![]() |
Freepik |
O oftalmologista Fabio Pimenta recomenda manter uma distância segura dos dispositivos, fazer pausas e interromper o uso ao menos 1 hora antes de dormir
As telas estão presentes em diversas atividades do
nosso dia a dia: no trabalho, nos estudos, nas conversas online com familiares
e amigos, nas compras, na forma como buscamos informação e entretenimento. E
entre as crianças e adolescentes não é diferente.
Se há algumas décadas os pais se preocupavam em tirar os filhos da
frente da TV ou do videogame, hoje é preciso monitorar também o tempo deles no
computador, notebook, tablet e celular. Especialmente porque ao serem usados de
forma intensa, esses equipamentos podem cansar a visão, prejudicar a qualidade
do sono e antecipar problemas visuais como miopia, astigmatismo e hipermetropia.
De acordo com o Dr. Fabio Pimenta, oftalmologista do H.Olhos,
Hospital de Olhos da Rede Vision One, “sintomas como ardor, visão embaçada,
olho seco e vermelho estão relacionados com o cansaço visual, mas uma vez que a
pessoa interrompe a exposição, ela pode recuperar a superfície do olho e ele
volta a ficar bom de novo”.
“Por outro lado, o uso excessivo de telas, principalmente por
crianças e pacientes predispostos, pode gerar um aumento do grau ou antecipar
doenças refrativas. A pessoa começa a ter uma visão menos nítida, dor de cabeça
e, com o tempo, aumento da dificuldade para enxergar”, complementa o médico.
Um dos cuidados é com a distância que mantemos da tela, alerta o
oftalmologista, que dá algumas dicas para preservar o conforto visual:
- procure deixar o topo do monitor do computador ou do notebook alinhado
horizontalmente com seus olhos;
- ao utilizar computador ou notebook o ideal é mantê-lo a uma
distância equivalente a de um braço,
- evite sentar próximo da tela da TV, sendo que quanto maior seu
tamanho, mais distante você deverá ficar;
- para smartphones e tablets, a distância recomendada é de cerca
de 40 cm.
“Outra medida essencial durante o uso de telas é realizar uma
pausa a cada 30 minutos para descansar a visão”, explica o médico. Em alguns
casos podem ser indicados colírios lubrificantes para reduzir a sensação de
olho seco. A pessoa também pode regular a luminosidade da tela, piscar algumas
vezes para ajudar a manter a hidratação natural dos olhos ou utilizar óculos com
filtro de luz azul.
O Dr. Fabio Pimenta reforça que, especificamente em relação às
crianças, “o Conselho Brasileiro de Oftalmopediatria e o Conselho Brasileiro de
Pediatria orientam que até os dois anos de idade não se deve ter nenhum contato
com telas. A partir daí, o limite poderá ser de até duas horas por dia, com supervisão,
até os seis, sete ou oito anos, de acordo com a necessidade de estudos e
comunicação”.
O oftalmologista lembra que “as telas emitem uma luz azul que
interfere na produção da melatonina, hormônio que regula o sono. Por isso é
importante interromper qualquer atividade com celular ou outro tipo de tela
pelo menos uma hora antes de dormir”. Isso significa que ao manter o uso do
dispositivo eletrônico após se deitar você deixará de entrar em estado de
relaxamento e, consequentemente, terá uma qualidade de sono inferior,
interferindo nas suas atividades diárias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário