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segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Como a atividade física pode ajudar na qualidade de vida de idosos com Parkinson?

Divulgação
 Home Angels
Especialista aponta dicas para manter uma rotina saudável para os idosos acometidos pela doença


De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 1% da população mundial é acometida pelo Parkinson,  doença que consiste em uma degeneração do sistema nervoso central, que é crônica e progressiva. Essa condição apresenta um sintoma muito característico: o tremor, que acarreta em um maior grau de dificuldade na realização de tarefas, comprometendo a autonomia do idoso. Os exercícios físicos podem ser grandes aliados para auxiliar no tratamento e promover melhor qualidade de vida para os acometidos pela doença.

Cada vez mais aceito como parte fundamental do tratamento, os exercícios podem incluir atividade aeróbica, treino de equilíbrio, alongamento e força.  “Antes de iniciar qualquer atividade é necessária uma avaliação, que deve ser feita por um especialista preparado para identificar condições clínicas que podem interferir na segurança e desempenho desse idoso”, afirma a coordenadora técnica da Home Angels, rede de cuidadores de pessoas supervisionadas, Janaína Rosa,  

Além dos benefícios físicos, os exercícios auxiliam diretamente na saúde emocional dos idosos.  “A atividade física traz para esse assistido um estímulo a mais, que age diretamente em seu humor. Uma dica é priorizar atividades físicas feitas em grupo, pois essa é também uma oportunidade de manter um ciclo social ativo para esse idoso, já que interagir com outras pessoas pode servir como um estímulo  mais para a constância das atividades”, ressalta.

"Para auxiliar a família nesse processo, Janaína afirma que o acompanhamento profissional pode ser um grande aliado. “O Parkinson traz alguns desafios diários e a presença de um cuidador de idosos capacitado contribui significativamente com os familiares e faz toda a diferença na rotina de cuidados. Por ser um profissional especializado, cabe a ele a responsabilidade pela administração correta dos medicamentos, assistência na locomoção, alimentação, acompanhamento dos exercícios e diversas outras atividades”, completa a coordenadora técnica".



Home Angels
https://www.homeangels.com.br/

Outubro Rosa: Psiquiatra do CEUB aponta impactos psicológicos do câncer de mama

Consequências do diagnóstico na saúde mental demandam abordagens terapêuticas para obter resiliência durante o tratamento


O diagnóstico de câncer de mama afeta profundamente a vida de pacientes física e emocionalmente. A ansiedade, a depressão, a perda da autoestima, o medo e a incerteza são alguns dos impactos psicológicos comuns que a maioria das mulheres enfrenta após receber a notícia da doença. Lucas Benevides, psiquiatra e professor de Medicina do Centro Universitário de Brasília (CEUB), aponta que, para o êxito do tratamento, os desafios emocionais devem ser enfrentados com empatia, seriedade e ajuda profissional. 

De acordo com o especialista, de 20% a 25% das pacientes experimentam sintomas significativos de depressão durante o tratamento da neoplasia. Em estudo publicado no British Medical Journal, até 45% das mulheres relataram algum grau de depressão ou ansiedade dentro de um ano após o diagnóstico. “Este número varia com base em vários fatores, incluindo o estágio do câncer, o tratamento e o apoio social disponível para a paciente. A depressão pode afetar adversamente a qualidade de vida, a adesão e os resultados do tratamento, sendo fundamental o seu reconhecimento e manejo adequado em pacientes com câncer de mama.” 

Como o estigma social e os mitos relacionados ao câncer podem levar ao isolamento e resistência em buscar apoio, o psiquiatra recomenda total vigilância, tanto da paciente, quanto das famílias em combater informações incorretas e oferecer apoio emocional. Para lidar com o estresse e a ansiedade associados ao tratamento, o docente do CEUB recomenda terapias baseadas em evidências, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC) e a terapia de aceitação e compromisso (ACT). Sobretudo nos casos de abandono do cônjuge durante o tratamento do câncer de mama, para ajudar as pacientes a lidar com a perda, o luto, a reconstrução da autoestima e resiliência. “O apoio de terapias em grupos de pacientes e aconselhamentos desempenham um papel fundamental”, recomenda. 

De acordo com o professor, o suporte emocional familiar adequado pode melhorar significativamente a qualidade de vida, a adesão ao tratamento e o prognóstico das pacientes. Ele afirma que o atendimento psicológico pós-cirurgia resultam em menos sintomas depressivos e melhor qualidade de vida, benefícios se estendem por anos após a intervenção. “É fundamental amigos e familiares estarem atentos a sinais de alerta, como mudanças de humor, isolamento social, distúrbios de sono e apetite, e expressões de desesperança. Eles podem indicar problemas de saúde mental e requerem apoio.”

 

Outubro Rosa e conscientização

Tanto no Brasil quanto no exterior, o Outubro Rosa é dedicado a disseminar informações e criar consciência sobre o câncer de mama. O objetivo principal é contribuir para a redução da incidência da doença e da sua taxa de mortalidade. No Brasil, o câncer de mama também acomete homens, embora seja mais raro, representando menos de 1% do total de casos da doença. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo.  

As estimativas do INCA para o biênio 2020-2022 apontaram que o Brasil teria cerca de 66.280 novos casos de câncer de mama por ano, o que representa uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100 mil mulheres - podendo variar de acordo com a região, sendo mais alta nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Lucas Benevides valoriza o impacto positivo da conscientização promovida pela campanha Outubro Rosa na saúde mental das pacientes com câncer de mama. “A conscientização pode levar a um maior apoio comunitário, reduzindo o estigma e promovendo a empatia”, completa.

 

ARTESP e concessionárias de rodovias do Estado de São Paulo reforçam a campanha Outubro Rosa

Iniciativa tem o objetivo de incentivar o autocuidado para prevenir o câncer de mama



A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo e as 20 concessionárias que fazem parte do Programa de Concessões Rodoviárias apoiam a campanha “Outubro Rosa”, que tem como objetivo incentivar o autocuidado para prevenir o câncer de mama.

A iniciativa é uma parceria com a ONG Orientavida, que com a campanha Pense Rosa, já realizou mais de 11,7 mil mamografias, doadas a pessoas com menos acesso aos serviços de saúde, como comunidades ribeirinhas, quilombolas, entre outras.

Durante todo o mês as concessionárias exibirão nos painéis eletrônicos (PMVs) distribuídos ao longo dos 11,1 mil quilômetros da malha concedida a seguinte mensagem:

“Pense Rosa!

Previna-se contra o câncer de mama!

