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quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Setembro Vermelho: a importância dos cuidados com o coração

Dr. Dalmo Moreira, diretor médico da Quoretech, dá sua visão como especialista no assunto


Com o envelhecimento da população, a carga de doenças cardiovasculares (DCV) têm aumentado consideravelmente, o que acende um alerta para a necessidade de maior conscientização e prevenção. De acordo com o relatório World Heart Vision 2030: Driving Policy Change, da World Heart Federation, o número de mortes por DCV deve aumentar de 18,9 milhões em 2020 para mais de 22,2 milhões em 2030 e 32,3 milhões em 2050. Além das mortes, estima-se que para cada óbito relacionado a DCV, ocorrem até três eventos cardiovasculares graves, gerando custos adicionais tanto para o sistema de saúde quanto para a sociedade. 

No Brasil, as arritmias cardíacas estão entre as condições cardiovasculares mais comuns, afetando cerca de 20 milhões de pessoas, segundo dados da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC). Destes, 20% não apresentam sintomas no momento do diagnóstico, o que reforça a importância do monitoramento regular e da realização de exames preventivos. Entre as arritmias mais frequentes está a Fibrilação Atrial (FA), que aumenta em até cinco vezes o risco de insuficiência cardíaca, em 2,4 vezes o risco de acidente vascular cerebral (AVC) e em duas vezes o risco de morte súbita.

Sobre a Fibrilação Atrial

 "A fibrilação atrial ocorre quando as câmaras superiores do coração (átrios) batem de forma caótica e irregular. É como se o coração estivesse 'tremendo' em vez de bater normalmente. Isso pode levar a sérias complicações se a arritmia não for tratada", explica Dr Dalmo A. R. Moreira, médico cardiologista e Diretor Médico da Quoretech. 

O Setembro Vermelho foi criado justamente para promover a conscientização sobre essas doenças e incentivar o cuidado preventivo com o coração. A campanha culmina no dia 29 de setembro, data em que é celebrado o Dia Mundial do Coração, destacando a importância do check-up cardiovascular para evitar complicações.
 

Prevenção da fibrilação atrial: a importância do estilo de vida 

Mudanças no estilo de vida podem fazer uma grande diferença na prevenção da fibrilação atrial e até suas recorrências. Manter um peso adequado para a estatura, praticar exercícios regularmente, limitar o consumo de álcool e abandonar o hábito de fumar são medidas iniciais. Consultas médicas para avaliar a pressão arterial, função tireoidiana, qualidade do sono, diabetes mellitus e outros fatores de risco, são muito importantes. Particularmente para os indivíduos com idade acima de 65 anos, a percepção de palpitações ou de batidas irregulares no pulso indica que devem ser investigados por meio do eletrocardiograma de consultório ou até mesmo a monitorização cardíaca eletrocardiográfica com duração de 24 horas ou mais. 

“A fibrilação atrial é um desafio crescente para a saúde pública, mas com conscientização, diagnóstico precoce e tratamento adequado, seus riscos podem ser significativamente reduzidos. Se você tem mais de 65 anos ou apresenta fatores de risco, consulte seu médico. A detecção precoce pode salvar vidas”, explica o cardiologista.
 

Tratamento: a importância do procedimento adequado 

Inclui na sua fase inicial a administração de anticoagulantes para prevenir coágulos, seguida de medicamento para controlar a frequência cardíaca e, mais adiante, o restabelecimento do ritmo cardíaco normal com cardioversão elétrica ou mesmo medicamentos. Depois de normalizada a condição clínica, deve-se investigar e tratar o fator que causou a arritmia. “Ao mesmo tempo o paciente deve ter seu ritmo cardíaco normal mantido por meio de uso de medicamentos ou, em casos especiais, até a ablação das veias pulmonares, local onde estão localizados os fatores que deflagram a arritmia na maioria dos casos”, finaliza Dr. Dalmo. 

Com a ausência de sintomas em muitos casos de arritmias, a prevenção é o melhor caminho. O Setembro Vermelho reforça a importância de realizar exames de rotina, especialmente em pessoas com histórico familiar de DCV ou que pertencem a grupos de risco. O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações graves, permitindo que as intervenções necessárias sejam feitas de forma eficaz.
  


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