto para cobrir emergências ou aproveitar novas oportunidades durante a viagem.
  • Faça uma pesquisa detalhada sobre o destino: Pesquise sobre o custo de vida no destino, incluindo alimentação, transporte e atividades turísticas.


4. Outros custos que devem ser incluídos no planejamento

  • Alimentação: Estime os gastos com refeições, considerando a possibilidade de cozinhar, caso sua acomodação permita.
  • Transporte local: Planeje os custos com táxis, transporte público ou aluguel de veículos no destino.
  • Passeios e atrações turísticas: Reserve parte do orçamento para ingressos e atividades locais, podendo economizar com descontos para compras antecipadas.
  • Oportunidades extras ou imprevistos: Tenha uma reserva para cobrir emergências ou aproveitar ofertas especiais.


5. Reservar uma média de gasto por dia

  • Pesquise o custo de vida no destino: Verifique os preços médios de refeições, transporte e atrações turísticas.
  • Leve em conta a temporada: O valor do gasto diário pode variar de acordo com a época do ano. Ajuste o orçamento conforme a alta ou baixa temporada.
  • Seja flexível, mas controle os gastos: Embora seja importante planejar uma média de gasto diário, esteja preparado para ajustar o orçamento caso surjam imprevistos ou oportunidades inesperadas.


6. Melhores investimentos para viagens de R$ 10 mil, R$ 20 mil e R$ 30 mil

  • Curto prazo (até 1 ano): Para quem tem menos de um ano até a viagem, o Tesouro Selic ou CDBs com rentabilidade atrelada ao CDI são opções seguras e com baixo risco.
  • Médio e longo prazo (1 a 2 anos ou mais): Se tiver mais tempo, considere CDBs de prazos mais longos, LCIs/LCAs (isentas de Imposto de Renda) ou Tesouro Direto com vencimento mais distante, que oferecem rentabilidade mais alta.
  • Efeito dos juros compostos: Quanto mais cedo você começar a investir, mais fácil será acumular o valor necessário para a viagem, já que o efeito dos juros compostos ajuda a potencializar o rendimento.

Com o planejamento financeiro adequado, qualquer família pode aproveitar as férias sem comprometer o orçamento ou cair em dívidas. O segredo está em estabelecer prioridades, planejar com antecedência e ajustar o destino e as atividades de acordo com o que é possível financeiramente. Com as orientações certas, as férias podem ser uma experiência agradável, tanto para o bolso quanto para a mente. 

“Viajar é possível para todos, basta planejar corretamente, seja para destinos mais próximos ou internacionais. O mais importante é aproveitar o momento com equilíbrio e, ao retornar, estar tranquilo financeiramente”, conclui Reinaldo Domingos.


Vendas de Natal: como pequenas empresas podem lucrar mais?

De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), as vendas de Natal devem movimentar R$ 69,75 bilhões este ano

 

 

O Natal é uma das datas mais importantes para o comércio, representando uma oportunidade estratégica para pequenas empresas aumentarem suas vendas, conquistarem novos clientes e fidelizar os existentes. De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), as vendas de Natal devem movimentar R$ 69,75 bilhões este ano, evidenciando o potencial desta época para impulsionar negócios.


 

1. Planejamento: a base do sucesso

 

André Minucci, especialista em mentoria para empresa destaca que o planejamento é essencial para aproveitar o período natalino. "É fundamental que os pequenos empresários comecem a se preparar com antecedência, organizando o estoque, ajustando o mix de produtos e criando campanhas que conectem emocionalmente com os clientes. O Natal é uma data de celebração e presentes, mas também de emoção."

 

Ter produtos que atendam às expectativas dos consumidores é um diferencial competitivo. Para isso, analisar o histórico de vendas de anos anteriores e identificar itens mais procurados pode ajudar no planejamento. Além disso, ofertas atrativas, como kits promocionais ou descontos progressivos, têm grande apelo nessa época.


 

2. Invista em experiência do cliente

 

A experiência do cliente é decisiva para as pequenas empresas competirem com grandes varejistas. Personalização no atendimento, embalagens temáticas e mimos, como cartões personalizados ou descontos para compras futuras, criam memórias positivas. André Minucci ressalta: "Empresas que focam em humanização e atendimento personalizado conquistam não apenas clientes, mas verdadeiros embaixadores de marca."