Procure seu médico e faça a mamografia”


“A conscientização para este tipo de causa é muito importante, por isso, a ARTESP, junto com as concessionárias do Estado devem fazer a sua parte, para que mais pessoas sejam informadas e saibam como prevenir ou descobrir a doença ainda no início, quando as chances de cura são maiores”, comenta Milton Persoli, diretor geral da ARTESP.

O câncer de mama é o tipo que mais atinge mulheres em todo o mundo e por isso, deve ser discutido e combatido com ajuda do auto exame. Os principais sintomas suspeitos deste tipo de câncer são: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Além disso, também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região das axilas.

A sede da agência reguladora e as concessionárias também receberão iluminação especial em referência à campanha e publicações nas redes sociais sobre o tema serão feitas.



ONG Orientavida

A Orientavida capacita, emprega e gera renda para mulheres, em situação de vulnerabilidade social, através da costura e artesanato. Com 24 anos de história, a ONG já capacitou mais de 4 mil mulheres e beneficiou mais de 1,5 mil famílias, além de mais de 20 mil pessoas impactadas indiretamente.

Desde 2009, a Orientavida expandiu os seus eixos de atuação e iniciou a campanha Pense Rosa, visando conscientizar o maior número de mulheres sobre a importância da mamografia para a detecção precoce do câncer de mama.

"A Orientavida está profundamente grata pela parceria com a ARTESP e suas 20 concessionárias no apoio à campanha 'Outubro Rosa'. Com esses parceiros comprometidos, estamos transformando vidas e fazendo a diferença. Essa colaboração é um exemplo poderoso de como a união de forças pode salvar vidas e criar um impacto positivo duradouro”, comenta Ana Eliza Angelieri, voluntária da ONG.

De outubro até dezembro a carreta de mamografia da Orientavida estará rodando em todo o Estado, para garantir que mais pessoas sejam atendidas.



Outubro Rosa

O mês de conscientização para o controle do câncer de mama é um movimento internacional, criado no início da década de 1990 pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, nos Estados Unidos.

Celebrado anualmente, o Outubro Rosa tem o intuito de colocar o assunto em pauta na sociedade, estimular a participação da população, empresas e entidades com ações que contribuam no combate à doença, além de compartilhar informações sobre prevenção, diagnóstico e tratamento para a redução da mortalidade.


Outubro Rosa: mês da prevenção ao câncer de mama

Diagnóstico precoce aumenta chances de cura


Como surgiu o “Outubro Rosa”? O movimento, hoje internacional, foi criado nos Estados Unidos na década de 90. Vários estados americanos adotaram ações isoladas visando a prevenção do câncer de mama no mês de outubro. Posteriormente, com a aprovação do Congresso Americano, outubro tornou-se o “mês nacional”. Em 1997, entidades da cidade de Yuba e Lodi começaram efetivamente a fomentar ações voltadas à conscientização, denominadas “Outubro Rosa”. Para sensibilizar a população, inicialmente, as cidades se enfeitavam com laços rosa, especialmente em locais públicos. O símbolo, mundialmente conhecido, foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure, durante a primeira Corrida pela Cura, realizada em 1990, na cidade de Nova York. Na época, os corredores receberam o laço para usar durante a corrida e, depois disso, eles passaram a ser distribuídos em locais públicos, desfiles de moda e em outros eventos. 

No Brasil, a campanha chegou em 2002, ano em que o Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo, foi iluminado com a cor rosa. A partir de 2008, o movimento ganhou força e foi abraçado por todo o país, cobrindo de luzes cor de rosa os principais monumentos durante a noite.  Assim, o “Outubro Rosa” se expandiu e se tornou popular, unindo o mundo em prol de uma causa. 

A recomendação é que todas as mulheres realizem o exame clínico das mamas, no mínimo uma vez por ano, complementado pela mamografia, conforme a idade. Com o exame, consegue-se detectar nódulos muito pequenos, que não são sentidos ou observados durante a palpação. Quando o tumor é detectado precocemente, a chance de cura é de 95%.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer – INCA, o câncer de mama atinge mulheres de todas as regiões do Brasil. Ele só perde para o câncer de pele como o mais incidente entre as mulheres, chegando a 66.280 novos casos por ano, o que representa uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100 mil mulheres.

O câncer de mama é causado pela multiplicação desordenada de células anormais, o que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos. Há vários tipos de câncer de mama, alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente. A maioria dos casos, quando tratados adequadamente e em tempo oportuno, apresentam bom prognóstico.

Com os avanços da medicina, desde que seja realizado um diagnóstico precoce, o câncer de mama tem cura. Dentre as novas ferramentas que proporcionam maiores chances de sucesso está o modelo “Organoides Derivados de Pacientes” (PDOs) - um cultivo celular que melhor reflete in vitro as condições observadas in vivo. O teste Onco-PDO, trazido para o Brasil pela Invitrocue, permite que as células do próprio paciente sejam cultivadas e testadas para diferentes drogas quimioterápicas, e analisa como as células respondem aos diferentes tratamentos.

A novidade dos testes de organoides, como o ONCO-PDO da Invitrocue, é que pela primeira vez oferece-se uma plataforma padronizada para testar o efeito que diferentes drogas podem ter nas células tumorais de cada paciente, como alternativa às previsões clínicas de como o câncer pode responder a uma terapia. Esses exames representam um avanço tecnológico de grande relevância.

O Teste Onco-PDO permite experimentar os diferentes tratamentos em laboratório sem que o paciente sofra os efeitos secundários gerados por este tipo de medicamentos, que geralmente são muito agressivos. Disponível para coletas em todo o Brasil para câncer de mama, pulmão, colorretal, pancreático, gástrico, próstata e ovário, o Teste Onco-PDO permite que o médico escolha 8 de 60 drogas para testagem e o resultado demonstrará como as células responderam em laboratório, representando uma ferramenta de alto valor para a continuidade do tratamento. O relatório, gerado em até 21 dias, fornece informações de como os organoides derivados do paciente responderam aos diferentes tratamentos testados. 

Para mais informações, consulte a Invitrocue Brasil. Para que a nova ferramenta possa ser utilizada, converse com o seu médico para uma avaliação precisa e análise das opções de tratamento! 



Invitrocue Brasil
www.invitrocuebrasil.com.br


Sintomas intensos de TPM podem estar relacionados à menopausa precoce no futuro

Mulheres com Síndrome Pré-Menstrual (SPM)
têm mais chances de desenvolver menopausa precoce
Créditos: Envato
Cólicas fortes, dores de cabeça frequentes e irritabilidade exacerbada podem dobrar chances de último ciclo menstrual antes dos 40 anos



Mulheres que possuem a Síndrome Pré-Menstrual (SPM) têm o dobro de chances de desenvolver menopausa precoce, de acordo com um estudo realizado com mais de 3 mil mulheres, divulgado em setembro. A Síndrome Pré-Menstrual é um transtorno que ocorre na fase lútea do ciclo e que é caracterizado pela irritabilidade, ansiedade, dor de cabeça, mau humor, fadiga, insônia, ganho de peso e mamas doloridas, entre outros. 

