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terça-feira, 16 de julho de 2024

‘Me Economy’: em busca do bem-estar, profissionais buscam trabalho remoto pela flexibilidade e autonomia

Teletrabalho permite contato com diferentes mercados, e oportunidades no exterior facilitam a conquista de uma rotina remota mais adaptável

 

A “Me Economy” (ou “Economia do Eu”, em tradução livre) se refere às novas prioridades dos profissionais contemporâneos, que focam no próprio bem-estar e em experiências significativas de consumo. Ela segue como uma das principais tendências de 2024, segundo relatório do ManpowerGroup, empresa global em soluções de força de trabalho. O documento aponta, por exemplo, que os trabalhadores estão preferindo flexibilidade e autonomia corporativa; tanto que, para 35% dos entrevistados, um dos benefícios mais desejados é poder trabalhar de casa quando necessário. 

Essa forte valorização do trabalho remoto nos últimos anos estreitou relações internacionais e permitiu contratos globais, sem que os brasileiros precisassem deixar o conforto de seu país de residência — o que vai ao encontro das atuais necessidades dos colaboradores. 

“As escolhas individuais prevalecem não só do ponto de vista de consumo, como no varejo, mas também na força de trabalho. Equilíbrio entre lazer e trabalho é urgente, e o home office viabiliza isso mais do que nunca. Os recrutadores estão enxergando as vantagens competitivas em oferecer um benefício como esse, principalmente os de empresas dos Estados Unidos, que já observam esse movimento há um tempo”, comenta Samyra Ramos, gerente de marketing na Higlobe, fintech de pagamentos para profissionais brasileiros que trabalham remotamente para os EUA. 

O país norte-americano é conhecido como um dos grandes contratantes globais, mas enfrenta escassez de talentos em áreas como saúde, ciência e tecnologia. Por outro lado, o Brasil é o quinto maior fornecedor de talentos para empresas estrangeiras, de acordo com a pesquisa Global Hiring Research, da Deel, sendo os EUA o principal contratante dessa mão de obra. 

Samyra explica que profissionais de TI são os que mais costumam chamar a atenção do RH americano. Além de ser um forte polo tecnológico global, com alta demanda de pessoal qualificado, os EUA recrutam brasileiros por sua alta escolaridade e vastas experiências em desenvolvimento de software. 

Para ela, profissionais precisam olhar para o exterior como uma oportunidade de priorizar sua autonomia e flexibilidade. “Trabalhar de forma remota traz benefícios pessoais, como tempo para hobbies, tempo com a família e consigo mesmo; e profissionais, por ter a chance de se desenvolver com outras culturas e idiomas”, explica ela. Por meio do LinkedIn, plataformas de vagas globais ou projetos freelancers, profissionais podem buscar posições compatíveis. 

Como não é só da flexibilidade que os profissionais dependem, também é importante pensar em como organizar e receber seus pagamentos. Em relação a salário, 18% dos entrevistados pela pesquisa do ManpowerGroup considerariam receber menos em troca de um equilíbrio da vida pessoal com profissional. Atuando remotamente para companhias americanas, no entanto, é provável que esse cenário não precise acontecer, já que há maiores chances de ter um salário vantajoso em dólar. 

“O dólar é uma das moedas mais fortes do mercado, tendo múltiplas utilidades, sejam investimentos, compras ou até câmbio. Com flexibilidade, autonomia e salário em dólar, o trabalho remoto viabiliza o surgimento de uma nova economia para os profissionais e traz grandes oportunidades de crescimento”, finaliza Samyra.
 

Higlobe, Inc.


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