 

Além disso, o ambiente físico da loja, decorado com temas natalinos, pode atrair mais consumidores e gerar engajamento nas redes sociais. A dica é apostar em vitrines criativas e em um espaço que remeta ao clima natalino.


 

3. Marketing Digital estratégico

 

No mundo digital, a presença online durante o Natal é indispensável. Pequenos negócios podem aproveitar o Instagram, Facebook e WhatsApp para divulgar promoções, anunciar novidades e criar senso de urgência, com frases como "últimas unidades disponíveis" ou "oferta válida até meia-noite".

 

"Produza conteúdo relevante que emocione e inspire. Um bom storytelling que conecte sua marca ao espírito natalino pode fazer toda a diferença," sugere Minucci. Além disso, investir em anúncios segmentados, focados no público-alvo local, pode ser uma estratégia eficaz para atrair consumidores das redondezas.


 

4. Parcerias e ações colaborativas

 

Outra maneira de conquistar clientes é estabelecer parcerias com outras pequenas empresas locais. Juntas, elas podem organizar feiras, eventos temáticos ou até mesmo criar pacotes combinados de produtos e serviços, ampliando a base de consumidores.


 

5. Incentivos para fidelização

 

O Natal também é um momento oportuno para fidelizar clientes. Minucci recomenda oferecer benefícios exclusivos para aqueles que realizam compras durante a temporada natalina, como cupons de desconto para janeiro, criando um fluxo contínuo de vendas após o período festivo.

O sucesso das pequenas empresas no Natal depende de uma combinação de planejamento, experiência do cliente, estratégias digitais e criatividade.

 

Com atenção às tendências de consumo e ao comportamento dos clientes, é possível transformar o período natalino em uma oportunidade não só para vender mais, mas também para fortalecer a marca e estabelecer relacionamentos duradouros. Afinal, o Natal é mais do que uma data comercial; é uma chance de criar conexões emocionais e histórias inesquecíveis para seus consumidores.



Vendas de Natal: saiba como a hiperpersonalização na experiência do cliente pode alavancar os lucros nessa época

 

Freepik 

 Estudo mostra que 78% dos usuários têm maior probabilidade de comprar novamente de uma marca quando seu conteúdo é hiperpersonalizado

 

A temporada de Natal e fim de ano é uma oportunidade única para criar conexões mais profundas com seus clientes. E, em um mercado cada vez mais competitivo, a hiperpersonalização é a chave para transformar esse período de compras em um sucesso para os negócios.


Um estudo da McKinsey revela que 78% dos consumidores têm maior propensão a comprar novamente de marcas que oferecem conteúdo altamente personalizado, o que destaca a importância dessa estratégia, enquanto outro estudo conduzido pela Deloitte revela que 90% dos consumidores mostram preferência por campanhas de marketing altamente personalizadas. 

 

Tudo isso vai além da simples customização de mensagens e produtos. Trata-se de uma abordagem que analisa dados de maneira profunda, compreendendo o comportamento, as preferências e até mesmo o estado emocional do cliente. Com esse conhecimento, as empresas conseguem criar experiências relevantes e envolventes, oferecendo ofertas direcionadas de maneira eficiente, seja no seu site, redes sociais, e-mail marketing ou aplicativos móveis.


De acordo com o Opinion Box, 72% dos consumidores esperam ser tratados como indivíduos únicos, com suas preferências e desejos sendo reconhecidos pelas empresas. Além disso, 73% expressam preferência por adquirir produtos ou serviços de marcas que já proporcionaram experiências personalizadas e agradáveis. Na estratégia de vendas de Natal, um momento especial do ano, é possível ir além, criando experiências de compra memoráveis e personalizadas para os clientes.

 

Antonio Muniz, CEO da Agiletech e especialista em tecnologia e negócios, explica sobre a estratégia. “A hiperpersonalização surge como uma ferramenta poderosa para as empresas que almejam se destacar em mercados altamente competitivos e satisfazer as crescentes expectativas dos consumidores por experiências mais personalizadas e pertinentes”, destaca o especialista.  

 

Como a hiperpersonalização pode ajudar seu negócio nas vendas de fim de ano?

