Tecnologia e biossegurança avançam para tornar o
diagnóstico e o tratamento oncológico mais eficazes e seguros
No
Dia Mundial Contra o Câncer, celebrado em 8 de abril, profissionais da saúde e
especialistas reforçam a importância dos exames de imagem como aliados
indispensáveis no combate à doença. Esses exames desempenham um papel essencial
em todas as fases do cuidado oncológico, desde o diagnóstico inicial até a
avaliação da resposta ao tratamento, passando pela detecção de metástases e
pelo acompanhamento da progressão da doença.
Entre
as tecnologias mais utilizadas estão a Tomografia Computadorizada (TC) e a Ressonância
Magnética (RM). Esses métodos oferecem alta sensibilidade e especificidade,
permitindo uma avaliação detalhada de múltiplos órgãos e sistemas. Estudos,
como o conduzido por Alessandro Pereira dos Santos (2020), destacam que o uso
subsequente de contrastes iodados e à base de gadolínio em pacientes
oncológicos têm mostrado segurança em termos de função renal, quando realizados
com critérios rigorosos de controle.
A tecnologia a serviço da saúde e da biossegurança
Além
dos exames propriamente ditos, o uso de injetoras de contrastes e conectores
específicos é indispensável para a realização segura dos procedimentos. Nesse
contexto, dispositivos multipacientes têm ganhado espaço, mas exigem cuidados
rigorosos de biossegurança. De acordo com a Dra. Marcela Padilha, Coordenadora
de Desenvolvimento de Produtos e Suporte Clínico da Alko do Brasil – empresa
especializada em medicamentos e produtos médicos para diagnósticos por imagem,
atendendo hospitais, clínicas e o setor farmacêutico –estudos publicados, como
o de Azevedo et al. (2020), comprovam que conectores multipacientes, quando
manuseados conforme protocolos específicos, não apresentam risco de
contaminação bacteriológica.
"Os
conectores multipacientes precisam seguir padrões bem definidos e
regulamentações da Anvisa, como as Resoluções de Diretoria Colegiada (RDC),
além de serem respaldados por evidências científicas concretas", explica a
Dra. Marcela. O estudo citado avaliou a biossegurança de válvulas antirrefluxo
em sistemas de infusão, destacando sua eficácia na prevenção de contaminações.
Regulamentações e a responsabilidade dos serviços de saúde
A
utilização segura de dispositivos médicos, como o Transfer-Fill e o
Patient-Set, em pacientes oncológicos requer não apenas o registro adequado na
Anvisa, mas também treinamento técnico e adoção de protocolos baseados em
evidências científicas. "Instituições de saúde devem garantir que todos os
conectores multipacientes acoplados a equipamentos sejam utilizados conforme as
instruções dos fabricantes e as normas vigentes", reforça a especialista.
Além
disso, a adoção de conectores multipacientes, também contribui para a
sustentabilidade dos serviços de saúde, desde que respeitem critérios de
qualidade e segurança. Como apontado por Azevedo (2018), a eficácia desses
dispositivos depende diretamente da aplicação correta dos protocolos de
biossegurança, protegendo tanto os pacientes quanto os profissionais de saúde.
Exames de imagem como pilar da luta contra o câncer
Neste
Dia Mundial Contra o Câncer, a mensagem é clara: o avanço tecnológico deve
caminhar ao lado da biossegurança e do cuidado humanizado. Os exames de imagem
não apenas auxiliam no diagnóstico precoce, como também oferecem informações
cruciais para o planejamento e monitoramento dos tratamentos. Estudos, como os
mencionados, reforçam o impacto positivo que a integração entre ciência e
prática clínica pode ter na luta contra o câncer.
Com
um olhar atento às regulamentações e à capacitação das equipes, o setor de
saúde avança no enfrentamento do câncer, reafirmando que a prevenção e o
diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas nessa batalha.
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