Além da SPM, há também o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM), que é ainda mais grave e severo. Ele é caracterizado principalmente por sintomas que podem interferir nas atividades rotineiras da mulher, comprometendo tanto a vida pessoal quanto profissional. Alguns exemplos comuns são: instabilidade emocional, mau humor extremo, ansiedade intensa e humor deprimido. O diagnóstico do TDPM deve ser feito por um médico, levando em conta a exclusão de outras condições médicas, como transtorno de ansiedade, depressão, endometriose e problemas de tireoide, por exemplo.

A menopausa corresponde ao último ciclo menstrual de uma mulher e normalmente ocorre entre os 45 e 55 anos. Quando a última menstruação ocorre antes dos 40 anos, é considerada precoce. A menopausa antes dos 45 anos é incomum, mas não é considerada precoce. 


Duas décadas de pesquisa

O estudo foi realizado com 3.635 mulheres, entre junho de 1991 e junho de 2017. Desse total, 1.220 delas apresentavam distúrbios pré-menstruais, enquanto 2.415 não apresentavam. As participantes foram avaliadas a cada dois anos para relatar a gravidade dos sintomas da TPM e registrar a data da última menstruação. Entre as mulheres com SPM, 17 relataram ter tido menopausa precoce, e entre as mulheres sem SPM, 12 relataram o mesmo. Os cálculos demonstraram uma incidência de menopausa precoce de 7,1 para cada 1.000 pessoas por ano entre as pacientes com SPM, em comparação com 2,7 casos para cada 1.000 pessoas por ano entre as pacientes sem Síndrome Pré-Menstrual. 

A pesquisa foi publicada pela revista médica Jama Network Open, que é produzida pela Associação Médica Americana. Os pesquisadores ressaltaram que o estudo tem caráter observacional, ou seja, não é possível afirmar que os sintomas graves da TPM causem menopausa precoce, mas há uma correlação entre os dois. 

Para a ginecologista Renata Mieko Hayashi, coordenadora do setor de Saúde da Mulher do Hospital São Marcelino Champagnat, é importante que as mulheres façam acompanhamento ginecológico e estejam bem informadas sobre seus corpos. “Cólicas muito intensas não são normais. Sangramento excessivo não é normal. Ter que mudar completamente a rotina devido à TPM ou ao período menstrual não é algo normal. Ter um profissional de confiança e atencioso é essencial para identificar problemas ginecológicos e considerar o melhor tratamento para cada caso”, recomenda. 


Exames de rotina para cada fase

Adolescência

- A primeira consulta com um médico ginecologista deve ser realizada na adolescência, especialmente após a menarca, que é a primeira menstruação da mulher. É importante que o acompanhamento com um especialista seja feito nessa fase da vida, fornecendo orientações sobre saúde íntima, informações sobre métodos contraceptivos e como se proteger contra doenças sexualmente transmissíveis.

Início da vida sexual

- A partir da primeira relação sexual, é importante que a mulher esteja atenta à necessidade de realizar o exame de Papanicolau anualmente, além de exames de sangue recomendados pelo especialista.

Exames periódicos

- O Papanicolau é feito para detectar lesões precursoras do câncer do colo do útero e infecções pelo HPV, e deve ser realizado anualmente, a menos que haja um(a) parceiro(a) fixo(a); nesse caso, a frequência pode ser reduzida para a cada três anos.

Entre 30 e 40 anos

- A partir dos 30 anos, é recomendada a mamografia para mulheres que tenham histórico de câncer de mama na família. Para as demais, a recomendação vale a partir dos 40. Além disso, um ultrassom pélvico é realizado para verificar o estado do útero, ovários e trompas. Exames de sangue são solicitados pelo médico especialista, dependendo das necessidades individuais.

Entre 40 e 50 anos

- A atenção à saúde das mamas é ainda mais importante, com a mamografia sendo realizada anualmente. Além dos exames mencionados anteriormente (que devem ser mantidos), é aconselhável uma avaliação cardíaca com um especialista. O ginecologista também deve monitorar o funcionamento da tireoide e avaliações hormonais para verificar a necessidade de reposição devido à menopausa.

Entre 50 e 60 anos

- Além dos exames citados na faixa etária anterior, recomenda-se uma avaliação da densidade óssea para verificar o risco de desenvolvimento de osteoporose.

A partir dos 60 anos

- É importante realizar um acompanhamento anual, com todos os exames relacionados acima e, se possível, agendar uma consulta com um neurologista para identificar eventual doença neurológica.

 

Seconci-SP lança a Campanha Saúde Mental – Cuidado de Todos

Objetivo é cuidar da saúde psíquica do trabalhador da construção

 

O Seconci-SP (Serviço Social da Construção) lançou em 26 de setembro, em evento híbrido, a Campanha Saúde Mental – Cuidado de Todos. Ao abrir o evento, Maristela Honda, presidente do Seconci-SP, destacou que a entidade se preocupa com a saúde mental dos colaboradores das empresas.

“Pressão no trabalho, insegurança nas ruas, violência doméstica e outros fatores têm contribuído para o aumento de casos de desestabilização emocional. Isso é muito preocupante. Chegou a hora de nossas construtoras enfrentarem essa questão e não varrê-la para debaixo do tapete”, afirmou a presidente do Seconci-SP, que também é vice-presidente de Responsabilidade Social do SindusCon-SP (Sindicato da Construção).

Segundo Maristela, “para contribuir, o Seconci-SP lança a Campanha Saúde Mental – Cuidado de Todos. Nós nos propusemos a orientar os diversos setores responsáveis pelas obras a identificar, acolher e ajudar aqueles que apresentem evidências de sofrimento psíquico que tem aparecido com muita frequência. Vamos também levar essas orientações para todas as nossas Regionais do Interior. E ainda contamos com o trabalho permanente dos psiquiatras, psicólogos e grupos de apoio do Seconci-SP. Com isso, além de tratar daqueles que sofrem, estaremos promovendo um ambiente de trabalho mais solidário e produtivo em nossas obras”.

Haruo Ishikawa, vice-presidente de Relações Capital-Trabalho do SindusCon-SP e membro do Conselho Deliberativo do Seconci-SP, afirmou que a entidade decidiu realizar a campanha para “abrir o coração do trabalhador. Não podemos ficar cegos nessa questão, temos que cuidar de sua saúde psíquica. Se houvesse no país um trabalho mais aberto, não teríamos contido episódios como o suicídio da jogadora de vôlei Walewska Oliveira?”, indagou.


