O Brasil está sufocado! O ar seco, poluído e quente, consequência direta das queimadas e das mudanças climáticas, está devastando biomas, destruindo vidas humanas, plantas e animais. Com milhões sofrendo de doenças respiratórias e insalubridade extrema, a perda de biodiversidade é incalculável. A Amazônia e o Pantanal estão à beira de um "ponto de não retorno".
No próximo
dia 22 de setembro, a partir das 14h, ativistas, movimentos sociais e toda a
população estão convocados a marchar por justiça climática, com início na
Avenida Paulista, em frente ao MASP. O ato busca conscientizar sobre a
crescente crise ambiental no Brasil e denunciar os principais responsáveis:
latifundiários do agronegócio, mineradoras, o capital financeiro e seus
representantes políticos, que, de maneira criminosa, têm provocado queimadas e
devastação em larga escala.
Este cenário
apocalíptico é causado por poucos, mas coloca todas as vidas na Terra em risco.
As comunidades mais vulneráveis - indígenas, negros, mulheres, pessoas
LGBTQIAPN+ e periféricos - são as que mais sofrem as consequências desse caos
ambiental, embora sejam as que menos contribuem para ele. A Amazônia registrou
23.715 focos de incêndio somente em setembro, enquanto o Centro-Oeste segue com
18.015 focos. Mais de 10 milhões de brasileiros são diretamente afetados pela
destruição de nossos biomas, enquanto 1,4 milhão já sofrem com a seca.
A
agricultura familiar, responsável por cerca de 70% dos alimentos consumidos no
Brasil, é crucial para garantir a soberania alimentar do país, produzindo
alimentos essenciais como feijão, mandioca, frutas e hortaliças. Em contraste,
o agronegócio foca em commodities como soja e carne bovina, contribuindo para o
desmatamento e a degradação ambiental. Reduzir o consumo de carne é uma medida
vital para preservar os ecossistemas e garantir a sobrevivência na Terra.
Vivemos a
seca mais extensa e intensa da história recente, e o momento de agir é agora. O
capitalismo desenfreado transformou o planeta numa fábrica de produção e
consumo sem limites, explorando a terra, o ar e as águas até seu esgotamento. É
preciso lutar para inverter este cenário devastador.
A Marcha por
Justiça Climática no dia 22 de setembro terá como pautas principais: o controle
popular das terras e florestas, reforma agrária já! A luta contra a exploração
desenfreada do agronegócio e das mineradoras, a defesa dos direitos dos povos
indígenas, das populações tradicionais e das comunidades periféricas, a
revogação do arcabouço fiscal. A luta também inclui o fortalecimento da reforma
agrária, da agricultura agroecológica e da agricultura familiar, essenciais
para garantir um futuro mais justo e sustentável, o fortalecimento dos órgãos
de defesa do meio ambiente públicos (ICMBIO e IBAMA), a expropriação e
proibição de atividades agropecuárias em terras desmatadas ou queimadas
ilegalmente e que a Natureza possa ser reconhecida como um sujeito de direitos.
A
participação de todas as pessoas é essencial para exigirmos justiça climática e
um Brasil mais justo e sustentável.
Junte-se à
luta por um futuro em que as vidas na Terra sejam preservadas e respeitadas. O
poder deve estar com a população! O tempo de agir é agora.
Serviço:
Evento: Marcha por Justiça Climática
Data: 22 de setembro de 2024
Horário: 14h
Local: Avenida Paulista, em frente ao MASP, São
Paulo - SP
Nenhum comentário:
Postar um comentário