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quarta-feira, 26 de março de 2025

Retenção de talentos: o caminho para o sucesso

Percebo que a retenção de talentos tem sido um desafio cada vez maior para grande parte das empresas - não só em tecnologia, mas de maneira geral -, que precisam lidar com pessoas de diferentes gerações no time e que muitas vezes perdem colaboradores com um potencial enorme por razões que poderiam ter sido evitadas. E por que será que isso vem aumentando?


O que tenho notado, especialmente após a pandemia, é uma ‘exploração velada’ dos funcionários, oferecendo condições de trabalhos inadequadas, um ambiente tóxico - para usar o jargão da moda -, com salários abaixo do mercado e, muitas vezes, sem benefícios. Hoje, as pessoas possuem mais possibilidades no mercado e não aceitam que tenham que desempenhar muitas funções sem serem remuneradas adequadamente por isso.

A insatisfação pode surgir a partir de várias razões, mas quando mexemos com o bolso, o “buraco é ainda mais embaixo”. Sem contar que os colaboradores, em especial, os mais jovens, não costumam aguentar calados algumas imposições que são feitas e, por essa razão, acabam sendo taxados como preguiçosos ou que não querem trabalhar. E sabemos que muitas vezes, não é verdade.

De acordo com o relatório de 2024 realizado pela Talent Trends, empresa de recrutamento e seleção da Michael Page, cerca de 28% dos brasileiros, mesmo estando satisfeitos em seus empregos, buscam ativamente novas oportunidades. Esse dado, somado ao aumento da insatisfação salarial - que passou de 39% para 52% em um ano -, sinaliza uma insatisfação crescente no mercado de trabalho.

Muitas vezes, a liderança perde ótimos funcionários por besteira, pois não quis aumentar o salário ou dar algum benefício - mesmo percebendo que existe mérito naquele colaborador,  ou porque impôs condições que mais prejudicam do que ajudam. Essas pequenas coisas acabam desgastando as pessoas, que passam a buscar outras oportunidades de trabalho, para que possam sair da empresa em que estão e começarem em outro serviço.

As companhias precisam estar cada vez mais cientes de que devem mudar algumas condutas para que consigam atrair e, principalmente, reter talentos que já fazem parte da equipe. É importante destacar que não estou falando que os gestores devem fazer tudo que os colaboradores querem, mas precisam ter escuta ativa para conseguir fornecer melhores condições de trabalho no geral e possibilidades de crescimento.

Sim, o salário ou a remuneração financeira é importante, mas mesmo um bom salário, uma hora cansa, a depender do ambiente de trabalho, que é basicamente definido pela liderança e a forma com que se faz gestão. Neste sentido, utilizar uma ferramenta como os OKRs - Objectives and Key Results (Objetivos e Resultados Chaves) -, pode ajudar neste processo. Você deve estar se perguntando: por quê?

A ferramenta propõe que os integrantes do time façam parte da construção das metas, dos objetivos e dos resultados que devem ser alcançados no final do ciclo, o que além de ser importante para a evolução da empresa, fará com que cada colaborador se sinta mais valorizado, pois propicia que eles visualizem como seu trabalho impacta o todo. Isso aumenta muito o engajamento dos colaboradores e será uma turbinada nos esforços para alcançar os resultados almejados.



Pedro Signorelli - um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em OKRs. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida implementação da ferramenta nas Américas. Mais informações acesse: http://www.gestaopragmatica.com.br/]



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