Enfrentando as doenças mentais

O dr. Giancarlo Rodrigues Brandão, superintendente Ambulatorial do Seconci-SP, destacou que as patologias mentais como depressão, ansiedade e burnout, se não tratadas, podem resultar em suicídios, e alertou para a importância de combate ao estigma que leva muitas pessoas a não procurarem tratamento. Mostrou os sinais que esses pacientes dão de seu sofrimento psíquico e a necessidade de eles serem devidamente cuidados.

O superintendente explicou como funcionará a campanha. O Seconci-SP disponibiliza psicólogos, psiquiatras, assistentes sociais e grupos de apoio. A entidade também está lançando um programa para combater a dependência digital, com recomendações para as pessoas não se tornarem “escravas” da internet.

Cartazes e folders da nova campanha para as obras serão disponibilizados. O material estimula os trabalhadores da construção que desejarem tratamento a buscarem a Unidade do Seconci-SP mais próxima. Também serão divulgados vídeos sobre saúde mental pelas redes sociais.


Estigmatização

O enfermeiro Paulo Barros, gerente do Centro de Atenção Psicossocial Adulto (Caps) III Vila Matilde, administrado pela organização social de saúde SAS Seconci-SP, comentou que a estigmatização de quem tem sofrimento psíquico gera discriminação, e lembrou como antigamente os pacientes eram internados em manicômios, sofrendo violências físicas e psíquicas.

Ele mostrou como esse modelo foi sendo questionado, com a criação do primeiro Caps em 1987, e a criação da legislação moderna de tratamento dos pacientes, com a implementação de um novo modelo de cuidados. Elencou ainda os diversos distúrbios psíquicos que acometem os pacientes e requerem o tratamento por psiquiatras e psicólogos.

Assista ao evento, clicando aqui. https://www.youtube.com/watch?v=ofWg0umhkfY

 

Varizes vão além da estética e podem se tornar um problema grave de saúde

Varizes tratadas não voltam, mas outras podem se desenvolver e trazer complicações

 

As varizes são caracterizadas pela dilatação das veias normais e acometem tanto mulheres quanto homens. É um problema que vai muito além da estética porque se trata de uma doença. A dilatação das veias faz com que o sangue não circule adequadamente dentro delas e, com isso, pode ocorrer uma série de complicações.

Para o cirurgião vascular e membro da SBACV - Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, Dr. Márcio Steinbruch, a saúde deve ter uma atenção maior do que a parte estética. “As varizes podem trazer problemas como tromboflebite, manchas, dor e outros incômodos. Portanto, o alvo principal no tratamento de varizes é a saúde. O estético é importante, também, devemos unir o útil ao agradável”, comentou.

O fator principal do desenvolvimento de varizes é a questão genética, se familiares de um indivíduo têm varizes, a pessoa está predisposta a doença. Mas outros fatores também podem levar ao aparecimento de varizes, como sedentarismo, uso de calçados inadequados, uso de anticoncepcionais, longos períodos em pé ou sentado e até mesmo o envelhecimento.

O tratamento depende dos tipos de vasos que estão presentes e vai desde o uso de medicamentos, passando pelas meias elásticas até tratamentos minimamente invasivos, como cirurgias bem superficiais e o uso do laser. A escolha depende de cada caso. “No tratamento da doença varicosa é preciso descartar as veias doentes da circulação. Outras veias que estão normais podem adoecer e, tempos depois, se transformarem em outras varizes. Assim fica claro que as varizes tratadas não voltam, outras que aparecem”, explicou Steinbruch.

A principal forma de prevenção contra as varizes é o acompanhamento de um cirurgião vascular, que pode tratar a doença antes que ela se torne grave. Mas existem outras maneiras que podem ajudar na prevenção, como a utilização de meias de compressão, praticar exercícios físicos, ter uma dieta rica em fibras, elevar as pernas, evitar ficar longos períodos em pé e também movimentar as pernas enquanto estiver sentado, caso seja por muito tempo. 



Dr. Márcio Steinbruch – Formado pela Universidade de São Paulo (USP), é médico com especialização em cirurgia vascular pelo Hospital das Clínicas da FMUSP, além disso, possui título de especialista pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e é membro efetivo da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Curta as redes sociais do médico: Instagram: @livredevarizes
https://www.facebook.com/livredevarizes
www.livredevarizes.com.br

Butantan identifica molécula com potencial para combater superbactérias

José Felipe Batista/Comunicação Butantan
Pesquisadores identificaram e sintetizaram a Doderlina que eliminou bactérias como Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa, que causam infecções gastrointestinais e pulmonares

 

Pesquisadores do Instituto Butantan, órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, acabam de identificar e sintetizar uma molécula que batizaram de Doderlina e que apresentou atividade antimicrobiana contra diferentes bactérias e fungos. O estudo foi publicado na revista Research in Microbiology. 

Extraído da Lactobacillus acidophilus, uma bactéria que habita a microbiota humana, o composto não é tóxico e tem potencial para se tornar um novo antibiótico no futuro e ajudar a combater infecções resistentes. 

A resistência antimicrobiana é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das 10 maiores ameaças à saúde pública, e tem como principal causa o uso indiscriminado de antibióticos. Com 1,2 milhão de mortes causadas por bactérias resistentes a cada ano, e quase 5 milhões de óbitos indiretamente associados, a entidade estima que o problema pode custar US$ 100 trilhões à economia global até 2050, e destaca que é preciso ampliar o desenvolvimento de novos antibióticos o quanto antes. 

Em testes em laboratório, o novo composto combateu bactérias que já foram amplamente relatadas como microrganismos multirresistentes, como a Escherichia coli e a Pseudomonas aeruginosa. A primeira está associada ao trato gastrointestinal e urinário e à meningite neonatal, e a segunda pode causar infecções pulmonares e gastrointestinais. 

“Agora, precisamos encontrar parceiros para desenvolver os testes e, em caso de resultados positivos, avançar à fase de testes clínicos”, informa o pesquisador Pedro Ismael da Silva Junior, ressaltando, porém, que há um longo caminho para que um potencial medicamento possa sair da bancada e ser disponibilizado no mercado.

 

Contra infecções recorrentes

A Doderlina se mostrou eficaz, inclusive, contra o fungo Candida albicans, causador da candidíase e conhecido pela capacidade de provocar infecções recorrentes. A infecção por Candida é uma das mais comuns em pessoas imunossuprimidas, e algumas cepas têm apresentado resistência contra o antifúngico padrão. 

A hipótese dos pesquisadores é que a molécula poderia ser utilizada tanto na indústria farmacêutica, para o desenvolvimento de medicamentos, como na indústria alimentícia, para evitar contaminação e tratar animais infectados. 