        A estratégia oferece uma série de benefícios, como o aumento do engajamento, a conversão mais alta e a fidelização do cliente, especialmente durante a temporada de Natal, quando os consumidores buscam ofertas especiais e experiências únicas. Quando os clientes se sentem reconhecidos e atendidos de maneira individualizada, isso pode resultar em compras recorrentes não apenas durante o período de festas, mas ao longo do ano seguinte.

        Ao fornecer conteúdo e ofertas altamente relevantes para cada cliente, as empresas podem aumentar significativamente o engajamento e a interação. Além disso, a personalização extrema leva a uma melhor conversão, uma vez que os clientes estão mais propensos a responder positivamente às ofertas que atendem às suas necessidades específicas.

        Oferecer uma experiência altamente personalizada cria um vínculo emocional mais forte entre a marca e o cliente, aumentando a fidelidade e reduzindo a probabilidade de churn, ou seja, clientes que deixam de comprar. Por outro lado, clientes satisfeitos e engajados estão mais propensos a fazer compras repetidas e a gastar mais, o que, por sua vez, impulsiona a receita da empresa.

        “Na era da hiperpersonalização, as empresas têm a oportunidade única de não apenas atender, mas antecipar as necessidades de cada cliente individualmente. Ao compreender profundamente suas preferências e comportamentos, podemos não apenas oferecer produtos e serviços, mas também criar experiências que ressoam em um nível emocional. Essa conexão genuína não apenas impulsiona o engajamento e a fidelidade do cliente, mas também molda o futuro dos negócios, onde a personalização é a chave para o sucesso duradouro ", analisa Antonio Muniz.

 

Dicas para implementar a hiperpersonalização na experiência do cliente no mundo digital:

 

1) Coleta de dados eficiente: a base da estratégia está no uso inteligente dos dados. Sistemas de CRM e ferramentas de análise podem ser usados para coletar informações relevantes, como histórico de compras, preferências de produtos e interações anteriores. Durante o período de festas, estas informações podem ser usadas para enviar ofertas personalizadas de Natal, lembrando ao cliente de produtos que ele já demonstrou interesse ou que combinam com seus gostos.

 

2) Segmentação avançada: no lugar de enviar uma promoção genérica, dividir os clientes em segmentos mais específicos, como: compradores frequentes, clientes de última hora ou aqueles que já compraram presentes para amigos no ano passado, pode ser muito mais eficaz. Com isso, é possível direcionar campanhas exclusivas para cada perfil, tornando as ofertas mais atraentes e personalizadas.

 

3) Ofertas e conteúdos dinâmicos: as ferramentas de automação podem adaptar as ofertas de acordo com o comportamento do cliente em tempo real. Se um cliente está navegando em produtos de decoração de Natal, por exemplo, ele pode receber ofertas especiais para itens relacionados, como enfeites ou presentes exclusivos, aumentando a relevância da experiência de compra.

 

4) Comunicação multicanal: a hiperpersonalização deve ser aplicada de maneira consistente em todos os canais. Durante as festividades, a empresa pode integrar suas ações de marketing no site, e-mail, redes sociais e até mesmo em campanhas de SMS. Assim, os clientes terão uma experiência fluida e contínua, independentemente de onde estão interagindo com a marca..

 

5) Testes e otimização contínua: testes A/B são indicados para avaliar quais tipos de personalização têm melhor resposta durante a temporada de fim de ano. Isso pode incluir a personalização de temas de Natal, descontos especiais ou promoções limitadas. A otimização contínua garantirá que as campanhas estejam sempre ajustadas para maximizar os resultados..

 

6) Transparência e consentimento: o uso dos dados deve ser sempre transparente, com os clientes tendo conhecimento de como suas informações estão sendo utilizadas, especialmente em campanhas de marketing personalizadas. Neste período, a confiança é fundamental para a criação de um relacionamento duradouro e, ao ser transparente, a empresa estará solidificando a lealdade do cliente.

