Na esmagadora maioria das empresas com as quais trabalho, percebo que diversos colaboradores tem medo de errar quando estão realizando alguma tarefa, diante do receio de serem repreendidos (na frente dos colegas ou não) e até mesmo serem demitidos da empresa ou, no mínimo, serem taxados e rotulados. O ponto é que, esse medo pode ser paralisador e impedir que ao menos tentem fazer o que pretendiam inicialmente: propor uma nova ação, sugerir um novo direcionamento ou apenas dar uma ideia.
Dados de uma pesquisa feita pela Pulses, plataforma de soluções de clima
organizacional, apontam que 54% dos colaboradores que foram entrevistados
acreditam que irão sofrer algum tipo de represálias caso cometam falhas na
empresa. A pesquisa contou com a participação de mais de 2 mil respondentes de
empresas de diferentes portes e segmentos e teve como objetivo avaliar a
existência de segurança psicológica nas organizações.
Os dados mostrados na pesquisa vão diretamente ao encontro do que eu estou
falando. E neste sentido, sinto que é papel da gestão criar um ambiente de
trabalho seguro nas empresas, onde os colaboradores sintam que podem
compartilhar e trocar informações sem julgamentos. Tenho certeza que essa
mobilização por parte da liderança vai impactar de forma positiva os
integrantes do time, que irão tentar e - errar - mais.
Por essa razão, recomendo a adoção de uma gestão por OKRs - Objectives and Key
Results (Objetivos e Resultados Chaves) -, pois vai possibilitar que os
colaboradores tenham mais espaço e mais autonomia para realizarem suas tarefas
e até mesmo para cometerem erros, e isso vai possibilitar que se alcance
resultados melhores do que o esperado, para além do que se planejou.
Neste sentido, se um processo é bem conhecido e dominado dentro da empresa, de
fato devemos ter pouca margem de erro. Agora, se estamos tentando alguma coisa
nova, mesmo que seja para um processo bem conhecido, o erro é bem vindo, de
certa maneira, porque vamos passar a conhecer algumas maneiras de não fazer e,
se documentarmos adequadamente, os próximos que vierem não precisarão cometer
os mesmos erros.
Então, quando são erros diferentes, pode significar que possibilidades
distintas estão sendo testadas, o que é um bom sinal. Conhece o método de
‘tentativa e erro’? Muitas vezes, esse pode ser o melhor caminho para gerar um
aprendizado para toda e equipe, e ao utilizar a ferramenta do OKRs, garantir
que estejam sempre trabalhando por resultados, com foco e clareza para obter o
sucesso desejado.
Pedro Signorelli - um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em OKRs. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida implementação da ferramenta nas Américas. Mais informações acesse: http://www.gestaopragmatica.com.br/
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