“Os peptídeos antimicrobianos são compostos sintetizados por todas as formas de vida, com o objetivo de se proteger de ameaças e aumentar sua competitividade para sobreviver em um ambiente específico”, explica Pedro Ismael, que coordenou o estudo, conduzido no Laboratório de Toxinologia Aplicada do Instituto Butantan como objeto do mestrado em Biotecnologia da estudante Bruna Souza da Silva.

 

Estudos e hipóteses

Com ampla experiência em caracterização, purificação e síntese de moléculas, o grupo de pesquisa do Laboratório de Toxinologia Aplicada já identificou diversos compostos com atividade antimicrobiana, provenientes não só de bactérias, mas de veneno e sangue de animais peçonhentos, como aranhas e escorpiões, e também de plantas. Um exemplo é a Mygalina, extraída da aranha Acanthoscurria gomesiana, que demonstrou efeito neuroprotetor em animais, reduzindo a dor neuropática e comportamentos antidepressivos. 

“A ideia por trás disso é que, se esses organismos vivem na Terra há milhões de anos, e mudaram muito pouco ao longo do tempo, eles têm alguma característica que os defende, que os protege. Então nós partimos dessa premissa para buscar novos compostos terapêuticos”, diz o cientista.

 

Aperfeiçoando a molécula

Uma vez identificado um composto com propriedade antimicrobiana, o trabalho não para por aí. Segundo o pesquisador Pedro Ismael, outra etapa é analisar quais partes da sequência da molécula são mais relevantes para que a ação terapêutica aconteça. Para isso, seu aluno de doutorado Elias Jorge Muniz está fragmentando a Doderlina, sintetizando e avaliando a atividade e a toxicidade desses fragmentos separadamente. 

O objetivo é deixar a molécula menor e, consequentemente, mais barata, mais eficaz e mais segura. “Quanto mais aminoácidos tem a molécula, ou seja, quanto maior ela é], maior o risco de ela provocar uma resposta de anticorpos, uma reação do sistema imune”, aponta Pedro.

 


Portal do Butantan


Mais de 270 mil mulheres serão diagnosticadas com câncer de mama e colo do útero até 2025

Durante a Campanha Outubro Rosa, a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) apela para que a população feminina a partir de 40 anos faça mamografia anualmente e cultive hábitos saudáveis

 

Apenas no Brasil, para cada ano do triênio 2023-2025, são estimados 73.610 casos de câncer de mama e 17.010 de colo do útero. No total, mais de 270 mil mulheres serão diagnosticadas com esses dois tipos de tumores, os quais ocupam, respectivamente, a 1ª e 3ª posições  no ranking de tipos de câncer que mais acometem o sexo feminino. Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam a mortalidade de 18.361 mulheres por conta do câncer de mama e 6.606 por consequência do câncer de colo do útero.

Durante a Campanha Outubro Rosa, que tem como objetivo compartilhar informações sobre o câncer de mama e, mais recentemente, segundo o Ministério da Saúde, o câncer de colo do útero. O esforço promove a conscientização sobre estas doenças e sobre a relevância do maior acesso aos serviços de diagnóstico. Assim, a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) faz um alerta sobre a importância do diagnóstico precoce e como essas iniciativas e esse cuidado podem contribuir para diminuir as taxas de mortalidade no país.

Para a Dra. Marina De Brot, Secretária-Geral da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), o diagnóstico do câncer em estágio precoce está associado diretamente ao maior sucesso do tratamento, evolução mais favorável da doença e melhor qualidade de vida para as pacientes. “Quanto mais cedo se detecta a neoplasia, melhor. As chances de cura do câncer de mama em estágio inicial chegam a 95%", disse ela, que é médica patologista, profissional responsável pela análise da biópsia. Este procedimento é realizado para confirmar o diagnóstico da doença, classificar a neoplasia e auxiliar na determinação do tipo de tratamento mais indicado para cada paciente. A Dra. Marina é especialista em Patologia Mamária.

Entre os fatores que aumentam o risco de câncer de mama, estão a menstruação precoce, primeira gravidez e menopausa tardias, não ter filhos, obesidade na pós-menopausa, terapia de reposição hormonal, histórico familiar de câncer de mama, ovário ou pâncreas, mutações germinativas em genes específicos, como o BRCA1 e BRCA2, e hábitos como o consumo de bebidas alcoólicas. Para mulheres que fazem parte dos grupos de risco, a indicação é que a partir de 40 anos façam a mamografia de rastreamento anualmente, além de pelo menos uma mamografia entre os 35 e 40 anos de idade.

Para prevenir doenças em geral, incluindo vários tipos de câncer, recomenda-se uma alimentação variada e mais natural, rica em fibras, frutas e vegetais, a prática de exercícios físicos regularmente, evitar o consumo de álcool e o tabagismo. No entanto, mesmo que a pessoa tenha uma vida com hábitos saudáveis, os exames regulares como a mamografia no caso de câncer de mama ou o teste de HPV e/ou Papanicolau para o câncer de colo de útero, são essenciais para a detecção precoce da doença. 

Já em relação ao desenvolvimento do câncer de colo do útero,  a principal causa é o papilomavírus humano (HPV, na sigla em inglês) e, entre os principais fatores de risco, estão o início precoce da vida sexual, a multiplicidade de parceiros e o tabagismo. O rastreamento, idealmente realizado através do teste molecular para identificar o vírus HPV, é o instrumento mais eficaz para identificar as lesões precursoras de câncer de colo do útero. A vacinação de meninas e meninos de 9 a 14 anos contra o HPV também é crucial para combater a doença. A mesma é fornecida e aplicada pelo SUS nesta faixa etária.


Outras iniciativas:

Pelo segundo ano consecutivo, a SBP firma acordo de Cooperação Técnica com a Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), do Ministério da Saúde, com o intuito de ajudar a rastrear e tratar o câncer de colo do útero em mulheres indígenas. A parceria faz parte do Movimento Outubro Rosa. A instituição também tem participado de diversas campanhas que focam no combate e importância do diagnóstico precoce do câncer, como a Campanha Setembro Púrpura, dedicada ao combate do câncer ginecológico, Dia Nacional de Combate ao Fumo e Agosto Branco, mês de conscientização sobre o câncer de pulmão, segunda doença mais mortal em mulheres, entre outras.

Seja responsável pela sua vida e faça exames regularmente. Diante de qualquer alteração, procure atendimento médico. Para saber mais sobre diagnóstico precoce e campanhas que a SBP participa, acesse www.sbp.org.br.