      “Implementar a hiperpersonalização no mundo digital exige mais do que apenas tecnologia; requer uma mentalidade centrada no cliente e um compromisso contínuo com a excelência. Ao utilizar dados de forma inteligente, segmentar estrategicamente e adotar uma abordagem de melhoria contínua, as empresas podem não apenas oferecer experiências personalizadas excepcionais, mas também construir relacionamentos sólidos e duradouros com seus clientes. A verdadeira chave está em entender que a hiperpersonalização não é apenas uma estratégia, mas sim uma filosofia que permeia toda a organização, impulsionando a inovação e o crescimento sustentável,” afirma o especialista em tecnologia e negócios.

       Oferecer experiências altamente relevantes e personalizadas não apenas aumenta o engajamento e a fidelidade do cliente, mas também constrói conexões mais profundas e duradouras que impulsionam o crescimento e o sucesso a longo prazo. Essa filosofia centrada no cliente, baseada em dados e estrategicamente orientada, não apenas satisfaz as expectativas dos clientes, mas as supera, garantindo um futuro sustentável e próspero em um mercado cada vez mais competitivo.

        Ao adotar a hiperpersonalização nas estratégias de vendas para o Natal e fim de ano, a empresa cria uma experiência de compra que não só atende, mas supera as expectativas dos seus clientes. No mundo digital de hoje, personalizar de forma inteligente não é apenas uma vantagem, mas tornou-se uma necessidade para um sucesso sustentável.

 

 


Antonio Muniz - Professor MBA Executivo Agilidade, Tecnologia e Negócios da Anhanguera Educacional, Antonio é líder destacado no campo da tecnologia e negócios, atuando como CEO da Advisor10X AgileTech Services e oferecendo consultoria estratégica. Além disso, é autor e editor de livros sobre tecnologia e gestão, e fundador da Jornada Colaborativa. Como presidente do Comitê de Tecnologia em duas academias, ele promove o networking e o desenvolvimento profissional. Muniz é reconhecido por sua dedicação em conectar pessoas e ideias para impulsionar o sucesso mútuo. Saiba mais em: linkedin.com/in/antoniomunizoficial

 

Cadastro Nacional de Pedófilos e Predadores Sexuais é um passo decisivo na prevenção de crimes sexuais


A sanção da Lei nº 15.035/2024, criando o Cadastro Nacional de Pedófilos e Predadores Sexuais, representa um marco na proteção contra crimes sexuais no Brasil, trazendo avanços significativos no fortalecimento da segurança das vítimas e na prevenção de novos casos. Esta legislação modifica o Código Penal com o objetivo de aprimorar o combate aos crimes contra a dignidade sexual, instituindo um sistema público de consulta que disponibilizará informações sobre condenados por esses delitos. A iniciativa é um passo essencial para proteger mulheres, crianças e adolescentes, garantindo ao mesmo tempo o sigilo absoluto do processo e a preservação das informações relacionadas às vítimas. 

O novo cadastro público trará informações sobre condenados em primeira instância por crimes graves contra a dignidade sexual, incluindo nome completo, CPF, descrição do crime e pena aplicada. São os delitos: 

• Estupro (art. 213)

• Registro não autorizado da intimidade sexual (art. 216-B)

• Estupro de vulnerável (art. 217-A)

• Favorecimento da prostituição ou exploração sexual de criança, adolescente ou vulnerável (art. 218-B)

• Mediação para servir à lascívia de outrem (art. 227)

• Favorecimento da prostituição ou exploração sexual de adultos (art. 228)

• Manutenção de casa de prostituição (art. 229)

• Rufianismo (art. 230). 

Importante ressaltar que a medida busca ampliar a transparência e fortalecer os mecanismos de proteção, contribuindo para a segurança de toda a sociedade. 

O sistema também assegura o respeito aos direitos fundamentais, determinando a exclusão dos dados caso o réu seja absolvido em instâncias superiores, em consonância com os princípios de presunção de inocência e devido processo legal. 

A nova lei sancionada aproxima o Brasil de práticas internacionais bem-sucedidas. Nos Estados Unidos, desde 1996, o National Sex Offender Public Website (NSOPW) mantém um cadastro público de ofensores sexuais. A iniciativa surgiu como parte da Megan’s Law, criada após o brutal assassinato de Megan Kanka, de apenas 7 anos, por um vizinho com histórico de crimes sexuais. 

