Neurologista da Unimed Araxá explica ainda como é o curso da doença e como tratamentos ajudam a acelerar a recuperação das crises
A esclerose
múltipla (EM) é uma doença potencialmente incapacitante do cérebro e da medula
espinhal (sistema nervoso central). Segundo a médica neurologista da Unimed
Araxá, Yvely Iunes Akel, nesta patologia o sistema imunológico ataca a bainha
protetora (mielina) que cobre as fibras nervosas e causa problemas de
comunicação entre o cérebro e o resto do corpo. Eventualmente, a doença pode
causar danos permanentes ou deterioração das fibras nervosas.
“Os sinais e
sintomas da EM variam amplamente entre os pacientes e dependem da localização e
gravidade do dano às fibras nervosas no sistema nervoso central. Algumas
pessoas com EM grave podem perder a capacidade de andar de forma independente
ou de deambular. Outros indivíduos podem experimentar longos períodos de
remissão sem quaisquer novos sintomas, dependendo do tipo de EM que
apresentam”, explica a médica.
Sinais
e sintomas
Os sinais e
sintomas da EM podem diferir muito de pessoa para pessoa e ao longo do curso da
doença, dependendo da localização das fibras nervosas afetadas. Os
sintomas comuns incluem:
- Dormência ou
fraqueza em um ou mais membros, que normalmente ocorre em um lado do corpo de
cada vez
- Formigamento
- Sensações de
choque elétrico que ocorre com certos movimentos do pescoço, especialmente
inclinar o pescoço para frente (sinal de Lhermitte)
- Falta de
coordenação
- Marcha
instável ou incapacidade de andar
- Perda
parcial ou total da visão, geralmente em um olho de cada vez, muitas vezes com
dor durante o movimento ocular
- Visão
dupla prolongada
- Visão
embaçada
- Vertigem
- Problemas com
a função sexual, intestinal e da bexiga
- Fadiga
- Fala
arrastada
-
Problemas cognitivos
- Distúrbios de
humor
Curso
da doença
A maioria das
pessoas com EM apresenta um curso de doença remitente recorrente. Eles
experimentam períodos de novos sintomas ou recaídas que se desenvolvem ao longo
de dias ou semanas e geralmente melhoram parcial ou completamente. Essas
recaídas são seguidas por períodos tranquilos de remissão da doença que podem
durar meses ou até anos.
Pequenos
aumentos na temperatura corporal podem piorar temporariamente os sinais e
sintomas da EM. Estas não são consideradas recidivas verdadeiras da doença, mas
pseudorecaídas. “Pelo menos 20% a 40% das pessoas com EM remitente-recorrente
podem eventualmente desenvolver uma progressão constante dos sintomas, com ou
sem períodos de remissão, dentro de 10 a 20 anos após o início da doença. Isso
é conhecido como EM secundária progressiva”, conta a Dra. Yvely.
O agravamento
dos sintomas geralmente inclui problemas de mobilidade e de marcha. A taxa de
progressão da doença varia muito entre pessoas com EM secundária progressiva.
Algumas pessoas com EM apresentam um início gradual e uma progressão constante
de sinais e sintomas sem quaisquer recidivas, conhecida como EM primária
progressiva.
Apesar de não
haver cura para esta patologia, existem tratamentos que ajudam a acelerar a
recuperação das crises, modificar o curso da doença e controlar os
sintomas. “Consulte um neurologista de sua confiança se sentir algum dos
sintomas acima por razões desconhecidas”, finaliza.
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