 

Sociedade Brasileira de Patologia  - SBP

 

Apenas 58% das brasileiras fazem uso regular de contraceptivos

Especialistas alertam sobre os riscos de IST e gravidez em jovens, cujas taxas crescem no país

 

O Instituto Ipsos, a pedido da farmacêutica Organon Brasil, realizou um estudo entre julho e agosto, envolvendo 600 entrevistadas com idades de 18 a 45 anos das classes A, B e C, e constatou que 9 entre 10 mulheres têm consciência sobre os cuidados em relação à saúde sexual e reprodutiva. Mas, enquanto 92% das entrevistadas já utilizaram contraceptivos, apenas 58% fazem uso regular.

 

Gravidez precoce agrava o cenário

O Relatório de População da ONU 2023 mostrou que 1,8 milhão, ou 55,4%, de todos os nascimentos no Brasil não foram planejados. A taxa de gravidez precoce é de 68,4 nascimentos para cada mil adolescentes entre 15 e 19 anos. Estima-se que, por ano, mais de 400 mil adolescentes brasileiras se tornam mães: 50% a mais do que a média mundial 

“A adolescente está em plena fase de formação fisiológica, e uma gestação nesse período gera uma série de riscos, principalmente em menores de 16 anos ou quando a ocorrência da primeira menstruação foi há menos de dois anos”, afirma Carlos Moraes, ginecologista obstetra pela Santa Casa/SP, membro da FEBRASGO e especialista em Perinatologia pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein.             

Um dos principais riscos está relacionado ao ingresso tardio do pré-natal e, consequentemente, ao seguimento incorreto do prognóstico materno e perinatal. “Os ciclos menstruais irregulares nos dois anos pós-menarca, a falta de conhecimento do próprio corpo e a não aceitação da gravidez são alguns dos motivos que atrasam o início do pré-natal”, pontua o ginecologista. 

Além disso, há uma frequente exposição materna a medicamentos, álcool, tabaco e outras drogas no início de uma gestação ainda não identificada ou reconhecida pela adolescente.

 

Aumento de ISTs em jovens é mais um desafio

De acordo com o Boletim Epidemiológico de 2022, do Ministério da Saúde, o número de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) têm aumentado no Brasil, principalmente entre jovens de 15 a 24 anos. Só em 2021, a sífilis, por exemplo, passou de 59,1 casos (a cada 100 mil) para 78,5. Já entre 2011 e 2021, mais de 52 mil jovens com HIV, desta faixa etária, evoluíram para a síndrome da imunodeficiência adquirida (aids). 

Segundo o ginecologista obstetra Carlos Moraes, os preservativos ainda são os métodos mais acessíveis e funcionais contra ISTs, mas não são os únicos (até porque o uso de preservativos entre jovens de 15 a 24 anos caiu de 47%, em 2017, para 22%, em 2019, segundo o boletim). 

“A rede básica gratuita de saúde atende hoje meninas e meninos de 9 a 14 anos com a vacina quadrivalente (4V) contra os quatro subtipos de HPV: 16, 18, 6 e 11. Já para aqueles com risco de infecção pelo HIV devem fazer uso de antirretrovirais na Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) e Pós-Exposição (PEP), também disponíveis pela rede pública”, orienta Carlos Moraes. 

No entanto, o médico avisa que a PrEP não imuniza contra outras ISTs. “Mais uma razão para usar o preservativo. Além de proteger contra as ISTs, previne a gravidez”.

 

Conhecimento é a melhor prevenção

Para Dani Fontinele, terapeuta sexual e membro da ABRASEX, o cenário atual pode ser atribuído a fatores como mudanças comportamentais e falta de educação sexual adequada. “Nunca foi tão importante aplicar a ‘educação sexual abrangente’. “Ela agrega as complexidades dos relacionamentos íntimos, habilidades sobre relações saudáveis e as tomadas de decisões sexuais. Tudo o que os jovens de hoje precisam aprender”. 

Bárbara Bastos, sexóloga clínica e educacional pela FASEX, complementa. “O binômio informação e acesso aos centros de saúde é o que dita as regras da contracepção, pois a maioria não sabe se prevenir de forma adequada, não compreendendo o funcionamento de cada método, utilizando-o de maneira errônea ou, simplesmente, abandonando seu uso por questões pessoais”.


Reconstrução mamária após o câncer: questão de identidade e plenitude

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A campanha Outubro Rosa torna-se ainda mais valorosa diante da projeção divulgada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca). Até o final deste ano, estimam-se 73.610 novos casos de câncer de mama no Brasil. Entre as mulheres diagnosticadas com a doença, 70% se submetem a mastectomia, seja ela parcial ou total. O procedimento consiste na remoção do tecido afetado pela neoplasia, bem como suas áreas circunjacentes. A quantidade de tecido a ser removido depende de vários fatores, como subtipo do tumor, seu grau de diferenciação e seu tamanho no momento da cirurgia.

Em tumores iniciais, menores ou mesmo in situ, pode-se realizar mastectomia parcial ou quadrantectomia. Nestes casos, muitas vezes é possível a reconstrução mamária com tecido próprio da paciente, ou com auxílio de prótese mamária, sem necessariamente termos que lançar mão de retalhos musculares ou à distância.

Em casos mais avançados, pode ser necessária a retirada de toda mama - mastectomia total - ou a retirada do tecido mamário de forma a poupar a pele – adenectomia. Nestes casos, indica-se reconstrução mamária com técnicas cirúrgicas mais avançadas.

Seja qual for o caso, a reconstrução de mama, com os vários recursos disponíveis em cirurgia plástica, representa para as mulheres uma possibilidade de reabilitação física, emocional e social. E a chance de viver plenamente.

De acordo com o levantamento mais recente do Ministério da Saúde, em 2021 o Brasil realizou 37.226 mastectomias e 24.021 cirurgias plásticas para reconstrução mamária nos hospitais habilitados no SUS (Sistema Único de Saúde). A cirurgia reparadora após a retirada total ou parcial da mama é assegurada por lei federal, que vigora desde 1999, e determina a realização do procedimento pelo SUS. Os planos de saúde, da mesma forma, são obrigados pela Agência Nacional de Saúde (ANS) a oferecerem tal cobertura. Vale lembrar que tanto a reconstrução da mama afetada, quanto a cirurgia da mama sadia para simetrização de ambas, são asseguradas pelos mesmos órgãos.

Para as mulheres que estoicamente enfrentam os tratamentos de câncer de mama, a cirurgia plástica dispõe de recursos cada vez mais aprimorados que permitem a reconstrução do órgão. Os procedimentos podem ser feitos imediatamente após a retirada do tumor ou da mama, no mesmo tempo cirúrgico, sendo esta a opção mais desejada por médicos e pacientes. Entretanto, em algumas situações, a reconstrução não pode ser realizada em mesmo tempo, sendo realizada mais tarde, após a reabilitação da paciente.