O modelo americano possibilita que comunidades consultem dados detalhados, como identidade, endereço e fotografia de condenados. Essa transparência é um dos pilares da proteção comunitária, alertando a população sobre possíveis riscos. Com o tempo, a legislação foi ampliada por normas como o Adam Walsh Act, consolidando-se como referência global no combate a crimes sexuais. 

Na Europa, a Convenção de Lanzarote, adotada em 2007, representa outro marco. Esse tratado internacional reforçou a proteção de crianças contra abusos sexuais, incentivando a criação de registros compartilhados entre os Estados-Membros da União Europeia. Essa rede de dados permite monitorar deslocamentos de condenados e restringir o acesso a menores em qualquer país da região, consolidando um esforço coletivo contra a exploração infantil. 

No Brasil, a implementação do cadastro será um desafio que exigirá equilíbrio entre transparência e respeito aos direitos constitucionais. O veto presidencial à manutenção dos dados por até dez anos após o cumprimento da pena reflete essa preocupação, evitando possíveis excessos que poderiam ferir a dignidade humana. 

Mais do que um instrumento punitivo, o Cadastro Nacional de Pessoas Condenadas por Crimes de Estupro é uma ferramenta essencial para a prevenção. Ele permitirá que instituições e cidadãos tomem decisões informadas, especialmente em ambientes que envolvam pessoas vulneráveis, como escolas, hospitais e empresas. 

Além disso, o novo sistema sinaliza um alinhamento com as melhores práticas globais, mostrando que o Brasil está comprometido em adotar medidas efetivas para enfrentar os crimes sexuais de forma sistemática e integrada. 

A Lei nº 15.035/2024 vai além da esfera legal. Ela é um compromisso ético com a segurança e a dignidade das vítimas em potencial. Em tempos de crescente demanda por justiça social, essa legislação reafirma que a proteção dos mais vulneráveis é uma prioridade. 

Sua implementação bem-sucedida será um marco ético na consolidação de uma política pública que combina tecnologia, transparência e respeito aos direitos humanos, pavimentando o caminho para uma sociedade mais segura e vigilante. 

 

Raquel Gallinati - delegada de polícia, mestre em Filosofia e pós-graduada em Ciências Penais, Direito de Polícia Judiciária e Processo Penal. Atua como secretária de Segurança Pública de Santos e é Diretora da Associação dos Delegados de Polícia (Adepol) do Brasil.

 

Dia Nacional da Criança com Deficiência: promovendo inclusão, conscientização, respeito e acolhimento


O Dia Nacional da Criança com Deficiência, comemorado em 09 de dezembro, tem como objetivo sensibilizar a sociedade para os direitos e necessidades das crianças com deficiência. A relevância deste dia é lembrada pelo Defensor Público Federal André Naves. 

“Este dia busca aumentar a compreensão sobre as dificuldades enfrentadas por crianças com deficiência e suas famílias, quebrando estigmas e preconceitos. Ao educar a sociedade sobre as diversas deficiências e a necessidade de inclusão e acessibilidade, é possível criar um ambiente mais acolhedor. A data celebra também a diversidade e a individualidade de cada criança, reforçando que todas têm o direito de serem tratadas com dignidade, independentemente de suas limitações”, enfatiza Naves. 

A data serve também para incentivar o empoderamento das crianças com deficiência e de suas famílias. Todas essas crianças têm potencialidades a serem desenvolvidas, apesar das dificuldades. E essas potencialidades podem ser ampliadas se houver um ambiente inclusivo, que ofereça acessibilidade e suporte adequado, como programas educacionais especializados, terapias e a participação em atividades comunitárias. 

“As crianças com deficiência possuem um vasto leque de potencialidades, assim como qualquer outra criança. A deficiência, por si só, não define as capacidades cognitivas, sociais, emocionais ou criativas de uma criança. Cada indivíduo é único, e suas habilidades e talentos podem se manifestar de maneiras diferentes, dependendo de fatores como ambiente e oportunidades de aprendizado”, afirma o Defensor Público, que complementa: “Se nós dermos à essas crianças condições de acesso pleno à educação, estaremos aumentando, cada vez mais, a produtividade agregada de todo o mercado de trabalho. Nós estaremos incluindo socialmente todas essas crianças, futuros cidadãos, seja no trabalho ou em outras frentes. E nossa democracia só cresce com a inclusão de todos”, ressalta Naves. 

