Estudo
da plataforma de empregos também mostrou que 42% dos respondentes disseram ter
menos de 10% deste perfil no quadro de colaboradores
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A Catho, plataforma
gratuita de empregos, realizou a Pesquisa Mães 2024, um levantamento destinado
a analisar, identificar e conscientizar ações relacionadas à maternidade no
mercado de trabalho. O estudo, feito apenas com empresas, teve sua maioria
residente no estado de São Paulo (89%) e atuante, em especial, nos setores de
prestação de serviços, indústria e comércio.
Segundo os respondentes, na maioria das
empresas ainda não há programas de inclusão, reconhecimento ou capacitação para
mães e/ou gestantes, que podem incluir apoio psicológico, licença-maternidade
estendida e oportunidades iguais de promoção, representando 69%. Além disso,
17% relataram que encontraram resistência em contratar ou desenvolver mães por
parte das lideranças.
Patricia Suzuki, diretora de Gente
& Gestão da Catho, diz que a atenção para programas que conversem com
maternidade é tópico importante dentro de uma organização: “Isso pode impactar
diretamente a experiência das colaboradoras, a cultura da empresa e a retenção
de talentos. Horários flexíveis, licenças-maternidades adequadas e suporte para
o retorno ao trabalho são algumas práticas que podem auxiliar no processo de
conciliação da carreira e maternidade”.
No que diz respeito ao espaço de mães
dentro das empresas, 42% dos respondentes disseram que menos de 10% do quadro
de colaboradores são mães ou gestantes e cerca de 14% não possuem este perfil
de colaborador. O número fica ainda mais evidente e preocupante quando
comparado à nível nacional, onde 69% das mulheres no Brasil possuem ao menos um
filho, conforme dados do Datafolha, mostrando como muitas profissionais ainda
enfrentam dificuldades de espaço e o cenário ainda está distante de ser justo e
inclusivo.
“Há uma diferença muito grande entre a
quantidade de mães do nosso país e de profissionais atuando em regime formal de
trabalho. Ter vagas direcionadas para este perfil também é ponto a ser
levantado dentro das companhias, contribuindo para mais oportunidades e
desenvolvimentos”, complementa Suzuki.
Em relação aos benefícios para o
equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, os mais oferecidos pelas
organizações incluem horários flexíveis (21%), salário-família (17%), seguro de
vida familiar (17%) e licença-maternidade (10%). O trabalho remoto foi
mencionado por 7% dos respondentes.
Por outro lado, o levantamento da
plataforma de empregos apontou que as profissionais mães ou gestantes encontram
uma evolução de Soft Skills devido à maternidade, sendo elas: resiliência
(14%), proatividade (12%) e empatia (11%).
“A experiência da maternidade, como
apontado na pesquisa, acelera o desenvolvimento de soft skills, que podem - e
muito - contribuir para o progresso de uma empresa. Práticas inclusivas, desde
a conscientização para o tema até a implementação de políticas e incentivos
direcionados podem contribuir para a reversão deste quadro. A pesquisa da Catho
é um alerta para esse cenário”, finaliza a diretora.
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