Como vimos, a reconstrução mamária aumenta o seu grau de complexidade, a depender da quantidade de tecido retirado. Por exemplo, em tumores pequenos, diminutos, dependendo da gravidade, é possível fazer reconstruções mamárias com o próprio tecido da paciente. As mamas ficam um pouco menores, mas mais projetadas e com cicatriz parecida com a de uma mastopexia estética. Lembramos, já neste momento, que é possível também realizar a simetrização, ou seja, adequar o volume da mama contralateral ao volume atual da mama reconstruída.

Em casos mais complexos, pode haver a necessidade de reconstrução mamária com utilização de retalhos musculares locais, como músculo peitoral maior, peitoral menor, serrátil anterior, bem como o reto abdominal. Esta reconstrução muitas vezes requer a utilização de prótese mamária, com cobertura muscular da mesma, simulando um aumento volumétrico da mama já retirada.

Nas situações em que há uma perda maior de pele, ou mesmo quando há a retirada de parte dos músculos torácicos pela invasão da doença, faz-se necessária a utilização de retalho de outra parte do corpo apara cobertura adequada. Podemos, nestes casos, usar o retalho do músculo grande dorsal, que é rodado para a parte anterior da paciente, promovendo a cobertura adequada da área a ser reconstruída. Outro retalho de rotação e pediculado é o retalho de músculo reto abdominal, em que se rodam pele, tecido celular subcutâneo e o próprio músculo para cobertura da mesma forma.

Em casos selecionados, quando não é possível a utilização dos retalhos pediculados, ou mesmo por opção do cirurgião, pode-se a aplicar a técnica de retalho microcirúrgico. Este é confeccionado ao seccionarem-se os vasos de músculos à distância e anastomosá-los aos vasos locais de irrigação da mama e do tórax. Desta forma, cobre-se bem a área afetada.

Em todas as técnicas de retalhos musculares, é indicada a reconstrução de sua área doadora, seja na técnica microcirúrgica, seja na técnica pediculada.

Mesmo em uma cirurgia de reconstrução mamária, o cirurgião plástico sempre busca o aspecto estético. E em cirurgias estéticas muitas vezes também se promove uma ação reparadora. Mas cabe relembrar que há limitações técnicas e também de resultados estéticos, uma vez esta é uma cirurgia reconstrutiva e reparadora com resultados mais difíceis e complexos. Fatores locais e mesmo o tratamento do câncer com medicações e radioterapia, podem influenciar na cicatrização e na recuperação do tecido reconstruído. A prioridade sempre é o tratamento da doença, mas o especialista também considera o resgate da autoestima!

Como em qualquer procedimento, a reconstrução mamária requer exames, cuidados e avaliações no pré-operatório, sempre acompanhados por um especialista participante Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e/ou da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). A recuperação da paciente, com os recursos avançados oferecidos pela cirurgia plástica, é mais rápida e mais segura.

Entre as pacientes submetidas à mastectomia, a retirada da mama é comparável à perda de um órgão do corpo, ou mesmo uma mutilação, que neste caso as identifica culturalmente como mulheres. O viés da autoestima contempla um condicionante de existência, que é viver com saúde e plenitude.

 

Dr. Juliano Pereira - Cirurgião plástico e coordenador do Departamento de Cirurgia Plástica da SMCC (Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas)


Doctor Clin promove conscientização para prevenção da gravidez na adolescência

 

Desafio é estabelecer uma abordagem integrada que englobe educação sexual aberta, acesso a métodos contraceptivos e diálogo aberto entre pais, cuidadores e profissionais de saúde

 

No dia 26 de setembro, data que foi celebrada como o Dia Mundial de Prevenção de Gravidez na Adolescência, a Doctor Clin se une a esta causa vital, destacando a importância de informar e empoderar os jovens para tomar decisões informadas sobre sua saúde sexual. A gravidez na adolescência acarreta desafios significativos tanto para os jovens como para a sociedade em geral.

De acordo com dados do Ministério da Saúde do Brasil, a taxa de gravidez entre adolescentes de 15 a 19 anos foi de aproximadamente 56,3 nascimentos para cada 1.000 jovens em 2020. Estas estatísticas ressaltam a necessidade urgente de fornecer educação sexual aberta e precisa, acesso a métodos contraceptivos e um espaço seguro para diálogos sobre responsabilidade sexual. Capacitar os adolescentes a tomar decisões informadas é fundamental para prevenir gravidezes não planejadas que podem impactar seu futuro e bem-estar.

Para a médica obstetra, Roberta Holme, o maior desafio para enfrentar o problema da gravidez na adolescência é educar adolescentes e, sobretudo, promover o diálogo.

"Em muitos lares, os adolescentes enfrentam desafios para se comunicar com seus pais devido a diversas razões, como a educação recebida, a rigidez no ambiente familiar, o medo ou até mesmo a ausência dos pais. Nesse contexto, considero que as escolas de ensino fundamental e os postos de saúde desempenham um papel fundamental. É importante mencionar também o papel das assistentes sociais, que podem visitar as famílias, estabelecer diálogos construtivos, entender suas necessidades, oferecer orientação e, em seguida, encaminhar as adolescentes para os centros de saúde. Dessa forma, é possível discutir e recomendar o método contraceptivo mais adequado para cada caso”, afirmou.

Um aspecto fundamental na gestação na adolescência, que merece nossa atenção, é a responsabilidade compartilhada. Muitas vezes, a gravidez adolescente é encarada como uma questão feminina, e isso pode levar a um isolamento das jovens mães. Após cerca de um ano, é comum observar a dissolução dos casais e a jovem mãe assumindo a responsabilidade exclusiva pela criança. Isso torna desafiador o retorno aos estudos e a entrada no mercado de trabalho.

“Acredito que é crucial focar não apenas na educação das meninas, mas também dos meninos. Ambos devem ser educados sobre a prevenção da gravidez na adolescência e sobre a importância de assumir responsabilidade conjunta pela criança. Muitas vezes, a ênfase recai apenas sobre as mulheres, negligenciando o papel dos homens nesse processo. Promover diálogos abertos e informativos sobre esse tema não deve ser direcionado exclusivamente às meninas, mas também aos meninos. Acredito que isso terá um impacto significativo e positivo, contribuindo para uma abordagem mais equitativa e consciente da gestação na adolescência”, acrescentou.

A especialista lembra que no Brasil existe uma boa distribuição de anticoncepcionais de preservativos. Portanto, o foco deve estar na educação.