Deste modo, é primordial promover a inclusão de crianças com deficiência nas escolas regulares e em atividades sociais. Precisamos também do cumprimento das legislações e da criação de novas políticas públicas que garantam seus direitos: maior acesso à educação, saúde, lazer, transporte e outros serviços essenciais. 

O Dia Nacional da Criança com Deficiência chama atenção também para a necessidade urgente de investimentos na capacitação de profissionais de diferentes áreas, para que eles possam atender as necessidades específicas dessas crianças, com mais empatia e eficiência. 

“Nesta data, precisamos ressaltar a importância do debate sobre inclusão social e educacional; respeito às diferenças; e fortalecimento de políticas públicas que promovam um ambiente mais justo e igualitário para todos, independentemente de suas condições”, conclui o Defensor Público André Naves.


André Naves - Defensor Público Federal

 

Como evitar armadilhas nas compras e promoções do fim de ano


Foto de Foto de Max Fischer
Especialista traz dicas para consumidor garantir seus direitos e não cair em ciladas em dezembro

 

Com a chegada do fim de ano, as lojas se enchem de consumidores em busca de presentes, as promoções se multiplicam e os aeroportos ficam lotados devido ao aumento no volume de viagens. Mas crescem também as dúvidas e problemas relacionados aos direitos dos consumidores. 

Segundo Aldo Nunes, advogado atuante em Direito do Consumidor, é essencial que os consumidores conheçam seus direitos e adotem cuidados específicos para evitar problemas durante esse período.
 

Compras e trocas de produtos

Um dos principais pontos de atenção para os consumidores no fim de ano é a questão das compras e das trocas de produtos. De acordo com advogado, é fundamental entender que os direitos variam dependendo da forma como a compra é realizada, seja online ou em uma loja física. 

“Nas compras online, o consumidor tem o chamado direito de arrependimento, previsto no artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Isso significa que ele pode desistir da compra em até sete dias após o recebimento do produto, independentemente do motivo”, explica o advogado. Nunes destaca que o direito de arrependimento é uma proteção ao consumidor que compra sem poder verificar fisicamente o produto. “Esse prazo de sete dias é para o consumidor ter certeza de que aquele item atende às suas expectativas. Caso não esteja satisfeito, ele pode solicitar a devolução do valor pago, inclusive com reembolso do frete”, complementa. 

Por outro lado, em compras realizadas em lojas físicas, não existe a obrigação legal de aceitar trocas por arrependimento. “É importante que o consumidor saiba que a troca de um produto comprado em uma loja física é uma liberalidade do estabelecimento, a menos que o item apresente algum defeito”, salienta Nunes. Para lidar com situações de produtos defeituosos, o advogado orienta que o consumidor deve exigir a reparação ou substituição do item. Caso o problema não seja resolvido em até 30 dias, é possível optar pela substituição do produto, a devolução do valor pago ou um abatimento proporcional do preço.
 

Promoções de Fim de Ano

As promoções de fim de ano, como as liquidações de Natal e as ofertas que antecedem o Ano Novo, são um chamariz para muitos consumidores, mas também podem esconder algumas armadilhas. “Infelizmente, é comum observarmos a prática dos preços manipulados, quando os comerciantes elevam os preços pouco antes do período de promoção para, em seguida, anunciá-los com descontos que na verdade não são reais”, alerta Aldo Nunes. 

Para evitar cair em fraudes, o advogado recomenda que o consumidor acompanhe o histórico de preços dos produtos que pretende adquirir. “Existem aplicativos e sites que fazem o monitoramento dos preços ao longo do tempo, e isso pode ser uma ferramenta valiosa para identificar se a promoção é realmente vantajosa”, sugere. 

Além disso, Aldo lembra que o consumidor tem direito a informações claras e precisas sobre os produtos e serviços oferecidos. Se uma promoção apresentar informações enganosas ou publicidade abusiva, o consumidor deve acionar os órgãos de defesa do consumidor, como o Procon. “É um direito garantido pelo CDC que o consumidor receba informações verdadeiras e completas. Propagandas enganosas são passíveis de sanções, e o consumidor tem o direito de exigir o cumprimento da oferta”, ressalta.
 

