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quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Remédio: como ajustar as doses, farmacêutico ensina


Cada medicamento é prescrito com uma dose específica por um motivo. Por isso que ajustar ou interromper o tratamento por conta própria é um grande erro. O farmacêutico Jamar Tejada, da capital paulista ensina como tomar meia dose ou como entender o que significa uma dose, de alguma medicação. 

“Em alguns casos, há prescrição para dividir uma dose, mas não é seguro cortar qualquer tipo de medicação. Existem comprimidos que têm revestimento entérico, que protege o medicamento até que ele chegue ao intestino, evitando sua dissolução no estômago", explica Jamar que alerta: "Cortar esses comprimidos sem cuidado pode interferir na absorção correta do medicamento." 

Mas, se a dose for ajustada ou caso a dose prescrita seja difícil de ser encontrada em comprimido, a solução correta é checar se há o medicamento disponível em farmácia de manipulação, que consegue ajustar a dose correta. Para aqueles casos em que o medicamento ainda não seja encontrado nem na farmácia de manipulação, o correto é que o médico faça um pedido à farmácia de manipulação na forma de receita solicitando o ajuste da dose do medicamento, isso se a medicação não for feita com revestimento entérico, a farmácia poderá manipular na dosagem exata. “Por isso que nunca se deve cortar uma medicação ao meio buscando reduzir a dose, nem que seja no cortador de comprimidos, sempre pode esfarelar e a dose não estará correta, sem falar que nunca se deve cortar os com revestimento entérico”, alerta. 

Jamar enfatiza ainda uma dose nem sempre é uma cápsula, por exemplo. “O volume de uma dose não significa que seja exatamente uma cápsula já que o volume do pó pode ser muito maior e pra completar aquela dose prescrita, muitas vezes é necessário tomar mais de uma cápsula já que esses fatores evidenciam que a dosagem de medicamentos pode exigir múltiplas cápsulas para garantir a quantidade necessária de princípio ativo e a administração correta dos excipientes”, ensina Jamar que exemplifica:
 

1. Volume do princípio ativo: Muitos medicamentos têm uma concentração que não permite que uma única cápsula contenha a quantidade necessária de princípio ativo. Por exemplo, se a dose prescrita é maior do que o volume que uma cápsula pode conter, serão necessárias múltiplas cápsulas;
 

2. Excipientes: Além do princípio ativo, as cápsulas geralmente contêm excipientes (substâncias que facilitam a administração do medicamento) que podem aumentar o volume total da cápsula. Isso significa que para uma dose adequada, pode ser necessário combinar várias cápsulas. 

No caso de medicamentos em solução líquida, o ajuste de dose pode ser feito de maneira mais precisa, desde que o paciente utilize as seringas ou copos dosadores apropriados, geralmente fornecidos junto com o medicamento. "É fundamental medir corretamente para evitar o excesso ou a falta de dose", explica Tejada.O farmacêutico ensina ainda que as doses são calculadas para manter o nível do medicamento constante no organismo, qualquer mudança na dosagem sem o devido cuidado pode reduzir a eficácia ou causar efeitos colaterais. “Isso evita erros e garante um tratamento seguro e eficaz", finaliza Jamar Tejada.

 

Jamar Tejada tejard - Farmacêutico graduado pela Faculdade de Farmácia e Bioquímica pela Universidade Luterana do Brasil, RS (ULBRA), Pós-Graduação em Gestão em Comunicação Estratégica Organizacional e Relações Públicas pela USP (Universidade de São Paulo), Pós-Graduação em Medicina Esportiva pela (FAPES), Pós-Graduação em Comunicação com o Mercado pela ESPM, Pós-Graduação em Formação para Dirigentes Industriais com Ênfase em Qualidade Total - Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-(UFRGS) e Pós-Graduação em Ciências Homeopáticas pelas Faculdades Associadas de Ciências da Saúde. Proprietário e Farmacêutico Responsável da ANJO DA GUARDA Farmácia de manipulação e homeopatia desde agosto 2008.


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