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quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

A tecnologia avança, mas as tendências do mercado são cada vez mais humanizadas

Estudo mostra quais as habilidades mais importantes para empresas até 2030 


O ano de 2024 já deu sinais de que o mercado de trabalho global está atravessando uma das transformações mais aceleradas de sua história. Agora, o relatório “O Futuro do Trabalho”, do Fórum Econômico Mundial, traz o capítulo Skills Outlook 2025-2030, mostrando que cerca de 39% das habilidades essenciais dos profissionais passarão por alterações importantes até o final da década. Essa dinâmica é impulsionada principalmente pela adoção de novas tecnologias, pela transição para uma economia mais verde e pelas mudanças demográficas globais.

Entre as habilidades que mais crescerão em relevância estão o pensamento analítico, que envolve a capacidade de resolver problemas complexos com base em dados e informações estruturadas, sendo já considerado essencial por sete em cada dez empresas. Além disso, resiliência, flexibilidade e agilidade destacam-se como atributos fundamentais, permitindo que profissionais se adaptem rapidamente às novas demandas de mercado e às crises. 

De acordo com Beatriz Nóbrega, conselheira especialista em Desenvolvimento Humano e Organizacional com quase 30 anos de experiência, a liderança e influência social também ganham destaque, especialmente em um contexto onde as tarefas técnicas estão cada vez mais automatizadas, o que torna essencial a colaboração e a influência positiva nas equipes. “O letramento tecnológico, que inclui desde a alfabetização digital até a competência para lidar com sistemas complexos de IA e big data, é outra habilidade indispensável”, pontua. 

Por fim, a curiosidade e o aprendizado contínuo tornam-se pontos fortes para profissionais acompanharem e anteciparem tendências, demonstrando iniciativa no desenvolvimento de novas capacidades. “O relatório aponta que o mercado de trabalho caminha para um modelo em que a colaboração entre humanos e máquinas será predominante”, completa. 


O Futuro do Trabalho

O mercado também enfrenta a ampliação do gap de habilidades. O estudo indica que aproximadamente 63% dos empregadores enxergam lacunas de competência como a principal barreira para a transformação organizacional. Consequentemente, 85% das empresas estão priorizando a requalificação (“reskilling”) e a qualificação (“upskilling”) de seus colaboradores como estratégias-chave para manter a competitividade.

Para Beatriz, o momento exige uma mudança de mentalidade tanto por parte das organizações quanto dos indivíduos. “Vivemos um momento em que não basta acompanhar as tendências, mas sim entendê-las para navegar com sucesso neste mercado que tem se transformado de forma bastante ágil. O desenvolvimento de habilidades multidisciplinares, que alinhem tecnologia e soft skills, será fundamental para a sustentabilidade das carreiras e organizações”, ressalta. Inclusive ela própria tem apostado em benefício-educação para complementar a remuneração total nas empresas que atua.

A ascensão da economia verde também está redesenhando o mercado de trabalho. Engenheiros de energia renovável, especialistas em sustentabilidade e profissionais de veículos elétricos e autônomos estão entre as funções de maior crescimento até 2030. Paralelamente, a expansão da IA está remodelando funções administrativas, enquanto habilidades manuais e tarefas repetitivas tendem a declinar. 

O setor de tecnologia continua liderando a demanda por habilidades específicas, com destaque para especialistas em big data, engenheiros de fintech, desenvolvedores de aplicações e softwares e analistas de segurança cibernética. Essas transformações também têm impactos em setores tradicionalmente manuais, como agricultura e manufatura, que estão sendo atravessados por inovações em automação e sustentabilidade.

“A inclusão é outro pilar importante nas estratégias das empresas. Quase metade dos empregadores planeja explorar fontes diversificadas de talentos, com foco na remoção de barreiras como requisitos tradicionais de diploma e na adoção de modelos de contratação baseados em habilidades. Esse tipo de ação ajuda a lidar com as desigualdades ampliadas pelas transformações tecnológicas”, conclui a especialista. 




Beatriz Nóbrega - Conhecida como Bia Nóbrega nas mídias sociais, Beatriz é uma multiempreendedora focada no desenvolvimento humano e transformação organizacional, com mais de 25 anos de experiência. Atua como Conselheira Consultiva, CHRO não exclusiva, mentora de líderes, palestrante, escritora, professora e investidora-anjo. É reconhecida com prêmios como TOP Influenciadora de RH (RH Summit), TOP HR Influencer (Go Integro) e Líder Legacy (Think Work), além de ser uma voz ativa em comunidades de liderança como Women Corporate Directors (WCD) e Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC). Ao longo de sua carreira, liderou projetos que conciliam alta performance e inovação organizacional, utilizando metodologias ágeis para promover mudanças sustentáveis. Bia também integra o Comitê Executivo do IVG (Instituto Vasselo Goldoni), onde contribui para fortalecer lideranças femininas por meio de mentoria e networking. Coautora de livros sobre Futuro do Trabalho, Experiência do Colaborador e Mentoria, já impactou mais de 20 mil pessoas em palestras e eventos e acumula mais de 3 mil horas de mentoria e coaching, consolidando sua influência no universo de Pessoas e Cultura.
https://www.linkedin.com/in/beatrizcaranobrega
www.bianobrega.com.br


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