Passagens aéreas também no radar do CDC

O aumento no número de viagens durante o período de fim de ano também pode trazer imprevistos como cancelamentos, atrasos e overbooking de voos. Aldo Nunes orienta que, em situações como essas, as companhias aéreas têm obrigações previstas por lei para garantir a assistência aos passageiros. 

“Em caso de atrasos superiores a uma hora, a companhia deve oferecer facilidades de comunicação, como acesso a telefone e internet. Se o atraso ultrapassar duas horas, deve ser oferecida alimentação adequada, e, caso chegue a quatro horas, o passageiro tem direito a acomodação em hotel e transporte até o local, caso necessário”, explica Nunes. 

Em casos de cancelamento de voo ou overbooking, o passageiro pode escolher entre a reacomodação em outro voo da própria companhia ou de uma empresa parceira, o reembolso integral do valor pago ou a execução do serviço por outra modalidade de transporte. “É importante que o consumidor conheça seus direitos e exija a assistência adequada, pois muitas vezes as companhias aéreas tentam minimizar suas responsabilidades”, comenta o advogado. 

Quando se trata de pacotes de viagens, Aldo alerta para a necessidade de ler atentamente os contratos e ficar atento às cláusulas de cancelamento e remarcação. “Os pacotes turísticos também têm regras claras sobre cancelamentos e alterações, e o consumidor deve estar ciente das condições antes de fechar a compra. Em caso de desistência, pode haver cobranças de multas, mas estas devem ser proporcionais e estar devidamente informadas no contrato”, explica.
 

Dicas práticas para proteger seus direitos

Reunimos algumas dicas práticas que podem ajudar os consumidores a aproveitar o fim de ano com segurança:

  1. Verifique as políticas de troca e devolução: antes de efetuar uma compra, especialmente de presentes, pergunte ao vendedor sobre a política de troca da loja e, se possível, peça que isso seja registrado na nota fiscal.
  2. Cuidado com ofertas tentadoras demais: preços muito abaixo do mercado podem ser um indício de fraude. Desconfie de ofertas com descontos exagerados, especialmente em lojas desconhecidas.
  3. Exija nota fiscal: a nota fiscal é o principal documento que comprova a compra e garante os direitos do consumidor em caso de problemas. Nunca aceite realizar compras sem exigir esse documento.
  4. Conheça os seus direitos: seja em compras físicas ou online, é fundamental que o consumidor conheça seus direitos. A leitura do Código de Defesa do Consumidor pode ajudar a esclarecer dúvidas e evitar prejuízos.
  5. Cuidado nas viagens: ao planejar uma viagem, informe-se sobre os direitos em relação a cancelamentos e atrasos. Tenha sempre os contatos da companhia aérea e dos órgãos responsáveis para eventual necessidade de reclamação.

O fim de ano é uma época de celebração e, com cuidados simples, os consumidores podem evitar muitos problemas. Aldo Nunes lembra que a informação é a principal aliada do consumidor. “Estar bem informado é a melhor forma de garantir que seus direitos sejam respeitados. Aproveite as festas, mas faça isso com consciência e segurança”, conclui o especialista.

 

75% dos brasileiros acham que uso de IA na escola deve aumentar em 10 anos

Freepik
73% dos entrevistados no estudo tiveram contato superficial ou nulo com tecnologia durante a educação básica

 

 

Atualmente, alguns conhecimentos vêm ganhando um grau de importância diferenciado na vida da população, e, entre eles, estão os que envolvem o uso de tecnologias. No entanto, nem todos os brasileiros tiveram contato com disciplinas da área no seu tempo de escola, e a maioria teve que encontrar suas formas individuais de aprendizagem. 

Uma pesquisa realizada pela DataCamp, plataforma de cursos online de tecnologia e dados, revelou que, de forma geral, o conhecimento dos brasileiros na área não parte da educação básica, pois 73% dos entrevistados no estudo tiveram contato superficial ou nulo com tecnologia durante a escola.

 


 O futuro das escolas (ou as escolas do futuro)


Uma vez que grande parte da população não teve contato com o uso de tecnologias e interpretação de dados na escola, é inevitável refletir sobre como esse cenário pode ser diferente em alguns anos. Uma discussão já bastante presente trata sobre os desafios da inserção da inteligência artificial nas salas de aula, especialmente pelo uso indiscriminado de ferramentas como o ChatGPT por parte dos alunos. 

