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quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Pesquisa revela que ansiedade afeta mais da metade dos pacientes com a Síndrome do Intestino Irritável

 Estudo reforça a importância da relação eixo cérebro-intestino, mostra a demora até o diagnóstico, o preconceito de quem não conhece a doença e o impacto do absenteísmo na rotina dos pacientes

 


Da direita para a esquerda: Fábio Teixeira, gastroenterologista e Diretor Científico do Núcleo de Avaliação Funcional do Aparelho Digestivo(NAFAD), Renata Spallicci, Vice-Presidente Executiva da Apsen, Yasmin Brunet, atriz e empresária, e Adriana Bittar, jornalista e moderadora do evento que marcou o lançamento da campanha Pode Ser SII.
Crédito: Junior

 Um levantamento inédito com 667 indivíduos — homens e mulheres a partir dos 18 anos, em todas regiões do país — avaliou a incidência, a prevalência e a jornada da Síndrome do Intestino Irritável (SII) no Brasil, enfermidade crônica que acomete principalmente mulheres e pode afetar 17%1,2 da população, cerca de 36 milhões de pessoas, sendo duas vezes mais as mulheres do que os homens3. 

A pesquisa “Pode Ser SII”, realizada pelo Instituto Inception e pela Apsen, em parceria com o Núcleo de Avaliação Funcional do Aparelho Digestivo (Nafad), analisou desde os primeiros sinais e sintomas até o diagnóstico da SII. 

Dos entrevistados, 53% apresentaram manifestações de moderadas a graves e 4,6% tinham o diagnóstico confirmado da doença, sendo que as mulheres representaram 80% dos casos. “O estudo mostrou que há uma alta incidência de sintomas moderados a graves. 

Entretanto, notamos um percentual baixo de prevalência, o que pode sinalizar um cenário relevante de subdiagnóstico.

Por isso, conhecer os sinais e sintomas e procurar um médico especialista são questões essenciais para agilizar o diagnóstico, iniciar o tratamento e melhorar a qualidade de vida”, explica Williams Ramos, gerente médico da Apsen. 

A pesquisa indica que o diagnóstico pode demorar até 14 meses — sendo majoritariamente feito pelo gastroenterologista (em 58% dos casos).

Dos pacientes que chegam ao consultório, 80% são mulheres, 60% recebem o diagnóstico do primeiro médico, enquanto 40% passam, em média, por até dois especialistas antes da confirmação. 

A questão do absenteísmo também foi avaliada no estudo: quase metade dos pacientes com SII (46%) já precisou se afastar do trabalho pelo menos duas vezes ao longo da vida. Preconceito e saúde mental.

O levantamento mapeou ainda aspectos mais amplos, como o preconceito e o baixo nível de conhecimento da população sobre a Síndrome do Intestino Irritável.

Metade dos pacientes que têm a doença admite já ter ouvido de amigos próximos reações de incredulidade ou até comentários de “exagero” ao compartilhar sintomas e dificuldades enfrentadas no dia a dia por conta da enfermidade. 

O levantamento também trouxe outra constatação atual: a ansiedade (56%) e a depressão (32%) foram as principais comorbidades associadas aos indivíduos com SII. Essa realidade reforça um cenário que envolve saúde mental e comportamento, destacando a importância da relação entre o eixo cérebrointestino. 

A Campanha Pode Ser SII Para ampliar o conhecimento do público sobre a Síndrome do Intestino Irritável, a Apsen, com apoio do Núcleo de Avaliação Funcional do Aparelho Digestivo (Nafad), lança a campanha “Pode Ser SII”, com foco na identificação precoce dos sinais, sintomas, diagnóstico precoce e tratamento, fatores essenciais para que os pacientes mantenham a qualidade de vida.

O projeto, focado em conteúdos digitais e redes sociais, adota um tom leve para tratar de um tema que ainda envolve tabus. 

Com o mote “Está na hora de fazer as pazes com o seu intestino. Sua relação complicada com o seu intestino pode ser SII”, a campanha destaca como principal serviço um teste rápido e gratuito disponível em: https://podesersii.com.br/. No site, o participante responde a cinco perguntas clássicas sobre a SII. 

Com base nos critérios Roma IV3, conjunto de diretrizes internacionais usadas para identificar doenças gastrointestinais funcionais4, o sistema indica se os sintomas relatados podem sugerir a necessidade de procurar um especialista.

Sintomas e Diagnóstico da SII Os sintomas da Síndrome do Intestino Irritável são crônicos e recorrentes, podendo variar em intensidade e frequência ou até mesmo desaparecer ao longo do tempo. 

Os principais são: dores abdominais (queixa mais importante e critério central para o diagnóstico), diarreia, prisão de ventre e/ou gases intestinais.

Outros cenários como distensão abdominal, flatulência, sensação de evacuação incompleta, urgência para evacuar e presença de muco nas fezes também podem indicar um quadro de SII. 

O diagnóstico é fundamentalmente clínico, sem a necessidade de uma bateria extensa de exames, e baseia-se nos critérios Roma IV. O Tratamento da SII O tratamento da Síndrome do Intestino Irritável depende da natureza e intensidade dos sintomas, do grau de comprometimento funcional e dos fatores psicossociais envolvidos. 

Existe um consenso, cada vez mais aceito, de que as medidas de atenção primárias são aquelas que refletem o melhor controle dos sintomas. Nesse contexto, a abordagem individualizada, identificando os fatores desencadeantes ou agravantes dos sintomas de cada paciente, é a maneira mais adequada de realizar o tratamento. 

A frequência das evacuações, a consistência das fezes e a satisfação dos pacientes são os melhores indicadores da eficácia clínica. A abordagem também precisa levar em consideração o estilo de vida e hábitos alimentares do indivíduo. 

As opções terapêuticas incluem medicações que ajudam a relaxar os músculos do intestino para reduzir o incômodo, adoção de práticas que auxiliam na regularidade e no controle do trânsito intestinal, inclusão de fibras dentro de uma dieta balanceada, hidratação adequada para os casos de constipação(prisão de ventre) e o uso de probióticos como estratégia para reequilibrar as bactérias boas do intestino. 



Apsen - indústria farmacêutica familiar 100% brasileira, fundada pelo Dr. Mario Spallicci e sua esposa, Dona Irene Spallicci, no bairro de Santo Amaro, zona sul de São Paulo. Hoje, sob a liderança de Renato Spallicci e sua filha Renata Spallicci, está entre as dez maiores farmacêuticas nacionais em prescrição médica. Com mais de 55 anos de história, a empresa atua em 12 especialidades médicas (neurologia, psiquiatria, otorrinolaringologia, urologia, ginecologia, reumatologia, ortopedia, gastroenterologia, geriatria, endocrinologia, angiologia e suplementos alimentares). Com foco em inovação, saúde e bem-estar, a companhia se destaca por ampliar seu portfólio com moléculas inovadoras e por gerir uma marca empregadora forte e comprometida com a responsabilidade social e a equidade.
Saiba mais em: https://www.apsen.com.br

 

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