"A questão do uso da camisinha por adolescentes é cercada de preocupações e tabus. Tanto os meninos quanto as meninas enfrentam medos e inseguranças quando se trata de discutir e usar métodos contraceptivos. Nas escolas, não se trata apenas de ensinar os métodos anticoncepcionais, pois os adolescentes geralmente já têm esse conhecimento. O que realmente falta é abrir espaço para discussões abertas e honestas, criar um ambiente onde eles possam expressar suas opiniões, preocupações e necessidades. Isso pode ser alcançado por meio de rodas de conversa e programas de educação sexual que incentivem a comunicação e o entendimento mútuo. Além disso, é essencial aumentar o acesso aos métodos contraceptivos de longa duração, como o DIU e os implantes. A adolescência é uma fase da vida marcada pela instabilidade e pela facilidade de esquecimento ao tomar anticoncepcionais diários. Portanto, investir em métodos mais duradouros na saúde pública pode ser uma solução eficaz para reduzir as taxas de gravidez na adolescência. Acredito que uma abordagem mais aberta, educativa e acessível à contracepção teria um impacto significativo e positivo nessa questão sensível”, finalizou a médica.


Marcelo Matusiak

 

Quase 90% das empresas do Brasil registraram funcionários afastados por doenças mentais neste ano, revela pesquisa


Uma pesquisa inédita da Conexa, ecossistema digital de saúde, líder na América Latina, realizada com gestores e profissionais de recursos humanos de 767 empresas do País, constatou que a saúde mental do brasileiro no ambiente do trabalho vai muito mal. Das 1.589 pessoas que responderam perguntas elaboradas pela startup, 87% afirmaram ter ocorrido afastamento em sua corporação por causa de doenças que afetaram a mente do colaborador somente neste ano.

 

A ansiedade (com 51%) é o transtorno, de acordo com os pesquisados, que mais afastou as pessoas do trabalho, seguido por depressão (17%), estresse (16%) e síndrome de burnout (14%). O estudo foi feito nos dias 8, 9 e 10 de agosto com visitantes do Congresso Nacional de Gestão de Pessoas (Conarh) neste ano, em São Paulo. Mais de um funcionário da mesma empresa podia responder as mesmas perguntas e, consequentemente, apresentar visão diferente do outro.

 

Do total, 48% dos gestores e funcionários de rhs ainda relataram que, por percepção, eles acreditam que possam existir pelo menos 10% de colaboradores espalhados em suas empresas com doenças mentais não detectadas. Outros 19% acham que 20% dos funcionários em seus ambientes de trabalho têm diagnósticos ainda não identificados, além de também 19% declararem que não sabem dizer.

 

Esta grave situação no ambiente do trabalho já havia sido alertada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em seu relatório anual, divulgado em 2022. Segundo a entidade, há um considerável aumento de diagnósticos de depressão ou ansiedade no Brasil.

 

São cerca de 11,5 milhões, maior número da América Latina, muitos destes adquiridos no mercado de trabalho. “A situação é bem grave em nosso País e as próprias lideranças já se atentam a este problema, conforme pudemos constatar nesta pesquisa”, afirma Erica Maia, médica psiquiatra e gerente de saúde mental da Conexa. “Investir em programas de saúde mental não deve ser visto apenas como um benefício para a empresa; é uma estratégia de negócios para que haja um ambiente colaborativo, saudável, com mais produtividade e retorno financeiro para as corporações”, emenda Erica.

 

A visão das lideranças e dos funcionários dos rhs também ficou clara na pesquisa Conexa. O estudo mostrou que cerca de 80% dos respondentes acreditam que dar acesso a médicos e psicólogos é muito importante para a empresa e colaboradores. Apenas 4% dos participantes não consideram o benefício à saúde como a principal necessidade da empresa. Só 1% considera pouco importante essa questão.

 

Dos pesquisados, 47% consideram ainda a saúde mental como a principal dor/desafio dentro da empresa. Em segundo lugar foi apontado o clima e cultura organizacional (24%) e em terceiro a atração e retenção de talentos (18%).

 

Metodologia

 

O questionário com nove perguntas foi respondido, nos dias 8, 9 e 10 de agosto, por 1.589 pessoas que trabalham dentro de setores de recursos humanos e/ou gestão de pessoas nas empresas.

A amostra representou 767 empresas que participaram do Congresso Nacional de Gestão de Pessoas (Conarh), considerado como sendo o maior evento de gestão de pessoas da América Latina. A feira foi promovida pela Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH).

Somente coordenadores (20%), gerentes (14%), diretores (5%), vice-presidentes (1%), além de outras lideranças incluindo colaboradores de rhs (60%) participaram da pesquisa. A maior parte das pessoas que respondeu as perguntas (25%) pertenciam a uma empresa que tem entre 101 e 500 funcionários, seguidos por outros que eram contratados por uma corporação com 1.001 a 5 mil empregados (24%).

 

Sobre a Conexa   

 

Fundada em 2017, a startup Conexa, ecossistema digital de saúde baseado em valor, conta com milhares de médicos, psicólogos e nutricionistas. Une pacientes, profissionais, empresas e operadoras com o objetivo de reduzir as ineficiências de custo e qualidade de atendimento do sistema suplementar de saúde.

 

A empresa oferece a saúde integral porque disponibiliza cuidados multidisciplinares ao longo de toda a vida dos pacientes. Agrega a inteligência graças à ampla base de dados que dá subsídios aos clientes corporativos ou de operadoras para que ocorra a melhor tomada de decisão na sua gestão populacional.

 

Nasceu com o objetivo de democratizar o acesso à saúde de qualidade. Oferece produtos de saúde mental, consultas online em mais de 30 especialidades. Cuida de pacientes com doenças crônicas e de urgência – com o Pronto Atendimento Virtual, no qual um médico começa a atender um paciente em menos de cinco minutos.

 

 A empresa trabalha também com soluções mais longitudinais no qual o paciente é acompanhado durante toda sua jornada de saúde. Um exemplo é o Programa de Atenção à Saúde Primária, englobando cuidados da baixa à média complexidades.

 

Atualmente, os profissionais da Conexa realizam mais de 400 mil consultas por mês, sendo 180 mil em saúde mental. O modelo de negócios, voltado para B2B, possibilita à Conexa cobrir 24 milhões de vidas.

 

Conta com renomado board médico formado por médicos como Ben-Hur Ferraz Neto, Roberto Botelho, Romeu Domingues e Otávio Gebara.

 

Desde 2020, a Conexa tem recebido aportes de grandes grupos financeiros. A e.Bricks Ventures, General Atlantic, Família Fraga, Goldman Sachs, Igah Ventures e Endeavour Scale-Up acreditaram no projeto e ajudaram a empresa a se consolidar no mercado de telessaúde.

 

Em 2021, houve um novo passo importante para sua história: a integração da Psicologia Viva, por meio de M&A.

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