Neste contexto, os entrevistados foram convidados a imaginar como estará o futuro da educação em dez anos, e o ponto que aparece com grande destaque está realmente ligado ao maior uso da inteligência artificial entre alunos e professores (75%). Também foram citados a substituição de livros e cadernos por tablets e notebooks (51%) e o aumento de aulas online em detrimento das presenciais (41%).  

Martijn Theuwissen, COO do DataCamp, reflete sobre o uso de tecnologias nas escolas. “Se aproximar de novas tecnologias e transformá-las em aliadas não é uma tarefa fácil. O importante é perceber que a mesma energia que é utilizada ao se negar as novidades tecnológicas é aquela que pode te colocar no caminho de compreendê-las. As ferramentas já estão aí, então é importante buscar — através de livros, cursos, profissionais capacitados — a sua melhor forma de aprendizagem, para estar por dentro de conhecimentos que, no fundo, realmente podem ajudar”, completa Theuwissen.

 

O jeitinho brasileiro 

Mesmo em um cenário em que, de forma geral, a população não possui uma bagagem de conhecimento escolar em tecnologia, lidar com aparelhos eletrônicos, aplicativos ou inteligências artificiais não parece ser um grande desafio para os brasileiros, pois 89% dos entrevistados afirmam ter facilidade no contato com novas tecnologias. 

Dentro dessa grande parcela de respondentes, 52% avaliam sua relação com a tecnologia como excelente, destacando que, de forma geral, aprendem sozinhos e com facilidade, enquanto os outros 37% admitem que, mesmo tendo facilidade, às vezes precisam de alguma orientação no início do contato com alguma novidade. Apenas 10% consideram ter dificuldade e reconhecem levar algum tempo para aprender de forma efetiva.

 


“O brasileiro é um povo muito atento às novidades, e sua presença na internet é muito expressiva e notável em todo o mundo. Esse interesse faz com que a população não fique para trás quando falamos em novidades no segmento — pelo contrário. Mesmo que o entendimento da tecnologia não seja passado da forma mais tradicional, pode-se perceber que a necessidade e a curiosidade fazem com que as pessoas encontrem sua própria forma de aprender”, reflete Theuwissen.

 

Como superar as limitações 

É normal que não se domine algumas áreas de conhecimento sem grandes prejuízos no dia a dia, mas esse não é o caso do contato com as tecnologias e os dados. Existem dificuldades rotineiras que os brasileiros acabam enfrentando por não entenderem alguns pontos que estão dentro dos âmbitos desses saberes. 

Entre as principais dificuldades estão: limitações em atividades cotidianas, como realizar compras online, utilizar bancos digitais ou fazer agendamentos de consultas (59%); desconhecimento em segurança digital (58%); dificuldade no uso de aplicativos de transporte ou de redes sociais (51%), e falta de confiança ao utilizar ferramentas no trabalho ou em estudos (46%).  

Para superar as dificuldades, as estratégias que os entrevistados avaliam como mais eficazes para desenvolver habilidades em tecnologia e dados são assistir a vídeos na internet (53%); participar de projetos extracurriculares ou clubes de tecnologia (52%), e realizar cursos por conta própria (48%).  

“Mais uma vez, podemos perceber algumas dificuldades que são enfrentadas por parte da população pela falta de domínio de algumas ferramentas que, muitas vezes, são relativamente simples. Para a resolução de dúvidas e aprofundamento de conhecimentos, a busca por cursos é uma ótima opção. Eles podem combinar diferentes abordagens, como tutoriais em vídeos, aprendizagem interativa e realização de projetos que irão consolidar de forma duradoura a compreensão dos conteúdos”, analisa Theuwissen.

 

Metodologia 

Público: foram entrevistados 500 brasileiros de todos os estados do país, incluindo mulheres e homens, com idade a partir dos 16 anos e de todas as classes sociais. 

Coleta: os dados do estudo foram levantados via plataforma de pesquisas online. 

Data de coleta: entre os dias 29 de outubro e 03 de novembro de 2024.

 

DataCamp
https://www.datacamp.com/pt/


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