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sexta-feira, 20 de setembro de 2024

Marcha por Justiça Climática: Não queimem as vidas na Terra!

O Brasil está sufocado! O ar seco, poluído e quente, consequência direta das queimadas e das mudanças climáticas, está devastando biomas, destruindo vidas humanas, plantas e animais. Com milhões sofrendo de doenças respiratórias e insalubridade extrema, a perda de biodiversidade é incalculável. A Amazônia e o Pantanal estão à beira de um "ponto de não retorno".

No próximo dia 22 de setembro, a partir das 14h, ativistas, movimentos sociais e toda a população estão convocados a marchar por justiça climática, com início na Avenida Paulista, em frente ao MASP. O ato busca conscientizar sobre a crescente crise ambiental no Brasil e denunciar os principais responsáveis: latifundiários do agronegócio, mineradoras, o capital financeiro e seus representantes políticos, que, de maneira criminosa, têm provocado queimadas e devastação em larga escala.

Este cenário apocalíptico é causado por poucos, mas coloca todas as vidas na Terra em risco. As comunidades mais vulneráveis - indígenas, negros, mulheres, pessoas LGBTQIAPN+ e periféricos - são as que mais sofrem as consequências desse caos ambiental, embora sejam as que menos contribuem para ele. A Amazônia registrou 23.715 focos de incêndio somente em setembro, enquanto o Centro-Oeste segue com 18.015 focos. Mais de 10 milhões de brasileiros são diretamente afetados pela destruição de nossos biomas, enquanto 1,4 milhão já sofrem com a seca.

A agricultura familiar, responsável por cerca de 70% dos alimentos consumidos no Brasil, é crucial para garantir a soberania alimentar do país, produzindo alimentos essenciais como feijão, mandioca, frutas e hortaliças. Em contraste, o agronegócio foca em commodities como soja e carne bovina, contribuindo para o desmatamento e a degradação ambiental. Reduzir o consumo de carne é uma medida vital para preservar os ecossistemas e garantir a sobrevivência na Terra.

Vivemos a seca mais extensa e intensa da história recente, e o momento de agir é agora. O capitalismo desenfreado transformou o planeta numa fábrica de produção e consumo sem limites, explorando a terra, o ar e as águas até seu esgotamento. É preciso lutar para inverter este cenário devastador.

A Marcha por Justiça Climática no dia 22 de setembro terá como pautas principais: o controle popular das terras e florestas, reforma agrária já! A luta contra a exploração desenfreada do agronegócio e das mineradoras, a defesa dos direitos dos povos indígenas, das populações tradicionais e das comunidades periféricas, a revogação do arcabouço fiscal. A luta também inclui o fortalecimento da reforma agrária, da agricultura agroecológica e da agricultura familiar, essenciais para garantir um futuro mais justo e sustentável, o fortalecimento dos órgãos de defesa do meio ambiente públicos (ICMBIO e IBAMA), a expropriação e proibição de atividades agropecuárias em terras desmatadas ou queimadas ilegalmente e que a Natureza possa ser reconhecida como um sujeito de direitos.

A participação de todas as pessoas é essencial para exigirmos justiça climática e um Brasil mais justo e sustentável.

Junte-se à luta por um futuro em que as vidas na Terra sejam preservadas e respeitadas. O poder deve estar com a população! O tempo de agir é agora.

 

Serviço:

Evento: Marcha por Justiça Climática

Data: 22 de setembro de 2024

Horário: 14h

Local: Avenida Paulista, em frente ao MASP, São Paulo - SP

 

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