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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Fui mal no ENEM, e agora? 5 dicas para quem vai realizar o exame no próximo a

Nem todos conseguem atingir as notas de corte necessárias para seus objetivos, mas os candidatos que não tiveram uma boa performance não devem desanimar; professor da plataforma de estudos Ferretto lista algumas dicas para essa situação 

 

O sentimento de fracasso perante um resultado abaixo do esperado é normal - afinal, nossa sociedade nos cobra e espera que sejamos competitivos. Além disso, os jovens muitas vezes sofrem muita pressão (até deles mesmos) para alcançarem resultados de forma rápida e serem bem-sucedidos em tudo o que fazem. No entanto, essa cobrança e competição excessivas não são saudáveis e devem ser evitadas, pois muitas vezes invalidam o progresso e tudo o que já foi conquistado. 

“O Enem não ‘aprova’ ou ‘reprova’ ninguém, pois não se trata de um Vestibular. O que ocorre é que a pontuação do exame é utilizada pelo Sistema de Seleção Unificada (SiSU), plataforma que substitui vestibulares em todo o país e é a principal forma de ingresso no ensino superior gratuito”, explica o Professor Ferretto, um dos maiores influenciadores de matemática do país e fundador da plataforma de estudos Professor Ferretto que tem foco no conteúdo complementar para o Ensino Médio e preparação para o Enem e vestibulares, e conta com 50 mil alunos de todo o Brasil. 

Ele ressalta que a nota de corte muda diariamente no período de inscrições do SiSU e pode ser maior ou menor conforme o ano, já que depende do tanto de vagas oferecidas em cada, quantidade de inscritos e modalidade de concorrência. No entanto, mesmo não podendo falar em reprovação, é claro que ir bem na prova é o principal objetivo, até para utilizar os resultados para o ingresso no ensino superior. 

“Conquistar uma vaga na faculdade não é um caminho fácil, e muitas vezes é preciso ser resiliente e superar diversos obstáculos. Mas com foco, perseverança, otimismo e, não menos importante, com boa saúde mental, é mais do que possível”, avalia o especialista. 

Pensando em ajudar os candidatos que terão que repetir a prova, o professor Ferretto listou algumas dicas:
 

1- Mantenha a calma, é OK tentar novamente 

O Enem ocorre todos os anos, ou seja, está disponível para quando o aluno puder e quiser se candidatar. Há múltiplas variantes externas e internas para que se alcance o resultado esperado. Independentemente de qualquer uma delas, de nenhuma forma vale a pena se “remoer” e ficar preso a esse “fracasso” pontual na avaliação. 

“A clássica frase ‘prova não prova nada’ é clichê porque clichês são reais. É natural que às vezes o insucesso aconteça, mas isso não pode impedir a concretização dos sonhos e objetivos. Após o ‘luto’ inicial (que é necessário para alguns), não desista. Tente quantas vezes for preciso, pois a aprovação é, sim, possível”, recomenda ele.
 

2 - Analise pontos fortes e fracos 

Outra dica interessante é fazer um questionamento do por quê o objetivo não foi concretizado neste momento. O que faltou para atingir a meta? Com essa análise, fica mais fácil identificar o que mudar, para a próxima tentativa ficar bem mais fácil. 

“Vários motivos podem influenciar, desde má administração do tempo durante a avaliação até dificuldade de raciocínio sob pressão. A autocrítica é necessária em momentos de revés. Ao conhecer os motivos que o levaram a errar, o candidato terá maior facilidade para combatê-los”, ensina Ferretto.
 

3- Avalie seu plano de estudos 

Em muitos casos, o problema pode estar no projeto de estudos. Para alguns, estudar 8 horas por dia é suficiente. Para outros, 5 horas já bastam, desde que bem aproveitadas. “Cada candidato é diferente e possui suas particularidades e características. Por isso, o plano de estudos também há de ser individualizado”, orienta o professor. 

Perceba o que funciona melhor para você. Em qual horário do dia seus estudos são mais efetivos? Em quais matérias você possui mais dificuldade? Quais delas fluem com mais naturalidade para você? “Reconheça seus próprios limites e valorize suas fortalezas. Monte um plano de estudos adaptado à sua personalidade”, diz Ferretto.
 

4- Abra seu leque de opções 

Claro que ter um objetivo é importante, mas sempre é bom considerar outras possibilidades. Às vezes a concentração é tanta em cima de um único propósito- como uma universidade ou curso específico- que outras opções passam despercebidas. 

“Pesquise e se informe sobre diversas faculdades, e até mesmo tipos de cursos. Novos cenários significam novas chances e, principalmente, mais alternativas. Faz parte do senso comum a ideia de que, quando nascemos, somos predestinados a algo e somente a aquilo. Mas a vida é uma estrada com vários caminhos”, pondera.
 

5- Fique atento à sua saúde mental 

Não apenas com a finalidade de conquistar uma vaga na faculdade pelo Enem, manter a saúde mental em dia é sempre essencial. Muitos candidatos enfrentam dificuldades para ter momentos (mesmo que breves) de descanso e lazer, já que a cobrança por um bom desempenho na prova é constante. 

“Mantenha em mente que o equilíbrio é a ‘chave’ de tudo. Estudar é tão importante quanto descansar. A ideia de ‘estude enquanto eles dormem’ não é pertinente. Durma enquanto eles também dormem, pois dormir é necessário para manter o corpo e o cérebro sãos. Saia com seus amigos, mesmo que esporadicamente, pois é algo necessário. Pratique um exercício físico, assista um filme, relaxe a cabeça, hábitos simples, mesmo que por poucos minutos, fazem bem e controlam o stress”, finaliza Ferretto.
 

Plataforma Professor Ferretto


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