A obesidade é considerada a doença que mais cresce em todo o mundo, e a responsável pela pior crise global de saúde pública de toda a história. O aumento preocupante da obesidade é uma realidade que não pode ser negligenciada. Nos tempos atuais, estima-se que quase um terço da população mundial possa ser classificada com sobrepeso ou obesidade. A triste notícia é que se as tendências atualizadas permanecerem nesse valor, ele poderá chegar a 57,8% até 2030.
Nesse cenário, a cirurgia bariátrica
aparece como uma opção de tratamento para aquelas pessoas que já tentaram
perder peso por meio de tratamentos conservadores como por exemplo: dieta,
exercícios físicos e farmacoterapia, e não tiveram resultado satisfatório. Os
resultados atribuídos à cirurgia bariátrica resumem-se em maior expectativa e
qualidade de vida, remissão ou redução das comorbidades associadas, melhor
custo-benefício com os planos de saúde, isso significa, que a bariátrica possui
eficácia, efetividade e resultados clínicos promissores.
Desde o Consenso do Instituto Nacional
de Saúde dos Estados Unidos em 1991, o tratamento cirúrgico da obesidade,
conhecido como cirurgia bariátrica, é considerado o único e efetivo tratamento
que pode proporcionar resultados duradouros para os pacientes com obesidade
grave ou mórbida.
Desde então, houve um grande aumento do
número de cirurgias bariátricas em todo o mundo e no Brasil. Estatísticas
divulgadas pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica
(SBCBM), apontam que em 2022 registrou-se um total de 74.738 cirurgias
bariátricas, sendo que 65.256 procedimentos foram realizados através de planos
de saúde.
Apesar do aumento significativo, ainda
estamos longe de conseguir tratar todos os estimados milhões de brasileiros que
necessitam da cirurgia bariátrica. Dessa forma, precisaríamos operar cerca de
100 mil pacientes por ano durante 50 anos para tratarmos todos os pacientes.
Isto se não ocorresse o aparecimento de nenhum novo caso durante meio século.
Mas isso não é exclusividade do Brasil. Calcula-se que nos Estados Unidos
apenas 1% dos pacientes com indicação para a operação, estejam sendo operados.
Diante desse quadro, o mais importante,
como em diversas outras áreas da medicina, é a prevenção. É importante alertar
a todos, especialmente aos mais jovens, sobre a importância da orientação
alimentar, da prática de uma atividade física regular, e do acompanhamento
psicológico e médico, pois só assim poderemos vislumbrar uma remota
possibilidade de controlar o avanço dessa doença.
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